Fanfics Brasil - CAP 13 - HORA DE TIRAR AS PRESAS DO ARMARIO CLÃS - Poder da Pedra

Fanfic: CLÃS - Poder da Pedra | Tema: Clãs


Capítulo: CAP 13 - HORA DE TIRAR AS PRESAS DO ARMARIO

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 O oraculo não estava brincando em relação a eu ser um imã de vampiros, desde que saímos da área que ocultava minha presença eu tive que lutar com diversos deles. Foi quase a noite toda de corrida sem descanso, eu particularmente podia aguentar muito mais que isso, mas meus amigos não. Kaio carregava Luana nas costas e Caroline revezava com ele. Eu parei para que eles descansassem e enquanto Luana se alimentava dos mantimentos que havia trazido área.


- Está um pouco calmo aqui. – Caroline disse


- Da ultima vez que um lugar ficou calmo assim, demos de cara com um grupo de lobos – Kaio lembrou.


Eu olhei um pouco de canto para ver a reação da Caroline, ela parecia estar atenta demais.


- Os soldados do conselho de vampiros estão armados até os dentes. – Kaio disse


- Tem visgo nas balas, uma grande quantia disso pode matar até um original – Caroline disse.


- Senti cheiro de outras duas ervas. - Kaio nos olhou – Verbena e acônito.


- Isso é logico – Caroline disse – Uma bala de veneno pra cada criatura. Visgo para vampiros, verbena para bruxas, acônito para lobos.


- Eram em uma bala só – Kaio disse segurando a bala em sua mão – Não me acertou em mim, mas o cheiro exalou.


- Porque eles misturariam as ervas? – Caroline perguntou, pegando a bala para analisar.


- Porque foram feitas pra mim – Eu peguei a bala da mão de Caroline e ela me encarou. - Eu não posso ser morto por nenhuma dessas coisas, vocês sabem – Eu disse – Mas, a mistura dessas ervas, podem me fazer muito mal, grande quantidade podem me deixar inconsciente, uma adaga de madeira banhada em prata e levemente molhada com uma mistura dessa enfiada em meu coração, podem me deixar quase morto. Os vampiros sabem disso, eles que descobriram, durante as experiências de extrair meu poder, eles a chamam de carmon, veneno de híbrido.


Meus amigos se entreolharam um pouco surpresos


 - Então você pode ser detido – Caroline disse.


- Todo mundo pode ser detido Caroline, mesmo não podendo ser morto – Eu sorri olhando para bala vazia. Malditos vampiros. – Cuidado com essas balas – Eu olhei para meus amigos. - Porque se elas podem me deter, então podem facilmente matar vocês e não vai precisar de grande quantidade pra isso. – Eu amassei a bala, ela ainda continha o cheiro do carmon.


 A brisa gelada do entardecer batia em meu rosto, e eu podia observar tudo de onde eu estava, a cidade estava perto, a fronteira entre o mundo sobrenatural e o mundo dos humanos estava perto e o local onde eu havia escondido meu coração também. Meus olhos automaticamente se fecharam, comparando minha vida antes de chegar na academia de vampiros eu cheguei a conclusão de que eu podia ter vivido mais, podia ter conhecido mais coisas, conhecido mais pessoas, por oitenta anos, tive que viver escondido entre essa parte do mundo e por vinte anos com minha memoria apagada eu vivi com pessoas, construí sentimentos e agora estou sendo caçado não só por vampiros, mas também por lobisomens, duas coisas das quais eu sou, mas que não pertenço.


- Vamos nos acomodar, preciso comer – Kaio disse – Luana já fez um feitiço para ocultar essa área.


- Não demore – Eu disse – Você sabe que vampiros são criaturas espertas, vão saber que estamos perto, mesmo com o feitiço.


- É estranho saber que os grandes vilões dessa guerra, são os vampiros. – Kaio disse


- São os originais, os primeiros – Eu expliquei – O conselho de cada clã, a corte desse mundo, eles são os verdadeiros inimigos, o resto são apenas fantoches.


- Mas eu estou matando eles – Kaio disse com um olhar triste


- Se eles conseguirem o meu poder, o que acha que vão fazer ao resto do mundo? - Perguntei


- Você tem razão, seu poder não pode cair nas mãos deles – Kaio assentiu.


- Ele não pode cair nas mãos de ninguém – Eu disse.


- Você pode sentir as ondas de energia que a pedra esta liberando... Apenas isso aumenta seu poder. Não se sente forte? – Perguntei


- Na verdade sim – Ele admitiu.


- Meu poder extraído, da força a qualquer pessoa que possuí-lo, mas eu não sei o que me tornarei com tanto poder. – Eu o encarei com tristeza nos olhos – Tenho medo de me tornar o monstro que todos pensam que sou.


- Mas é seu coração Tyler – Kaio disse, chamando meu verdadeiro nome pela primeira vez – O poder não é seu dono, você é o dono do poder.


Eu sorri para ele, aquilo era reconfortante e doloroso ao mesmo tempo. Eu não podia perdê-lo, não podia perder meu melhor amigo e talvez isso significasse que ele teria que me perder.


- Onde está Caroline? – Luana veio até nós


- Achei que estivesse com você – Kaio disse


- Ela estava, uma hora atrás – Luana disse


- Droga! – Kaio revirou os olhos – Ela foi se encontrar com ele.


Aquilo realmente me surpreendeu, se “ele” fosse quem eu estou pensando, Caroline foi em algum lugar encontrar o meu irmão e se ela foi se encontrar com ele, não era a primeira vez que ela estava fazendo isso.


