Fanfics Brasil - 20 - Meu Caminho é Você (PARTE 1) Simplesmente Dulce(adaptada)

Fanfic: Simplesmente Dulce(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 20 - Meu Caminho é Você (PARTE 1)

950 visualizações Denunciar


Imaginei que o tempo seria meu maior aliado na luta contra a doença chamada Christopher, mas me enganei.


Um mês havia se passado e eu continuava deprimida, desgostosa, sem ânimo. Pelo menos, algo positivo aconteceu: as fotos jamais foram publicadas. E quem resolveu esse problema não foi nem meu pai, nem seus advogados. Soube, dias depois de desembarcar no aeroporto de Confins, que Chris impediu a divulgação usando seu excelente poder de persuasão. Irina me contou que ele não só ameaçou os fotógrafos como chegou a quebrar uma das câmeras assim que eu fui embora às pressas da Ilha de Catarina.


Também ficou provada sua não participação na emboscada. Isso foi meu pai quem me relatou, com um tom de eu não disse? Pelo telefone, Andrej esclareceu como tudo ocorreu:


— O namoro entre o Chris e a Laika não andava bem há muito tempo, mesmo antes de você chegar. E ele piorou depois, porque ela morria de ciúmes de vocês dois. Com razão, né?


— Como assim? — questionei. — Eu não ficava dando em cima do Christopher, como se eu fosse uma piriguete.


— Mas ele dava sinais de que estava interessado em você. Por que outro motivo ficaria passeando para todo lado com você, Dulce? Quando ele deu essa sugestão, eu não refleti, mas a verdade era clara. E a raiva da maluca da Laika foi só aumentando. A gota d’água foi o término do namoro. Desesperada, ela contratou os paparazzi e pediu a eles que ficassem no pé do Chris.


— Até encontrarem a oportunidade para fazer o que fizeram — completei, totalmente sem chão.


Foi difícil encarar minha burrice. Tanto tempo louca de amor por Chris, tanta expectativa, para eu simplesmente estragar tudo. Como eu me odiei naquele momento!


Mais horrível ainda foi escutar meu pai dizer que Christopher ainda estava bastante magoado, a ponto de não querer conversar comigo. E eu poderia criticá-lo? Eu fora uma megera, uma insensível sem coração.


Aqui no Brasil, todo mundo tentou me animar. Passei o mês de dezembro sendo paparicada em excesso por minha mãe e meus avós. Até Anahí entrou na onda deles. Resultado: o dia inteiro tinha alguém me perguntando: você está bem?


Também tive outros problemas, a maioria de readaptação. Eu ficara tão habituada a pensar em inglês que passei a falar tudo misturado, muitas vezes usando palavras da língua inglesa no meio de frases em português.


E o que posso dizer do clima? O calor de dezembro quase me matou. Acostumada com o inverno rigoroso da Krósvia, o verão brasileiro me levava a pensar nas camadas mais profundas da Terra.


Mas pelo menos eu continuava de férias. Portanto, consegui evitar o sol forte ao máximo — e as pessoas também. Minhas atitudes nada sociáveis deixaram minha família e meus amigos muito assustados. Até porque eu costumava ser uma garota extrovertida e animada, o oposto do que havia me tornado.


Claro que a qualquer momento eu teria que sair daquela fossa. Burra eu não sou, portanto, ou eu fazia um esforço e me recuperava, ou ficava doente e me enterrava de vez na depressão.


Então, entendi que, para virar esse capítulo nebuloso, eu precisava tomar uma atitude. E o primeiro passo seria me desculpar com Christopher. Não pessoalmente, nem por telefone, pois não possuía tanta coragem assim. Quem sabe se eu escrevesse uma mensagem bem sincera ele acabasse me perdoando? Não custava tentar. E foi o que fiz.


No décimo segundo dia após meu retorno ao Brasil, sentei-me diante do computador e digitei:




 


De: Dulce Maria Saviñon


Para: Christopher Uckermann


Assunto: Desculpa


Chris,


Nem sei por onde começar esta mensagem. Tenho consciência do tamanho da sua mágoa e, acredite, dou razão a você. Porque, se fosse o contrário, se você tivesse duvidado de mim como duvidei da sua palavra, eu também teria preferido me afastar, pois confiança é a base para qualquer relacionamento.


