Fanfic: Procura-se o amor. | Tema: Rebelde, Vondy

Christopher me levou para dentro, no seu colo via tudo girar e apesar do efeito gostoso do álcool, estava um pouco enjoada. Olhei para ele, nem parecia estar incomodado por me carregar, e nem olhava para mim também. Mas ele era tão lindo e tão atencioso. Queria que cuidasse de mim para sempre.

- Onde eu to? – perguntei assim que ele me colocou em uma cama. Nunca tinha estado naquele lugar antes.

- No meu quarto. – sentou-se perto de mim. – Acho melhor você dormir, ainda temos muito que fazer amanha.

- Não quero dormir, quero descer, dançar, conversar. Eu to bem. – tentei me levantar, mas ele me impediu.

- Não vai Dulce, deita ai, logo vai dormir. Também vou me deitar. – tirou meus sapatos e pude rolar para o lado me aconchegando. Ele fez o mesmo tirou o sapato e a camisa. Estava muito calor aquela noite, mas não estava preparada para vê-lo sem camisa.

- Dorme de cueca? – perguntei.

- Não, vou só trocar de roupa. – entrou no banheiro que havia no quarto.

- Vai trocar a minha também?

- Não. – respondeu seco.

Abracei o travesseiro e senti um peso nas costas, estava começando a ficar cansada. Mas não queria dormir, gostaria de poder aproveitar mais aquele momento, mas talvez não conseguisse. Christopher voltou do banheiro com um samba canção e uma camiseta e se agachou ao meu lado da cama.

- Tenho a sensação de estar vivendo um Djavan. – só agora consegui pensar no que aquilo estava remetendo.

- Deja vu. – me corrigiu. – Por quê?

- Há mais de dez anos atrás nós também estávamos em uma festa, bebemos muito e viemos para um lugar igual a esse. Seu quarto.

Christopher virou-se de lado para me olhar.

- Nossa nem tinha pensado nisso, é mesmo. Que loucura não?

- A diferença era que quem estava bêbado aquele dia era você, e hoje não vamos fazer nenhuma bobeira como aquele dia.

- Você acha que aquele dia foi uma bobeira? – o encarei.

- Não, mas não é só eu que tinha que pensar assim. – e de repente as lagrimas começaram a molhar meu rosto.

- Porque esta chorando? – se aproximou mais.

- Sabe Ucker, acho que estou sentindo o peso de ser azarada no amor. Olha só para todo mundo. Todos encontraram alguém, estão felizes e celebrando a meia idade namorando, casando enquanto eu celebro bebendo. – mais lagrimas caiam sobre uma face. – Sou a única que não recebe carinho, que ninguém me chama para jantar, que precisa arranjar novas amigas, pois as melhores já têm alguém com quem ficar. Sei que parece que sinto pena de mim mesma, mas a verdade é que só estou querendo carinho e afeto e não sei onde procurar isso. – confessei. Estava tão chapada que acabei confessando isso justo a ele. Não queria jamais que Christopher soubesse as minhas fraquezas.

- Não diga isso Dul. – me abraçou. – Ainda vai apareceu alguém que ira enxergar todas as suas qualidades. Perceberá o quanto você é única e especial, e maluca também. – sorriu – Você é a mulher ideal, tem tudo na medida certa. E bobo é quem não percebe isso.

- Então temos muitos bobos. – minha voz estava embargada, mas ainda assim sorri. Aquelas palavras haviam me feito bem, bem até demais.

- Posso te confessar uma coisa? – ele estava bem perto de meu rosto e me olhava no fundo dos olhos.

- Pode. – respondi enquanto ele secava minhas lagrimas com os dedos.

- Sim. Se eu não namorasse a Belinda, eu poderia sim ser seu namorado, era só você deixar. – Aquela confissão deixou meu coração mais leve, uma onda de alegria, felicidade, prazer me invadiu.

- Queria ter conhecido esse Christopher antes. – esse cara na minha frente, não é o mesmo que tirou minha virgindade, que implicava com tudo que fazia. Mas a verdade é que não importa quem ele seja sempre fui apaixonada por este homem, e cada vez me convenço mais que ainda sou.

- Eu também queria ter te reencontrado antes.

