Fanfic: Procura-se o amor. | Tema: Rebelde, Vondy

Aquele terrível dia enfim havia acabado. Perdi as contas de quantas gafes cometi e ainda nem alcancei meu objetivo. Outro dia de luta se inicia.

Anahí me contou que Christopher foi falar com ela depois que sai correndo, segundo minha amiga ela não lhe disse nada, mas não posso confiar muito. Anahí também é piradinha.

Assim que o sol amanheceu pensei em desistir, voltar para a casa e esquecer essa história. Mas sou Dulce Maria e não desisto nunca. Ou quase nunca.

- Amiga precisamos dar uma voltinha nas lojinhas da cidade, aproveitar e passar na igreja também.  – disse Anahí.

- Não tenho tempo para isso, preciso bolar outro plano. – tinha que manter o foco.

- Quer lugar melhor para pensar do que uma igreja?

- Isso é pecado Anahí, não me faça ser mais pecadora ainda.

- Se arruma logo, quero comprar algumas coisinhas.

Era mesmo uma pecadora, quero o homem da outra, só por uma noite, mas quero e ainda fico arquitetando planos para isso. Sou uma péssima pessoa, mas também não tenho culpa desse enorme azar.

Arrumamos-nos e seguimos de a pé para a pracinha e as lojinhas que havia em volta da igreja. Era um lugar tranqüilo, sem muito movimento e ótimo para pensar. Só precisava continuar com a ideia de seduzi-lo, em algum momento iria dar certo. O Christopher cafajeste ainda existe dentro dele e preciso desse Christopher para me livrar da falta de sorte.

- Olha só aquelas blusinhas, ain vou levar todas. – Annie saiu correndo atrás da barraquinha de camisetas. Seu lado consumista sempre fala mais alto.

Fui atrás dela e fiquei olhando as peças que ali tinham, iria levar alguma lembrança para meus pais, uma camiseta poderia ser uma boa ideia. Compramos algumas coisas na barraquinha e continuamos a andar por ali.

- Doce de tamarindo. – gritei assim que vi um senhor vendando. – Vamos Annie, adoro esse doce.

Compramos o doce e continuamos comendo por ali, aquela manhã estava sendo agradável havia até me esquecido da loucura do dia anterior. Tinha relaxado um pouco e com doce consigo relaxar ainda mais. Comia com vontade, há tempos não comprava esse doce e é muito bom. Estava tão distraída que meu coração quase pulou para fora quando escutei aquela voz.

- Meninas. – fiquei tão assustada que coloquei o doce inteiro na boca para não precisar dizer nada.

- Ucker. Oi. – Annie o cumprimentou. – Esta nos seguindo é? – brincou.

- Parece que sim Annie. Gosto de andar por aqui, vir na capela. – ele indo na capela e eu tentando desvirtuá-lo.

- Que bacana, sempre gosto de vir para cá também. Já fiz muitas selfs por essas ruas, Maite esta morrendo de inveja em Monterrey.

- Que saudade de May, ultima vez que vi meu primo eles ainda estavam pensando em noivar.

- Nossa então faz tempo mesmo. – comentou Anahí. Os dois me olharam e eu ainda mastigava porem o doce não estava descendo direito na garganta, havia colocado muito na boca. Comecei a bater no peito tentando expulsar o que estava entalado na garganta, mas não saia. Porque sempre tem que acontecer alguma coisa comigo quando estou na frente dele?

- Dulce você ta bem? – Christopher se aproximou de mim assustado junto com Anahí. Apontei para a garganta tentando falar, mas nada saia.

- Ah meu Deus, ela engasgou. Ajuda Ucker! – Anahí me dava tapinhas nas costas quando Christopher a afastou e me agarrou com força pelas costas e pressionou meu estômago, logo todo o doce que estava comendo voou para o chão e comecei a tossir.

- Você esta bem? – perguntou próximo ao meu ouvido ainda me segurando. Até a tosse se cessou quando senti melhor aquelas mãos que há tantos anos estava afastada de mim, aquele hálito quente sobre os meus cabelos... O que estou pensando?

- Você sabe que há um jeito para ficar melhor... – precisava aproveitar as oportunidades que a vida me dá. Quem sabe ele não aceita, não é uma ideia tão recusável assim.

- Como pegar um velho no banheiro? – se afastou. – Sei bem qual é seu jogo Dul, não esqueça que já joguei uma vez. Não ira funcionar.

Já jogou uma vez. Não jogou nada, quem jogou fui eu cai nas armadilhas desse garoto e me entreguei a ele de todo coração, ok, foi outra coisa que entreguei, mas não vem ao caso. E em troca não recebi nada além de desprezo, jamais irei esquecer isso uma linda noite, um péssimo dia. Ele merecia muito mais do que um simples soco na cara, merecia um soco no coração. Porque foi o meu coração que doeu quando percebi que aquela noite só havia tido importância para mim. Para ele parecia que nada tinha acontecido.

- Naquele jogo fui eu quem perdi.

- Não diga o que não sabe. – me encarou por mais algum tempo, até se voltar pra Anahí. – Vocês já têm onde almoçar? Podemos comer juntos, a Bel esta na casa dos avos.

- Acho que nós não iremos ainda estou mal. – fingi tossir. Não queria passar mais tempo com ele, não estando despreparada. Vim aqui para uma coisa e preciso fazer somente isso.

- Você sempre mentiu mal Dul. Vamos? – Anahí concordou com a cabeça e os dois saíram a minha frente.

Fomos para um restaurante não muito longe dali a comida era caseira e o cheiro delicioso. Escolhemos os pratos e nos sentamos do lado de fora para esperamos os pedidos. Anahí e Christopher conversaram muito no caminho, no passado os dois ate namoraram e sempre tiveram uma boa sintonia. Bem ao contrario de nós dois.