Fanfic: CLÃS - Poder da Pedra | Tema: Clãs
Eu não sabia quanto tempo fiquei dormindo e muito menos o que estava acontecendo enquanto dormia, mas senti meu corpo em uma espécie de transformação, senti como se eu estivesse correndo sem parar e der repente algo que me fez sentir muita dor, tanta dor que me fez gritar e tudo ficou preto, eu estava tendo um sonho? Talvez ainda fosse o veneno mexendo com minha cabeça pois não era como se eu estivesse dormindo, era como se eu não conseguisse acordar. Eu ouvia a passos e senti alguma coisa me levantando e logo depois me colocando no chão, eu estava com muita dor e não sabia o que estava acontecendo, a dor só aumentava, mas imediatamente senti algo liquido molha meus lábios e escorrer pela minha garganta aliviando minha dor, não conseguia abrir os olhos para ver o que estava acontecendo, mas a coisa liquida tinha um sabor familiar e que estava me fazendo muito bem, era sangue. Depois de alguns minutos eu não sentia mais dor e pude me confortar com apenas o cansaço novamente.
Quando acordei já estava escuro, e eu estava em um lugar diferente da ultima vez que estive acordado. Era um lugar úmido e frio, porém embora estivesse escuro eu podia ver claramente cada centímetro do ambiente apertado onde eu estava, eu me levantei e tentei sair por um buraco estreito do lado direito da parede, mas não pude, era como se tivesse alguma porta trancada invisível e muito forte. Ao rumo em que eu tentava sair pude ouvir passos.
- Até que enfim você acordou – Uma bela garota surgiu na minha frente.
Ela era um pouco baixa, seus cabelos eram castanhos e tão longos que caiam em seus quadris, sua pele era bronzeada e seus olhos eram de uma cor mel assustadoramente lindos.
- Meu nome é Lucy – Ela deu um sorriso. A primeira coisa que pensei foi: Linda. Depois eu ergui uma sobrancelha.
- Quem é você? – Pergunta idiota para quem acabou de ouvir a resposta.
- Você é surdo? – Ela fez uma careta de brava muito engraçada – Meu nome é Lucy.
Sotaque engraçado, me deu vontade de rir, mas preferi não demonstrar brechas.
- O que eu estou fazendo aqui? - Perguntei
- Alô! – Ela fez outra careta engraçada – Você é um híbrido, gatinho, hoje é lua cheia. – Ela apontou para o teto de pedra.
Eu me lembrei. Em noites de lua cheia eu costumava me transformar em um lobo e sair pela floresta eu nunca me lembrava muito do que acontecia, o feitiço que Suzana havia feito quebrou esse lado lobo por muitos anos, mas agora que o feitiço foi desfeito meus hábitos voltaram.
- Meus amigos – Eu disse desesperado
- Esta falando de dois vampiros e uma bruxa? – Ela perguntou
- Sim, onde estão? – Perguntei desesperadamente
- Você não se lembra? – Ela ergueu uma sobrancelha.
- Estaria perguntando se lembrasse? – Eu perguntei um pouco grosso
- Você matou todos eles – Ela deu de ombros.
- O que? Eu... – Minhas palavras não saiam, todo meu corpo se apertou.
- Relaxa, estou só brincando, eles estão em algum lugar procurando por você. – Ela disse em seguida esperando que eu não tivesse um enfarto.
- Você ficou maluca? Nunca mais faça isso. – Eu falei alto
- Ok! Relaxa, deveria me agradecer. – Ela se virou e se sentou um pouco afastada
- Pelo o que? - Perguntei
- Sei muito mais sobre você do que imagina. – Ela disse
- Como o que? – Cruzei os braços
- Você contem tanto carmon no seu corpo que tenho medo de que exploda, sangue humano só te deixa um pouco mais ativo e sem dores, mas precisa de seu coração pra limpar seu sangue, coração esse que está sendo caçado como se fosse uma gazela no meio das leoas famintas. – Ela observou suas unhas como se aquilo fosse normal de se dizer. Eu hesitei
- O que quer comigo? – Perguntei assustado
- Eu não quero nada com você garoto. Eu te salvei e salvei seus amigos. Quando você se transformou, saiu como um louco daquela caverna, assim que saiu todos os caçadores próximos aquela região sentiram sua presença e te caçaram. Eu afastei o Maximo que pude seus amigos de você e também afastei o Maximo que pude das pessoas que estavam atrás de você, mas um deles era muito persistente. – Ela parou como se estivesse tentando lembrar algo – Taylor, eu acho que foi esse o nome que eu ouvir sua amiga vampira gritar enquanto ele te acertava com uma lança coberta da mistura de ervas. – Ela olhou pra mim – O que fez você ter mais carmon no corpo.
Eu me enchi de raiva ao ouvir o nome de Taylor e saber que ele tinha mais uma vez se encontrado com Caroline e pior, tentado me matar de novo.
