Fanfics Brasil - Rápido demais Mesmo que seja proibido

Fanfic: Mesmo que seja proibido | Tema: Naruto


Capítulo: Rápido demais

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POV - Anne


– Esta na hora! - disse entrando na sala do 3º Hokage - Vamos enviar a mensagem, o Clã Oculto com certeza já percebeu minha ausência.


Assustei-me quando o vi ali, o sannin Jiraiya, encoberto pelas sombras, ele deveria estar dormindo agora. Mas ele não estava sozinho. Estavam ali também Kakashi, Sakumo e Minato. O 3º Hokage estava pensando em fazer uma reunião?


– Vocês não deveriam estar aqui. Vão embora. - eles apenas me encaravam com tristeza, esse é um sentimento cruel, não quero ver isso, não devo mais sentir nada.


– Eles não querem ir. Pouco antes de chegarem, eu havia enviado a mensagem, imaginei corretamente, que poderíamos ter problemas na hora marcada. Então, acho que estamos ...


Três gueixas se materializaram na nossa frente, e acompanhado delas estava o meu pai, o Grande Líder Samurai, o líder do Clã Oculto, o único homem que era capaz de fazer todos se ajoelharam a sua frente. E foi o que fizemos. Kakashi o olhou com fúria, mas seu pai o empurrou para o chão junto com Minato. Jiraiya e o Terceiro tinham suas vantagens, e perante o meu pai só precisavam se curvar.


– Demorou muito a nos enviar essa mensagem, Sarutobi, ela não deveria ter passado do portão. – Quando percebi, estava olhando para sangue, o meu sangue. Meu pai, o Grande Líder Samurai, tinha posto seu pé sobre a minha cabeça, batendo a minha testa no chão. Já havia começado!


– Grande Líder Samurai, perdoe-nos. Konoha é uma grande servidora do clã oculto, e não ousaria desafiá-los.


– Seriam loucos se o fizessem. Tem sorte de a minha pequena estar inteira. Um erro como esse não seria facilmente perdoado. - Meu pai, o Grande Líder Samurai, me puxou pelo cabelo, suspendendo-me no ar, e pôs meus olhos de frente aos seus, que estavam escondidos pela máscara, mas eu sabia que ele seria capaz de ver tudo.


As garras de sua armadura estavam fazendo arranhões em minha cabeça, e o sangue começava a descer pelo meu rosto e pescoço, se juntando ao do corte que estava na minha testa. A dor já estava terrível, mas não podia chorar, não podia sentir. Gueixas não sentem.


– Grande Líder Samurai, acho que está sendo um pouco rude, com a menina, se permite a ousadia, de um nobre sannin. - Isso foi um erro. Mestre Jiraiya não deveria tentar me defender, preciso ser punida.


– Ousas falar comigo? Sem solicitação e ainda deseja realizar sugestões. Está olhando para a minha filha, sangue do meu sangue. Sei o que devo fazer com ela, conforme as ordens do meu clã, sua sugestão será apenas ignorada. - Meu pai, o Grande Líder Samurai, me jogou para trás, fazendo-me colidir e quebrar a mesa de madeira do 3º Hokage. E assim, mais uma dor começou. E o sangue escorria em cada ponto, em que a madeira havia fincado em minhas costas.


– Ei! Você é doido ou cego? Está machucando Anne, e o que mestre Jiraiya falou é o certo, não o que está fazendo. - Droga! O que Kakashi está fazendo? Será que esqueceu tudo o que eu falei pra ele? Para a sorte dele, meu pai o ignorou e continuou a olhar para mestre Jiraiya.


– Sua ousadia deve ser punida. Como um mero sannin é capaz de falar diretamente comigo? Uma afronta como essa não deve ser perdoada. - me pus de pé, não poderia fazer nada, mas tinha que mostrar estar bem para que ele sofresse menos, ou parecesse mais seguro do que estava.


– Você é idiota? - Kakashi gritou, ficando na frente de mestre Jiraiya, e fazendo meu pai, o Grande Líder Samurai, parar e olhar para ele. - Nós dissemos para você para de atacar Anne e não ara atacar outra pessoa.


– Quer dizer que estando em Konoha sou obrigado a estar na presença de crianças sem o menor respeito pelo meu poder e pior devo obedecê-la? É isso o que vem ensinando em Konoha, Sarutobi?


– Grande Líder Samurai, se permite minha intromissão. - disse Minato de cabeça baixa - A educação em Konoha se mantém em seu alto padrão, porém achamos que crianças como meu aluno, que está a sua frente, não precisam ter o conhecimento do Clã Oculto, já que alguns deles nem chegaram a se formarem como ninjas na academia. Então, protegemos o seu nome para que não seja dito por qualquer um.


