Fanfics Brasil - CAP 2 - MEU PROFESSOR É MALUCO CLÃS - Poder da Pedra

Fanfic: CLÃS - Poder da Pedra | Tema: Clãs


Capítulo: CAP 2 - MEU PROFESSOR É MALUCO

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 A hora passou rápido e já estávamos no horário de historia mística. O Sr. Forl era um professor aparentemente legal, apesar de que eu tinha uma ligeira impressão de que ele não gostava de mim, ele sempre nos motivava com grandes historias sobre os primeiros vampiros que deram origem a nossa linhagem.


— Bem... – O Sr. Forl começou a falar. – Hoje nossa aula é baseada em uma lenda muito antiga, ela começa assim:


 “Há muito tempo, quando os clãs originais ainda eram os únicos na terra, existia paz e trégua entre as espécies, nós éramos filhos da noite e podíamos andar por qualquer lugar durante esse período, e os demais podiam andar livremente ao dia.”


— Mas os originais não podiam andar sobre o sol? – Uma menina perguntou.


— Sim, eles podem, mas esse era o acordo entre as espécies, o dia para os lobisomens e a noite dos vampiros... Continuando... – O Sr. Forl limpou a garganta.


“Mas uma das vampiras se apaixonou perdidamente por um lobisomem e eles viveram um relacionamento secreto, pois embora eles vivessem em paz, uma das regras a serem mantidas era que nenhum invadisse o território do outro. Mas é claro que se falando em lobisomens, nada poderia acabar bem né? – Ele acrescentou e deu de ombros – “A jovem engravidou e por muito tempo tentou esconder isso de seu clã, mas quando foi descoberto começou uma crise entre os dois clãs”. “Durante o restante da gestação daquela vampira, a corte dos originais tanto dos lobos quanto dos vampiros, ficaram sem saber o que fazer, pois nem mesmo os oráculos podiam dizer o que estava por vim, a criatura no ventre daquela mulher ocultava o futuro dos olhos dos oráculos. Quando vampira deu a luz, uma nova espécie surgiu, assim como os clãs suspeitaram, uma espécie de híbrido desconhecido, metade vampiro e metade lobisomem”. Essa espécie era desconhecida e acabou se tornando uma ameaça tanto para os vampiros, quanto para os lobisomens, então para que os dois clãs continuarem seguros, resolveram acabar com aquele mal. Todas as espécies ficaram de acordo, porém, um dia antes de acontecer a grande reunião que decidiria o fim daquela situação o casal tentou fugir para salvar a criatura, por conta disso foi lançada uma busca para que pudessem resolver parcialmente a situação e puni-los adequadamente, sem ter que matá-los, porém o clã de lobisomens não fez questão de cumprir o acordo”.


 Um calafrio subiu ao meu corpo, “acabar com aquele mal” não me pareceu ser uma coisa boa.


— O que aconteceu então? – Perguntei e todos olharam para mim e depois de volta para o Sr. Forl.


— Bem, os lobisomens mataram a jovem vampira e por vingança, os vampiros mataram o jovem lobisomem, começando uma rivalidade entre ambos e o bebê monstro, foi entregue a uma bruxa, para ser algum tipo de sacrifício. – Ele deu de ombros


— Sacrifício para qual objetivo? – Insisti


— Apenas um sacrifício qualquer senhor Walker. Manter o equilíbrio das coisas – Ele me fuzilou com os olhos.


— Mas como assim a vampira engravidou? – Um dos alunos perguntou, e eu senti como se o Sr. Forl estivesse aliviado por ele ter o livrado de minhas perguntas.


— Todos sabem que os originais, não passam por uma transformação como nós, ou seja eles não passam de ser uma pessoa viva para uma morta, são seres vivos, sobrenaturais. Eles vivem como humanos qualquer, podem se abastecer com comida humana, apesar disso não matar a fome, podem andar pelo sol, uma estaca no coração não os matam, uma mordida de lobisomem não lhe causa efeito, podem hipnotizar outros vampiros, são mais fortes, mais rápidos e podem se reproduzir. – Sr. Forl lhe deu uma boa olhada. – Saberia disso se ao menos tocasse em seus livros de vez em quando.


 Todo meu corpo ardia, e eu não sabia o porquê, uma raiva repentina subia através da minha espinha se espalhando pelo corpo, me dando uma sensação de fraqueza, dor e ao mesmo tempo, poder e prazer.


 O sinal tocou me tirando do transe.


— Bem, o propósito dessa lenda é com o objetivo de analisarem a fraqueza do inimigo, e a nossa fraqueza, para que possamos trabalhar em ambas. E também para lembra-lhes de como podemos ser enganados por essas criaturas. Pesquisem sobre a guerra e comparem suas pesquisas ao tempo de hoje, com base na traição deles. – E por fim, ele fechou seu livro – Estão dispensados.