E me beijou. Segurou minha nuca e me puxou para mais perto em um delicioso beijo. Todas as vezes que o beijo é a mesma sensação, como se estivéssemos somente nós dois no mundo.

- Agora dorme Dul, por favor. – nem precisou pedir duas vezes acabei adormecendo rapidinho.

Aquela noite realmente se parecia muito com a nossa primeira última noite juntos. Mas o desfecho foi diferente. Da última vez acabamos sem roupa e me trazendo o enorme azar. Porém dessa vez não, estávamos juntos e aproveitando aquela calmaria que não teve da outra vez. Não éramos mais os dois adolescentes irresponsáveis e brigões. Havíamos crescidos, amadurecidos, e agora somos dois adultos tentando respeitar os limites um do outro. Queria ser assim e pensar assim quando tinha 17 anos e tive a oportunidade de amá-lo.

No dia seguinte acordei com o quarto todo iluminado, o sol havia nascido há tempos. O quarto estava vazio. Flashes da noite anterior rondavam minha cabeça. Bebida. Dançando estranhamente. Dormindo com Christopher. E uma terrível dor de cabaça.

Levantei da cama e senti tudo girar. Estava com uma dor de cabeça horrível e lembranças embaralhadas. Sai do quarto a procura de alguém, mas o corredor estava vazio.

Continuei caminhando até chegar às escadas, minha vista estava turva, e tudo culpa da bebida. Os degraus pareciam dois ao invés de um, e não sabia como descer aquilo e não tropeçar. Segurei-me forte no corrimão e fui degrau por degrau com dificuldade. Nunca mais irei beber.

Assim que cheguei ao último lance de escada parece que minha vista piorou, não conseguia distinguir os degraus e no final da escada havia uma das tias de Maite com um lindo bolo de chantilly e morangos.

Não poderia cair, já estou ferrada o suficiente sem levar um tombinho. Mas como nada acontece como quero, pisei em falso e desci quase correndo as escadas caindo de cara no bolo.

Não, não pode ser. Malmente acordei e já estou morrendo e levando tortadas na cara. Quando é que terei um dia de plena sorte? Meu rosto estava só chantilly e morangos, e parecia haver um enorme bicho em cima de minha cabeça.

- Dulce, era a sobremesa do almoço. – lamentou a senhora que segurava o bolo.

- Desculpa... Mas se serve de consolo estava muito bom. – passei o dedo por meu rosto de lambi. Estava bom mesmo, mas em mim não. Sentia minha pele engordurada e odiava a sensação de sujeira.

- Perdemos nossa sobremesa. Você não olha por onde anda?

- Estou de ressaca, não estou vendo nem a senhora direito. – retruquei.

- Estou vendo mesmo. Direi que a culpa é sua! – Saiu furiosa pela casa. Tudo é culpa minha, me envolver com um idiota e ter azar para sempre é culpa minha. Beber até perder as papás na língua é culpa minha. Gostar de um cara que namora é culpa minha. Tudo é culpa minha!

- Dul, que bom que te achei. Como está? – Maite veio até mim.

- Coberta de bolo. – respondi humorada.

- Nossa é impressionante como seus dias já começam atrapalhados. Mas foi bom te encontrar.

- Preciso tomar banho May, e saber o que fiz ontem. Paguei muito mico?

- Diversos, amiga. ANNIE A DULCE ACORDOU. – gritou para Anahí que veio correndo da varanda. – precisamos conversar.

- O que mais eu fiz? – perguntei já sabendo que viria bomba.

Enquanto tomava banho na deliciosa banheira do quarto de Maite e tirava toda a torta de meu rosto, as meninas se sentaram a borda.

- Dul, o Ucker veio conversar com a gente. – disse Anahí.

- Sério? Sobre o que? Fiz alguma coisa com ele? O obriguei a transar comigo? – já estava aflita, o que havia feito para esse homem dessa vez.

- Não, não fez nada disso. Na verdade, ele foi muito gentil em vir conversar conosco.

- Então o que ele disse? – encostei a cabeça na borda da banheira.

- Ele nos contou sobre a conversa de vocês ontem. Disse que você está sensível e carente, ele não acredita no fato de não haver nenhum homem interessado em você.