– Fez uma boa escolha, Sarutobi. O Relâmpago Amarelo é muito bom com as palavras, será um Hokage melhor que você. - Minato havia acabado de salvar Kakashi e mestre Jiraiya de um ataque apenas com sua fala, ele era realmente bom nisso. Mas não acho que ele soubesse que seria o próximo Hokage.


– É claro! Tinha de ser seu filho. Sakumo Hatake, o Presa Branca da Folha! - meu pai, o Grande Líder Samurai, mesmo olhando para o Hokage, percebeu quando Sakumo puxou Kakashi para perto de si. - Não é bom deixar o seu filho tão próximo assim, do meu clã. Você nos deve muito, e suas visitas a mando de Sarutobi não passaram despercebidas, estávamos apenas esperando o momento oportuno.


– Suas ameaças não serviram de nada para mim. E caso não saiba em Konoha é errado bater em crianças da idade de Anne sem motivo, Katsuo.


– Não uso esse nome a muitos anos, deveria saber disso. Apesar de ainda ser vitorioso, já deixei de ser uma criança. Essa shikomi é minha filha, e uma garota aos 7 anos já é grande o bastante para entender que será punida se fizer algo fora das normas. Muito diferente do que vejo em seu filho.


POV - Kakashi


O quê? Anne tem 7 anos? Isso só pode ser mentira! Mas é incrível! Ela ainda está de pé, mesmo ferida, e isso só porque ficou conosco. Preciso protegê-la, ela não pode continuar se machucando, eu disse que ela é minha irmã. Soltei-me de meu pai e parei na frente de Anne, enquanto ele falava com aquele homem, parece que eles se conhecem a bastante tempo.


– Ei, você está bem? - ela não me respondeu - Lembra que me pediu pra prometer uma coisa pra você? Vou prometer outra diferente. Prometo que enquanto eu estiver por perto, não vou deixar você cair. - olhei para ela e vi lágrimas descendo.


Foi tudo tão rápido!


Em um instante, Anne me empurrou para os pés do meu pai que me segurou muito firme, impossibilitando que eu me soltasse. Anne assumiu o meu lugar e recebeu um tapa do tal samurai, e em sua bochecha agora haviam 5 cortes, como se os outros não fossem suficientes.


Debati-me, mas meu pai não me soltava. Olhei pela sala procurando mestre Jiraiya, mas Minato sensei o segurava com uma kunai em suas costas, ele não poderia fazer nada assim como eu, embora eu soubesse que ele conseguiria se soltar. Mas, todos sabíamos, que apesar de tudo nós éramos os errados.


– Grande Líder Samurai, acredito que o Clã Oculto deva ter, mais afazeres do que nossa aldeia, então, não queremos mais tomar o tempo dos senhores. E quero que saiba que todos os envolvidos no caso serão punidos severamente de acordo com as leis de Konoha.


O Grande Líder Samurai, ignorou o 3º Hokage, e se voltou pra Anne que estava de pé novamente.


– Então, você se apegou a eles? Revelou até mesmo o seu nome. Isso não é o que o nosso clã ensina, não é o que gueixas devem fazer. - ele levantou sua mão, apontou kunais para mestre Jiraiya e as lançou.


Mas antes que elas o atingissem, Anne entrou na frente dele, e recebeu as kunais em sua barriga. Anne cuspiu seu próprio sangue enquanto tombava em cima dele no centro da sala, aos pés daquele homem, que ria, por baixo daquela máscara.


Anne começou a puxar as kunais de si mesma, e gritou de dor. Os gritos dela estavam me matando, pisquei algumas vezes para limpar as lágrimas, olhei para mestre Jiraiya na esperança de encontrar uma solução,mas ele chorava como eu.


O que me incomodava era que, se esse samurai era o grande líder, porque ele sempre acertava Anne, mesmo quando queria atingir outra pessoa? Mas, o pior de tudo eram aquelas 3 gueixas imóveis, era como se nada daquilo fosse digno de sua atenção.


– Cheia de graça ou graciosa. - ela sorriu e eu vi toda a dor que estava em seus olhos enquanto ela segurava as lágrimas, e falava ao meu pai, que assentiu para ela e sorriu.


– Aproveite bem esse nome cheio de memórias enquanto você pode, porque vou arrancar tudo de você...


As gueixas levantaram seus leques, e eu sabia que aquele era o fim. Anne iria embora e não havia nada que eu pudesse fazer, chorava sem cessar, relaxei meu corpo e meu pai deixou que eu caísse no chão. Anne estava se levantando, mantendo a postura e arrumando seu cabelo.


E eles partiram. Anne não estava mais em Konoha, e não a veria mais. Mestre Jiraiya havia deixado mais lágrimas cair, e os outros encaravam tudo o que tinha restado dela, poças de sangue.


Não havia nada agora, apenas vazio.


 




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Autor(a): lulisomnes

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