Fanfics Brasil - CAPITULO 4 - DIAS CAÓTICOS O Delirante Destino de Caroline Von Randow

Fanfic: O Delirante Destino de Caroline Von Randow | Tema: Caroline von Randow


Capítulo: CAPITULO 4 - DIAS CAÓTICOS

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Semanas haviam passado e nenhuma noticia de Carol. Darlan e Larissa já estavam preocupado. Conversaram pela internet naquela manhã e então decidiram perguntar a Dani - irmã de Carol - se ela sabia de algo. Mas não. Ela não sabia. Muito menos Michelle. Então os dois decidiram ir até a casa dela. Seria uma atitude de coragem até, pois após aquela situação toda, aparecer lá seria o ápice da cara de pau. Mesmo assim os dois foram.


Chegando lá, tocaram a campainha, umas trinta vezes, e nada. Bateram até na porta. Mas nenhum sinal de Mauro. "Será que ele viajou?" Perguntou Darlan a Larissa. E ela respondeu. "Acho que sim, mas achei que ela fosse sozinha". Ela foi na verdade, sequestrada, mas os dois coitados ainda não sabiam disso. Foi aí que Darlan olhou embaixo do tapete da porta e bingo! Lá estava a chave reserva. Puseram-na na fechadura e giraram a maçaneta. Ao entrarem, Darlan e Larissa levaram as mãos a boca. O apartamento estava todo revirado. Documentos espalhados pelo chão, roupas, lixo, comida, pratos quebrados, estava tudo de cabeça para baixo. Uma bola de pelos preta vinham em direção a eles. Miando bem baixo e devagar. Era Heros, estava cansado e com uma ferina na pata. Faltava um pouco de pelo nele, estava ralo, parecia que alguém havia o arrancado com as mãos. Certamente ele foi maltratado por alguém. Darlan pegou-o no colo e o acariciou, foi até a varanda. Tudo estava cheio de fezes e urina dos gatos, pegou um pouco de ração que havia numa jarra ali perto e depositou o que tinha numa tigela. Heros comeu tudo em um minuto. Larissa dirigiu-se ao quarto e de lá chamou Darlan. Ao chegar lá, ele lamentou o que havia visto. O quarto de Caroline estava todo destruido. Todos os móveis, o computador, a o colchão estava no chão, suas roupas todas jogadas e rasgadas, a televisão estava caida no chão. "Aconteceu uma guerra aqui?" Pensou Darlan. Ele começou a retirar algumas roupas que estavam no chão e do nada, gritou de uma forma tão pavorosa que fez Larissa quase morrer de susto. Não era possível que aquilo havia acontecido. Larissa caminhou e cautelosamente olhou o que estava no chão. Sentiu um arrepio subindo pela espinha. Era o cadáver de Dóris. A pequena aparentava que havia morrido enforcada. Darlan abaixou-se de vagar e acariciou-a. Sentiu uma raiva grande no peito, questionou-se.
- Quem poderia ter feito uma maldade dessas? - Larissa agachou ao seu lado e lamentou a morte da gatinha.
- E o Morpheu? - Lembrou Darlan do branquinho. A partir daí começaram a procura-lo pela casa. Andaram e andaram, até que ouviram um som vindo da cozinha. Chegaram até lá, olharam embaixo da bancada e nada. Ouviram de novo mais alto. Eles entenderam de onde estava vindo o som. Larissa colocou as mãos na geladeira, olhou para Darlan e cautelosamente abriu a geladeira. O pequeno estava recolhido entre o pote de manteiga e a jarra d`água. Tremia muito. Assim que viu os rostos familiares, pulou da geladeira e miou em sinal de agradecimento. Darlan e Larissa andaram até o meio da sala e olharam ao redor. Sentaram no sofá e permaneceram em silêncio. Heros com Larissa e Morpheu com Darlan. A situação estava alarmante. "Quem seria capaz disso?" Pergunta frequente na cabeça deles.


A situação no sanatório estava indo de mal a pior. Caroline resistia a tudo e a todos. Os medicamentos a mantinham totalmente dopada, as enfermeiras forçavam-na a toma-los. Ela cuspia de volta na cara delas. E com isso, ganhavam um dia na solitária. Se Caroline não estava louca antes de entrar ali, com certeza, acabaria ficando. A menina perdeu totalmente a noção de espaço e de tempo, suas olheiras fundas, seus cabelos para o ar, cheirava a suor e a vômito. Aquele era sem dúvidas, seu inferno. Tentava pedir ajuda as outras meninas mas nada adiantava. Elas estavam ainda pior que elas. Aquele lugar parecia mais um cemitério do que um sanatório. "Porque meu pai fez isso comigo?". Matutava isso em sua cabeça. "Como devem estar meus gatos?". "Meus amigos?". "Preciso arranjar um jeito de sair daqui!"
- Próxima! - Chegara sua vez de tomar a medicação. Estava muito cansada para resistir. Imaginou uma colherada de strogonoff de frango em sua boca. Mas nem mesmo a melhor bala de menta do mundo poderia mascarar aquele gosto horrível. Certamente, o strogonoff estava estragado.


