Fanfic: A Vidente AyA | Tema: AyA, Ponny

ANAHÍ ENTRELAÇOU OS DEDOS CCOM FORÇA E RESISTIU AO DESEJO DE TOCAR NO LORDE Alfonso, de tentar aplacar a ira e a dor que ele sentia. Ela ficou aliviada quando Wynn chegou com chá e comida, incluindo um saudável prato de caldo de carne para o lorde. Era melhor que a dura verdade tivesse um tempo para assentar antes que eles continuassem.

Ela começou a alimentar Lorde Alfonso com o caldo e sentiu um alívio ímpar ao ver o modo que ele sorriu quase desanimado, para a poção ralinha, uma reação normal para a mioria dos pacientes. Edgar e Christopher se moveram para a mesa colocada próxima a lareira para tomar chá, comer e conversar baixinho, enquanto ela cuidava do Lorde Alfonso.

- Sobre o que eles estão falando? - Alfonso perguntou entre uma colherada e outra do inesperadamente saboroso caldo.

- Suponho que seja sobre o senhor - Anahí respondeu - Devem estar fazendo planos para mantê-lo vivo e derrubar os seus inimigos.

- O interesse de Edgar posso até entender, mas ainda me pergunto o que você e seu primo tem a ver com isso?

- Que tipo de pessoas seríamos se, ao saber que alguém corre perigo, virássemos as costar por simplesmente se tratar de um desconhecido?

- Seriam pessoas normais.

- Ah, mas poucas pessoas consideram os Portilla normais. - Depois de lhe dar a última colherada do caldo, Anahí colocou o prato de lado e retomou o seu assento ao lado da cama. - Talvez simplesmente sintamos o dever de não permitir que as pessoas se livrem da pequena nobreza de acordo com o humor delas. Ainda bem, pois imagine o caos que seria.

- Basta com o seu atrevimento - disse Christopher enquanto ele e Edgar se juntavam aos dois. - Podemos dar continuidade, milorde? - ele perguntou a Alfonso enquanto se sentava aos pés da cama. - A menos é claro, que o senhor aprecie um ´pegue-me se for capaz´ lenta e suicida.

- E você me acusa de atrevimento. - Anahí murmurou, mas todos a ignoraram.

- Claro que não! Eu não gosto deste jogo - Alfonso crispou, e então suspirou. - Mas eu gostaria de poder ignorar a dura verdade que está diante da minha cara. É ruim o bastante saber que sua esposa o traiu não uma, mas sim várias vezes. Imaginar que o próprio tio não apenas o traiu, mas que ele e a dita esposa desejam a sua morte e ainda pior. No entanto, nisso eu sou umcompleto idiota. Vocês estão certos. Desta vez eles quase conseguiram. Só não sei ao certo o que pode ser feito quanto a isso. O homem apanhado disse algo de útil?

- Temo que não - Christopher respondeu. - Ele disse que o homem que o homem que o contratou estava bem escondido sob um casaco enorme, chapéu e lenço no pescoço. A única certeza que ele tem é que o homem era nobre. Roupas finas, palavreado elegante, cheirando a limpo. Todas as pistas de sempre. Ele também disse que recebeu uma coroa para seguir o senhor até que uma oportunidade de matá-lo surgisse e então que deveria agarrar a oportunidade.

-Uma coroa? Só isso? - Alfonso se sentiu insultado com o valor. - Avida de um conde deveria valer mais do que isso.

- Para aquele homem uma coroa era uma pequene fortuna. Também prometeram-lhe pagar mais se ele conseguisse provar que você estava morto. E, não, não há nenhuma possibilidade de conseguir apanhar alguém em flagrante. Havia um plano para a entrega do restante do pagamento. Um modo que permite que o seu inimigo não seja descoberto. Além do mais, será preciso apresentar uma prova de que você está morto e isso não temos como forjar. Estou assumindo que você goste bastante da sua mão direita.

- Pode ter certeza disso - Alfonso franziu a testa ao olhar para sua mão direita, mais exatamente para a cicatriz disformr que se espalhava sobre o dorso. - Foi quase por um milagre que não a perdi na ocasião que ganhei essa cicatriz. Foi em um duelo - completou, ao notar a curiosidade que os Portilla não conseguiram esconder. - A primeira e última vez que lutei em nome da honra da minha esposa.

Alfonso estava começando a se sentir muito cansado e sabia que não era apenas devido aos ferimentos. Era seu próprio turbilhão emocional que estava roubando suas forças. Sentia um peso no espirito e no coração. Não fora apenas seu orgulho que tinha sido estraçalhado pela traição da esposa, mas a sua confiança em si mesmo e no seu poder de julgamento. No entanto, ele já tinha se deixado arrastar na autopiedade por tempo suficiente. Por mais doloroso que fosse encarar a verdade, não havia como continuar ignorando-a... não se ele quisesse continuar vivo. Afundar na bebida e com prostitutas pra alguns pode até ter soado como forma de suicídio, mas essa nunca tinha sido a sua intenção. Ele certamente se sentira arrasado, mas não o bastante para encarar o frio esquecimento do túmulo.