Fanfics Brasil - CAP 5 - VAMOS A UMA FESTA CLÃS - Poder da Pedra

Fanfic: CLÃS - Poder da Pedra | Tema: Clãs


Capítulo: CAP 5 - VAMOS A UMA FESTA

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Percebi algumas manchas de sangue no papel, eram quase imperceptíveis, mas não para mim, não quando eu podia sentir esse cheiro doce vindo do papel que ela havia me entregado.


– Isso é seu sangue? – Perguntei a Caroline. Apontando para algumas gotinhas manchada no papel.


 Por um momento ela se confundiu, mas depois pareceu se lembrar de algo.


– Ah! – Ela disse - Lembrei, me cortei quando estava tentando tirar o livro da prateleira. Porque?


– Preciso me certificar de algo. – Eu disse


 Eu me levantei e fui até a gaveta da minha escrivaninha e peguei um estilete, fui até Kaio puxei sua mão e o cortei, o cheiro exalou minhas narinas, era bom, mas não tão bom quanto o de Caroline.


– O que você esta fazendo? Ficou louco foi? – Kaio disse me dando um soco no braço eu ignorei e fui até Caroline.


– Nem vem, o que há com você? – Ela se afastou de mim.


– Preciso me certificar de algo, confie em mim, por favor? – Eu olhei bem em seus olhos e com muita luta ela ergueu sua mão.


 Eu apenas fiz um pequeno furo e cheiro bateu em mim como navalhas. Era insuportavelmente doce.


– Ok! – Suspirei um pouco e a mistura do aroma do sangue deles causou ardência em minha garganta. - O ultimo aviso, era pra mim, pelo menos nesse momento – Eu admiti olhando eles.


– Como assim? – Caroline perguntou


– Só limpem o sangue, antes de eu falar. – Pedi


– Você só pode estar maluco, me corta e ainda manda eu limpar meu próprio sangue. É ser muita cara de pau viu? – Kaio resmungou


– Cala boca Kaio, só faça isso. – Caroline lhe jogou um pano. – Agora diga. – Ela me fitou.


– Bem, eu sei que isso deve soar meio louco, mas... Sangue de vampiro me causa quase a mesma sensação do sangue humano.


– O que? – Os dois perguntaram ao mesmo tempo.


– Eu não sei explicar – Falei nervoso embaralhando as palavras – Eu descobri isso hoje quando a Caroline veio mais cedo aqui, eu não queria contar porque isso é muito louco, eu sou um vampiro, não deveria sentir desejo de sangue de outro vampiro. Não é? Tipo, eu achei que era por Caroline ser uma descendente original e sangue de originais poderiam fazer esse efeito, em vampiros comuns, mas o seu sangue – Eu apontei para caio – Também tem um aroma bom.


– Não me surpreende. – Kaio disse


– Não? – Perguntei confuso


– Você é um sangolatra cara! Consegue sentir cheiro de sangues diferentes, sentir o cheiro a longa distancia, tudo relacionado a sangue pra você, não me surpreende. – Ele deu de ombros


– Isso é serio Kaio, eu nunca ouvi isso em toda minha vida. Não a parte do meu sangue. – Caroline falou – Você tem razão sobre os originais, por serem vampiros de veias pulsantes, tanto o cheiro quanto o gosto é como de uma pessoa humana, te da até mais força. Mas... O de Kaio...


– O que tem meu sangue? Ele disse que era bom – Kaio disse


– Claro, se você acha que ser comida de vampiro é ser bom. – Caroline deu de ombros


– Você precisa cuidar disso – Kaio disse a mim.


– Você sente desejo de matar? – Caroline perguntou e Kaio me fitou.


– Não, não! Definitivamente não! – Eu podia ver o alivio nos olhos dos meus amigos – É diferente, eu não sei explicar, é uma sede ardente como se eu precisasse provar, talvez não conseguiria beber de tão doce que parece ser, só o cheiro queima minha garganta.


– Nossa! Isso deve ser ruim cara – Kaio disse – Me lembre de não me machucar perto de você, não quero ser sua cobaia a tentativa de ter a certeza de que não é um desejo assassino.


– Kaio. – Caroline lhe deu uma olhada fatal.


– Já calei, já calei – Kaio levantou as mãos em sinal de trégua.


– Me desculpem, Eu não sei porque isso esta acontecendo agora – Eu disse


– Tudo bem Thiago, vamos lhe dar com isso, vamos arrumar um jeito de resolver isso, lembra do bilhete? Temos que ficar unidos, seja lá quem for essa pessoa, sabe o que está acontecendo com você e quando encontrarmos ela, poderemos resolver e saber o que esta acontecendo com todo mundo. – Caroline disse.


