Fanfic: Procura-se o amor. | Tema: Rebelde, Vondy

Acabei sendo arrastada na balada por dois seguranças enormes enquanto o carinha que eu nem consegui saber o nome saiu com um outro segurança. Que vergonha! Como consigo ser tão desastrada. Os seguranças até que foram legais, perguntaram se não haviam me assediado, mas não aconteceu, ou eu faria um escândalo horroroso. Sou boa nisso! Como consequência tive que voltar para a casa. Sozinha e fracassada em quesitos amorosos mais uma vez no sábado a noite.

É a depravação, não querer ficar com ninguém é uma coisa, mas parecer uma palhaça na frente de quem você quer conhecer é brincadeira do cosmos, do destino da vida e da minha nada sorte com os homens. Não há nada psicológico, nenhum trauma, nadinha, apenas a minha falta de sorte. Ou talvez excesso, ficar sozinha tem as suas vantagens, ninguém te cobra nada, você não precisa gastar um quilo de maquiagem para receber o namorado em casa, não precisa se depilar regularmente principalmente no frio. Enfim tem um lado bom, ou eu estou desesperadamente procurando um lado bom.

A verdade é que não gosto de me sentir sozinha. Meus pais moram longe e minhas amigas estão se arranjando por ai, enquanto eu vou dormir a meia-noite de um sábado. Não tem jeito, estou depressiva! Talvez hibernar por um dia resolva.

A tentativa de tentar hibernar falhou assim que Maite me ligou as nove da manhã. Quem liga as nova da manhã para uma amiga que teve uma noite desastrosa? Somente Maite.

- Amiga venha aqui na casa do Chris. Vamos tomar um banho de piscina, preciso me bronzear.

- E eu preciso dormir. Chame a Anahí.

- Ui grossa! A Annie está com algum carinha, me mandou uma mensagem ontem dizendo que te perdeu. Venha logo quero saber o que aconteceu.

Sem outra alternativa tomei um banho e troquei de roupa logo. Coloquei tudo o que precisaria em uma bolsa de praia e fui para a casa de Christian.

Seria bom contar ao alguém, aposto que ela ira rir. Mas lembrando agora, realmente foi engraçado. Dei uma gargalhada alta enquanto dirigia. Como posso ser tão louca?

Em vinte minutos cheguei a casa de Christian. Ele estava na cozinha preparando alguma coisa enquanto Maite tomava sol. A casa era dos pais dele, mas os dois sempre saíam aos fins de semana. E era enorme, dois andares, uma piscina, churrasqueira decorada. Meu sonho de casa.

- Você o que? – Maite gargalhava alto enquanto ouvia os acontecimentos da noite anterior. – Amiga como você consegue fazer essas coisas?

- Não ri May, não foi legal. Nem tempo de beijar deu. – respondi com bico decepcionada pelo meu fracasso.

- Também você quase matou o homem. – riu mais uma vez. – Mas eu tenho uma boa notícia.

- Sério? Preciso de uma boa notícia. – alguma coisa nova iria me fazer bem e esquecer as paranóias.

- Eu sei como descobrir como tudo isso está acontecendo com você. Foi alguma coisa mal resolvida no seu passado, hm não sei, um namoro, uma ficada ou algum carinha que você gostava e não seu certo.

Revirei os olhos, lá estava ela falando mais uma vez sobre isso. Não havia nada no meu passado que havia me deixado assim. Já pensei e repensei mil vezes, mas não há nada.

- Você cursou nutrição na faculdade, não psicologia para achar que sabe o que está falando.

- Eu pesquisei ok? – se aproximou me olhando profundamente. – isso pode ser uma maldição, ou alguma coisa que não bateu direito no seu passado. Você deve ter tido uma paixão retraída ou mudaram o curso do seu destino.

- Eu não mudei nada May! Tá parecendo uma louca falando.

- Dulce é sério. E se você encontrou o amor da sua vida e o deixou escapar? E agora está com esse problema de exposição, você fala coisas sem sentido para os homens. E se como punição por ter deixado alguma coisa mal resolvida no passado? Ou pior e se você pegou a maldição de alguém sobre ter azar em relacionamentos?

O que Maite falava não havia muita conexão, mas poderia haver sentido e se eu tivesse pegado o azar de outra pessoa, ou teria dispensando o cara que me faria sentir tudo o que nunca senti.

- Tente se lembrar de alguma coisa estranha que tenha acontecido Dul.

Estava me esforçando para lembrar-se de alguma coisa, mas todos os meus relacionamentos eram embaraçosos.

- Quando você começou a parecer uma louca na frente dos homens?

- Depois do colegial. – desde que entrei na faculdade a dificuldade de encontrar alguém era tremenda.

- Então foi no colegial. O que fez no colegial? Gostou de alguém? Beijou? O que você fez?

O colegial foi uma das melhores partes. Era a descoberta. Foi no colegial que fiz amigos que levo até hoje como a Annie, que dei meu primeiro beijo em Pablo, um cara que namorei por um tempo, fui a festas mais interessantes sem aquela coisa de criança, meu corpo começou a se desenvolver, enfim o colegial foi um tempo muito bom. Mas o que poderia ter acontecido, meu primeiro beijo foi normal, os namoros também e a minha primeira vez...

Olhei para Maite com os olhos arregalados, já sabia o que poderia ter sido.

- Christopher!