Fanfics Brasil - 21 - O Melhor lugar do Mundo (PARTE 2) Simplesmente Dulce(adaptada)

Fanfic: Simplesmente Dulce(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 21 - O Melhor lugar do Mundo (PARTE 2)

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Não consegui pronunciar nenhuma palavra. Perplexa, acompanhei com o olhar a aproximação de Romeu e Christopher, os dois lado a lado, vindo em minha direção.


— Esse cara aqui não fala português, mas acho que entendeu meu pedido. — Alheio ao fio elétrico que me ligava a Chris, Romeu preparou a câmera do celular.


Acho que todo o sangue de meu corpo se esvaiu e meu raciocínio lógico se foi. Eu não sabia o que fazer. Chris não tirava os olhos de mim. Nem os óculos escuros foram capazes de esconder isso.


— Pronto, princesa Dulce — Romeu falou. — Posso chegar mais perto?


A essa altura, Christopher segurava o celular de Romeu e o apontava para nós. Mexi a cabeça, concordando. Então, fizemos uma pose e a foto foi tirada. Em seguida, o vendedor pegou o telefone de volta e conferiu a qualidade da imagem.


— Obrigado! — ele agradeceu. — Agora, quero ver minha mulher duvidar de eu que conheço você!


E então Romeu desapareceu com seu carrinho, permitindo que Chris e eu ficássemos cara a cara e a sós. Mas eu não sabia como agir. Decidi não fazer nada e esperar Christopher se manifestar.


— A gente pode conversar? — Aquela voz maravilhosa e profunda, que eu não escutava havia tanto tempo, atingiu meus ouvidos num inglês carregado com o delicioso sotaque da Krósvia.


Num segundo, os óculos de Chris foram parar na gola de sua camisa e eu pude visualizar aqueles olhos verdes que me levavam à loucura. Ele deu um passo, aproximando-se, e eu dei outro, só que na direção oposta. Eu me recusava a ser decepcionada novamente.


— Conversar sobre o quê? — questionei.


Christopher esfregou os cabelos, que estavam mais curtos, com uma das mãos e sua tatuagem tribal se insinuou debaixo da manga da blusa. Na mesma hora, meu estômago deu uma cambalhota.


— Sobre nós, Dulce, é claro. Por que outro motivo eu estaria aqui se não fosse por você? — Ele parecia impaciente.


E eu mantive o mesmo tom.


— Bom, faz tempo, você não acha? E eu não entendo o que te trouxe a BH, já que, ao não dar bola para meus e-mails, os dois, você deixou bem clara sua decisão.


— É por isso que precisamos conversar — insistiu ele, ainda bastante sisudo, mas ansioso. — Preciso explicar umas coisas.


Sempre tão mandão...


— Por favor — completou. — Essa história já foi longe demais.


E como, pensei. Mas não por minha culpa. Parece que Chris adivinhou meu pensamento, pois começou a explicar:


— Sei que não facilitei as coisas, Dulce. Fui um idiota completo. Agora, estou apavorado aqui, na sua frente, com medo de você virar as costas e dizer que não tem mais jeito.


Meus olhos começaram a lacrimejar. Entretanto me recusei a chorar diante dele. Já tinha feito isso uma vez, por puro desespero, e depois quase desidratara durante um mês de muitas lágrimas. Chega!


— Chris, eu não sei o que dizer — confessei, puxando nervosamente a barra de minha blusa de ginástica.


— Então, deixa que eu falo.


Olhei ao redor. Havia gente demais por perto e muito barulho de conversas, gritinhos de crianças e motores de carros.


— Aqui não é o lugar ideal.


— Concordo. Vamos até sua casa, então.


Franzi a testa, desconfiada.


— Como sabe que moro perto daqui?


— Ora, Dulce, eu tive que correr atrás para te encontrar, né? E eu tenho fontes confiáveis.


— Posso presumir que minha mãe faz parte delas?


Chris riu pela primeira vez desde que se materializara diante de mim. Fiquei sem fôlego. O sorriso dele não tinha explicação.


— Lógico que sim. Além de me contar onde você estava, a Blanca me deu uma carona.


Por que eu estava impressionada? Chris sempre conseguia o que queria.