 Eu soltei uma garfada de ar ainda tremulo. O que tinha acontecido agora pouco? Minhas mãos e pernas ainda estavam se tremendo, então resolvi não sair do lugar, com medo de cair no chão.


— Hora de ir cara – Kaio deu um tapinha nas minhas costas.


— Me de um minuto, irei em um minuto. – Disse ainda de olhos fechados esperando a tontura passar.


Não sabia se Kaio já tinha ido, pois eu não podia escutar nada além do silencio. Tarde de mais pra falar, pois bem no momento em que eu achava que estava só, alguma coisa me cutucou.


— Ah, que diabos Kaio, eu já lhe disse que... – Minha boca caiu assim que eu abri os olhos.


Não era Kaio, quem estava a minha frente, era o Sr. Forl, com um sorriso malicioso no rosto.


— Meu jovem, algum problema? Precisa ir à enfermaria? – Ele perguntou – Precisa se alimentar?


— Não senhor! Estou bem – me consertei na cadeira imediatamente.


 Eu não sabia o que significava aquilo, mas, ele ficou mais ou menos uns cinco segundos olhando para minha cara, como se estivesse esperando eu dizer algo. Tentei lembrar-me dos últimos vandalismo que tinha feito na academia, se eu havia pescado em algum trabalho ou prova, ou se ao menos estivesse dormindo na aula dele, no momento de pânico minha mente me dava definitiva certeza de que eu era um santo.


— Eu juro que não fiz nada. – Foi à única coisa idiota que eu pude processar.


— Eu apenas quero saber qual o motivo de suas perguntas.- Ele disse em um sorriso – Está com algum problema em alguma pesquisa?


— Minhas perguntas? –Meu rosto passou de pânico para confuso.


— Não se faça de bobo, acha que eu não percebi seus questionários? O que você quer saber sobre esse assunto? – Sua voz pareceu mais grave


— Que assunto? Do que estamos falando? - Eu não tinha ideia do que ele estava falando.


 Sr. Forl franziu a testa e me encarou.


— Tem certeza de que não sabe do que estamos falando? – Ele perguntou confuso.


— Não faço a mínima ideia. - Respondi


— Bom, então você precisa esquecer que eu te perguntei. – Ele abriu um sorriso e bagunçou meu cabelo, ele se aproximou ao ponto de encarar fixamente em meus olhos antes de dizer que eu precisava esquecer.


Sr. Forl saiu instantaneamente, deixando varias interrogações na minha cabeça. Eu sempre achei que ele não era muito com minha cara, mas agora parecia que ele era um maluco, não sei o que ele tentou fazer me encarando tanto daquele jeito, mas me pareceu que ele queria me forçar a esquecer daquele momento.


— Andou aprontando? – Caroline perguntou atrás de mim. Senti-me eternamente grato por ela ter me tirado dos pensamentos em que eu me encontrava.


— Porque você não vai perturbar outra pessoa? – Apesar de saber disfarçar o quanto eu me senti agradecido, minha voz saiu um pouco rouca e Caroline riu.


— Eu gosto de perturbar você, se estressa mais rápido. – Ela deu um sorriso mostrando as curvinhas na bochecha.


 Caroline em momentos como esse não me parecia uma pessoa tão chata, tinha algumas coisas nela que me chamava atenção, como seu sorriso e seu olhar.


— O que é? – Ela fechou a cara.


— Nada. – Meu rosto ficou quente por me pegar encarando-a. Eu me virei pra sair.


— Serio o que foi aquilo com você hoje na sala? – Ela perguntou


— Do que está falando? – Minha voz saiu tremula.


— Você se torcendo enquanto ouvia aquela lenda, seu rosto ficou de uma forma diferente, seu olhar, era como se fosse estivesse pronto pra morrer ou para matar. – Ela explicava em gestos


— Não sei do que está falando. – Menti


— Thiago! – Ela disse em uma voz acusadora.


— Caroline! – Repeti o tom. – Me deixe em paz, para de ser chata.


 Por um momento eu pude ver a surpresa pelas minhas palavras em seu rosto, mas instantaneamente seus olhos fumegaram e ela saiu marchando batendo ombro comigo.


— Me desculpe por tentar ajudar. – Foi o que ela disse ou o que eu entendi.


— Depois eu que me estresso rápido. – Tentei gritar


— Vai pro inferno. – Ela gritou de volta.


— Primeiro as damas. – Não sei se ela ouviu, mas preferi que não tivesse ouvido, apesar de que ela fosse uma mulher, por ser mais velha, era mais forte que eu, me mataria.


 



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Autor(a): mundo_diversos

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 Enquanto caminhava para o dormitório me encontrei com Kaio, eu contei para ele o que havia acontecido na sala, tanto sobre a coisa toda que tinha acontecido comigo, quanto o professor e suas loucuras e a briga entre mim e Caroline. Chegamos ao prédio dos dormitórios e estava quase amanhecendo. — Cara, você tem que saber o porquê ...


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