Fanfic: Simplesmente Dulce(adaptada) | Tema: Vondy
De: Anahí Portilla
Para: Dulce Maria Saviñon
Assunto: Preciso falar com você.
Dulce, liga para mim!
Estou desesperada querendo falar com você, mas não atende minhas ligações nem responde minhas mensagens desde sábado. O que está havendo aí? Sei que não deve ser coisa boa, se não, não teria sumido desse jeito.
Sua mãe também anda preocupada. O que aconteceu, amiga? Tem a ver com os paparazzi de novo? Se for isso, desencana. São todos um bando de sem serviço.
Conversa comigo, vai?
Beijos...
Anahí
Fiquei três dias inteiros trancada no quarto. Para todos os efeitos, eu tinha pegado uma virose que me derrubara. Por sorte, meu pai viajou para participar de uma conferência na França e me poupou de maiores explicações. Não que eu tenha ficado totalmente imune a questionamentos. Irina e Karenina passavam para me ver umas dez vezes por dia — cada uma —, indignadas com meu desânimo e minha falta de apetite.
Pois é. Perdi a fome também. Fato inédito em minha vida. Mas como conseguiria engolir se um bolo compacto e resistente havia se formado em minha garganta e não dava sinais de que desapareceria?
Vejam só o que uma paixão não correspondida faz com a gente. Nunca pensei que fosse sofrer por amor, como as heroínas das histórias de época das quais eu tanto gostava. Mas lá estava eu: entrevada na cama, sem motivação até para receber as meninas do Lar Irmã Celeste. Entretanto, como não desejava chamar atenção para o fato de ter sido meio que rejeitada por Chris — sim, porque ele não me procurara mais depois daquele dia —, inventei a tal virose e tinha que ficar dando uns espirros mentirosos sempre que alguém aparecia para me ver.
Também decidi desligar o celular, de modo que não caísse na tentação de desabafar com quem me ligasse, ou seja, com Anahí, minha mãe ou vovó. Se ouvisse a voz delas, juro que cairia em prantos.
Sendo assim, passei três dias meio catatônica, assistindo a filmes água com açúcar na TV a cabo, o que só potencializou minha depressão, já que, vamos combinar, ver casais tendo seus finais felizes, mesmo que na ficção, não era exatamente uma injeção de ânimo. Em 72 horas, revi cenas e mais cenas de beijos calientes, chorei baldes de lágrimas revendo Titanic e Um Amor para Recordar, entreguei-me mesmo a uma autoflagelação. Minha mãe sempre diz que, às vezes, não faz mal ter pena de nós mesmos. Então, eu tive.
Mas também me deixei levar de volta ao show de Bon Jovi e repassei meu amasso com Christopher milhares de vezes em minha cabeça. Nem na milésima primeira vez deixei de me arrepiar ao lembrar o beijo e a sensação que ele provocara em meu corpo. Ah, se eu pudesse voltar atrás e repetir a dose, só que em câmera lenta para durar mais. Porém, de nada adiantava sonhar, pois não havia a menor possibilidade de tudo aquilo voltar a acontecer.
Por isso, na manhã do quarto dia, me levantei da cama decidida a me entregar ao clichê de sacudir a poeira e dar a volta por cima. Ou eu vencia essa fase difícil ou teria que arrumar as malas e partir de volta ao Brasil o mais rápido possível. Só não dava para continuar entregue à apatia.
Minha primeira providência foi tomar um banho relaxante de banheira, com direito a sais e muita espuma. Fiquei perdida em pensamentos até a água esfriar. Depois, vesti uma roupa quente e confortável e me sentei na frente do computador, resolvida a escrever uma resposta para a mensagem desesperada de Anahí. Estava disposta a me abrir de vez com minha melhor amiga. Quem sabe aquele bolo desaparecesse de minha garganta?
De: Dulce Maria Saviñon
Para: Anahí Portilla
Assunto: Olá!
Amiga,
Antes de começar, gostaria de lhe pedir desculpas. Não tenho sido uma boa MAPS (Melhor Amiga Para Sempre, lembra-se da nossa sigla secreta?). Porque melhores amigas não escondem coisas uma da outra e tudo o que tenho feito nos últimos tempos é omitir um fato que você já percebeu, mesmo eu não tendo coragem de admitir. Até hoje.
Pois é. Você estava certa quanto ao fato de eu estar apaixonada pelo Chris. Aliás, depois que você foi embora, apaixonada passou a ser eufemismo para meus sentimentos. Estou louca por ele, acho que desde sempre, e isso está me matando. Penso nele o tempo todo e mal consigo articular um raciocínio sem envolver o nome dele na história. Eu sei. É doentio. Mas o que posso fazer? Ainda não descobri uma forma de mandar no meu coração.
Meu maior desejo é acordar numa manhã completamente curada dessa paixão. Adoraria exclamar: Graças a Deus! Passou! Mas acho que não vai rolar. Está vendo? O negócio é feio mesmo, amiga.
Para piorar tudo, o Chris começou a dar sinais de interesse por mim. Você deve estar aí pensando: Mas isso não é bom? Seria, se a Nome de Cachorro já tivesse caído fora da vida dele. Mas, quer saber? A culpa nem é dela. O maior culpado de tudo é o próprio Chris, que, assim como o Alfonso, fica ciscando em tudo quanto é terreiro. Não dá.
É isso, Anahí. Tenho vivido que nem protagonista de novela mexicana, com direito a bastante drama e lágrimas. Não é à toa que meu nome é Dulce Maria. Personagens de dramalhões mexicanos sempre têm nomes duplos. (Já sei. A piada foi horrível.)
E você? Como está? Já se livrou do galinha do Alfonso?
Prometo não desaparecer mais, nem se de repente as coisas piorarem por aqui, o que não é difícil de acontecer.
Obrigada por ser minha grande amiga.
Amo você.
Dulce
Não fiquei esperando a resposta de Anahí. Logo que enviei a mensagem, desliguei o computador e saí do quarto. Queria visitar Karenina na cozinha e aproveitar para comer alguma coisa.
Desci as escadas sem encontrar uma alma viva, mas na cozinha me deparei com um princípio de caos. Tanto Karenina quanto as arrumadeiras do castelo enchiam uma cesta com produtos de limpeza, como se estivessem prestes a fazer uma grande faxina no mundo inteiro.
— O que estão fazendo?
— Ah, minha querida, você melhorou! — Karenina se aproximou de mim, analisando-me com olhos de médica pediatra. Ali, eu era a criança dela.
— Sim. Estou bem. Mas para onde estão levando tudo isso? Tem algum evento marcado aqui no castelo?
— Ah, não. É só a limpeza mensal do chalé da Ilha de Catarina. Fazemos isso sempre, para não deixar o lugar deteriorar. Seu pai faz questão.
A Ilha de Catarina. Eu havia me esquecido completamente dela. Mesmo avistando-a da varanda de meu quarto, nunca mais pensara na história trágica de minha bisavó.
— Posso ir com vocês? — perguntei à queima-roupa.
Karenina e as outras mulheres me olharam, espantadas. Será que eu tinha dito alguma bobagem?
— Ir conosco? Mas por quê? Não há muita coisa por lá.
— Estou curiosa e sem nada para fazer. Prometo não atrapalhar, Kare, por favor. Queria tanto saber em que condições minha bisavó Catarina viveu naquele lugar — implorei.
— Será que seu pai não vai achar ruim?
— Ele nem está aqui na Krósvia, Karenina. E não vai reclamar quando souber, garanto. Nem vamos sair dos limites do castelo. Ah, vai. Não custa nada.
Vi que tinha ganhado a batalha quando um sorriso brotou no rosto de Karenina. Ela pediu que eu fosse vestir algo ainda mais quente, porque na ilha fazia muito frio.
— E parece que vai chover — completou, de olho no céu através da vidraça da cozinha.
Voltei para o quarto e me enfiei num jeans justo e num suéter de caxemira. Calcei botas de cano longo e me cobri com um casaco de lã que batia nos joelhos. Para garantir, levei um par de luvas — aquelas de couro que eu comprara meses antes — e um gorro quentinho. Por fim, dependurei um cachecol no pescoço e me senti pronta.
Encontrei Karenina me esperando no pátio dos fundos do castelo. Ela disse que iríamos de lancha e que o trajeto era curto.
— Quem vai pilotar? — indaguei, meio temerosa.
— Alguém bastante acostumado a fazer isso, Dulce — ela respondeu, achando graça de meu medo.
As outras mulheres já estavam na lancha quando chegamos. Ficaram meio tímidas com minha presença e não conversaram muito. Eu também preferi só observar, aproveitando a oportunidade para relaxar diante daquele mar azul, apesar de o céu não estar com a melhor das cores.
Realmente, a viagem foi rápida. Nem cheguei a enjoar, o que sempre acontece quando estou em alto-mar. Desci da lancha no pequeno cais de madeira e fiquei pasma com o que vi.
Erguido sobre um terreno arenoso, um charmoso e romântico chalé imperava na solidão da ilha. E engana-se quem pensou numa cabaninha de pau a pique. Era uma construção sólida, não muito grande, mas espaçosa e firme o suficiente para que pessoas vivessem ali uma vida inteira.
Uma coisa era certa: minha bisavó Catarina devia ter vivido seus dias na ilha sempre de olho no continente. Pois janelas não faltavam. Só na frente da casa contei três, e não eram pequenas. E todo o chalé era contornado por uma varanda, de onde se tinha uma vista de tirar o fôlego.
Caminhei devagar até a entrada, imaginando como deveria ser solitário viver num lugar como aquele, mesmo sendo tão bonito. Estremeci ao pensar que à noite a escuridão provavelmente engolia tudo, tornando o ar sinistro como o dos cenários de filmes de terror. Cruz-credo!
Autor(a): leticialsvondy
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Karenina avisou que ia entrar, mas eu continuei do lado de fora do chalé. Queria absorver tudo antes de ver o que me esperava lá dentro. Andei pela areia procurando sinais do passado, colocando-me no lugar de Catarina. Eu teria enlouquecido em meu primeiro mês ali. Como ela conseguira sobreviver por anos? Um trovão barulhento me deu o maior susto ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 28
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millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 01:05:59
Eu posso morder esse rapaz *--*
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millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 00:34:25
Sério, tou lendo o capítulo 20 e qndo ela falou luan Santana pensei logo nessa música kkkkk
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Isy_Rocker Postado em 31/07/2016 - 18:56:43
Ameeeeeeeeei *------* Ansiosa por De Repente Dulce <3 Ficoou demais <3 ----- <3
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Isy_Rocker Postado em 30/07/2016 - 21:18:23
Meu na moral, eu quero que eles fiquem juntos mais que tudo, mas eu to morrendo de raiva da Dulce pqp, tipo ela errou com ele e tudo que ela fez foi mandar um email e agora outro e já desistiu, ela n luta por ele e isso da raiva, acho que ele devia dar um gelo nela sim e ela correr atrás, mas continuaaaaaaaaa pooor favooor *---*
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GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 30/07/2016 - 19:44:04
A dulce bebada é muito engraçada mas coitada dela.....Chris não ignora ela dessa vez......continua estou amando
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Isy_Rocker Postado em 29/07/2016 - 23:17:10
Cara, se ele tivesse feito alguma coisa seria a um tempo atrás e ja teria cancelado tudo, então talvez pode ser sei lá que ele mudou de ideia e a puta lá continuou com a armação ou alguma coisa assim, eu só que eu tenho certeza absoluta que ele ama ela demais e nunca armaria algo assim, muito menos na primeira vez dela eu sei que a Dul vai se arrepender de não dar UM voto de confiança, sério to deduzindo um monte aqui neh? Parei shaushas poosta loogo <3
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GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 29/07/2016 - 21:47:17
Já não sei mas no que acreditar seu eu acredito no Cris ou nos paparazes......coitada da Dulce......amei a maratona continua
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millamorais_ Postado em 29/07/2016 - 11:06:25
Isso tá cheirando a armação daquela cobra, rezando para que tudo se resolva logo, preciso deles juntos *---*
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Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:19:11
Ameeeei, amei amei demaaaais *-------* Só que agr to chorando aqui, o Chris não fez isso neh? Eu sei que ele n fez '-.- E acho q a Dul deveria ter dado ao menos um voto de confianças, sei que a maratona acabou, mas sacanagem neeh, parar bem nessa parte '-.- shashuahsa Continuaaa logooo *-*
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Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:18:56
OOOOOOIII, leitora nova aqui *------------*