Fanfic: A Vidente AyA | Tema: AyA, Ponny

- O QUE ACONTECEU?

Anahí virou-se assim que ouviu as primeiras palavras, caminhou de volta e parou ao lado da cama.

- O senhor desmaiou.

Levou um segundo para Alfonso se lembrar de onde estava e quem era aquela mulher.

- Eu nunca desmaio.

- Há sempre uma primeira vez para tudo.

- Onde está Edgar? E Sir Christopher?

Ela notou que ele não perguntou pelo pequeno Anthony.

- Na sala brincando com o seu filho.

 Surpreendeu-se quendo ele segurou sua mão com força e olhou desvairado ao redor do quarto. Quando finalmente seu olhar pousou nela outra vez, foi com tremendo esforço que Anahí conseguiu manter a fisionomia suave e não demonstrar a preocupação que sentia. Por um momento, ele não era o conde, nem mesmo aquele beberrão devasso do último ano. Ele era simplesmente um homem tentando desesperadamente enfrentar a dor enorme de uma traição. Com muita cautela, ela segurou de volta a mão dele.

- Conte-me exatamente como você acabou ficando com o meu filho. - Alfonso pediu, achando estranho que o fato de estar segurando a pequena mão da senhorita pudesse lhe trazer algum conforto, mas relutante em abrir mão do consolo.

- Se o senhor tiver paciência, vou contar a partir do começo. - Anahí disse. - Quando o marido da minha irmã morreu, ela adoeceu de tristeza. A gravidez já estava adiantada e isso também ajudou a minar suas forças. Nós duas sabíamos que ela poderia morrer ao dar à luz e logo começamos a duvidar de que a criança também sobrevivesse. Nós sabíamos que a sua esposa também estava esperando um filho e logo soubemos dos planos dela.

- Como?

- Deixe-me explicar isso mais tarde, por favor. Assim, cientes do que estava por vir, arrumamos um corpo de um bebê. É costume em Londres limpar os túmulos antigos para abrir espaço para os que aabaram de morrer. Durante uma das vezes em que Laurel se sentiu um pouco mais forte, fomod até Londres e conseguimos a criança que precisávamos. Em seguida, retornamos para  nossa cabana, que fica nas áreas pantanosas que se estendem entre Colinsmoor e a propriedade do Barão de Darkvale. E então esperamos. Minha irmã foi enfraquecendo cada vez mais e o parto foi muito difícil, a hemorragia... - Anahí respirou fundo para espantar a tristeza. - Dois homens chegaram e por isso me escondi. Eles pegaram o pobre Charles Henry, que tinha morrido no parto, e colocaram Anthony nos braços da minha irmã. Mas um dos homens, Jake Potter, não teve coragem de ir embora. Ele voltou para tentar oferecer conforto e calor à minha irmã e ao bebê, até acendeu a lareira. Depois disso ele enfiou alguns papéis embaixo das cobertas, dizendo para minha irmã que ele e alguns outros tinham reunido o máximo de provas que puderam para que assim, se o garoto sobrevivesse, pudesse provar sua origem.

- Mas ele não fez nada? Simplesmente abandonou a sua irmã e a criança sozinhos e sem esperança?

- Ele estava com medo. Todos tinham medo em Colinsmoor. As pessoas que desobedeciam não sobreviviam. O parceiro de Jake o lembrou da triste verdade. Disse algo sebre um homem chamado Malvin e um fosso. Assim que Jake se foi, corri para perto da minha irmã. Não demorou muito e ela morreu, mas foi em paz. Eu a enterrei junto daquela pobre criança, perto da cabana. Então peguei Anthony e vim para Londres para me juntar a Christopher, que já estava esperando por mim. Durante os três últimos anos esperamos para lhe contar a verdade sobre a sua esposa.

- Eu soube de tudo, há quase um ano.

- Sim, mas o senhor não aceitou muito bem, não é mesmo? O modo como tem se comportado fez Christopher sentir que o senhor não estava reamente preparado para ouvir toda a verdade. Não podemos esperar mais tempo. Por pouco o senhor não foi assassinado, e, até agora, Anthony acha que Christopher e eu somos sua família. E, para ser franca, a herança dele precisa de proteção.

Alfonso soltou a mão de Anahí e cobriu os olhos, sussurrando todas as blasfêmias que conhecia. Para tentar superar a vontade de chorar como uma criança de coração partido, buscou pela ira e determinação. Oscrimes contra ele eram muito bárbaros para serem compreendidos, especialmente por terem sido cometidos pela sua esposa e seu tio. Mesmo assim, ele acreditou, e a tristeza, a dor, que tanto lutou para controlar, formaram um nó no seu peito. Para piorar a situação, esta moça de olhos vibrantes e inicentes sabia de tudo, até mesmoo sobre as profundezas onde ele havia andado ao longo do último ano.

Quando estava começando a recuperar o controle de suas emoções, ele se deu conta de algo mais. A pequena e delicada mulher e sua irmã moribunda tinham planejado, de uma maneira muito inteligente, um modo de salvar o seu filho. Ela tinha vindo para Londres e cuidado do seu filho por três anos enquanto esperava que ele pudesse assumir suas responsabilidades. Sua dívida para com esta mulher e Sir Christopher era incalculável e iria crescer ainda mais enquanto eles os ajudassem a derrotar seus inimigos. Essa situação o humilhou e ele ficou desconfortável.

Quando removeu as mãos dos olhos, ele olhou para as roupas de cama enquanto tentava dominr mais um sentimento.

- Ainda não entendo como você soube de tudo que deveria fazer. - Ele finalmente disse.

- Bem, desconfio que o senhor já tenha ouvido alguns rumores sobre os Portilla e os nossos primos, os Puente - ela começou.

- Bobagens sobre espíritos e dons. Até mesmo magia e feitiçaria. Sempre occorreram tais boatos sobre a sua família. As pessoas não deveriam dar atenção aos boatos.

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Me desculpem esses dias de sumiço... tive problemas com a net...

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