Fanfic: O Delirante Destino de Caroline Von Randow | Tema: Caroline von Randow
Todas as meninas estavam sentadas no pátio central, conversavam sobre o plano e como iriam faze-lo funcionar. Evelyne guiava a conversa.
- E Caroline vai pegar o isqueiro da Katja, certo? - Caroline permaneceu calada. Todas as meninas a encaravam. Era uma tarefa muito difícil, talvez a mais de todas. Se Caroline falhasse, o plano ia por água abaixo. Ela ainda estava calada, quando Evy interveio, interrompendo uma das meninas que estava prestes a falar.
- Espero que tenha um plano. - Ela encarava Caroline de uma maneira ameaçadora, Caroline se sentia pequena, mas hesitava em parecer. Ergueu o queixo, como se estivesse em uma briga e disse.
- Sim, eu tenho. - Ela não tinha. Caroline só pensava. "Fodeu, eu não tenho um plano". Estava chegando a hora, era no dia seguinte. Ela não sabia o que fazer. Ela só desejava que aquele banho de sol acabasse logo. E em seguida, vieram as enfermeiras levar as meninas de volta para os quartos. Caroline andou até lá de cabeça baixa, Katja observou aquilo e ficou entrigada, mas permaneceu na dela.
Caroline não conseguiu dormir a noite toda, fechava os olhos, logo vinham imagens dos seus amigos, da sua família, dos momentos incríveis que havia passado com eles. Aquele lugar era um pesadelo sem fim. Sentia-se sufocada a maior parte do tempo. Sentia o chão tremer. A qualquer momento poedria vomitar. Era sufocante. Sentia que alguém poderia apunhala-la pelas costas a qualquer momento. Isso era realmente uma situação muito dificil de aguentar. E certamente ela tinha plena noção disso.
- Se eu bater a cabeça bem forte na parede, será que eu desmaio? - Ela realmente estava cogitando fazer isso. Nessas idas e vindas de seus pensamentos, acabara pegando num sono.
Caroline corria o mais rápido que conseguia, mas ele parecia estar próximo. Corria entre as árvores, pulava os galhos grandes estirados no chão, até que acidentalmente tropeçara em uma pedra. Sua respiração ofegante, seus olhos de espanto. Quando se dera conta. Mauro já estava prestes a degola-la. Por um motivo ele exitou. De repente, estava em pé numa sala escura. Luzes iluminavam de cima diversos corpos estirados no chão. Eram os corpos de seus amigos. Mauro olhava para ela de longe com um sorriso psicótico no rosto. Ele caminhou até um deles e com uma faga, degolou Darlan que ainda estava vivo. O sangue jorrava parecia um chafariz. Mauro esticou os braços, passou as mãos no pescoço do rapaz e lavou as mãos naquela torneira de sangue. Caroline gritava, pedia ajuda, mas por algum motivo sua voz não saía. Mauro começara a andar na direção dela, a faca na mão esquerda, um fio de alta tensão na outra, ele ia mata-la, ele ia enforca-la, ele ia degola-la assim como fizera com os outros. Encarou-a por muito tempo antes de enfiar a faca no seu coração. Caroline acordara naquela manhã suando frio e ainda com o som da gargalhada de Mauro na cabeça. Começou a chorar desesperadamente, até que a porta fez um barulho. Era Katja, que vinha trazer o café da manhã de Caroline. Ela olhou para a garota e sentiu um aperto no peito. Havia algo de bom em Katja, ela sentia tremenda empatia por Caroline. Na verdade, ela se via nela. Já se sentira sozinha antes, na noite em que seus pais morreram naquele acidente de carro. Desejava ajuda-los de alguma forma. Cursou enfermagem ali mesmo na Polônia.
- O que houve minha filha? - Katja envolveu Caroline em seus braços. Esfregando os ombros da menina que permaneceu calada e chorando muito. Katja permaneceu da maneira que estava, era arriscado aquilo que estava fazendo. Pois se descobrissem que ela estava criando laços com uma das garotas, seria certamente expulsa. Mesmo assim, ela deixou-se levar por aquele momento. A mente de Caroline ferveu naquele momento. Seu choro tornou-se encenado. Fitou num dos bolsos de Katja o esqueiro que quase pulava para fora. Era a oportunidade perfeita. Caroline tornou o choro mais desesperador. Começou a bater em seu próprio rosto. Gritando coisas como "eu quero morrer", "eu não mereço isso", "eu quero sair daqui". Katja sentiu muito aquela situação. Caroline virou-se para Katja, e deitou sua cabeça nos ombros dela, abraçando-a de volta. Katja retribuiu o abraço. Caroline automaticamente deslizou sua mão até o bolso e pegou o esqueiro com a mão esquerda. Levou-o até a boca e guardou-o lá. katja secou as lágrimas da menina com um lenço. Caroline já estava mais calma. Katja sentiu um enorme alívio, levantou a jovem de maneira bem cautelosa e a guiou até o Pátio Central.