O trajeto de volta a meu apartamento foi tenso. Caminhamos lado a lado, mas não permiti que nos tocássemos. Já havíamos estado naquela situação, quando passeávamos despreocupadamente pelas estradas e cidades da Krósvia. A diferença era que, naquela época, não tínhamos experimentado estar nos braços um do outro. Portanto, ficar perto de Chris sem sentir seu calor era como ir a uma bomboniere e não se empanturrar de doces.


Ele até tentou engatar um início de conversa, mas preferi esperar o momento certo, quando estivéssemos dentro de casa. Falamos apenas sobre banalidades no elevador, que demorou demais até parar em meu andar. Ao chegarmos, abri a porta e anunciei:


— Vou tomar um banho primeiro.


— Ah, qual é, Dulce! — Chris quase estourou. — Vai ficar adiando só para me castigar?


— Não, Chris. Preciso de um banho porque corri demais e estou suada, né? Já reparou como faz calor aqui? Toma. — Entreguei na mão dele o controle remoto da televisão. — Assiste a um pouco de TV. Não vou demorar nada.


E saí sem dar chance a ele de retrucar. Na verdade, a chuveirada era um pretexto. Eu precisava me acalmar e colocar a cabeça para pensar com coerência, pois não queria me fazer de difícil, mas também não podia baixar a guarda assim, de cara. Sabe-se lá o que Christopher diria, no fim das contas.


Deixei a água da ducha massagear minhas costas e meu coro cabeludo. Notei que a tensão que me dominava se esvaía aos poucos, então decidi não protelar mais a tal conversa decisiva e desliguei o chuveiro. Enrolei meu corpo numa tolha e os cabelos em outra, moldando uma espécie de turbante em cima da cabeça.


Não me preocupei em sair do banheiro desse jeito porque meu quarto é uma suíte. Portanto, abri a porta, que eu nem tinha trancado com chave, com a intenção de me vestir logo e encarar Chris em seguida.


— Gosto mais do seu quarto do castelo.


Literalmente pulei de susto. Como de costume, Christopher me surpreendeu dentro de meu quarto, sem dar aviso prévio. Agarrei o nó da toalha com força. Se ela resolvesse cair, o negócio ficaria feio para o meu lado.


— Sei lá — continuou ele, todo à vontade. — A vista é mais bonita e a cama... bem maior.


Chris já tinha perdido o ar de preocupação e agora falava com a segurança de quem sabia que teria sucesso em seu propósito. Seu olhar passeou de minha pequena cama de solteiro para a toalha que cobria insuficientemente meu trêmulo e apavorado corpo. Estremeci.


— Você não perde a mania de invadir os lugares sem ser convidado — acusei. — Eu pedi para você me esperar.


— E foi o que fiz.


Christopher avançou em minha direção até me prender contra a parede. Tive, então, a consciência de seu perfume e da rigidez de seu corpo. Sem que eu pudesse prever, ele estendeu a mão e retirou a toalha de minha cabeça. Meus cabelos caíram molhados e completamente bagunçados sobre meus ombros. Mas, como minhas mãos seguravam a outra toalha, não pude arrumá-los.


Mais uma vez prevendo minha intenção, Chris penteou os fios indomados com os dedos, tanto ajeitando a cabeleira quanto me torturando. Minha respiração acelerou.


— O que você está fazendo? — ofeguei.


— Tentando te persuadir a baixar a guarda para mim.


Ai, meu Deus! Christopher era tão seguro de si, tão autossuficiente!


Empurrei-o para longe. Quero dizer, não tão longe, mas o suficiente para seu corpo deixar de pressionar o meu.


— Você acha que pode resolver as coisas assim, me seduzindo como se eu fosse uma adolescente cheia de hormônios e incapaz de resistir ao seu toque? — indaguei, estressada demais para ser delicada. — Chris, no momento nós precisamos de palavras. Eu preciso entender o que houve no último mês, o que aconteceu para você desaparecer e não aceitar meus dois pedidos de desculpas. E o que mudou para agora você estar aqui na minha frente, tentando retomar de onde paramos, como se nada tivesse acontecido nesse intervalo de quatro semanas!


