Fanfic: A Escolha Perfeita (Herroni) | Tema: Rebelde, Herroni, RBD

Várias horas de viagem até chegar em Seattle. O clima aqui é totalmente diferente de South Port, é frio, bastante umido e o sol quase não sai.  Sophia e Guilherme dorme no banco de trás do carro, o céu escurece aos poucos.

Ligo o GPS para encontrar o bairro de Hanna, cerca de 1 hora mais tarde chego ao meu destino. Acordo as crianças e saio do automovel.

Hanna nos cumprimenta e leva as crianças para dentro de sua casa para jantarem e dormire. Eu não paro um só segundo, começo a descarregar as nossas coisas e colocar em nossa nova casa.

O relógio marca 20:80, mas não paro, quero que amanhã tudo esteja em ordem para as crianças.

Amanhã o dia será longo. Pagar um pouco mais da nova casa, vender o carro, ir em busca de escolas para as crianças, de preferencia uma integral e procurar um emprego. Acho que nem conseguirei dormir direiro esta noite.

- Ei, não vai jantar? – Hanna aparece na porta de minha casa.

- Estou terminando aqui. – Junto as caixas em um canto.

- A casa ficou boa com alguns detalhes que você trouxe. Ela era mobiliada, mas não tinha decoração. – Comenta olhando ao redor.

- Sim, era o toque que faltava. A casa é realmente charmosa. – Sorrio e vejo as horas em meu relogio no pulso, já passam das 22 horas. O tempo realmente passou voando e nem percebi.

- Deixa as coisas que faltam para amanhã. Vem jantar e descansar.

Assinto e pego minha mochila com as roupas. Adentro a casa, está escura e calada. Lester dorme em um canto da sala.

- As crianças estão dormindo. – Comenta Hanna. – Vou te mostrar seu quarto. – Vai na frente, apenas a acompanho. – Aqui está. É o de hospedes. – Abre a porta e sorri.

Sorrio de volta. – Obrigado.

Entro e jogo a mochila sobre a cama. Só agora me dou conta de que Lester me acompanha.

Saio do quarto e vou jantar com Hanna, que ainda estava a minha espera.

- Vou fazer muitas coisas amanhã. – Comento de boca cheia.

- O que vai fazer?

- Pagar uma parcela da casa, vender o carro, procurar colegio para as crianças e emprego. – Bebo o meu suco.

- Nos jornais tem a parte que é destinada a somente empregos. Ele chega todos os dias pela manhã. É uma boa opção para começar. – Bebe seu chá de canela.

- Ótima ideia. – Concordo.

[...]

São exatamente 14 h e ainda não almoçei. Já organizei a casa, vendi meu carro, paguei todas as parcelas da nova casa, fiz a matricula de Guilherme e Sophia em um colegio integral e já fui a quatro entrevistas de emprego, mas acho que não me sai muito bem. Afinal de contas desde minha adolescencia não faço entrevistas. Como um salgado e refrigerante, então continuo as minhas entrevistas o dia todo. Chego em casa as 19:35, totalmente exausto. Guilherme e Sophia bricam com Lester, enquanto Hanna costura seu crochê.

- Então, como foi?

Desabo no sofá. – Consegui tudo menos um emprego.

- Não pensei que conseguiria no primeiro dia, mas logo vai. Você vai ver. – Diz ela entregando-me um prato com um sanduiche.

- Obrigado. – Sorrio e pego o prato de suas mãos.

- Amanhã terá novas vagas no jornal.

Assinto.

[...]

Não consigo dormir nada.  A preocupação me atormenta a casa segundo. Arrume um emprego, Alfonso! Arrume um emprego..., grita minha conciencia. Viro e me reviro na cama sem parar.

O sol começa a tomar conta de meu quarto e o meu celular desperta. Levanto-me da cama zonzo de cansaço e vou tomar um bom banho.

Visto meu melhor terno – ele é cinza escuro, quase negro -, penteio meu cabelo, ajeito a gravata, calço meu sapato social e vou para a cozinha preparar um café para mim e para as crianças que ainda dormem em seus devidos quartos.

Tento fazer uma boa mesa de cadé com algumas coisinhas que comprei ontem. Finalizo tudo e vou ao quarto de cada um acordá-los para tomarem banho e o café da manhã que os espera.

[...]

Depois que Guilherme e Sophia pegam o onibus para o primeiro dia na escola pego o metrô para ir à procura de emprego novamente, em outras empresas. Espero ter mais sorte desta vez.

Espalho alguns curriculos e compro um jornal para me atualizar nas vagas de emprego de hoje, já que em Seattle, sempre está mudando. Logo vejo uma vaga de auxiliar de escritório em uma empresa daqui chamada: “Perroni Enterprise”. Vou a caminho de uma lan house e faço uma pesquisa sobre ela e logo a encontro. Ela é muito importante e influente na cidade e no país também. Editora de grandes revistas, ela é uma grande geração da familia Perroni, hoje a dona de tudo é Maite Perroni, a única filha dos Perroni. Só tenho seu nome, nenhuma foto na internet somente algumas noticias sobre a familia e a Editora.

Pego o endereço do lugar e pego um TAXI que logo me leva a empresa. O prédio é enorme, moderno e luxuoso. Pago o taxista e adentro o lugar, na recepção há uma mulher bem vestida.

- Boa tarde. – A saúdo.

Ela então ergue seus olhos negros para mim e seus labios se curvam em um gentil sorriso. – Boa tarde, senhor. Como posso lhe ajudar?

