Fanfics Brasil - 18 - Meu Mundo Caiu (PARTE 2) - Maratona Simplesmente Dulce(adaptada)

Fanfic: Simplesmente Dulce(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 18 - Meu Mundo Caiu (PARTE 2) - Maratona

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— Se você falar que é coincidência eles estarem aqui, eu não respondo por meus atos. — Levantei com vontade de sumir do mapa. Mas antes precisava vestir minhas roupas e dar um jeito de escapar dali. — Você jogou sujo, Chris, e agora eu vejo há quanto tempo você e a safada da Laika andam armando para mim! — gritei.


— Não viaja, Dulce! Eu não fiz nada disso. Pelo amor de Deus, depois de tudo, da noite maravilhosa que tivemos, você não pode estar falando sério!


Fulminei-o com o olhar. As lágrimas ainda caíam e não davam sinal de que iam cessar tão cedo.


— Não acredito que confiei em você! Não acredito que tive coragem de confessar o meu...


Cobri o rosto com as mãos e desabei. Não conseguia nem falar, nem olhar para ele. Chris agarrou meus ombros, sem me dar chance de escapar, e suplicou:


— Dulce, não faça isso. Por favor, não entre nessa paranoia. Tem alguma coisa errada nessa história. Você precisa acreditar em mim. Eu te amo!


Não. Essa foi demais. Apelar para uma declaração de amor a essa altura? Eu não merecia aquilo. A que ponto chegamos, meu pai!


Usando uma força sobre-humana, soltei-me dos braços de Chris e passei por ele, tendo o cuidado de manter a manta que me cobria ainda mais fechada.


— Chris, eu vou sair daqui. Sozinha. Não me siga, não me procure, nem me peça para ouvir sua versão, porque não vou cair na besteira de acreditar em você novamente. Porque eu acreditei totalmente. Confiei cegamente nos seus sentimentos, a ponto de me entregar a você.


— Dulce... — Ele engasgou. Seus olhos verdes, antes tão lindos e sedutores, agora me eram estranhos. Estavam encharcados de lágrimas, assim como os meus.


— Não fala nada. Eu não mereço ouvir suas desculpas. Me poupe disso. Não acredito no seu amor. Pode voltar para a Nome de Cachorro e comemorar o sucesso do planinho sórdido de vocês. E prepare-se para se explicar ao Andrej. Ele, sim, vai querer entender cada detalhe.


Enxuguei o rosto e saí na direção do quarto. Só parei para completar, soltei:


— Difícil vai ser revelar o que nós dois ficamos fazendo aqui na ilha a noite inteira. Não quero estar no seu lugar.


Então, entrei no quarto de minha bisavó Catarina, tranquei a porta com chave e caí na cama, ainda impregnada do cheiro de Chris e com marcas dos momentos que tivéramos ali. Queria extravasar minha dor, mas não tinha tempo para isso. Precisava sair da ilha o mais rápido possível e resolver o que faria de minha vida. Uma coisa era certa: minha imagem estava acabada. Para sempre eu seria lembrada como a princesa que dormiu com o quase-irmão comprometido. A princesa apaixonada que se prestou ao papel de ser a outra.


Vesti rapidamente minhas roupas, calcei minhas botas e respirei fundo antes de correr rumo à porta e escapar para a areia da praia, molhada demais por causa da chuva.


Chris não tentou me deter. Apenas olhou para mim com uma expressão derrotada, recostado na mureta da varanda.


Não vi os fotógrafos. Ainda bem. Senão, teria sido capaz de agredi-los fisicamente, o que só pioraria minha situação.


Havia duas lanchas no cais: a que levara Chris até a ilha e a dos paparazzi. Mesmo sem nunca ter pilotado uma antes, dei partida no motor. Só queria sair dali e me esconder do mundo.


Fazer sozinha o trajeto de volta foi complicado. Só sei que girei a chave na ignição e guiei a lancha meio que no piloto automático. Por sorte, a distância entre a ilha e a praia do castelo era curta e bastava dirigir em linha reta.


Ao chegar ao cais, larguei a lancha aos cuidados do piloto que havia me transportado no dia anterior. Ele me olhou com espanto, talvez assombrado por minha expressão nada amistosa ou pelo fato de ter voltado sozinha. Não sei. Também não dei chance a ele de me perguntar nada.


