Fanfic: O Delirante Destino de Caroline Von Randow | Tema: Caroline von Randow
Era uma manhã normal como todas as outras. Caroline passara dias sem mal comer e Mauro como de costume, fingia que nada tivesse acontecido. Ele passava a maior parte do tempo parado em frente a porta do quarto da filha, tomando coragem para entrar e ver se ela estava viva e bem. Mas ele hesitava.
- Bife com fritas. - Tentava chamar a atenção de Caroline através da comida. Ele sabia que ela não resistia a um bom prato de comida e certamente estava faminta, o que poderia se tornar um perigo para ele. A menina saiu cambaleando, pegou seu prato de comida e voltou sem olhar para os lados, entrando em seu quarto e batendo a porta fortemente. E tudo voltara ao normal.
A noite, Mauro andava de um lado para o outro na sala. Com um copo de Whisky na mão, falava ao telefone.
- Petroski. Aquilo que havíamos combinado esta de pé? - Mauro falava em Polonês. E uma voz, trêmula respondeu.
- Se você ainda quiser. - Ele respondeu.
- Então, prepare uma cama. Estamos indo no fim de semana. - Mauro desligou o telefone. E em seguida, gargalhou de forma maliciosa como se um plano estivesse sido realizado.
- HAHAHAHAHA! - Vamos ver Caroline, se você não vai mudar de comportamento.
No dia seguinte, Caroline estava agitada, procurando roupas para a viagem prometida.
- Não to achando roupa nenhuma para sair, Darlan. - Ela falava com o amigo ao telefone.
- Você vai viajar para onde mesmo? - Perguntou o rapaz curioso.
- Meu pai disse que vamos para Miami. - Mal sabia a pobre garota o que a esperava.
- Miami, aaaain meu deusss, me leva. - Disse o amigo.
- hahaha, você sabe que eu te levaria pra qualquer lugar. Um dia nós vamos, combinado? - Caroline expressou um sorriso sincero, após semanas apática. Darlan sempre conseguia arrancar um sorriso dela, até mesmo nos momentos mais dificeis. Bons amigos são capazes disso.
- Combinado! - Desligou o telefone e tornou a arrumar as malas. Mauro gritou seu nome, pedindo para que ela fosse até a sala.
- Tudo pronto Caroline? - Perguntou o pai.
- Sim pai. - Respondeu a jovem inocente. As coisas estavam parecendo se encaixar. Ela estava prestes a fazer uma viagem dos sonhos, sua relação com o pai - aparentemente - estava melhorando e ela estava se sentindo um bem estar, mesmo que passageiro. Já fazia um tempo em que não se sentira assim, ela só queria aproveitar e nessa viagem, seria um momento perfeito para isso.
Estava quase na hora de embarcar no avião. As malas estavam prontas - um tanto bagunçadas -, a playlist no spotify atualizada, tudo estava em perfeita harmonia. Caroline depositou grandes espectativas nessa viagem, queria respirar novos ares, conhecer gente nova, lugares novos, alimentar seu espirito aventureiro que só ela tinha. Já imaginava a semana perfeita que passaria. Os minutos pareciam horas e nada da hora de embarcar. Mauro também inquieto e um tanto misterioso, perguntou a filha se ela queria um suco de laranja. Ela disse que sim. Ele retornou uns minutos depois. Ela bebeu.
Algo estava errado, sim. Estava mesmo. Caroline sentia-se estranha, sonolenta. Bateu no rosto algumas vezes para ver se acordava. Mas o sono caia sobre suas costas como uma bigorna gigante, não dava para lutar contra ele. "Melhor assim". Pensou. Assim não sentiria aquelas horinhas no avião. Havia chegado a hora. Caminhou quase dormindo no caminho até o avião, sentou-se e de lá morreu de tanto dormir.
Durante a noite, sentiu um frio congelante subindo por sua espinha e chegando até a nuca.
- Aeromoça, você tem um cobertor? - Seu queixo tremia, seus dentes batiam uns nos outros, numa dança um tanto estranha.
