Fanfics Brasil - CAPÍTULO 5 - O PULO DO GATO O Delirante Destino de Caroline Von Randow

Fanfic: O Delirante Destino de Caroline Von Randow | Tema: Caroline von Randow


Capítulo: CAPÍTULO 5 - O PULO DO GATO

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Mais um cigarro aceso para empestear o carro. Mauro não costumava a fumar dentro dele, mas estava tão nervoso que não havia outro jeito. Ele estava na estrada, saindo do Rio de Janeiro. Estava fugindo na verdade. Ele escondia algo macabro e caso alguém descobrisse, ele iria apodrecer na cadeia. Daí ele lembrou do computador que havia deixado em casa. Haviam coisas incriminatorias nele. Mauro continuou dirigindo, acendeu outro Hollywood azul, os dedos no volante tremiam, ele pensava constantemente em voltar para casa. Pegou o primeiro retorno da estrada e voltou para o Rio de Janeiro.

No apartamento.
- Ai Larissa, tem alguém girando a maçaneta. - Os dois tremiam tanto que quase era possível ouvir seus musculos se chocando. A maçaneta não parava de girar. Larissa tomou coragem. Andou até a porta. Esperou. Darlan vinha junto em passos lentos, com a maior cautela possível. Parou ao lado de Larissa.
- Acho que foi embora. - comentou Larissa.
- eu também acho. - Darlan tremendo muito, colocou as mãos na maçaneta e girou. Assim que ele girou. Alguém empurrou a porta tão forte que chegou a bater no rosto de Larissa. Uma voz familiar veio do corredor. Um suspiro de alívio caiu sobre os dois nervosos.
-viaaaado o que estão fazendo aqui? - era João, ele também veio ver o que havia acontecido com Caroline.
- Ai que susto viado! - disse Larissa rindo de tão nervosa que estava. Darlan respirou fundo e riu também, abraçaram-se os três. Ele contou que estava preocupado com Caroline. Ela não o respondia fazia tempos, por isso decidiu ir ao apartamento procurar saber de algo ou sei lá, conversar com o pai dela.
- gente o que houve aqui?! - ele também ficou indignado. - Larissa e Darlan contaram o que viram para ele. Levaram-no até o computador e mostraram as fotos.
- E ai, o que você acha? - perguntou Larissa a João.
- acho que ela está lá sim - respondeu ele. - pesquisa o nome desse lugar. - Larissa digitou o nome do lugar que aparecia na foto, em seguida, apareceram vários endereços de sites. Eles abriram um em especial que mostrava a história do lugar. Ao lerem que aquilo era um sanatório, tudo pareceu se encaixar.
- eu me lembro de uma coisa da briga. Ele disse várias vezes que ia interna-la. - comentou João - como eu estava em estado de choque, fiquei olhando pra ele fixadamente, foi aí que ele disse isso. Acho que ele a internou lá - concluiu.
- você tem razão João - disse Darlan. - temos que tira-la de lá... mas... na Polônia? Como iremos para lá? Não temos dinheiro nenhum. Somos muitos. Tenho certeza que se falarmos com os outros, eles também vão querer ir. - lamentou Darlan.
- A não ser que vá apenas um. - sugeriu Larissa. Ela estava certa. Eles não haviam dinheiro nenhum, mal conseguiam pagar uma passagem, imagine três, quatro, cinco. Um sentimento de impotência tomou conta de todos os amigos. Eles queriam muito livra-la disso, mas naquele momento era impossível. E agora? O que fariam? Amigos devem ajudar os outros, isso é uma verdade absoluta. Mas essas circunstâncias eram extremas e violentamente, o circo iria se fechar e talvez Caroline jamais voltaria de lá e se voltasse, não seria a mesma.

Mauro virou na primeira a direita, subiu o viaduto do Méier e se dirigiu até a Dias da Cruz. Uma vontade aniquilante de comer no Cometa. Um restaurante de esquina que Mauro sempre frequentava. Ele praticamente ia todos os dias. Mal jantava em casa. Muitas vezes Caroline ficava sem nada pra comer e era obrigada a comer na rua também, gastando dinheiro. "Um pai deveria prestar seu papel" era um comentário que circulava no meio da familia da Carol. Quando ela relatava seus surtos, todos ficavam preocupados. Temiam pela saúde dela. "O que será que ele pode fazer no futuro?". Acabou que ele fez a pior coisa da vida dele.

No apartamento, os amigos ainda procuravam mais evidências. Vasculhavam os documentos no chão. Darlan levantou com um envelope na mão. Havia algo escrito em Polonês. Ao abrir o documento, caíram duas fotos 3x4 de Caroline no chão e um resultado de um exame de sangue. Lá estavam a mostra duas substâncias químicas relatadas no exame. Eles imaginaram que aquilo havia motivado Mauro a leva-la para a clínica. Pena que o motivo real não era esse. Eles mal sabiam. A coisa era muito mais séria que isso. Mauro não era quem eles acreditavam que era.