– Se encontrarmos – Kaio disse - E eu ainda não consigo confiar nisso – Ele admitiu


– Não temos escolhas, temos? - Perguntei


– Infelizmente não – Kaio disse


- Onde arrumou esse bilhete? – Perguntei a Caroline


- Estava dentro do livro – Ela respondeu – A pessoa sabia que eu encontraria o livro.


- Essa pessoa sabe demais – Eu disse


- Bem – Kaio disse se levantando – Não sei vocês, mas eu prefiro passar o resto do meu tempo curtindo uma vida normal. Eu vou para uma festa.


– Festa? – Perguntei confuso


– Amanha teremos uma palestra na academia, por isso não tivemos aula hoje, Elisa quis adiantar a festa já que não tínhamos nada para fazer hoje e a partir da semana que vem entraremos em recessos. – Kaio explicou


Ok, eu realmente havia esquecido a festa, esquecido de Elisa, esquecido de qualquer outra coisa nessa academia, mas confesso que senti um frio no estomago, eu iria vê-la hoje e ela estava esperando que eu fosse.


- Você vai? – Perguntei Caroline


- Vou! – Ela disse como se aquilo fosse obvio.


- Achei que não gostasse da Elisa – Dei de ombros


- De onde tirou isso? – Ela perguntou um pouco sem graça.


- Da sua reação quando eu disse que ia pra festa dela ao invés da nossa saída entre amigos – Eu disse.


- Na verdade você não tinha confirmado – Ela cruzou os braços – Mas enfim, não terá mais saída entre amigos, a única saída que teremos é para fora dessa academia.


- Eu ainda não gosto dessa idéia – Kaio disse


- Nenhum de nós gosta dessa idéia, confiar em alguém que não sabemos quem é pedir muito, eu sei... Mas depois desse bilhete, acho que não temos escolha. – Caroline admitiu


- Só não quero morrer de novo – Kaio disse


- Não vou deixar nenhuma estaca perfurar seu coração – Caroline disse


- Eu não vou deixar nenhuma estaca perfurar o coração de vocês – Eu disse


- Não se preocupe comigo, uma estaca não vai me matar lembra? – Caroline tocou no seu colar.


- Mas se permanecer enfiada em seu coração vai deixá-lo sem bater – Eu disse – E eu pretendo ouvi-lo bater outras vezes


Caroline piscou algumas vezes um pouco confusa, mas depois seu semblante mudou para um sorriso sem graça.


- Você ouviu meu coração bater – Ela disse


- Confesso que foi interessante – Eu ri


- Como você ouviu? – Kaio perguntou


- Quando eu tive que ir pegar o livro, precisava mostrar minha energia verdadeira, eu precisei tirar o colar. – Caroline explicou


- Então se Thiago ouviu seu coração, não acha que outra pessoa possa ter ouvido também? – Kaio perguntou – Você pode estar sendo procurada agora. E se essa reunião for uma armadilha pra pegar você. Todos esses anos escondendo quem você realmente é. – Kaio disse um pouco preocupado.


- Eu não tinha pensado nisso – Caroline disse


- Deveria – Kaio falou um pouco estressado – Parece que quanto mais andamos, mais caminhamos pra esse plano maluco do psicopata do papel.


- Somos peões – Caroline disse – Infelizmente caímos nessa teia, temos que sair dela do melhor jeito possível.


- Vamos embora amanha – Kaio disse – Logo depois da palestra.


- Eu concordo – Eu disse um pouco rápido demais. A idéia de sair daquela academia me deixava ansioso.


- Nos encontramos na festa – Caroline disse ignorando nossas instruções.


- Ela vai seguir a risca as recomendações escrita no papel não é? – Perguntei a Kaio.


- Infelizmente sim – Ele admitiu – Vou ficar de olho nela, nos encontramos na festa.


 


Vi meu melhor amigo Mané sair do quarto com uma das caras que quase nunca o vejo fazer, uma cara de preocupação e medo. Embora eu estivesse animado aquela festa, continuei ali sentado pensando em como tudo isso aconteceu. Havia tantas perguntas, tantos mistérios, e segundo o bilhete muitas mortes aconteceriam. Eu realmente espero que nenhum dos meus amigos esteja nessa lista.


 


 


 



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Autor(a): mundo_diversos

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A festa estava um pouco enjoativa, já havia acontecido varias brigas, o cheiro de vários tipos de sangue me deixava tonto, o ponche era meu único consolo nessas horas tinha álcool o bastante para suportar o mau cheiro exalando ao meu redor. Kaio estava dançado com Caroline em algum canto e eu não pude deixar de perceber o quanto ela ...


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