Fanfic: Boo (Monstro S/A) | Tema: Monstro S/A

Mesmo muito pequena, aquela linda garotinha de olhos grandes e dona de um coração tão carinhoso que poderia fazer qualquer monstro malvado se apaixonar não sabia que poderia participar de uma grande aventura no momento que entra no mundo dos montros, onde acaba junto com Sulley e Mike, estes com medo de se meter em encrenca e serem despedidos tentam fazer com que Boo volte para seu quarto antes que alguém perceba mas a coisa saem do controle, porém, descobre que um humano não é tão perigoso assim e que Randall tenta sabotar a fábrica colocando seus planos em prática...

Desde sua despedida com Sulley, aqueles olhos grandes juram que monstros existem. Enquanto sua fase de desenvolvimentos estava em alta, a família Gibbs, Steve e Eva, se divertiam com as história que Mary Gibbs, "Boo", como gostava de ser chamada, contava e a sua convicção de que existiam monstros no armário, mas quando chegou aos 14 anos, seus pais ficaram preocupados pois ela continuava com a fantasia que seus amigos a qualquer momento iria aparecer para visitá-la, seu quarto continuava o mesmo, da mesma forma quando viu Sulley pela última vez na esperança que ele e Mike Wazowski surgisse no meio da noite para novas aventuras juntos.

Durante dois anos, Boo já havia passado por seis psicólogos, afim de tirar da sua imaginação real a ideia de que monstros existem, que tudo não passou de uma interferência de desenhos, filmes e histórias contadas na sua infância. Alguns dos psicólogos chegaram a diagnósticar um distúrbio emocional para algum trauma de infância, mas seus pais sabiam que não era isso. Boo sempre foi uma menina carinhosa, sem medos, dedicada, apesar de ter suas artimanhas para conseguir o que queria.

Na pré escola e no ginásio, era a mais esperta e adiantada da turma, aprendia tudo com muita facilidade. Os professores a adoravam e nunca lhe faltavam elogios. Desenhava muito bem, possuia uma habilidade incomum nas mãos segurando um lápis e fazia desenhos dos seus amigos monstros. Suas amiguinhas adoravam as noites do pijama, não importava na casa de qual delas, só queriam saber das suas histórias, suas pequenas lembranças que possuia de quando esteve no mundo dos monstros. Nenhuma de suas amigas se assustavam pois era uma história divertida, de como era ter o carinho de um monstro fofo e peludo. Era sempre a mesma história mas ninguém enjoava.

Sua melhor amiga era a Meggie, estudavam juntas desde as primeiras séries e cresceu facinada pelo mundo imaginário de Boo, se davam super bem, muitos confundiam elas sendo irmãs. Era isso que elas eram, nada as separavam. Tanto que foi um grande choque para ela quando o pai de Meggie recebeu uma promoção no emprego e teria que se mudar com toda família para outro estado. Mesmo à distância elas se falavam todos os dias. Falavam sobre tudo o que a idade delas proporcionava, principalmente vaidade e paixões. Ela contava a Meggie que não entendia porque Joe tinha tanto ciúmes dela com sua paquera com o mais popular da escola. Ele sempre foi um amigão pra ela, cresceram juntos, moravam lado a lado, mas sempre evitava ficar junto dela quando a Meggie estava presente. As duas até pensava que Joe era apaixonado pela Meggie mas ele nunca demonstrou nada. Joe era um garoto tão esperto e inteligente quando Boo, mas era bem na sua e ficava uma boa parte do tempo sozinho.

Quando tudo parece não ter mais jeito...

Era outono, as árvores estavam ficando sem folhas, elas se preparavam para o inverno que estava por vim. Boo olhava da janela do seu quarto como querendo advinhar qual seria a próxima folha a cair, ela estava feliz pela grande mudança na sua vida mas ainda frustada pois todas as suas tentativas de rever Sulley e Mike terem sido em vão. Ela virava o rosto para olhar a porta do seu armário e via seu quarto vazio. Sua mãe entra no quarto a vê como nunca gostara, já sabia o que ela sentia mas estava na dúvida sobre o que ela poderia estar daquele jeito.

-Filha, não gosto de te ver assim. Disse Eva copiando a mesma expressão que via no rosto de Boo e continuou.

-Você está assim por causa daqueles monstros? Você irá dar um grande passo na sua vida, em alguns dias tudo muda. Dizia firme enquanto olhava para os olhos da filha e passava a mão em seu rosto.

-Você será uma mulher casada, terá sua própria família. Em breve terá seus filhos e sentirá o que é eu senti nesses 26 anos, te vendo crescer, sorrir, chorar, saudade dos seus amigos imáginários.

-Você tem razão mãe, todos esses anos pensando que meus amigos mosntros eram reais e não tive nenhuma evidência que eles existissem, acho que eles só existem na minha imaginação mesmo. Disse Boo com uma lágrima no olho. -Mãe, acho que chegou a hora de deixar isso tudo pra lá, perdi muito tempo tentando encontrar uma forma de ir até eles, todo mundo me achando louca, até meu noivo já pensou em terminar comigo. Amo ele, amo você e o papai, vocês me mostraram que devo estar com quem eu sei que existe. Agora Boo já chorava no colo da mãe enquanto recebia os carinhos dela sentadas no chão.

-Vamos filha. Eva levantava Boo e tentava animá-la: -Temos que ir para o hotel, pegue a mala e coloque suas últimas peças de roupas que seu pai já está esperando para te levar. Amanhã iremos ver os preparativos da festa, tudo ficará muito lindo.

Mary se direcionou ao armário e enquanto caminhava só pensava que seu apelido "Boo", como sugeria a todos para que a chamassem assim já não fazia mais sentido: -Foi tudo um sonho. Suspirou.

Apanhou sua mala, abriu, retirava suas roupas do cabide e se abaixava para arrumar na mala. A medida em que ia colocando suas roupas na mala o armário ficou um pouco mais iluminado dando para perceber em um canto quase imperceptível um pedaço de madeira, uma lasca que não chamaria atenção se não fosse pela cor e desenho perceptível. Sem acreditar que seria o que pensava que era, seus olhos estavam ainda maiores, um sorriso de felicidade de quem demorou tanto tempo para econtrar a prova de que estava certa:

-Eles existem, eles existem mãe, eles existem. Disse Boo de costas para o armário segurando no alto aquele que pra sua mãe era apenas um pedaço de madeira.

-O que existe minha filha? Disse sua mãe sem entender.

-Os monstros mãe, meus amigos monstros. Eles existem e esta é a prova e o que eu precisava. Falou enquanto dava um abraço muito apertado na mãe que ainda não sabia o que se passava.

-Volte aqui filha, espere! Foi o que Eva conseguiu pronunciar enquanto via a filha correr porta do quarto a fora e sumir pelo corredor.