Fanfics Brasil - CAPITULO 8 - SEGREDO O Delirante Destino de Caroline Von Randow

Fanfic: O Delirante Destino de Caroline Von Randow | Tema: Caroline von Randow


Capítulo: CAPITULO 8 - SEGREDO

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A bebê Nina começou a chorar assim que Lucia trocara de canal. 


- Espera aí, filha. Rapinho. - Era a hora do notíciário. Gostava de ouvi-lo enquanto fazia o almoço. As mesmas matanças de sempre. "Namorado ciumento mata namorada com um tiro na cabeça". Pior do que Jogos Mortais, ou qualquer filme de terror clichê americano. Notícias como essas, estampam o noticiário brasileira, uma fábrica de pessoas paranóicas em massa. "Incêndio nesse exato momento no Méier". A mãe de Larissa, retornou e sentou-se ao lado da pequena Nina, que estava entretida com um brinquedo qualquer. "Senhora, pode nos contar o que houve?". O reporter direcionou o microfone a uma senhora que havia sobrevivido ao incêndio. Ela estava envolvida em uma manta, o rosto um pouco preto, uma criança pequena a segurava. "Eu não sei... ao certo... foi a tubulação de gás, eu tenho certeza!". Laisa - irmã de Larissa - passava ao lado da televisão e por algum motivo parou e prestou atenção. Engoliu em seco. Reconheceu a fachada do prédio. 


- Larissa! Larissa! - Laisa batia na porta do banheiro. - Venha ver isso! - Gritou a irmã. 


- O que foi? - Larissa secava os cabelos com uma toalha. Ao parar em frente a televisão, seus olhos se esbugalharam. 


- Não pode ser!! - Nesse momento, correu até o celular e discou o número de Darlan. Ele não atendia. Clicou no aplicativo do whatsapp e mandou uma mensagem para ele. 


- Caralhooow, será que pegou no apartamento da Carol? - Perguntou Laisa. Larissa permaneceu imóvel, com as mãos na boca, petrificada de frente a televisão. A situação havia chegado ao seu limite. "Será que foi Mauro?". Não descartava essa hipótese. Na verdade, ela acreditava ainda mais nessa hipótese. Ela retornou ao banheiro e terminou de se arrumar. "Caroline mal sabe que isso está acontecendo". Pensou. Ela estava ainda mais preocupada com a vida da amiga. Se Mauro fora capaz de tacar fogo no próprio apartamento em que morava, o que poderia fazer com a própria filha? E detalhe: o fogo pegou praticamente o bloco inteiro. A policia teve que interditar a área. Ninguém entra e ninguém sai. O prédio está comprometido. Nenhuma morte confirmada. Oito feridos. Ela estava, certamente, lidando com um psicopata. Uma medida imediata deveria ser tomada. Mauro precisava ser detido o quanto antes. E Caroline, resgatada daquele lugar. 


- Laisa. Vem aqui no quarto. - Larissa estava decidida a contar tudo para a irmã. E contou. Mas Laisa reagiu de uma forma totalmente diferente.


- Mó caozeira. Sai daí sua caozeira. - Ela não acreditou em uma palavra se quer.


- Cara... é verdade. - Insistiu Larissa. Sem sucesso. - Vou te mostrar as fotos e você vai ver... Espera ai? Se ele tacou fogo no apartamento, as fotos foram embora! - O pior talvez havia acontecido. Como iria salvar Caroline e colocar Mauro na cadeia se as provas haviam ido junto com o fogo? Tudo estava perdido. Larissa sentou-se na beirada da cama e abaixou a cabeça. Laisa veio caminhando de vagar e sentou do lado da irmã.


- É verdade mesmo? - Perguntou, agora com um tom de voz mais suave. 


- Eu queria que não fosse. - Larissa olhou para irmã com os olhos cheios de lágrimas. 


 


"Temos que iniciar um incêndio", sussurrou Lilith. 


- Como iremos fazer isso se não temos nada para ocasionar um incêndio? - Perguntou Evelyne. 


- Verdade, você tem razão. - Disse Myla. 


- Eu acho que vi uma das enfermeiras fumando. - Comentou Serena. - Se nós conseguíssemos de alguma forma pegar o esqueiro, podemos iniciar um incêndio. Quando isso acontecer. Todas as saídas serão destravadas, certo? 


- Certo. - Respondeu Evelyne. - Daí, a gente tem que arranjar um jeito de fugir sem que eles percebam, para issso os guardas devem estar ocupados. Se não eles acabarão mantendo a gente em vigilância. - Completou.


- Quando vocês pretendem fazer isso? - Perguntou Caroline. 


- Até o fim de semana. - Respondeu Evy. - Definitivamente. Seria algo totalmente arriscado que poderia custar a vida de cada uma delas. Por sorte, Petroski não viera ao sanatório - Thomas o substitui. Ele era um debilóide. Estava entretido com um jogo novo estilo snake - se elas forem pegas, jamais sairão de lá. Caroline tinha um pouco de medo disso, mas se fosse viver a vida inteira naquele lugar, pelo menos isso seria a coisa mais emocionante que faria antes de morrer. Como eu já disse. Seria um alimento delicioso para a alma aventureira de Caroline. E o que mais ela precisava, era alimenta-la. 