- E como você é uma amiga minha de muitos anos resolveu me ajudar? – Meu teor de sarcasmo era insuportável até para mim.
- Muito engraçado, mas... De nada por ter salvo você e seus amigos – Ela disse sarcasticamente
- Obrigada – Eu disse entre os suspiros de raiva.
- De nada – Ela deu um sorriso totalmente verdadeiro o que me incomodou, pelo fato de que eu estava tratando a fria.
- Então... Como foi que vim parar aqui? – Apontei para a saída da qual não podia sair.
- Ah! Isso? – Ela pareceu nervosa – Foi um... Amigo, ele é bruxo. Ele sabe um feitiço que pode prender um híbrido.
- E cadê ele? Como vou sair daqui? - Perguntei
- Bem... É... Ele foi embora, mas... Ele falou que o feitiço terminaria se você prometesse não me machucar. – Ela sorriu.
Eu dei um sorriso torto.
- Não vou te machucar. – Eu disse e ela ergueu a sobrancelha e cruzou os braços – Prometo.- Eu disse com mais confiança
Assim que eu prometi senti o vento bater contra mim, e arrisquei colocar o pé para fora. Passou, ótimo agora era só calcular a distancia e sumir daqui. Assim que tentei por em pratica meu plano ela correu quase na mesma velocidade e esbarrou em mim. Fiquei surpreso, ela era forte, muito forte. Eu tentei inalar o cheiro, mas não consegui sentir o cheiro de nada vindo dela.
- Quem é você? – Perguntei me levantando passando a mão no ombro.
- Não precisa saber quem eu sou. – Ela ajeitava seus enormes cabelos.
- Então sai da minha frente. – Eu tentei afastá-la.
- Espere! Não quer saber o porque que eu te salvei? Porque sei quem você é e porque não te matei? – Ela me encarou
Eu fiquei confuso.
- Sabe como me matar? – Eu a encarei de volta
- Estaca de madeira banhada a prata e batizada com carmon, enfiar no coração e não remove-la. – Ela disse como se tivesse decorado a pouco tempo.
- O que você quer? – Eu apertei seu braço com força.
- Eu não sou sua inimiga Tyler – Ela puxou o braço de volta - Você é mais forte do que eu, pode me matar se quiser, não tenho nenhuma chance de luta com você, mas eu não sou sua inimiga – Ela deu ênfase na ultima frase.
- O que você quer? – Insisti na pergunta, agora um pouco mais calmo.
- Você vai descobrir – Ela sorriu – Mas você não pode destruir a pedra.
- Porque? – Perguntei
– Porque você é uma espécie rara e espécie raras, devem ser preservadas e não extintas. – Ela disse como se fosse obvio – Eu estou tentando preservar sua espécie.
Eu ergui as sobrancelhas em surpresa, era a primeira vez em cem anos que ouvi alguém dizer aquilo, nem mesmo eu pensava na minha existência dessa forma. De algum jeito, aquilo me deixou de bom humor e um pouco feliz.
- Você sabe muito sobre minha espécie, porem não existe nenhum livro que fale sobre ela – Eu disse
- Você vai morrer com essa noticia, mas... Você não é o único hibrido. – Ela disse pausadamente.
- Do que está falando? – Perguntei confuso
- Na época que os vampiros moviam mundos e fundos pra extrair seu poder, na verdade eles descobriram uma forma, só que não deu muito certo e quem aperfeiçoou isso foram as bruxas que te criaram. Só que a falha deles se deu inicio a outras pesquisas. – Ela explicava andando. – Eles criaram uma coisa.
- O que? – Perguntei ansioso.
- Eles usaram parte da sua energia pra criar um hibrido – Ela disse parando e olhando pra mim – Um experimento feito com um humano, pois foi o único ser que respondeu perfeitamente sua energia.
- O que? – Perguntei sem acreditar.
- Veja bem, seu DNA é venenoso para vampiros e lobos e todos que se submeteram a esse experimento morriam, então eles testaram em humanos. – Ela deu de ombros – Alguns morreram, mas um conseguiu se adaptar e esteve sobre posse dos vampiros até alguns dias atrás.
- Como assim? – Eu continuava confuso.
- Parece que a criatura se revoltou com o conselho dos vampiros originais que o mantinham em cativeiro e fugiu – Ela disse um pouco tranqüila – E então para abafar o caso a academia de vampiros resolveu dizer que o hibrido da lenda estava vivo, mas na verdade eles estavam falando do hibrido que eles criaram.
- Então não era eu quem estava sendo procurado? – Perguntei confuso demais pra acreditar.
- No começo não. Mas agora sim – Ela sorriu um pouco sem graça – Isso virou uma confusão não é?
- Confusão é pouco – Eu disse – Todo esse tempo eles achavam que eu estava morto? Usaram uma experiência que não deu certo em um método de transformar um humano em hibrido e quando ele se revoltou, usaram a minha história pra transformar ele em mim, pra que ninguém soubesse dos experimentos? – Perguntei ironicamente.
