Fanfic: O Delirante Destino de Caroline Von Randow | Tema: Caroline von Randow
Renan olhava as fotos no computador.
- Está parecendo verdade mesmo. - Ele entendia disso. Via muitas séries de matança e de psicopatas capazes de esconder os corpos das vítimas sem deixar uma pista se quer. - Ele é muito burro! Se eu fosse ele, não salvaria todas as provas do crime no próprio computador. Tenho que ensina-lo a ocultar as provas. - Larissa e Darlan olhavam para Renan com desdém.
- Ai cara, para com essa merda. - Disse Larissa furiosa.
- Ta, ta bom. Ta ele sequestrou ela e aí, como vocês vão pra Polônia? O que vocês estão me pedindo é impossível. - Ele tinha razão em partes. Especialmente falando do dinheiro. Darlan e Larissa juntos, não tinham se quer uma passagem de ida individual, imagine duas passagens de ida e volta. Eles precisavam de mais para ir até lá.
- Mas... - Pensou um pouco. - Acho que sei como conseguir as passagens. Meu tio... - Fora interrompido por Larissa.
- O que tem uma ilha? - Perguntou com ar de deboche.
- Esse mesmo! - Respondeu Renan. - Posso tentar conseguir. Ele adora se gabar. Imagina? "Tão rico que deu duas passagens de ida e volta para a Polônia". Imaginou.
- Bom, espero que você consiga. - Comentou Darlan.
Eles contaram tudo que aconteceu para Renan que ficou chocado no momento. Imaginou diversas situações em que ele acabaria dando um chute em Mauro, nocauteando-o imediatamente. Renan sabia lutar Kung fu - muitas pessoas não acreditavam nele quando dizia isso, mas era verdade mesmo, ele lutava e lutava muito bem. Teria sido uma ótima ajuda naquele momento de tensão, mas infelizmente, não é possível prever as situações e muito menos voltar no tempo. "Mas e Mauro?". Darlan levantou essa questão e todos permaneceram calados.
- Verdade. - Disse Larissa. - Ele está a solta por aqui. Será que, de alguma forma, ele descobriu que estivemos no apartamento? - Acrescentou Larissa.
- Não sei, mas é possível. - Murmurou Darlan. - Nós iriamos sempre lá, ele sabia que alguma hora um de nós iria aparecer procurando a Carol. Acho que... ele tomaria alguma atitude, um tanto mais... séria.
- Você quer dizer, matar? - Disse Larissa.
- É claro né gente? Óbvio que ele ia matar quem fosse lá. - Renan interveio.
- Bom, ele deve estar querendo matar a gente ainda mais agora. - Brincou Larissa.
- Eu hein, Deus que me livre. - Disse Darlan. Todos riram. Por poucos segundos eles haviam esquecido todas essas situações caóticas, mas só por um momento mesmo. Depois disso, todos permaneceram calados e pensativos. Pensavam: "Como vamos salvar a Carol?". "E se o Mauro vir atrás da gente?". Se Mauro não fosse quem eles pensavam - e isso era verdade - talvez, ele fosse mais perigoso também.
Do lado de fora da casa do Renan, havia um carro vermelho estacionado. Um homem fumando um Hollywood Azul de óculos escuros no rosto. Ele abaixa os óculos e olha seriamente através do vidro do carro.
- Vocês não perdem por esperar. - Mauro disse para si mesmo. Estava preparado para dar o bote. Aguardava ansiosamente as presas saírem da toca.
De dentro da casa.
- Tchau Renan. Fala comigo pelo whatsapp. - Disse Larissa.
- Tchau Renan. - Darlan o abraçou, assim também fez Larissa e ambos desceram as escadas até a entrada do prédio. Larissa reclama no meio do caminho.
- Aff, esqueci a chave. - Retornou correndo até o apartamento. Renan estava parado segurando a porta. Larissa voltou com a chave. Renan aconselhou a amiga.