Estou com vergonha da minha atitude infantil, principalmente porque minha imaturidade causou sofrimento para muitas pessoas: meu pai, Irina, Karenina, tia Marieva, meus primos e as meninas do Lar Irmã Celeste. E, claro, também fiz você sofrer, depois de tudo o que fez por mim.


Mas, por favor, não me queira mal. Perdoe-me por ter sido burra, ridícula e paranoica. Estou muito arrependida, com vontade de voltar no tempo e fazer tudo de novo, só que da maneira certa.


Liga para mim para a gente conversar, por favor. E, se não fizer isso, vou aceitar sua decisão, mesmo que contrariada. Não quero perder você, Chris. Agora eu sei.


Porque eu amo você.


Simplesmente Dulce S2




 


Meu dedo indicador ficou passeando pelo ícone Enviar do gerenciador de e-mails antes de finalmente clicar e mandar a mensagem para a caixa de entrada de Christopher. Depois disso, passei algumas horas checando meu Outlook para ver se a resposta estava lá. Mas as horas viraram dias, que se transformaram em semanas. E Chris nunca respondeu.


Sim. Eu era cabeça-dura. Mas igual a ele nunca conheci ninguém!


Dias mais tarde, soube por meu pai que Christopher havia tirado umas férias e saído pelo mundo, numa dessas viagens de mochila cheia nas costas e preocupação zero na cabeça.


Então, era assim que nossa história terminava? Cada um seguindo seu próprio caminho, em sentidos inteiramente opostos?


O Natal chegou e passou depressa e eu pude voltar a experimentar uma reunião de família normal. Foi legal, porque ninguém tocou no assunto proibido. Não mencionaram sequer o nome Krósvia. Só tive notícias de lá quando meu pai ligou à noite, mas me recusei a perguntar sobre mais Chris e a ouvir informações sobre ele. Se era para esquecer, o tratamento tinha que ser de choque.


Por falar em normalidade, agradecia a Deus todos os dias por ter voltado a ser uma pessoa comum. Felizmente, a imprensa brasileira não estava mais interessada na atrapalhada filha do rei da Krósvia e, tirando algumas poucas ocorrências, deixaram-me em paz. Afinal, os tabloides vivem de novidades e tinham gente famosa de verdade para perseguir.


— Eu proíbo você de ficar em casa hoje. — Anahí apontou o dedo para minha cara e esbravejou: — Já lhe demos seu período de luto, mas agora chega! Não vou deixar você sofrer eternamente. Faça-me o favor!


Era 31 de dezembro. Eu tinha passado o dia deitada em minha cama, lendo um romance água com açúcar e enchendo minha barriga de porcaria, tipo brigadeiro e doce de leite em barra. Até Anahí chegar e começar a metralhar meus ouvidos com sua ladainha sem fim. Será que o ser humano não tem o direito de escolher passar sua virada de ano da maneira que bem entender? Por acaso é algum tipo de crime escolher ficar em casa?


Minha mãe insistira para que eu fosse com ela a uma festa que seu buffet havia organizado. Dissera que só ia dar gente bonita e jovem e que a banda seria uma dessas que tocam em festas de formatura. Traduzindo: bem animada. Eu negara com veemência, mesmo ela tendo quase me arrastado para fora da cama.


Ela saíra contrariada. Eu, por outro lado, suspirara de alívio. Seríamos apenas eu e meu livrinho.


Mas as pessoas têm a mania de pensar que querer ficar sozinho é sinônimo de suicídio. Como se eu fosse pular da varanda do quarto sobre o trânsito caótico da Avenida Amazonas ou enfiar a cabeça dentro do forno com o gás ligado. Até parece.


Prova disso é que nem bem curti uma hora de solidão e Anahí apareceu toda saltitante, exalando felicidade e otimismo pelos poros. A personificação de Poliana, aquela menina ultrapositiva, personagem de um livro que li na infância.


— Daqui a pouco é reveillon e você aqui, toda largada e malvestida.


Olhei para minhas roupas. Qual mal havia em usar um short de corrida velho e a camisa do terceiro ano do Ensino Médio se não pretendia ir a lugar nenhum?


— Anahí, eu estou em casa. Sozinha. Não sabia que precisava estar de longo.


— Ai, que engraçado! Você sabe o que eu quis dizer, Dulce. Não seja carrancuda.