- Estou aqui para uma entrevista de emprego que anunciaram no Jornal. – Digo-lhe.

- Ok. Pegue o elevador, vá até o ultimo andar e espera na segunda recepção.

Assinto. – Obrigado.

Pego o elevador e façço o que ela disse. Aproveito o tempo sozinho ali e me olho nos espelhos, já que o elevador é revestido pelo mesmo pelos quatro lados. Arrumo meu cabelo, a gravata e o terno. Minha aparencia não está tão ruim.

O elevador se abre e vejo varias pessoas sentandas na recepção a espera da tal entrevista.

Caramba... Pelo visto essa vai ser competitiva.

Fico ali também a espera da minha vez.

[...]

Cerca de duas horas mais tarde, finalmente eu sou o proximo a entrar para a entrevista. Um rapaz, com aparencia de uns 20 anos sai da sala cabisbaixo acompanhado de uma mulher de terninho branco e elegante.

- O próximo, pode entrar. – Diz ela a mim gentilmente.

Respiro fundo e entro. Ao abrir a porta vejo uma enorme mesa, um escritório enorme, luxuoso e impecavel. Na mesa há uma mulher de cabelos negros, longos e lisos. Com certeza tem menos de 30 anos de idade. Seu cabelo brilha com muita intensidade, é um negro natural, não é tinta, posso perceber isso. Ela usa uma maquiagem não muito forte e batom vermelhos em seus labios chamativos. Seus olhos são tão negros como a escuridão e me fitam com astucia e uma certa rigidez.

- Se aproxime e sente-se. Não tenho muito tempo. – Diz ela, sua voz séria, porém ao mesmo tempo educada.

Assim faço. Estou nervoso, que mulher é essa? Me dá até medo, droga! Muito séria. Fico sem saber o que falar ou fazer.

Entrego meu curriculo a ela, que ao pegar sua mão resvala de leve na minha e me sinto estranho com seu toque.  Já ela parece não sentir nada, sua expressão é impassivel e posso até dizer: fria... Totalmente profissional.

Engulo em seco e tento me acalmar aos poucos. Srta. Collins mira meu curriculo com bastante atenção.

De repente coloca o papel sobre a mesa e mirá-me de uma maneira séria e gelida. – Alfonso Herrera, 33 anos de idade e ex-empresário? – Ergue sua sonbrancelha esquerda. – De que se tratava sua empresa, sr. Herrera?

Esfrego minhas mãos suadas em minha calça. – Era um posto de gasolina, o qual vendi por problemas financeiros. – Respondo formalmente, minha voz soa grave.

- Certo. – Ela rabisca algo em meu curriculo. – Por que devo lhe contratar?

Ajeito-me na cadeira. – Porque sou o auxiliar que necessita em sua empresa, tenho experiencia no ramo e entendo de papeis de escrotório. – Respondo firme.

Vejo um brilho em seus olhos que me fitam com atenção. – Boa resposta.

Fico mais aliviado.

- Mas, - A fito tenso. Sempre esse “mas” fudido... Droga! – Não é o bastante, naverdade essa resposta é meio generica. Sei que pode se sair melhor.

Lompo a garganta. – Srta. Perroni, vou ser sincero. – Pauso. – Preciso desse emprego desesperadamente e você de um secretário, então o que acha de agilizarmos o procedimento? – Inclino minha cabeça para o lado fitando-a.

Vejo uma sombra de um breve sorriso em seu rosto. – Ok, essa foi bem melhor, porem tenho mais perguntas para você: É casado?

Travo a mandibula. – O que isso implica na minha contratação? Acho que nada, então com todo o meu respeito não é de sua conta! – Controlo o maximo que posso minha voz.

- Não entendo porque está tão exaltando e não me responde essa pergunta. – Ela mira-me séria, porém ao mesmo tempo com certa serenidade enquanto fica com sua cadeira para lá e para cá.

Cumprimo meus olhos mirando-a. – É que minha vida fora daqui não interessa.

Srta. Perroni se reencosta em sua cadeira e mira-me. Parece refletir sobre algo. – Ok, Sr. Thompson. Está contratado por seu... Atrevimento. – Diz com certo humor. – Começa amanhã mesmo. – Guarda meu curriculo em uma pasta. – Avise a Glenda, a moça da recepção lá fora que pode encerrar as entrevistas, por favor. – ela se levanta de uma maneira gloriosa e faço o mesmo, só que um pouco atrapalhado. Ainda não consigo acreditar que consegui, mesmo sendo um pouco “grosseiro” de certa forma. – Seja bem vindo a empresa “Perrroni”. – Ergue sua mão para mim, suas unhas bem feitas, pintadas de um esmalte vermelho sangue.

- Ah... Obrigado. – Atordoado aceito seu cumprimento.

Oh, nossa... Que mão macia...  Sinto uma enorme vontade de puxá-la até meus labios e beijá-la, mas a coragem me falta. Então há solto um pouco assustado... Será que ela percebeu meu devaneio?

Fico ali parado igual um poste. Maite mira-me em puro questionamento, tipo: “O que faz ainda parado aí, idiota?” Pigarreio e então saio de lá.

Droga!

Não tem como eu ser mais imbecil... Reviro os olhos e abro a porta fazendo o que ela me disserá, dando o recado a Glenda, da recepção.

Volto para a casa sem acreditar... Arrumei um emprego, um emprego em uma grande empresa... Meu Deus, que alivio que sinto.