Sua rotina era a seguinte: Acordava às 6 horas da manhã. Comia um biscoito de água e sal integral e uma dose de chá verde. Após isso, retornava para o quarto. Caroline por algum motivo, fora colocada na ala das paciêntes perigodas. Por isso, permanecia isolada das outras e só conseguia ter algum contato na hora do sol. Era a hora onde todas se reuniam no pátio central e podiam interagir de alguma forma. Como a maioria desta ala anda dopada, ninguém falava nada. Apenas vagavam sem rumo, esperando dar a hora de dormir. Caroline permanecia sentada em uma singela árvore que tinha ali. E ficava até o fim do horário. Nada de novo sob o sol.


No Brasil, Darlan e Larissa ainda estavam vasculhando o apartamento em busca de alguma notícia, ou alguma coisa que pudesse revelar quem fora o responsável por aquele cenário.
- Nada no outro quarto, muito menos no banheiro do Mauro... Espera aí. Mauro! Não olhamos no computador dele! - Uma lampada acendeu acima da cabeça de Darlan. Ou quase isso. Os dois sentaram na cadeira, plugaram o cabo do computador na tomada e ligaram. De cara, os dois bufaram de raiva. Tinha senha.
- Caramba, e agora? - Perguntou Darlan desapontado.
- Tenta alguma coisa? - Sugeriu Larissa.
- "Caroline". - Digitou Darlan e nada aconteceu.
- Acho que não seria algo tão óbvio assim, né? - Larissa estava certa!
- Verdade... Que tal, "Dóris"? - Nada também. O painel do computador indicava apenas mais uma tentativa, caso errassem, ele seria bloqueado.
- Tenta "Marcelo". - Eles acertaram em cheio. Era um pouco óbvio. Só aqueles que sabiam desse passado, saberiam que Mauro era marcado por isso. Longa história. Com o acesso permitido ao computador, os dois clicaram no navegador e foram até o histórico procurar alguma pista.


Desceram a página por quase meia-hora, e a maioria dos links eram de videos de gatinhos e páginas do facebook. Até que um em especial, chamou a atenção. Era um site de viagens. Eles clicaram no link. Era o site de viagem mesmo. Mas uma coisa chamou atenção. A viagem não era para Miami. Mas sim para a Polônia.
- Será que a Carol foi para a Polônia? - Perguntou Darlan.
- Cara, acho que não. De qualquer forma é estranho né?
- É mesmo! Vamos procurar mais. - Os dois continuaram navegando. Voltaram a área de trabalho. Entraram numa pasta estranha que havia lá. Estava escrito algo em outra língua. Ao abrir a pasta, se depararam com diversas imagens de um prédio que aparentava ser dos anos 1930. Haviam blocos de texto vazios. Um em especial tinha um nome e um número.


"Petroski Kirkham - 98 254-523-2012"


- Petroski? Que nome estranho! - Disse Darlan. Continuaram a vasculhar a pasta. Clicaram em uma que havia uma outra dentro. E dentro desta, havia outra. E assim foram clicando. Na última pasta, haviam fotos dos documentos de Caroline e de todas as pessoas da familia dela. Todos mesmo. Titulos de eleitor, RG, passaporte, carteiras de motorista, todos. Darlan e Larissa se olharam desconfiados. Havia mais uma pasta ali. Eles clicaram. Apareceu na tela uma foto de Caroline, com vestimentas brancas, aparentemente péssima e descabelada.
- Meu deus, o que é isso? - Perguntou Larissa.
- Veja a data... É de ontem! - A voz de Darlan aumentou.
- É verdade! Veja o fundo. É aquele prédio antigo! Será que ela está lá? - Larissa parecia aterrorizada.
- Vamos voltar até aquela foto. - Darlan navegou até a primeira pasta onde havia a foto do prédio. Clicou no botão de zoom e aproximou. Havia algo escrito em inglês.


"Primeiro Sanatório Católico de Varsóvia"


- ELA FOI INTERNADA NUM SANATÓRIO! - Gritaram os dois juntos. Nesse momento, um barulho imenso veio da porta. A maçaneta estava virando. Alguém estava tentando entrar.
- Alguém estava tentando entrar, Larissa? - Darlan abaixou a voz.
- E agora, o que faremos?! - Larissa suava, sua garganta secou. Algo terrível estava prestes a acontecer.



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Autor(a): darlansz

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