- Precisamos sair! - Disse Larissa. - Não sabemos se a pessoa que fez isso irá voltar. - Darlan e João fizeram que sim e se direcionaram a porta. Quando as mãos de Larissa tocaram na maçaneta, ela girou em um movimento brusco. João quase gritou, sorte que Darlan no momento exato colocou as mãos na boca dele. Larissa olhou pelo olho mágico. As mãos dela tremeram naquele momento. Ela sussurrou.
- É o Mauro... - Darlan e João quase caíram para trás. "Fodeu tudo!". Pensou João. "Vamos morrer!". Pensou Darlan. As coisas iam ficar muito pior. Se ele soubesse que eles estiveram ali, o que Darlan pensou, poderia se tornar realidade. Ninguém sabia quais eram a real intenção de Mauro. Todos correram até o quarto e permaneceram lá. A porta abriu e o som de passos lentos e pesados começou a se propagar pela casa. Eles mantiveram as mãos na boca, para que nem um respiro pudesse escapar. Mauro caminhou até o computador e percebeu que ele estava ligado.
- Alguém esteve aqui... - Disse para si mesmo. Ele desconectou o computador da tomada e começou a desmonta-lo. Nesse momento, Larissa começou a morder a tela do quarto. Eles iriam ter que pular, era o único jeito de escaparem da li vivos. Seus dentes doíam, mas a vontade de sair viva era maior e valeria a pena a dor. Mordeu com mais força. João e Darlan choravam e tremiam de tanto medo. Larissa conseguira arrebentar metade da grade, precisava de mais um pouco, continuou mordendo feito uma leoa. Sem querer, João esbarrou no rosto de Darlan o que fez seus óculos caírem no chão. Isso acabou fazendo um barulho, mesmo que sutil. Suficiente para chamar atenção de Mauro. Ele parou de fazer aquilo no momento em que ouviu. Foi até a cozinha e pôs uma faca em sua mão.
- Quem esta ai? - Todos os três tremiam tanto que pareciam estar entrando em um estado de convulsão. Larissa arrebentou a tela.
- Eu pulo primeiro. - Numa coragem sem igual, Larissa pulou de lá do andar. João correu no mesmo momento e olhou para baixo. Ela estava mancando um pouco, mas estava bem. Mauro estava cada vez mais perto da porta. Mas por algum motivo, foi direto para o outro quarto. O que dera aos dois alguns segundos a mais. João pulou. Igualmente mancando, mas estava bem. Darlan se preparava para pular. No momento, lembrou de uma coisa importante. Heros e Morpheu. Não podia sair de lá sem levar os gatos. Darlan subiu em um vão que havia na janela, andou até o outro quarto por fora do apartamento. Ele fitava Mauro procurando de onde vinha o barulho. Em algum momento, Mauro saiu do quarto e retornou para o de Caroline. Darlan já estava no outro quarto. Ele abriu e entrou pela janela. Heros estava escondido embaixo da cama. Colocou-o em um braço e voltou para a janela. Deu um sinal a Larissa e atirou o gato de lá que por instinto, caiu de pé. Retornou pela janela novamente. Mauro estava na sala. Entrou pelo quarto de Caroline, foi procurou por Morpheu e o encontrou embaixo da mesa do computador. Voltou para a janela, fez o sinal para Larissa e jogou o gato de lá que também caiu de pé. Debruçou-se na janela, olhou para trás e viu o cadáver de Dóris no chão. Lamentou não poder leva-la. Pulou da janela. Machucou um pouco o joelho, mas estavam bem. Eles correram, passaram pelo espaço zen, chamaram o elevador e desceram. Seus nervos haviam explodido. Os três tremiam muito, mas riam ao mesmo tempo
- Temos uma história pra contar. - Comentou Darlan.
- Verdade. - Disse Larissa.
- E agora? - Perguntou João.
- Agora, temos que decidir quem vai para a Polônia. - Agora quem iria? Nenhum dos três sabia ao certo. Mas independente de quem escolhessem, este, correria um grande perigo.



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Autor(a): darlansz

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No sanatório, Caroline permanecia em claro por dias, mal conseguia dormir. Ela sofria de pensamentos invasivos. Até mesmo uns meses atrás, antes de ter sido internada. Sua mente era uma pessoa fora dela. Com seus desejos, suas ideias, suas ações. Ela não tinha controle nenhum sobre a sua própria mente. Ela via isso e nã ...


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