Fanfic: A Vidente AyA | Tema: AyA, Ponny

ANAHÍ RECOSTOU-SE CONTRA UM PAR DE CORTINAS PESADAS DENTRO DE UMA PEQUENA biblioteca. Os Paxton obviamente não eram muito aficionados por livros, ela refletiu enquanto tentava em vão coçar um ponto exato, na altura da cintura. Infelizmente a combinação do vestido pesado com o espartilho estava tornando a missão impossível. Ela realmente odiava reuniões socias, ela concluiu.

Se tivesse de ouvir mais um homem contando sobre a sua última grande caçada, ou mais uma mulher difamando contra palavras doces, ela iria gritar. A única coisa que a impediu de fazer isto foi a noção de que acabaria magoando Ucker em vários aspectos. Assim como iria manchar a sua imagem de boa anfitriã nos jantares e reuniões que Ucker costumava oferecer, e de que ela adorava participar.

Os amigos do primo nunca a trataram como se ela fosse uma boneca se inteligência cujo único propósito nesta vida era sorrir e parecer bela. Infelizmente, nenhuma destas pessoas ali presentes tinha participado de uma das festas oferecidas por Ucker, assim como nenhum de seus parentes além do primo.

Depois de se acomodar confortavelmente sobre o banquinho estreito sob a janela, Anahí saboreou o ar fresco que as cortinas pesadas impediam de entrar na sala. No mesmo instante, seus pensamentos foram para Alfonso e um sorriso curvou seus lábios quando se lembrou do modo como ele tinha olhado para ela. Aquele olhar quente emanado dos belos olhos verdes que ele lhe lançara tinha lhe dado a confiança que faltava para enfrentar esta noite que parecia não ter fim.

Alfonso era muito atraente para a paz de espírito de qualquer mulher, ela concluiu. E ainda foi obrigada a admitir que não era apenas a bela aparência que despertava algo muito forte e quente dentro dela. Ela tinha a leve impressão de que estava começando a gostar do homem, e isso seria desastroso. Ele era um homem casado, e o fato de a esposa que estava tentando matá-lo e o ter traído inúmeras vezes, e que o casamento não significava mais nada além de assinaturas em um pedaço de papel, não mudava nada.

Alfonso estava muito acima do que podia almejar uma moça sem dinheiro e expulsa de casa. Além de desconfiar que um homem fazia mau juízo da classe feminina. O que era injusto, mas compreensível. Anahí suspeitava de que se um homem tivesse feito com ela o mesmoo que Beatrice tinha feito com ele, ela também iria encontrar dificuldades para voltar a acreditar nos homens. Triste dizer, que a plena noção dos fatos e todo o bom-senso que podia reunir não xonseguiam deter a paixão que aparentemente crescia desenfreada.

O barulho de uma porta e abrindo e fechando arrancou Anahí de seus pensamentos. Seu momento de solidão tinha terminado. Quando estava começando a se levantar, dois homens começaram a conversar e ela permaneceu imóvel. Mas o nome mencionado por um deles foi o bastante para fazê-la se sentar novamente e rezar para que ninguém notasse a sua presença.

- Você pede muito, Arthur - disse um homem com um tom de voz baixo e trêmulo.

- Bobagem. Só lhe pedi para fazer um favorzinho para um amigo, Conrad.

- Você não é meu amigo.

- Não? Guardar o segredo de um homem não é uma grande prova de amizade? E eu estou guardando todos os seus segredos, Conrad. Ou você não se importa mais que a sua doce noivinha descubra o seu amante? Por falar nisso, como tem passado Georginho?

- Miserável.

- Calma. Xingamentos não combinam com a sua posição social.

- O que você está me pedindo pode me levar para a forca.

- Assim como o que você tem feito com Georginho.

Um longo silêncio se seguiu, quebrado somente pela respiração ofegante de um dos homens. Anahí assumiu que fosse de Conrad. A voz de Arthur permaneceu fria do começo ao fim da conversa. Ela desejou que eles dissessem exatamente o que ia ser feito.

- Essa é a última coisa que vou fazer para você, Arthur. A última.

Um momento depois, a porta bateu. Anahí se levantou, pensando em sair do esconderijo, quando percebeu que só tinha ouvido um par de passos. Um calafrio perpassou seu corpo ao se dar conta de que estava sozinha com Arthur Herrera, um homem que não queria outra coisa senão matar ao próprio sobrinho, até mesmo o próprio sobrinho-neto.

Anahí tinha certeza de que estaria em sério perigo se ele descobrisse que ela tinha ouvido a conversa. Ela estava olhando para a janela para ver se encontrava um modo de abri-la sem fazer barulho, quando esta se abriu em um rompante com a entrada de mais uma pessoa na sala.

- Acabei de cruzar com aquele tonto do Conrad. Ele concordou em nos ajuardar?

Só podia ser Beatrice, Anahí pensou. Ela lutou contra a tentação de afastar uma beirada da cortina para dar uma olhadinha na mulher. Só tinha visto a esposa de Alfonso algumas poucas vezes, ou à distância ou misturada em meio a aglomeração de pessoas, e não tinha certeza de como ela era exatamente. Sua curiosidade estava quase chegando ao ponto de correr o risco de ser descoberta só para que pudesse ver que tipo de mulher era capaz de fazer tudo que Beatrice tinha feito, mas ela venceu em silêncio.

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Anahi: Ele não vai ter mais kkkkk Ele ainda vai babar muito por ela. Ele fica tão fofo com ciúmes... O Anthony vai fazer suas traquinagens kkk.