Fanfic: Só Tenho Olhos Para Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Ele não poderia tê-la, mas, puta merda, também não havia outro homem na face da terra que fosse bom o suficiente para ela. A ideia de outra pessoa beijando-a do jeito que ele tinha feito, a ideia de ela sair em busca desse tipo de tratamento fazia-o querer trancá-la em uma torre.

Era impossível que Anahí ainda fosse virgem aos 25 anos. Mesmo assim, Alfonso ainda sentia que tirara alguma coisa dela com aquele beijo violento, que havia sujado a inocência dela enfiando sua língua na boca de Anahí, colocando as mãos sobre ela.

— Você merece coisa melhor.

Anahí meneou a cabeça e franziu o cenho para ele no momento em que Lori avançava pelo canto do armazém.

— Aí está você, Anny! Procurei por você por toda parte. — Lori parou subitamente quando percebeu que a gêmea não estava sozinha. — Alfonso? O que está fazendo com... — a irmã de Anahí não terminou a pergunta enquanto fazia uma expressão inquisitiva, olhando de um para o outro.

Os garotos Portilla estavam prestes a fazer picadinho dele com as próprias mãos por causa disso. Mas, Lori? A punição dela seria muito pior para fazê-lo pagar por ter beijado sua irmã gêmea.

— Os discursos já vão começar. Todo mundo está se perguntando por onde você anda, Anny, especialmente a Ellen. — ela olhou para Alfonso de modo tão feroz que poderia tê-lo cortado ao meio. — E você também.

— Ok. — Anahí respondeu com uma voz mais do que animada. — Obrigada por nos avisar. Vamos para lá em um minuto.

Porém, em vez de deixá-los sozinhos, Lori parou na frente de Anahí.

— Você não pode aparecer lá desse jeito.

Ela passou as mãos pelos cabelos de Anahí, arrumando a bagunça que Alfonso fizera quando a agarrara. Lori tirou uma mancha de batom do canto da boca da irmã e mexeu o vestido levemente para a direita.

— Assim está melhor. E, sério, deveria voltar para lá antes que a Ellen tenha um ataque cardíaco achando que algum convidado idiota foi estúpido o bastante para levar você para dentro do vinhedo.

Anahí ficou em silêncio por um momento.

— Você está certa. Não quero que nada dê errado hoje. Não seria justo com o Chase e a Chloe.

— Vamos para lá em um segundo. — Lori disse. — Preciso conversar com o Alfonso sobre uma coisa.

— Ele me beijou. — Anahí disse à irmã, a expressão de teimosia estampada no rosto enquanto a encarava. — Agora, não precisa falar sobre isso. Vamos. — ela agarrou a mão da irmã para ter certeza de que atravessariam juntas o armazém.

Mais uma vez, Alfonso estava impressionado com Anahí. Lori tinha uma personalidade forte o suficiente para pressionar a maioria das pessoas. Ele sempre assumira que Anahí era beta e sua irmã, alfa.

Será que tinha entendido tudo errado durante todos esses anos? Será que tinha cometido o erro de subestimar Anahí só porque ela não sentia necessidade de ser o centro das atenções, como o restante deles?

— Ah, não. — Anahí exclamou. — Aquele garotinho está quase derrubando a Torre Eiffel de chocolate. — e começou a andar rápido em direção à longa mesa de comida e do garoto faminto, deixando Alfonso sozinho com a sargento Lori.

Ele era um homem morto.

— Que diabo estava acontecendo lá trás? — ela semicerrou os olhos, soltando fogo pelas ventas. — O que estava fazendo com minha irmã?

Alfonso gostaria de saber.

Num momento, tentava proteger Anahí de um convidado inútil que só queria levá-la para a cama... no outro, ela estava nos braços dele, e ele a beijava como se sua própria vida dependesse daquilo.

Lori deu um passo à frente e Alfonso teve que lutar contra a vontade de dar um passo para trás, recuando.

— Se magoá-la, vou te perseguir e ter o maior prazer em te machucar. Muito.

Ela sorriu para ele, a expressão dos lábios prometendo uma grande dor futura caso ele pisasse na bola no que se referia a Anahí.

— E é melhor você acreditar que vou te manter vivo só para poder mandar meus irmãos acabarem com você. — ela tirou a expressão assassina do rosto antes de continuar. — Agora, me acompanhe até minha mesa e finja que você e eu só estávamos tendo uma de nossas brigas de sempre.

Ela escorregou a mão para dentro do braço dele e beliscou-o com força, para lembrá-lo de que o verdadeiro problema era ficar se enroscando com Anahí.

Um problema muito maior do que qualquer cafajeste como ele jamais se metera antes.