- Cuidado. - Apesar de as vezes ser grosso, parecer não se importar, na verdade isso tudo era uma máscara que ele tinha. Ele era bastante sentimental, e por um momento pensar que poderia perder pelo menos um de seus amigos, isso seria algo que acabaria com ele.
Larissa olhou para ele, respirou fundo e disse.
- Pode deixar. Eu sei me cuidar né? - Sorriu e deu um ultimo abraço.
Ao sair, Mauro estava de pé, encostado no carro. Larissa e Darlan gelaram ao vê-lo. Esfregavam os olhos para ter certeza daquilo e infelizmente, não era uma ilusão, era real. Ele vinha atravessando a rua lentamente. Os dois pensarem em correr, mas era impossível. Ambos estava pretrificados. Mauro colocou as mãos no bolso e de lá, tirou uma pistola com silênciador embutido. Era a hora da morte deles. Eles tremimam muito e suavam muito. Darlan já estava preparando seu discurso para implorar por sua vida, quando um carro em alta velocidade surge entrando na frente de Mauro, os pneus arrastaram no chão, deixando um rastro preto. Uma nuvem de poeira separou os dois amigos do assassino. Uma voz conhecida, especialmente por Larissa gritou de dentro do carro.
- Entra porra! - Era Rodrigo, um caso antigo de Larissa.
- Rodrigo?! - Franziu a testa enquanto corria em direção ao carro. Ela não estava acreditando naquela cena. Darlan correu, camabelando, mal conseguiu entrar no carro, bateu a porta com força.
- Vocês demoram muito! - Gritou Rodrigo. - Se segurem!! - Ele pisou no acelerador com tudo. O carro quase voou. Mauro apontou a arma e deu um tiro que acabou pegando na carcaça. Os dois se abaixaram e olharam para trás. Gritavam muito. Não se sabia se era pelo tiro que Mauro dera ou pelo fato de Rodrigo estar em alta velocidade, andando em zigue-zague em plena Avenida Brasil cheia de carros. Um sentimento de alívio encheu o peito dos dois.
- Temos que nos esconder, ele pode seguir a gente. - Disse Darlan.
- Eu sei onde podemos ir. - Disse Larissa. Ela se inclinou no carro e sussurou algo no ouvido dele. Rodrigo abaixou o retrovisor e olhou nos olhos dela. Virou a esquina, entrou na primeira a direita e seguiu direto. Passou por debaixo da linha do trem, entrou numa rua totalmente escura. Tocava uma musica do Guns N` Roses no fundo. Eles estava no Garage.
- Eu duvido muito que ele possa achar a gente aqui. - Comentou Larissa. Darlan estava ainda morrendo de medo mas se sentiu em casa ao chegar ali. Nunca pensou que fosse ficar tão feliz de estar no Garage. Afinal de contas, os dois voltaram as raizes e ali pareceu um paraíso comparando ao inferno que os dois passaram nos últimos dias.
O carro estava estacionado próximo ao bar da esquina. Os dois desceram de lá, caminharam até o bar e entraram. Rodrigo andou até a bancada e conversou com uma das moças. Ela fez que sim com a cabeça. Darlan e Larissa olhavam de longe, apreensivos. O bar estava lotado. Pessoas passavam o tempo todo e esbarravam nos dois que estava parados feito estátua no caminho. Rodrigo chamou os dois. Eles passaram por debaixo do balcão e subiram uma escada. Estavam num apartamento simples, em cima do bar.
- Vocês podem ficar aqui o tempo que quiserem. - Disse Rodrigo.
- O que você estava fazendo lá? - Perguntou Larissa
- Você não reparou, mas estou com roupa de militar. Eu fui ver um amigo que estava de serviço na guarita, ali em frente a casa do Renan. Entrei no carro. Ia parar na frente da casa do Renan e buzinar para você. Eu já havia te visto. Mas aí quando vi aquele cara tirar a pistola do bolso eu arranquei com o carro e gritei vocês.
