Fanfic: Procura-se o amor. | Tema: Rebelde, Vondy

Anos depois.

Estava um pouco apreensiva, afinal eu nunca tinha casado. Maite me deu uma infinidade de concelhos, mas era difícil lembrar-me deles neste momento. A porta do carro havia acabado de seu aberta, meu pai me esperava do lado de fora, um sorriso no rosto e lágrimas nos olhos. Ele e mamãe ficaram radiantes com a ideia de casamento, afinal, assim como todo mundo pensaram que eu iria mesmo ficar para a titia.

Até eu achava, mas não, o destino reservava mais para mim. Alguém que me esperava do outro lado da imensa porta da igreja. Christopher era meu grande amor, meu único amor, uma caminhada longa e difícil, que estava ganhando um novo capítulo: o casamento.

Segurei a mão de papai e ganhei um beijo no topo da cabeça. Ai eu ia chorar! Precisava lembrar doa concelhos de Maite: sorrir, olhar para a frente e andar com a coluna reta. Os dois últimos já sabia que não ia dar muito certo, meu vestido era muito volumoso e meu sapato muito fino. Iria enroscar o sapato no vestido se ficasse com a coluna reta, e cairia se olhasse para frente.

Vamos lá, vai da certo, não vou ser atrapalhada justo no meu casamento. Errado! Assim que a porta se abriu, quase me esqueci como se anda. A música típica dos casamentos começou a tocar junto com uma melodia que eu escolhi. Fiquei travada no lugar por algum tempo, tinha muita gente, não sabia para quem olhar, os flashs me assustaram, e o pior meu sapato enrosco no pequeno vão que havia no chão para o fechamento da porta. Só podia ser brincadeira.

 —Vamos Dul, estão nos esperando no altar. — Disse papai, disfarçadamente.

— Não consigo. —Respondi no mesmo tom.

— Você desistiu? Por Deus Dulce, depois de tudo o que você fez por esse homem, não aceito que desista assim. Quem estava dizendo que era apaixonada por ele desde a adolescência? — Papai resolver me dar um sermão na frente da igreja toda, que bacana. Todos nos olhavam estranho, não entendo minha demora.

- Não é isso. Eu to presa, meu sapato está preso na porta. — Mas que droga, azar você não pode me dar um pouco de sossego não?

Forcei para sair do chão, mas não consegui. Respirei fundo e olhei para o altar, Christopher assistia a cena confuso e eu bem pude ver quando ele deu um risadinha. Aposto que estava morrendo de rir de mim. Fiz um sinal para ele não se preocupar e tentei de novo, dessa vez com mais força. E então me livrei no encalço no chão, mas acabei derrubando os arranjou da entrada no chão e chamando mais atenção ainda. Maite deu um alta gargalhada do altar, é só isso que sabem fazer de mim: rir.

Me endireitei e fomos para o altar, a música recomeçou de novo, e como ensaiando a passos pequenos eu e papai íamos ao encontro de meu grande amor. Só então percebi o quanto ele estava lindo. O terno perfeitamente alinhado, um pequeno broche de flor, combinando com as cores de meu buquê e da decoração, assim como sua gravata da mesma cor.

Estava lindo, e quando ele me olhou e sorriu. Ah, meu coração se derreteu totalmente. Estava mesmo a caminho do altar, para fazer minhas juras de amor eterno ao homem que sempre amei. Que precisei seguir uma longa jornada atrás dele, e tudo valeu mais que a pena. Sorri de volta olhando no fundo dos olhos dele. Finalmente estava vivendo o final feliz do meu conto de fadas.

Papai me entregou a Christopher e foi se juntar a mamãe e Maite. Peguei sua mão e segurei forte, para ter certeza que não era mesmo um sonho.

— Você está linda. — Sussurrou para mim.

—Você também, mal posso esperar a lua de mel. — Dei um sorriso malicioso, sussurrando também.

O padre deu início a cerimonia com todo o rito de casamentos, as leituras, homilia, diálogo de consentimento. O padre deixou Christopher começar os votos, ele parecia bem nervoso, segurou minhas mãos e me olhou nos olhos.