- Desde quando? – Perguntei enquanto apressávamos os passos para sair do local


- Desde quando se viram naquele dia – Kaio admitiu – Ela não me contou – Ele disse a mim, antes deu acusa-lo de esconder de mim essa informação. – Eu senti o cheiro dele nela.


- Porque ela esta fazendo isso? – Perguntei


- Porque a partir do momento que ela soube que você era o hibrido, ela temeu pela vida dele e temeu pela sua vida. – Kaio explicou


- Eu não vou matar meu irmão – Eu disse.


- Mas ele quer te matar, você vai deixar isso acontecer? – Ele perguntou


- Não – Eu disse como se fosse obvio.


- Então você não tem certeza de que teria que matar ele – Kaio disse e eu revirei os olhos.


- Quando foi que ele parou de tentar matar ela? – Perguntei ironicamente.


- Eu acho que se acertaram – Ele deu de ombros. Kaio percebeu minha expressão frustrante. – Aconteceu alguma coisa entre vocês?


- Ela disse que gostava de mim – Eu admiti – E eu acreditei


- E você gosta dela? – Kaio me perguntou


- Acho que muito mais que isso – Eu admiti


- Ela gosta de você – Kaio falou – Ela disse isso pra mim. Mas o Taylor voltou e eles tem uma ligação.


- É, vamos mudar de assunto – Eu disse.


 Assim que nos preparamos para sair, senti um cheiro estranho se aproximando. Eu conhecia aquele cheiro, yokais.


- Temos problemas – Eu disse no exato momento que Kaio também sentiu o cheiro. Ele me olhou e correu para Luana.


- Coloque-a na árvore – Eu disse – Mais alto que puder, isso aqui não vai ser muito legal de assistir.


Kaio concordou no que eu sugeri, Luana estava exalando medo e ansiedade, mas não se opôs a concordar que ela deveria ficar longe, os yokais, que eram vampiros que não tinham mas nenhuma humanidade, completos animais raivosos, iriam atacar tudo pela frente e por ela ser o mais fraco de nós, seria a primeira a morrer. Joguei-me contra um vampiro que corria como louco na direção de Kaio antes de subir em uma das árvores.


- Vocês precisam ir mais longe, eles vão subir na árvore. Já te viram – Eu gritei pra ele.


Mas são muitos – Kaio disse, e eu pude ouvir os barulhos deles gemendo em nossa direção.


- Luana é humana Kaio, por mais que sangue de bruxa seja venenoso, ainda é sangue e eles não ligam pro veneno, vão morrer, mas vão matá-la também – Eu lhe disse. Ele pareceu se preocupar agora e mesmo indeciso resolveu partir.


Ok, hora de tirar as presas do armário. Eu arranquei a cabeça de um deles quando tentou se aproximar de mim. O restante parou e me olhou, meus olhos estavam negros agora e eu tinha muito mais presa que eles. Acabar com eles um por um foi até fácil, difícil foi tentar manter eles o mais longe possível do rastro de Kaio. O feitiço havia passado e estávamos visíveis novamente. Eles eram muitos, eu não conseguia entender como e porque eles estavam aqui em tão grande quantidade. Então eu fiz algo que minha intuição me induziu a fazer. Rugi. Todos eles pararam, todos pararam de gemer e atacar, todo o local ficou em silencio, eu podia ouvir apenas o som dos pássaros fugindo das árvores.


- Eu vou matar todos vocês – Eu disse antes de acabar com todos eles em poucos minutos.


Quando eu acabei, o chão estava coberto de corpos decapitados, o cheiro podre deles exalou o local e eu estava sedento. Apenas uma faísca de poder percorreu pelo meu corpo e eu perdi o controle do meu lado sombrio, eu matei todos sem esforço, sem dar chances e eu me deliciei disso, eu gostei de ter matado todos eles, o que aconteceria comigo se eu tivesse todo meu poder? No que eu iria me tornar? O sangue sujo deles ainda escorria pela minha boca. Então eu a vi. Caroline parada olhando para mim, para a feição monstruosa que eu tinha me tornado. Eu suspirei e voltei ao normal, meus olhos, minhas presas, minha postura, tudo voltou a ser o Tyler novamente quando eu a vi. Ela mantinha os olhos presos aos meus e então ela olhou ao redor, analisou os corpos despedaçados pelo chão.


- Eu senti o cheiro deles e corri pra ajudar – Ela disse – Onde estão Kaio e Luana? – Ela perguntou preocupada.


- Eu pedi pra seguirem, eram muitos. – Eu disse um pouco frio. Então eu senti o cheiro dele se aproximando. Eu fechei os olhos, já era constrangedor demais Caroline estar aqui pra ver, agora Kaio também iria ver.


- Estou vendo que eram muitos – Caroline disse chutando um pedaço de corpo.


- O que foi que eu perdi mesmo? – Kaio perguntou pausadamente.


- Acho melhor irmos, não estamos seguros aqui – Caroline disse.


- Eu achei uma caverna – Kaio disse – É perto da fronteira.


- Ótimo! – Eu disse tentando convencer a mim mesmo de que essa seria a ultima vez que eu perderia o controle. Eu tinha que destruir aquela pedra.



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Autor(a): mundo_diversos

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Eu ainda estava um pouco envergonhado com a situação e tentava andar o mais distante possível dos meus amigos, não era motivo de engrandecimento você matar por prazer milhares de vampiros yokais. Eu estava tentando esquecer a cena e a sensação que eu tive com isso. Mas estava sendo atormentado pelos meus próprios pensame ...


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