- Ele disse isso? – Minha voz saiu mais melancólica do que esperava. As meninas trocaram olhar e se voltaram para mim.

- Dul, sei que demos muito apoio para você investir mais nele, e também aceitamos que bom grado você gostar dele. Mas eu e Annie estávamos pensando e tem um problema ai. – começou Maite.

- Ele namora Dul e sei que namoros podem acabar, mas já pensou que isso pode te fazer mal? Como ele mesmo disse você está sensível e fugindo da missão. Christopher é um pão, mas o preço a se pagar por ele pode ser muito alto.

- Não te queremos ver sofrer amiga e por isso estamos falando isso. Você sabe qual é a saída, queríamos encontrar Christopher por uma razão, e dessa razão que devemos nos lembrar. Ele pode ser um cara legal, bacana e muito bonito, mas existem muitos outros por ai...

Meus olhos estavam marejados. Aquelas palavras me feriram, sei que elas querem o meu bem e estão falando isso para me ajudar, porém não é fácil encarar essa realidade. Infelizmente estou nutrindo um sentimento por Christopher e isto não é fácil de admitir, ainda mais vendo todos os obstáculos que nos cercam.

Somos de dois mundos diferentes, ainda estou tentando estabilizar minha vida enquanto ele já tem tudo estabilizado. Sou a solteirona convicta e ele o romântico apaixonado. Sou a desesperada por sexo e ele o homem que da amor. Sou a maluca e ele o certinho. No passado nossos papéis poderiam ser inversos, mas hoje é essa definição e da para perceber a imensidão que nos separa.

- Sei que existem outros... – balbuciei.

- Então amiga, precisamos voltar para o plano e encontrar o homem que se encaixe com você.

- Ele disse que não gosta de mim May? – estava com medo da resposta.

- Ele gosta Dulce. – Anahí me assegurou. – Mas existem outras circunstâncias.

- Ele gosta de Belinda também e tudo isso esta o deixando confuso e está te confundindo também. É por isso que eu digo amiga, segue com o plano e pega de volta a sorte que é sua e esqueça ele.

Essa era a ideia desde o princípio livrar-me do azar e seguir meu caminho. Não pensei somente com a cabeça quando entrei nessa aventura, mas também com o coração e agora estou envolvida numa história que não seguirá, não terá final, pois jamais teve um começo. Gosto de um homem que não pode gostar de mim.

O que mais chateia é saber que ele conversou com minhas melhores amigas para elas me afastarem dele. Christopher me enganou, parecia um homem fofo, gentil e atencioso, mas a verdade estava só procurando uma maneira de me afastar. Porque sempre sofro por esse idiota?

- Fiz tudo errado não é? – deixei uma lágrima escorrer.

- Você não fez nada errado Dul, é normal isso, no passado vocês tiveram toda uma história.

- Que acabou mal. – sequei as lagrimas e respirei fundo. Não posso deixar esse idiota me abalar de novo. – Precisamos seguir com o plano! – disse firme.

- Nós temos uma ideia. – Anahí deu um sorriso malicioso.

O cap ficou enorme né gente, mas to com preguiça de dividir em duas partes hihi; 

dulcemaria_candy_: Precisamos dela mais vezes bebada kkkkk sobrou para todo mundo, mas no final ela ficou melancolica e chorona e ganhou palavras bonitas do Ucker das quais ela nem deve se lembrar 

luh_perronita: Dulce só apronta, e Ucker descobriu um jeito certinho de calar a boca dela. aaanw lindaaa <3

Rebeca: Miga esse site é mt loco, qal a logica de saber as vizualizações dos outros e não saber as suas, mdds ---' kkkk ele repondeeeeu uhuu e ainda teve beijo, fala sério fui generosa kkk Mas sinto como se ele tivesse a apunhalado pelas costas por ter dito td isso as meninas :( ai eu tbm canto o dia td amigaa, precisa me ver cantando em espanhol é lindo, inglês então, nossa arraso, so que nunca, canto mt mal tbm, mas pior q cantar é dançar msm chesus nunca queria me ver dançando é tipo a Dulce dançando bebada se não pior kkk 

Mandy: Pois é o Ucker da umas bolas fora as vezes não é, mas ele esta bem confuso, porém eu vou dar um jeito em breve dele ficar menos confuso hahah