- Sim querida, já pego para você. - Caroline pensava consigo mesma. "Não me lembro de no caminho fazer tão frio assim. Ainda mais nessa época do ano. Mas, do jeito que as coisas estão, quem sou eu para dizer algo".
- Aqui seu cobertor. - Era um marrom, um tanto esburacado, mas esquentava bem e dava para o gasto. Caroline não tinha frescura com essas coisas. Só basta uma cama quente e uma comida na mesa para faze-la feliz por algumas horas. E foi assim que aconteceu. Ela tornou a dormir.
O frio parecia que tinha aumentado e muito. Caroline tremia dos pés a cabeça. "Eu não trouxe roupa para isso". Primeiro pensamento do dia. Aliás, do dia não. Era madrugada. "Madrugada?". Ela estava se questionando muito. Algo realmente estava estranho, muito estranho mesmo.
- Pai, tem algum casaco aí, está muito frio aqui?. - Mauro permaneceu imóvel, robótico como de costume, porém dessa vez asssustadoramente seco.
- Hey pai! Ta me ouvindo?. - Caroline cutucava-o e ele não respondia.
Um homem alto, loiro, vestido de terno, caminhava em direção aos dois. Ele olhava fixadamente para Mauro. E ele retribuía. Os dois pararam diante um do outro. Caroline permaneceu imóvel e apreensiva. O homem, murmuou algo em Polonês.
- É esta? - Ele nesse momento, olhou fixadamente para Caroline. Era como se ele estivesse olhando no fundo de sua alma, quase sugando-a. Mauro olhou para a filha e retornou em seguida o olhar para o homem.
- É ela mesma. - Mauro estava falando em Polonês. Caroline gelou dos pés à cabeça e não era de frio. O homem em um ato de covardia, agarrou-a pelo braço e com uma seringa, injetou a força um anestésico em sua veia. Poucos segundos depois, Carol estava simplesmente apagada. Colocada em uma cadeira de rodas e amarrada, como fazem com aqueles bixos agitados da fazenda. Mauro retirou de seu palitó, um bolo de dinheiro e entregou ao homem. E logo em seguida, retornou ao aeroporto. Um sorriso, sádico e nojento, estampava seu rosto. Caroline agora, estava prestes a enfreitar uma das batalhas mais dificeis de sua vida.
Era gelada a cama, e fedia a mofo. Fora acordada por um sino às 6 da manhã. Uma moça robusta e rabugenta entrara no quarto pisando como um cavalo. Caroline levantou em um pulo. Estava vestida de branco e com os braços atados por uma camisa de força. A mulher caminhou até ela e a levantou sem mais nem menos.
- Quem é você? O que quer comigo? ME SOLTA! - A mulher parecia não entender e por mais que Caroline fosse forte, jamais conseguiria se soltar da camisa de força. O lugar era frio, branco e pálido. Cor de lua. O prédio aparentava ser um hotel antigo dos anos 1930. Havia um pátio quadrangular no meio e em suas arestas, dormirtórios, no centro do pátio, uma torre e era lá que todas eram vigiadas. Caroline ainda permanecia paralisada de medo e indagativa. Chegaram no pátio central. Ali estavam outras garotas. Estas estavam soltas. Digo. Sem a camisa de força. E Carol também já não estava mais. Cutucou outras meninas e nenhuma delas prestou atenção nela. Até que uma, aparentemente mais ligada, reparou no seu desespero.
- Hey, o que você quer? - Ela falava em Polonês e Caroline não entendeu uma palavra se quer, arriscou então, um inglês fluente.
- Aonde eu estou? - A garota pareceu entender o que ela disse.
- Você não entendeu não é? - Disse a menina com um sorriso sarcástico no rosto?
- Não entendi o que? - murmurou Caroline ainda sem entender. A garota apenas apontou para cima indicando uma placa que ficava no topo da torre. Nela dizia:
"Primeiro Sanatório Católico de Varsóvia"
Caroline gritou de uma forma tão terrivel que agitou todas as outras garotas. Ela estava, sem dúvida, num de seus piores pesadelos. Um sanatório. Sem escapatória.
Autor(a): darlansz
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