Suspirei. Anahí é um amor de pessoa, mas também sabe ser uma chata quando quer. Nossa Senhora!


— E o que você pretende fazer mais tarde? — perguntei por perguntar.


— Eu, não. Nós. Nós vamos a uma festa, uma festa super-restrita que o noivo da minha prima Paula ajudou a organizar. Vai ser lá no Minas Náutico Alphaville, com ninguém menos que o Fat Boy Slim.


— Ah não, Anahí. Não estou no clima de balada. O Fat Boy Slim até que é legal, mas hoje, não. Minha cabeça é capaz de estourar num lugar desses.


— Dulce, o Fat Boy Slim até que é legal? Só legal? Você pirou, minha filha? Ele é um dos DJs mais badalados do mundo. Fala besteira, não! E você não tem como se recusar a ir, porque para nós a festa saiu ao estilo 0800. De graça.


Engoli em seco. A coisa estava começando a ficar feia para meu lado. A danada da Anahí sempre tinha uma carta na manga.


— Eu tenho mesmo que ir? — choraminguei. — Estou tão desanimada!


— Vai tomar um banho e botar uma roupa bonita. Garanto que não vai conseguir ficar parada quando chegar lá. De mais a mais, é hora de enterrar aquela história que estou proibida de mencionar. Quem sabe apareça um gato novo no pedaço e tire você de uma vez por todas dessa fossa.




Compartilhe este capítulo:

Autor(a): leticialsvondy

Este autor(a) escreve mais 15 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

— Não estou na fossa — discordei, ainda sem me levantar da cama. — Claro que não. — Anahí revirou os olhos e me puxou pelas mãos. — Mesmo assim, vale a pena dar uma saída. Fiquei sabendo que o Tiago, aquele pedaço de mau caminho da Engenharia Mecatrônica, vai estar lá. Hum... Não lig ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 01:05:59

    Eu posso morder esse rapaz *--*

  • millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 00:34:25

    Sério, tou lendo o capítulo 20 e qndo ela falou luan Santana pensei logo nessa música kkkkk

  • Isy_Rocker Postado em 31/07/2016 - 18:56:43

    Ameeeeeeeeei *------* Ansiosa por De Repente Dulce <3 Ficoou demais <3 ----- <3

  • Isy_Rocker Postado em 30/07/2016 - 21:18:23

    Meu na moral, eu quero que eles fiquem juntos mais que tudo, mas eu to morrendo de raiva da Dulce pqp, tipo ela errou com ele e tudo que ela fez foi mandar um email e agora outro e já desistiu, ela n luta por ele e isso da raiva, acho que ele devia dar um gelo nela sim e ela correr atrás, mas continuaaaaaaaaa pooor favooor *---*

  • GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 30/07/2016 - 19:44:04

    A dulce bebada é muito engraçada mas coitada dela.....Chris não ignora ela dessa vez......continua estou amando

  • Isy_Rocker Postado em 29/07/2016 - 23:17:10

    Cara, se ele tivesse feito alguma coisa seria a um tempo atrás e ja teria cancelado tudo, então talvez pode ser sei lá que ele mudou de ideia e a puta lá continuou com a armação ou alguma coisa assim, eu só que eu tenho certeza absoluta que ele ama ela demais e nunca armaria algo assim, muito menos na primeira vez dela eu sei que a Dul vai se arrepender de não dar UM voto de confiança, sério to deduzindo um monte aqui neh? Parei shaushas poosta loogo <3

  • GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 29/07/2016 - 21:47:17

    Já não sei mas no que acreditar seu eu acredito no Cris ou nos paparazes......coitada da Dulce......amei a maratona continua

  • millamorais_ Postado em 29/07/2016 - 11:06:25

    Isso tá cheirando a armação daquela cobra, rezando para que tudo se resolva logo, preciso deles juntos *---*

  • Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:19:11

    Ameeeei, amei amei demaaaais *-------* Só que agr to chorando aqui, o Chris não fez isso neh? Eu sei que ele n fez '-.- E acho q a Dul deveria ter dado ao menos um voto de confianças, sei que a maratona acabou, mas sacanagem neeh, parar bem nessa parte '-.- shashuahsa Continuaaa logooo *-*

  • Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:18:56

    OOOOOOIII, leitora nova aqui *------------*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais