Fanfics Brasil - 3 - Aqui Não é o Brasil (PARTE 1) Simplesmente Dulce(adaptada)

Fanfic: Simplesmente Dulce(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 3 - Aqui Não é o Brasil (PARTE 1)

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Meus olhos ainda estavam inchados de tanto que eu tinha chorado. Não esperava a festa de despedida que meus amigos e minha família prepararam para mim no salão de festas do prédio de meus avós.


Depois de me despedir de todo mundo no escritório na sexta-feira, fui à universidade e resolvi o problema com o trancamento da matrícula. Também passei por um doloroso processo de despedida lá, com alguns funcionários que me conhecem.


Estava indo para casa, cabisbaixa, pensando nas coisas que ainda tinha que fazer — terminar de arrumar as malas, separar os livros que queria levar —, quando minha mãe ligou e pediu para eu me encontrar com ela na casa de meus avós. Na hora, não entendi bem o motivo, já que estava combinado que eles iriam comigo até o aeroporto no dia seguinte. Mas, para evitar o falatório de mamãe na minha cabeça, obedeci sem contestar.


Estranhei quando o porteiro avisou que eles estavam esperando por mim na área de lazer. Ele ficou dando umas explicações sem sentido, que minha avó queria que eu desse uma olhada no equipamento novo de ginástica que o condomínio tinha acabado de comprar.


Inocentemente, sem desconfiar de absolutamente nada, fui ao encontro deles. Então, no momento em que pus os pés no salão de festas, as luzes se acenderem e vários rostos conhecidos e queridos apareceram.


Fiquei por um instante meio congelada, em estado de choque, procurando entender o que estava acontecendo. Mas a ficha caiu rapidinho, assim que avistei meus amigos atrás de uma nuvem de balões coloridos, com os olhos brilhando de emoção. E como tinha gente!


Na mesma hora, senti um aperto na garganta que quase me sufocou. Tantas pessoas estavam lá só para me homenagear, para demonstrar que se importavam comigo e que sentiriam minha falta!


Minha mãe, vovó Nair, vovô Felisberto, meus tios e primos de Itabirito, Anahí, Lu (minha segunda melhor amiga), Alfonso, até meu pai! E muito mais.


Passei a festa inteira chorando, relutando em me despedir das pessoas que eu amo, querendo me sentir bem, mas com uma sensação terrível de solidão.


***


Agora eu estava ali, sentada há 13 horas na confortável poltrona do avião da família real de Krósvia, observando o país — que agora também era meu — aproximando-se gradativamente, enquanto a exuberante aeronave de Andrej Markov executava os procedimentos de aterrissagem.


Ainda não sabia o que me esperava lá embaixo. Tive medo de perguntar a meu pai e ouvi-lo dizer que haveria uma comitiva para nos receber. Estava no escuro, com a adrenalina a mil.


— Nervosa? — ele quis saber minutos antes do pouso.


— Sim. — Minha boca estava seca.


— Ajuda se eu disser que ninguém sabe da nossa chegada, ou melhor, ninguém que não deva saber? — Andrej sorria de um jeito encorajador.


— Você quer dizer a imprensa? — questionei, sentindo-me um pouco melhor.


Ele concordou.


— Além de alguns puxa-sacos que só aparecerão para especular. Quero fazer as coisas do meu jeito, do jeito certo. Haverá um momento adequado para eu apresentar minha filha ao país. Mas primeiro eu quero que você se sinta à vontade.


Achei esse gesto muito fofo. Dei um sorrisinho antes de abraçá-lo. Não sei se ele notou, mas era a primeira vez que nos abraçávamos. Foi a primeira vez que eu quis fazer isso.


Ficamos assim por um tempo, até que o piloto informou que já estávamos em solo krosviano. Então, surgiu meu primeiro pânico concreto: como eu me comunicaria com as pessoas se não sabia pronunciar uma só palavra da língua delas?


— Todo mundo fala inglês por aqui? — perguntei antes de descer do avião. — Caso contrário, você sabe, vou ter um probleminha de comunicação.


Andrej soltou uma gargalhada sonora.


— Não se preocupe. Com o inglês você vai se virar muito bem. Mas, se quiser, pode aprender o krosvi.


— Humm... — engasguei. — Acho que não sei se consigo arrastar tanto os érres.


Ele riu de novo.


Meu pai tinha dito a verdade. No aeroporto da capital, Perla, só havia um motorista num carro preto com vidros escuros esperando por nós. O visual nem era tão impressionante assim. Acho que Andrej pensara em tudo. Porque, com toda a certeza, aquele veículo não pertencia à família real.


Com um aperto de mão caloroso, ele cumprimentou o motorista, que abriu a porta de trás para que nós entrássemos.


Era final de outono na Europa, mas o tempo estava muito agradável, mais para frio até. Ao sair do aeroporto e pegar a avenida que levava ao centro da capital, percebi que a natureza era muito receptiva ao clima. Como havia flores em Perla! De todas as cores e tamanhos, ornamentando praças, canteiros, jardins e janelas. Como o céu estava muito azul, o contraste entre as cores, naquela manhã, era belíssimo. Isso acalmou um pouco meus ânimos.


Quase perdi o fôlego diante do palácio administrativo, de onde meu pai governava Krósvia e se reunia com o parlamento. Era uma construção maravilhosa, gigantesca. Andrej me explicou que o palácio fora construído numa planície da região central da cidade, no século XV, durante o reinado de Nicholai III, com o intuito de ser a moradia da família real. Possuía inúmeras alas, com salões imensos, desproporcionais para uma residência familiar. Por isso, alguns sucessores de Nicholai preferiram morar em outros lugares, menores e menos visados. Era o caso de meu pai, que mora no Palácio Sorvinski.


Mas, afinal, o que mais me impressionou foi a fonte em frente do palácio. Ela ficava dentro de um imenso lago cristalino e devia ter mais de 20 jatos de água, que se alternavam em jorros dançantes.


Depois, à medida que nos aproximávamos do Palácio Sorvinski, a paisagem urbana foi dando lugar a um cenário bucólico, quase paradisíaco. Já dava para ver o mar! Meu Deus! Que demais! Só agora eu me dava conta de que passaria uma temporada à beira do oceano. Para nós, mineiros, isso é uma tremenda sorte.


As ondas são suaves. Será que o mar é quentinho? Porque, se for, vou querer dar um mergulho assim que puder.


E então, enquanto eu devaneava sobre água e mergulhos, o palácio surgiu. E meu queixo caiu. Nem tanto pelo prédio em si — que é grande também —, mas pelo conjunto formado pelo castelo, a fonte, o jardim opulento e o Mar Adriático atrás. O que senti não tem explicação.


O carro parou num pátio imenso, onde já havia outros veículos. No mesmo instante, surgiu uma mulher bonita, de cabelos loiros presos num coque perfeito. Ela esbanjava eficiência, tanto pela postura quanto pela aparência, vestida com um tailleur cinza-chumbo, meia-calça e saltos altos com pontas finas, que faziam barulho no piso a cada passo que ela dava.


— Oh, majestade! Como é bom vê-los! — saudou ela, olhando de meu pai para mim, fazendo uma avaliação pouco disfarçada.


— Ah, por favor, Irina, sem o “majestade”. Já passamos disso faz tempo.


Segurei o riso para não magoar... Irina. Coitada. As bochechas branquinhas dela estavam pegando fogo. Deu para perceber que o rei Andrej Markov não era muito de meias palavras.


— E esta é a Dulce Maria. — Franziu a testa. — Quero dizer, é a Dulce — corrigiu-se ele —, minha filha. Espero que você tenha feito tudo o que pedi.


— Oh, é claro, majes... digo, Andrej. — E, virando-se para mim, Irina disse: — É um grande prazer conhecer você, querida! Estávamos todos muito ansiosos.


Todos? Ela continuou:


— Espero que goste do seu quarto e do palácio, ah, e do país inteiro. Aqui tudo é perfeito, maravilhoso mesmo.