Mal amanhecera e Katja se encontrava batendo na porta de Caroline. Ela estava batendo, não mais entrando daquela forma bruta que fazia. Talvez pseja porquê as possibilidades de Caroline cometer suicidio eram remotas e ela não precisaria temer encontrar o corpo dela com a cabeça esfolada, de tanto bater na parede. Carol estava sentada na cama. Katja entrou. Caroline sorriu. "Bom dia". Arriscou. Katja parou por um segundo e olhou para Caroline, sorrindo."Bom dia" retribuiu. 


- Deixe-me aliviar isso. - Ela direcionou as mãos para as costas de Caroline e afroxou o nó da camisa de força. Neste momento, Carol virou a cabeça um pouco para o lado e respirou bem fundo, como se estivesse procurando algum odor diferente. Na hora do banho de sol, ela retornou com uma notícia ótima.


- Katja fuma. Eu senti cheiro de nicotina dela. - Disse Caroline entusiasmada. 


- Então você tem que dar um jeito de conseguir o esqueiro. - Murmurou Evy. 


- É muito arriscado! - Comentou Serena. - Se ela for pega. Vai para o quarto. "O Quarto" era um local que todas as paciêntes tinham medo de ir. Na verdade, era um baú, um pouco maior, cheio de ratos e baratas. 


- Evy já esteve lá. -  Disse Lilith. Nesse momento, todas voltaram seus olhos para Evelyne. Ela engoliu em seco. Mudou de assunto.


- Você é a nossa única esperança Caroline. - Murmurou Evy. Caroline estava apreensiva, mas estava disposta a fazer isso.


- Ok. Eu faço. - Sua coragem havia sido provada naquele momento. Todas confiavam em Caroline. Ela parecia ser uma pessoa justa. E justiça, é algo que encanta todas as paciêntes daquele lugar. Na verdade, ali não tem justiça e com o tempo, quem possui um pouco dentro de si, acaba perdendo, sugado por aquelas paredes. Faltavam dois dias para a fuga. Caroline precisava pensar em algum jeito de pegar o esqueiro. O mais rápido possível. 


 


Darlan acordara tarde naquele dia, tateou o chão e encontrou o celular. Foi direto para as mensagens como de costume. Lá estava a mensagem de Larissa. No momento que leu. Retornou para a amiga. Mas ela não atendeu. Ele começou a suar. Eles precisavam agir o mais rápido possível. Mauro estava a solta, ele poderia vir atrás de qualquer um deles. "Aquele homem é capaz de tudo". Pensou. "Preciso deixar aquilo com alguém, caso algo aconteça comigo". Darlan andou até seu quarto, abriu a gaveta e retirou um pendrive. Encaixou-o no computador. Lá estava todas as evidências que incriminariam Mauro. Isso valia ouro e era a único meio de conseguir tirar a Caroline de lá. O celular tocou. 


- Alô? Larissa? 


- Sou eu. Você viu o noticiário? - Perguntou Larissa apreensiva. 


- Sim eu vi. Larissa, tenho que te contar algo. - Ele engoliu em seco. - Quando estávamos no apartamento, eu peguei um dos pendrives do Mauro, apaguei o que tinha dentro e coloquei todas as provas que tínhamos contra ele. Eu preciso deixar isso guardado com alguém. Estou com um pressentimento ruim. - Disse o rapaz.


- Ok. Vamos pensar em alguém que não levantaria suspeitas. Caso algo aconteça com a gente, pelo menos teremos provas. - Disse Larissa. - A propósito. Eu já sei como podemos ir para a Polônia. Ela contou o plano. Ele riu, achou improvável que fosse funcionar, mas aceitou. 


 


Ao cair da tarde, os dois haviam se encontrado no lugar combinado. Andaram umas duas quadras e chegaram no objetivo.


- Renan! Acorda. - Certamente ele estava dormindo. Renan dorme de dia e fica acordado de noite. Sabe-se lá fazendo o que. Eles já sabiam disso. Porém, tinha que ser naquele momento, pois não tinham muito tempo para agir.


- RENAN! - Gritou Darlan. Até que a janela abriu com toda força possível.


- Espera ai, caralho! Sabe que minha mãe odeia que gritem.- Era Renan, todo descabelado e com aparência que havia acabado de acordar. 


- O que vocês estão fazendo aqui? - Perguntou o rapaz dorminhoco. 


- Precisamos de sua ajuda. - Disse Larissa. Eles entraram e sentaram na beirada da cama. Renan voltou-se para o computador, falava com alguém interessante. 


- Que ajuda? - Perguntou ainda sem prestar atenção. 


- Precisamos que você compre duas passagens de ida e volta para a Polônia. - Renan, fechou a aba do facebook e virou a cadeira do computador de vagar. 


- Larissa, você acha que eu sou banco, é? - A veia dele da testa saltou. Estava prestes a preparar seu discurso destruidor quando Darlan interveio.


- Caroline foi sequestrada! - Renan ficou calado. Olhou para Darlan com a testa franzida. 


- Sequestrada? - Perguntou - Vocês mentem demais hein. 


- Não estamos mentindo! - Disse Darlan. - E eu posso provar que não. Retirou do bolso o pendrive e olhou para Larissa. 


- Precisamos muito da sua ajuda. - Estava quase implorando. - Muito mesmo. 


 


 



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Autor(a): darlansz

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Renan olhava as fotos no computador.  - Está parecendo verdade mesmo. - Ele entendia disso. Via muitas séries de matança e de psicopatas capazes de esconder os corpos das vítimas sem deixar uma pista se quer. - Ele é muito burro! Se eu fosse ele, não salvaria todas as provas do crime no próprio computador. Tenho que ensi ...


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