- Você entendeu – Lucy afirmou com a cabeça.
- E onde está ele? – Perguntei
- Se escondendo atrás de sua sombra, com o hibrido verdadeiro sendo caçado, você acha que ele daria as caras? Ninguém sabe sobre ele, provavelmente deve estar escondido em algum lugar planejando algo ruim – Ela disse com olhos presos em mim – Tyler, quando o feitiço que ocultava sua presença se quebrou uma onda de energia circulou todo esse lugar, o conselho de vampiros se viram em um problema muito maior, não bastava um hibrido criado através de experiências ser uma ameaça, agora o verdadeiro hibrido também. É por isso que não pode destruir a pedra. Você precisa deter esse hibrido.
- Como sabe de tudo isso? – Perguntei um pouco pasmo com toda a história.
- Eu acabei me metendo nisso sem querer – Ela disse em um tom triste na voz – Mas eu vim te ajudar, só você pode resolver toda essa bagunça. – Ela disse.
- Porque eu? – Perguntei.
- Porque você é o alfa – Ela disse – O primeiro hibrido de linhagem, o verdadeiro dono do poder e o outro é um cara mau, ele quer matar todos os vampiros e lobisomens e bruxas também – Ela disse com mais ênfase. – Quer criar um exercito de híbridos.
- E ele pode? – Perguntei
- Claro que pode, ele já tentou, mas está fraco, não consegue criar um exército. Todo poder dele é limitado, porque não pertence a ele, pertence a você. Ele está atrás de você e é só até aqui que sei. – Ela admitiu.
- Você entende a bomba que está jogando em cima de mim? – Eu perguntei ironicamente – Eu já tenho um exercito de vampiros e lobos querendo minha cabeça, agora tenho que me preocupar com outro hibrido que eu nem sabia que existia?
- O que posso dizer, você é um troféu em tanto – Ela disse dando de ombros.
- O que você é? – Perguntei um pouco serio – Você é forte, mas não sinto seu cheiro, nem mesmo sua presença. Não posso saber quem você é, uma vampira, um lobisomem.
- É um feitiço – Ela disse um pouco rápida demais - Ninguém pode sentir minha presença, nem mesmo você.
- Um feitiço que oculta totalmente a presença de uma pessoa? Tenho duas amigas que usam um feitiço assim em um objeto que usam, mas não oculta a presença, só oculta o cheiro do sangue fresco e a pulsação. Uma delas é bruxa e a outra é uma filha de original – Eu disse confuso. – Feitiço que ocultam presenças eu só vi Luana fazer em lugares porque é temporário, não em objetos.
- Bruxas do campo – Ela revirou os olhos – Não são tão poderosas.
- Então seu amigo deve ser um mago bem poderoso. – Eu admiti.
- Sim, ele é – Ela sorriu gloriada. – Bem... – Ela se levantou – Tenho que ir, seus amigos chegarão aqui logo, meu amigo fez tipo uma coisa que identificava sua localização para a bruxa que está com você, poder sentir sua presença. – Ela sorriu. – Então eles já devem estar te procurando e vindo como loucos.
- E onde estou afinal de contas? – Perguntei observando o lugar
- Está mais perto do lugar aonde quer chegar, perto da fronteira da cidade, mas não saia até que eles cheguem. – Ela disse se virando para sair, mas eu a peguei pelo braço.
- O que você é? – Insisti em perguntar mais uma vez. Ela sempre escapava dessa pergunta.
- Pegue seu poder de volta e nos veremos outra vez – Ela disse olhando pra mime puxou o braço de mim. – Seja o alfa que você nasceu pra ser.
Um vazio passou por mim quando ela se foi, tudo que ela havia me dito, agora martelava em minha mente. Então eu estava com mais um problema e me parecia um dos grandes, um hibrido feito por experiência, que usa uma pequenina parte do meu poder quer criar um exercito de híbridos pra destruir todos os seres sobrenaturais desse mundo. Levando em conta que eu fui a pessoa que eles sempre quiseram matar e a pessoa que eles estão cassando agora, esse plano deveria ser vontade minha e eu sei que eu posso muito bem criar um exercito de híbridos, mas não quero matar ninguém por um pensamento tão egoísta assim. Tive uma ligeira vontade de segui-la e insistir em entender tudo aquilo, mas senti a presença dos meus amigos e logo depois um abraço agressivo contra mim.
Autor(a): mundo_diversos
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
- Cara, você está vivo, vivo, vivinho – Ele me chacoalhava - Ei, calma – Eu tentava me sair de seus abraços - Calma? Você sabe quanto tempo ficamos procurando por você? – Caroline gritou apontando pra mim. - Um dia? – Tentei adivinhar. - Dois dias – Ela me abraçou fungando suas lagrimas - Eu senti como ...
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