Ele me encarou por um tempo e depois se sentou em minha cama, desviando o olhar para meu mural de fotos. Eu mantinha uma espécie de linha de tempo num painel de metal sobre a escrivaninha. Havia retratos desde minha infância até meu período na Krósvia. Mas tive o cuidado de não colar nenhuma foto dele. Para quê? A imagem de Chris jamais substituiria sua pessoa, e olhar para ele no papel me faria sofrer ainda mais.


— Dulce, eu tive muita raiva de você.


Agora, sim. Conversaríamos sem joguinhos de sedução. E, mesmo não gostando de escutar aquela primeira frase, não o interrompi.


— Eu fiquei puto, porque nunca imaginei que você fosse acreditar na palavra de desconhecidos em vez de confiar em mim. Eu tinha aberto meu coração, coisa que não faço com frequência, tinha lhe dado a escolha de ficar ou não comigo. Porque eu não forcei a barra com você, não no que diz respeito a dormirmos juntos. Verdade ou não?


Balancei a cabeça, concordando.


— Então, como pôde pensar mal de mim? Desde o princípio, aquela história tinha cara de armação!


— Chris, tudo aconteceu muito depressa. Fui pega de surpresa — justifiquei-me, sentada de frente para ele na cadeira de estudo. — E um dos fotógrafos falou com você, te chamou pelo nome. Acha que consegui raciocinar com clareza?


— Era só olhar para mim que enxergaria a verdade. Eu estava tão chocado quanto você. Até mais, porque eu vi repulsa no rosto da mulher que eu amo, uma repulsa por mim. Isso depois de ter passado com ela a melhor noite da minha vida, de ter feito de tudo para que fosse perfeita.




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Autor(a): leticialsvondy

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Christopher enterrou o rosto nas mãos, mas não parou de falar. Enquanto isso, minha mente se fixou na afirmativa “mulher que eu amo”, dita no presente. — Eu esperava um pouco mais de crédito — continuou ele. — Com a cabeça quente, nem sempre agimos com lucidez — interrompi. Meu coração batia aos ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 01:05:59

    Eu posso morder esse rapaz *--*

  • millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 00:34:25

    Sério, tou lendo o capítulo 20 e qndo ela falou luan Santana pensei logo nessa música kkkkk

  • Isy_Rocker Postado em 31/07/2016 - 18:56:43

    Ameeeeeeeeei *------* Ansiosa por De Repente Dulce <3 Ficoou demais <3 ----- <3

  • Isy_Rocker Postado em 30/07/2016 - 21:18:23

    Meu na moral, eu quero que eles fiquem juntos mais que tudo, mas eu to morrendo de raiva da Dulce pqp, tipo ela errou com ele e tudo que ela fez foi mandar um email e agora outro e já desistiu, ela n luta por ele e isso da raiva, acho que ele devia dar um gelo nela sim e ela correr atrás, mas continuaaaaaaaaa pooor favooor *---*

  • GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 30/07/2016 - 19:44:04

    A dulce bebada é muito engraçada mas coitada dela.....Chris não ignora ela dessa vez......continua estou amando

  • Isy_Rocker Postado em 29/07/2016 - 23:17:10

    Cara, se ele tivesse feito alguma coisa seria a um tempo atrás e ja teria cancelado tudo, então talvez pode ser sei lá que ele mudou de ideia e a puta lá continuou com a armação ou alguma coisa assim, eu só que eu tenho certeza absoluta que ele ama ela demais e nunca armaria algo assim, muito menos na primeira vez dela eu sei que a Dul vai se arrepender de não dar UM voto de confiança, sério to deduzindo um monte aqui neh? Parei shaushas poosta loogo <3

  • GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 29/07/2016 - 21:47:17

    Já não sei mas no que acreditar seu eu acredito no Cris ou nos paparazes......coitada da Dulce......amei a maratona continua

  • millamorais_ Postado em 29/07/2016 - 11:06:25

    Isso tá cheirando a armação daquela cobra, rezando para que tudo se resolva logo, preciso deles juntos *---*

  • Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:19:11

    Ameeeei, amei amei demaaaais *-------* Só que agr to chorando aqui, o Chris não fez isso neh? Eu sei que ele n fez '-.- E acho q a Dul deveria ter dado ao menos um voto de confianças, sei que a maratona acabou, mas sacanagem neeh, parar bem nessa parte '-.- shashuahsa Continuaaa logooo *-*

  • Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:18:56

    OOOOOOIII, leitora nova aqui *------------*


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