Atravessei a areia sem olhar para os lados e irrompi castelo adentro, preocupada apenas em chegar a meu quarto e me fechar para o mundo. Sabia o que teria que enfrentar mais tarde, mas precisava me concentrar antes de receber a chuva de críticas e reprovações.


Arranquei depressa as roupas de meu corpo e deixei o chuveiro lavar os vestígios de minha vergonha. Só lamentava não poder voltar no tempo e apagar outras coisas, como as lembranças dos lábios de Chris percorrendo minhas costas e suas mãos apertando-me contra ele.


Encostei a testa no azulejo e chorei de novo. Como resolveria esse problema? Se ao menos pudesse evitar a publicação daquelas fotos ordinárias... Por que não exigi que os fotógrafos me entregassem as câmeras, ameaçando mandar meu pai atrás deles ou, sei lá, assassinos de aluguel para liquidar de vez com a raça dos filhos da mãe?


O que eu faria agora?


Resolvi telefonar para minha mãe. Alguém tinha que me apresentar uma solução, e quem poderia ser melhor do que ela?


O celular dela chamou até cair na caixa postal. Só então me dei conta de que, no Brasil, ainda era o final da madrugada. Deixei uma mensagem de voz que revelava exatamente o tamanho de meu desespero:


— Mãe, por favor, atende o telefone. Preciso falar com você. Me meti numa encrenca enorme.


Tive a sensação de que demorou uma eternidade para ela me retornar. Mas foram só alguns minutos — um milagre, considerando o fuso horário de cinco horas a menos lá em Belo Horizonte.


— Filha, o que aconteceu? — mamãe quis saber, bastante preocupada.


Caí no choro. Outra vez. E fiquei assim, quase afogada em lágrimas, enquanto minha mãe me metralhava com perguntas. Só quando me acalmei um pouco fui capaz de responder:


— Cometi o maior erro da minha vida, tanto de julgamento quanto de atitude. Estou muito encrencada, mãe.


Então, contei tudo, desde o princípio. Falei de minha paixão por Chris, da química que tínhamos, de meu sofrimento silencioso. Depois, respirei fundo e admiti o restante, desde o momento elétrico na Caverna do Pirata até o fatídico fim da noite anterior. Não escondi nada.


— Mas, Dulce, como é que você tem certeza de que o Chris está envolvido com os paparazzi? Porque eu o conheci e não acredito que ele tenha um caráter tão doentio.


— Os fotógrafos deixaram isso bem claro. E, mesmo que eu estivesse na dúvida, só o fato de eles terem aparecido na ilha já é um comprovante da culpa dele. Quem mais sabia que estávamos sozinhos lá? Ninguém, a não ser a Karenina e as outras empregadas, e elas não teriam motivos para armar essa palhaçada para mim!


— E por que o Chris teria? — minha mãe questionou, tentando me fazer raciocinar com imparcialidade. Só ela mesmo para me ajudar a entender o ocorrido, em vez de me crucificar por ter dormido com Chris.


— Você não viu como ele me olhou quando me conheceu, mãe. Cheio de desconfiança, de acusações veladas. Depois, começou a se aproximar, todo legal, mas agora percebo as verdadeiras intenções dele. Ele me usou para provar para meu pai que eu não valho nada.


 — Não fale assim, Dulce — ela me repreendeu. — O que você fez não foi pecado. Você estava apaixonada e acreditava que era correspondida. O Andrej vai entender. Quanto aos paparazzi, deve haver uma forma de impedi-los de publicar as fotos. Seu pai tem poder para isso. Mas você vai ter que se abrir com ele.


— Eu sei. O problema é que ele não está na Krósvia e eu não quero ter essa conversa por telefone. Vai ser difícil esfregar na cara do meu pai o mau caráter que o enteado querido dele tem. Nem imagino como começar...


— Do mesmo jeito que fez comigo. Seja sincera.


Outra onda de lágrimas ameaçou cair, mas dessa vez eu a segurei. Não queria ficar desidratada.


— Eu quero voltar para o Brasil, mãe. Quero voltar para casa. Acho que não consigo mais viver aqui.


— Faça isso, filha. Volte depressa. Não vou deixar você sofrendo longe de casa. Converse com seu pai e venha. Chega de deixar sua vida à mercê desses fofoqueiros krosvianos sem noção. Acha que consegue partir ainda hoje?


— Vou tentar. Quero acabar logo com isso.


— Ótimo. Dê notícias. Estamos te esperando.


Funguei. Uma caixa de lenços de papel não seria nada má agora.


— E, mãe... Desculpa. Não planejei te decepcionar.


— Não fale assim. Não estou decepcionada, Dulce. Estou agradecida por ter confiado em mim. Sei que não é moleza admitir para sua mãe que deixou de ser uma menina. Também passei por isso, esqueceu?


É mesmo. Que grande ironia do destino!


— Agora, vá procurar seu pai. Ele também vai apoiar você. Não tenha medo.


— Te amo, mãe. E obrigada.


Não foi fácil localizar meu pai. Tive que pedir ajuda a Irina e ser muito persuasiva. Disse que o caso era sério, mas não abri o jogo. Queria falar o mínimo possível sobre a enrascada em que tinha me metido.


Andrej participava de um congresso na França. Eu sentia muito por ter que incomodá-lo, mas não sossegaria enquanto não conseguisse me explicar para ele. Como eu tinha a intenção de sair da Krósvia quanto antes, contentei-me em conversar com meu pai via Skype. Pelo menos, não foi por MSN. Eu precisava olhá-lo nos olhos de modo que ele visse o tamanho de minha culpa e, assim, quem sabe, conseguisse me perdoar.


Estava decidida a fazer isso até que Andrej apareceu diante de mim, através da tela do computador. Ao vê-lo, minhas mãos ficaram suadas e senti o sangue sumir. Tive vontade de desistir e sair correndo, largando as explicações por conta de qualquer outra pessoa que não fosse eu.


Meu pai, um sujeito quase sempre ponderado e tranquilo, não demonstrava estar melhor do que eu, emocionalmente falando. Claro que ele previa algo ruim. Se não fosse má notícia, ele não teria sido chamado com tanta urgência.



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Autor(a): leticialsvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 01:05:59

    Eu posso morder esse rapaz *--*

  • millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 00:34:25

    Sério, tou lendo o capítulo 20 e qndo ela falou luan Santana pensei logo nessa música kkkkk

  • Isy_Rocker Postado em 31/07/2016 - 18:56:43

    Ameeeeeeeeei *------* Ansiosa por De Repente Dulce <3 Ficoou demais <3 ----- <3

  • Isy_Rocker Postado em 30/07/2016 - 21:18:23

    Meu na moral, eu quero que eles fiquem juntos mais que tudo, mas eu to morrendo de raiva da Dulce pqp, tipo ela errou com ele e tudo que ela fez foi mandar um email e agora outro e já desistiu, ela n luta por ele e isso da raiva, acho que ele devia dar um gelo nela sim e ela correr atrás, mas continuaaaaaaaaa pooor favooor *---*

  • GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 30/07/2016 - 19:44:04

    A dulce bebada é muito engraçada mas coitada dela.....Chris não ignora ela dessa vez......continua estou amando

  • Isy_Rocker Postado em 29/07/2016 - 23:17:10

    Cara, se ele tivesse feito alguma coisa seria a um tempo atrás e ja teria cancelado tudo, então talvez pode ser sei lá que ele mudou de ideia e a puta lá continuou com a armação ou alguma coisa assim, eu só que eu tenho certeza absoluta que ele ama ela demais e nunca armaria algo assim, muito menos na primeira vez dela eu sei que a Dul vai se arrepender de não dar UM voto de confiança, sério to deduzindo um monte aqui neh? Parei shaushas poosta loogo <3

  • GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 29/07/2016 - 21:47:17

    Já não sei mas no que acreditar seu eu acredito no Cris ou nos paparazes......coitada da Dulce......amei a maratona continua

  • millamorais_ Postado em 29/07/2016 - 11:06:25

    Isso tá cheirando a armação daquela cobra, rezando para que tudo se resolva logo, preciso deles juntos *---*

  • Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:19:11

    Ameeeei, amei amei demaaaais *-------* Só que agr to chorando aqui, o Chris não fez isso neh? Eu sei que ele n fez '-.- E acho q a Dul deveria ter dado ao menos um voto de confianças, sei que a maratona acabou, mas sacanagem neeh, parar bem nessa parte '-.- shashuahsa Continuaaa logooo *-*

  • Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:18:56

    OOOOOOIII, leitora nova aqui *------------*


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