- Você salvou a gente, não tem noção. - Agradeceu Darlan.
A sitação agora estava mais séria do que antes. Os dois puderam ver que Mauro não estava para brincadeira. "Com certeza foi ele que tacou fogo no apartamento". Acrescentou Larissa. Todos concordaram. "E agora?". Mauro estava pelas redondezas, eles precisavam se comunicar com os outros para tomarem cuidado com ele. "Como ele achou a gente?". Certamente haviam muitos segredos ainda não revelados sobre Mauro. Se ele fora capaz de encontra-los até mesmo na casa do Renan que não íam há muito tempo, imagine em suas próprias casas. Larissa correu até a bolsa e retirou seu telefone; deslizou o dedo até clicar no aplicativo whatsapp. Abriu o chat com Laisa - sua irmã.
"Laisa, sai daí de casa, o mais rápido possível"
"onde tu ta idiota?"
"No garage, depois eu te conto"
"ta fazendo oq ai porra?"
"O Mauro tentou matar o Darlan e eu"
"aaffffff para de mentir caozeira"
"To falando sério"
Rapidamente, Darlan retira o celular da mão de Larissa e grava um áudio. Ele explicou toda a situação para Laisa que pareceu acreditar em tudo. Por mensagem ela disse:
"mas minha mãe n vai acreditar". Larissa pegou o celular de volta
"Ela vai acreditar mais que você". E de fato Lúcia iria, ela acreditava nas filhas, por mais que elas estivessem mentindo. Não deixava de acreditar. Era como se ela mostrasse que confiassem nelas, mesmo sabendo que o que elas diziam não passava de pura invenção. Talvez assim conseguisse conquistar a verdade delas.
Lúcia apenas em ouvir uma frase de Laisa, se desesperou. Correndo pela casa, catando coisas e jogando em uma mala. Pediu para Laisa segurar Nina porque iria ligar para o marido. Caminhou até a janela para fechar a cortina quando viu Nino no portão do prédio, conversando com um homem de óculos escuros.
- Laisa vem cá, olha isso. - Laisa rastejou-se até perto da mãe e olhou pela janela. Um frio desceu sua espinha, ela sabia que aquele homem era Mauro apesar de nunca ter reparado nele, mas já o vira na casa de Caroline nas poucas vezes que fora lá.
- É o pai da Carol!! E agora? - Laisa correu até o celular e mandou uma mensagem para Larissa, dizendo que Mauro estava na porta do prédio.
- LAÍSA, ELES ENTRARAM!! - Lúcia gritou de desespero do quarto. As duas foram para varanda - que ficava ao lado da cozinha e perto da entrada - agacharam-se e esperaram trêmulas. A maçaneta da porta girou e entraram os dois homens conversando muito. Nino comentava algo sobre o apartamento e disse que eles iriam se mudar para Natal no final do ano e que Mauro poderia alugar o apartamento quando ele quisesse.
- Já ta decretando que a gente vai morar lá - Sussurrou Lúcia. Laisa tapou a boca da mãe. Nina estava inquieta. Se mexia muito, apertava o peito da mãe, ela queria mamar. Lúcia pensou: "Agora não". Mas sabia que não havia outro jeito, só assim ela iria calar a boca. Um barulho estranho veio da sala. Laisa arriscou olhar, ela ouvira um barulho de porta fechando, acreditou que Mauro havia ido ao banheiro, ao chegar na sala. Seus olhos encheram de lágrimas, suas mãos tapavam um grito que poderia entregar a existência delas ali naquele apartamento. Sua garganta fechou, estava sem ar, sentiu vontade de votimar. O pai estava estirado no chão insanguentado. Ele havia levado um tiro na cabeça. Mauro estava no banheiro lavando as mãos. Aquela cena grotesca deixou Laisa traumatizada, jamais havia visto um corpo na vida, sentia um medo tremendo até dos filmes de terror, imagina algo ali na sua frente. Era definitivamente, um filme de terros dos brabos.
