Fanfic: Tempo é Dinheiro | Tema: Vondy

Christopher

Meu sangue fervia dentre minhas veias. Finalmente consegui algo que planejava há tanto tempo.

Olhei para minha obra recém feita: Seus cabelos estavam presos em um rabo-de-cavalo perfeito que eu mesmo fiz e seus pulsos estavam algemados sobre a mesa de ferro.

— Vai pagar pelo que fez com minha mãe, Saviñón. Ah vai...

Foi difícil trazê-la em meu colo. Sua roupa era horrível, e me incomodava em todos os lugares. Seu hálito me matava de tão ruim, e seu corpo junto ao meu causava coisas que eu preferia morrer ao sentir.

— Papai, volte... — ouvi ela murmurando enquanto dormia. — Para onde o senhor vai?...

Pensei em como ela era elegante. 

Soltei uma risada baixa.

— Claro. Com tanto dinheiro, até eu pareceria um príncipe.

Abri a porta do quarto e fui para sala.

— E aí? A princesa está dormindo? — perguntou minha irmã.

— Está sim. — respondi.

Maite se sentou no sofá e pôs a cabeça entre as mãos.

— Ela e sua família vão pagar por cada sofrimento que nos causou. — afirmou. — E bem lentamente.

Eu assenti, concordando.

Maite sempre sonhou com o momento em que finalmente se vingaria. Ela sofreu muito pela morte da mamãe e quase não conseguiu superar.

A sorte foi que eu estava ao seu lado, pronto para apoiá-la, e vendo  como minha irmã sofria, tive a brilhante ideia de armar uma vingança.

No entanto, eu não esperava que o senhor Saviñón saísse da cidade.

Aquele homem é um paspalho.

E como ele fez a mensão de cair fora, nos sobrou sua primogenita: Dulce Saviñón.

O que eu não sabia, era que a mulher se tornou uma completa idiota. Fala sério, andar bêbada em uma rua deserta, numa das cidades mais perigosas do mundo? Por favor, né.

— May, posso dizer uma coisa? — falei sentando-me ao seu lado.

Ela me olhou com atenção.

— Claro.

Respirei fundo antes de dizer:

— E se essa mulher não tiver culpa de nada? Quer dizer, ela me pareceu tão ingênua.

— Ucker, por favor! Não se deixe iludir pela aparência horrorosa dela! — Maite disse se levantando e ficando em pé na minha frente.

— Não sei, bem... — cocei minha nuca. — Ela disse alguma coisa sobre o pai ter ido embora... Achei que nem soubesse da existência de nossa família.

Ela soltou uma risada amarga.

— É tudo fingimento. — declarou. — Ela é uma hipócrita. É isso.

Assenti vencido pela sua teimosia.

— Vou lá ver como a Red está. — falou indo até o quarto.

Red é o código que inventamos para identificar Dulce. Ela tem o cabelo vermelho, então nada mais natural do que Red.

Enquanto ela apreciava nossa prisioneira, eu pensava em mil maneiras de torturar a mesma.

Sorri com meu pensamento sujo.

— Ucker! — Maite gritou.

Levantei do sofá e andei até lá rápidamente.

— O que foi?

A aparência dela era lamentável e suas ações variavam dentre irritada para extremamente irritada.

— Onde está a ruiva?! — disse ela.

Entrei no cômodo e vi que as algemas estavam soltas na mesa.

A Red já não estava mais lá.

 Autora

2º capítulo! Muito obrigada pelos comentários! O que acharam deste capítulo? Maite é bem determinada, não acham? *-* Alguém desconfia do que aconteceu com a Dulce? ^-^ Até o próximo, e aproveitem! Um beijo e fiquem com Deus <3