Caroline vinha andando cabisbaixa e quieta até a roda onde as meninas estavam sentadas. Sentou-se ai lado de Myla. E permaneceu quieta. Todas as meninas a olhavam de forma estranha. Até que Evy quebrou o silêncio com sua voz rouca e rasgante.
- E ai? Conseguiu? - Caroline permaneceu calada. - Hey, estou falando com você! - Caroline continuou em silêncio. - HEY VOCÊ ESTÁ SURD... - Nesse momento, Caroline com os dedos retirou o isqueiro que estava guardado na boca. Todas as meninas ficaram espantadas e eufóricas.
- Hey, parem com isso! - Disse Evy. - Bom trabalho. - Sorriu para Caroline que ainda estava sentindo-se triste por causa do sonho.
- Temos uma mudança de planos. Myla, você vai queimar o colchão.
- O QUE?! - Myla arregalou os olhos. - VOCÊ FICOU MALUCA? EU NÃO SEI FAZER ISSO! EU NÃO CONSEGUI...
- Myla, você é a única que não levantaria suspeitas. - Interrompeu Evy. - E além disso. Você não tem escolha. Se você recusar, estará fora do grupo e outra pessoa irá fazer no seu lugar. Nós sairemos daqui e você vai apodrecer nesse manicômio. - Todas as meninas permaneceram imóveis. Jamais viram Evy agir daquela forma. Nem parecia a mesma pessoa. Caroline a olhava estranhamente. "O que foi isso?". Pensava. Todas as meninas se entreolhavam. Mas não falavam nada. Myla ergueu as mãos tremendo. Pegou o isqueiro que estava na mão de Carolne e escondeu na calcinha.
- Eu farei isso. - A menina estava séria. O banho de sol havia terminado e todas já caminhavam até os seus respectivos dormitórios. No caminho Caroline cutucara Myla.
- Você vai conseguir Myla. Tenho certeza disso. - Myla retribuiu com um sorriso e permaneceu caminhando.
Era exatamente meia noite, todos estavam dormindo. Haviam apenas um guarda circulando naquele momento. Era o momento certo! Myla caminhou em circulos por quase uma hora antes de tentar dar inicio ao plano. Tudo que ela precisava fazer era tacar fogo no colchão e esperar a fumaça atingir o sensor que liberaria todas as portas e acionaria o sistema anti incêndio. O momento era aquele. Myla pegou o isqueiro, amontoou os colchões no canto do minusculo quarto. Ligou o isqueiro, mas ele não acendia. Tentou mais de quinze vezes e nada. Sacudiu bem e tornou a tentar. Dessa vez conseguindo. A chama se espalhou rapidamente sobre o colchão. A menina correu até o outro canto do quarto e esperou o fogo se espalhar. Em poucos minutos, a chama já estava quase no teto e o quarto estava repleto de fumaça. "O sensor ainda não desparou". Pensava. Seu peito começara a doer. Seu coração batia muito forte. Ela suava frio. Já estava ficando sufocada com a fumaça. O desespero bateu forte e a jovem correu até a porta do quarto.
- SOCORRO! FOGO!! FOGO!! - Ela olhava para trás e via a chama se alastrando pelo quarto. - SOCORRO! ME AJUDEM! - Um rosto muito familiar se apresentou diante da porta. Era Petroski que esboçava um sorriso pertubador no rosto. Ele olhou a chama no quarto e permaneceu imóvel.
- PETROSKI ABRA POR FAVOR A PORTA! - Ele permaneceu imóvel. - SEU DESGRAÇADO ABRA ESSA PORRRA DESSA PORTA AGORA!! - Ele riu. Introduziu a chave na porta, girou a maçaneta, ameaçou abri-la. Myla fez força para abri-la também. Petroski chutou a porta com toda força, fazendo com que batesse no nariz de Myla, jogando-a para trás. Ela caiu direto na chama.
- SOCORRO! AAAAAAAAH!! SOCORRO - Seus gritos acordaram todo o sanatório. Todas as meninas se puseram diante de seus dormitórios e gritavam. Alguém havia desligado o sistema de segurança. Todas as portas não abriram.
- MYLA! NÃO!!! AJUDEM ELA. - Evy gritava diante da porta.
- ALGUÉM POR FAVOR AJUDEM - Serena chorava e batia na porta.
- POR FAVOR NÃO FAÇAM ISSO. - Lilith em desespero. Caroline olhava tudo aquilo. A chama refletia em seus olhos. Um sentimento de impotência e raiva havia tomado conta de si. Ela sabia que aquilo era a gota d`água. Petroski, virou-se de costas e olhou no fundo dos olhos de Caroline. Um sorriso sarcástico esboçava seu rosto. Caroline permaneceu olhando no fundo dos olhos dele. E pensou "Você é o próximo."
Autor(a): darlansz
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