Andou cautelosamente de costas até a varanda novamente, ela recostou a cabeça na parede e foi se arrastando até sentar no chão . A mãe ficou observando-a com medo de perguntar o que havia acontecido. Ela virou a cabeça, os cabelos tapando o rosto, suas lágrimas escorriam como uma cachoeira.
- Ele matou... - Disse Laisa tapando a boca para não chorar. Lúcia levou um soco no estômago com aquela notícia, ela sabia do que a filha estava falando. Mauro não era uma pessoa qualquer. Ele era um assassino. E aquele momento poderia ser o encontro das duas com a morte. Lúcia começou a orar, pediu a Deus para que nada acontecesse com as duas. Ela abaixou a cabeça, encheu o peito de coragem.
- Laisa, pega a Nina e saia daqui. - Disse a mãe protetora.
- Não mãe... eu não vou te de...
- Agora Laisa! - Ela falou com a filha de uma forma que jamais falara antes. Nina observava as duas atentamente sem entender o que estava acontecendo, mas por algum motivo, não chorou ao ver a irmã em prantos. Ela engatinhou até Laisa e segurou a ponta do cabelo dela. Laisa olhou para Nina, naquele momento, ela sentiu um enorme medo de Mauro fazer algo com ela. Ficou olhando aquele rostinho inocente. Ela deveria ter o direito de viver, o direito de ter amigos, de ir ao colégio, de ter uma festa de aniversário que ela possa aproveitar, ela deveria ter o direito de sair, te ter o primeiro porre, quem sabe fazer faculdade. Nina era um bebê em meio ao caos. Mas uma coisa boa no meio disso tudo, era que a pequena não lembraria de nada daquilo. Laisa olhou para a mãe, os olhos encheram de lágrimas, as duas se abraçaram.
- Eu te amo. - Lúcia retribuiu o ato.
- Cuide bem dela. - Disse a mãe.
Laisa agarrou Nina no colo e levantou caminhando sorrateiramente. A porta do banheiro havia destrancado, era hora de sair. Caminhou até a porta, virou o rosto e olhou pela última vez a mãe. Nina também fez o mesmo, apesar de não entender o que estava acontecendo direito. As duas desceram pela escada e conseguiram escapar bem. Lúcia levantou do chão, foi até a gaveta e pegou uma faca. Recostou-se na parede e esperou Mauro vir. Ela estava pronta para dar o bote. Os passos do assassino estavam cada vez mais altos, ele estava na cozinha. Ela, escondida num quartinho de empregada ao lado da varanda. Ele caminhou até a geladeira. Lúcia segurou a faca com muita força, manteve as mãos erguidas para o ar, um golpe no pescoço seria mais que suficiente. Ela estava atrás dele. Mauro ainda procurava algo de interessante na geladeira. Quando Lúcia ia dar o golpe, Mauro virou e agarrou o braço dela. Os dois estavam lutando forças. Ele forçava o braço para fincar a faca nele e ele empurrando-a para trás. Até que ele a derrubou. Ela caiu no chão de costas, ele pulou em cima dela e forçou a faca na direção do pescoço. Lúcia tentava com tudo impedi-lo mas não estava conseguindo. De repente, Mauro jogou a faca para o lado, Lúcia parou e não entendeu o que ele fez. Ele retira do bolso uma seringa que vai direto no pescoço de Lúcia. De repente, tudo fica preto. Lúcia inconsciente. "E o que será de minhas filhas, senhor?". Últimas palavras.
Autor(a): darlansz
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Todas as meninas estavam sentadas no pátio central, conversavam sobre o plano e como iriam faze-lo funcionar. Evelyne guiava a conversa. - E Caroline vai pegar o isqueiro da Katja, certo? - Caroline permaneceu calada. Todas as meninas a encaravam. Era uma tarefa muito difícil, talvez a mais de todas. Se Caroline falhasse, o plano ia p ...
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