Pobre Irina! Ela estava uma pilha de nervos. Não sei se por minha causa ou pela presença marcante de meu pai, que revirava os olhos a cada vez que a mulher falava.


Mas eu gostei dela. Achei-a espontânea e simpática. Precisava daquela primeira impressão para poder continuar.


— Dulce, a Irina será sua... hã... companhia, assessora, secretária... não sei bem como chamar essa relação. Na verdade, ela trabalha para mim, mas penso que você precisará de uma ajuda para se ambientar aqui — explicou Andrej. — Não conheço ninguém melhor para isso do que a nossa querida e fiel Irina.


Epa! Ele estava dizendo que eu teria uma babá?


— Andrej, eu... eu não vou poder andar por aí sozinha? — O pânico tomou conta de mim. Se eu tivesse que andar acompanhada o tempo todo, não aguentaria. Sério.


— Filha, você poderá fazer o que quiser, especialmente quando estiver na propriedade. A Irina só está aqui para ajudar, entende?


Balancei a cabeça, concordando.


— Mas é claro que, assim que a notícia de que eu tenho uma herdeira se tornar pública, teremos que tomar algumas precauções.


— Devo entrar em pânico agora? — brinquei, mas um pouco tensa, na verdade.


— Claro que não — garantiu Andrej.


— Vamos entrar? — sugeriu Irina, pegando minha mão e levando-me até a porta de entrada do palácio.


Eu não via a hora de ficar sozinha e ligar para todo mundo no Brasil. Estava me sentindo uma princesa dos contos de fadas da Disney. Anahí adoraria tudo isso.


***






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Autor(a): leticialsvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 01:05:59

    Eu posso morder esse rapaz *--*

  • millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 00:34:25

    Sério, tou lendo o capítulo 20 e qndo ela falou luan Santana pensei logo nessa música kkkkk

  • Isy_Rocker Postado em 31/07/2016 - 18:56:43

    Ameeeeeeeeei *------* Ansiosa por De Repente Dulce <3 Ficoou demais <3 ----- <3

  • Isy_Rocker Postado em 30/07/2016 - 21:18:23

    Meu na moral, eu quero que eles fiquem juntos mais que tudo, mas eu to morrendo de raiva da Dulce pqp, tipo ela errou com ele e tudo que ela fez foi mandar um email e agora outro e já desistiu, ela n luta por ele e isso da raiva, acho que ele devia dar um gelo nela sim e ela correr atrás, mas continuaaaaaaaaa pooor favooor *---*

  • GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 30/07/2016 - 19:44:04

    A dulce bebada é muito engraçada mas coitada dela.....Chris não ignora ela dessa vez......continua estou amando

  • Isy_Rocker Postado em 29/07/2016 - 23:17:10

    Cara, se ele tivesse feito alguma coisa seria a um tempo atrás e ja teria cancelado tudo, então talvez pode ser sei lá que ele mudou de ideia e a puta lá continuou com a armação ou alguma coisa assim, eu só que eu tenho certeza absoluta que ele ama ela demais e nunca armaria algo assim, muito menos na primeira vez dela eu sei que a Dul vai se arrepender de não dar UM voto de confiança, sério to deduzindo um monte aqui neh? Parei shaushas poosta loogo <3

  • GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 29/07/2016 - 21:47:17

    Já não sei mas no que acreditar seu eu acredito no Cris ou nos paparazes......coitada da Dulce......amei a maratona continua

  • millamorais_ Postado em 29/07/2016 - 11:06:25

    Isso tá cheirando a armação daquela cobra, rezando para que tudo se resolva logo, preciso deles juntos *---*

  • Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:19:11

    Ameeeei, amei amei demaaaais *-------* Só que agr to chorando aqui, o Chris não fez isso neh? Eu sei que ele n fez '-.- E acho q a Dul deveria ter dado ao menos um voto de confianças, sei que a maratona acabou, mas sacanagem neeh, parar bem nessa parte '-.- shashuahsa Continuaaa logooo *-*

  • Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:18:56

    OOOOOOIII, leitora nova aqui *------------*


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