— Eu Christopher Uckermann, recebo-te Dulce Maria como minha esposa afim de te amar e respeitar, aceitar suas loucuras, — sorriu— seu jeitinho único que me encantou e encanta sempre mais. Sei que precisamos passar por muita coisa, enfrentarmos nosso passado, colocarmos tudo a limpo. Para chegarmos aqui, para enfim selar esse amor tão puro e grande, honesto e que superou a barreira do tempo.

Nem preciso dizer que estávamos chorando, os dois. Casamentos me emocionam, e o meu não poderia ser diferente, suas palavras foram tão certeiras, tão lindas.

— Eu Dulce Maria, recebo-te Christopher, como meu esposo afim de te amar e te respeitar, por todos os dias de minha vida, mesmo que meu azar nos atrapalhe —ri,— sei que fui uma maluca com você a vida inteira, e acho que essa é a graça da nossa história, tudo aconteceu sempre de maneira muita louca. Mas esse amor é duradouro como você disse, e tenho certeza que vai durar para sempre.

Beijou minha mão e sorriu todo bobo para mim. O padre nos entregou as alianças, Christopher colocou devagar no meu dedo olhando no fundo dos meus olhos ao dizer cada palavra.

Fiz o mesmo com ele, um sorriso enorme no rosto e deslisei o anel sobre o dedo dele. Limpei o rosto secando as lágrimas que teiramaram em cair.

— E o poder concedido a mim e diante de todo amor apresentando aqui, eu vós declaro marido e mulher. Podem se beijar. —O padre nos abençoou.

Fiquei de frente para Christopher, ergui a cabeça e nossos lábios se tocaram. Como era bom sentir este homem, e saber que agora era para sempre sua. Para sempre um do outro.

— Eu te amo, esposa. — Disse quando nos afastamos.

— Eu também te amo, marido. —O abracei.

Saímos para o lado de fora onde os convidados viriam nos parabenizar. Estávamos tão feliz que sorriamos abertamente. Estávamos iniciando um novo ciclo como disse Christopher uma vez. Todas as barreiras foram vencidas, e finalmente, apesar da teoria do azar ser mentira, eu consegui encontrar o amor da minha vida, em um homem que me conhece desde a infância.

Quando chegamos ao lado de fora fomos surpreendidos por pó de arroz e muitos aplausos. O bebê de Maite se divertia jogando o pó para cima, era o afilhado mais fofo do mundo, e talvez o único até agora, pois a barriga de May já estava enorme de novo. Christian estava ao lado dele, sorrindo para nós, e cuidando da mulher e seu barrigão.

Anahí também estava bem a frente, mandando muitos beijos para mim, enquanto Alfonso jogava todo o pó em cima de Ucker. Os dois estavam com o casamento marcado para pouco tempo. Todas felizes no amor.

Assim que chegamos ao carro, meu vestido era grande demais e como era de se esperar, fiquei presa na porta.

— Eu... não.... consigo... entrar —Disse pausadamente, fazendo força para entrar.

— Dul vai logo, temos que ir para a festa e ainda tem a viajem hoje a noite. — Me empurrou para entrar, em vão.

— Eu não consigo! — Empurroi mais uma vez.

Christopher acabou rindo, devia estar vermelha e entalada em um carro, não era lá uma imagem muito legal.

— Não ri! - Gritei. — Vai me empurra, cada vergonha que tenho que passar.

A gargalhadas ele me empurrou e ouvi um "click", um fotógrafo fez questão de fotografar meu momento trágico, novidade não é?

Consegui entrar no carro depois de muito trabalho. Christopher entrou também, abriu um sorriso enorme e me beijou. Enfim casados.

— Pronto para nossa viagem?

— Sim, de volta a Acapulco. —Segurei a mão dele.

Nada como comemorar nossa lua de mel onde tudo recomeçou.

Genteeeeeeee! Faz tempi hein, acho que várias leitoras da fic nem estão mais no site, porém escrevi esse epílogo a poucos dias e acredito que vcs tbm mereçam ler ❤.  Espero que curtam. Beijoooos. 

Estou com várias histórias no Wattpad quem quiser me procure por lá: @lubabalu