Fanfic: Save me before I fall. | Tema: Rebelde, Portiñón

Dulce

Acordei cedo em pleno sabado, podendo dormir até o finalzinho da tarde, mas acordei com vontade de ver minha mãe, estava com saudades dele e sei que a mesma sentia saudade de mim, meu pai tinha falecido quando eu tinha 10 anos com cancer, acredito que no cerebro, não lembro ao certo pois não gosto de lembrar disso, sendo que só tenho boas memórias dele. Minha mãe mora na Gloria com meu padrasto Marcio, eles apenas moram juntos desde que eu sai de casa, como agora to com 29, eles moram juntos há 10 anos e é muito bom tê-lo na minha vida, ele sempre respeitou meu espaço e em nenhum momento ocupou o lugar do meu pai e siam o lugar dele, o considero como segundo pai. Liguei pra minha mãe avisando que iria passar o dia com ela e a mesma adorou, disse que me aguardava em casa com Marcio. Já era 10h da manha quando já estava pronta e indo pra casa dela, queria botar o papo em dia com ela e pedir desculpa por não ter retornado, acho que nem lembro se retornei a ligação dela.. Enfim, peguei minhas coisas e fui pro estacionamento, peguei meu carro e sai do condominio, o caminho de Ipanema até a glória era rapido, durante o trajeto liguei pro Poncho.

- Pensei que não fosse retornar minha ligação. - sua voz tinha tom de surpresa. - Eu to até surpreso pela sua ligação, faz tempo que não nos falamos.

- Bom dia pra você também Poncho. - como meu celular estava conestado ao carro, não tinha como nenhum guarda me multar por dirigir com celular. - Como você está?

- No momento surpreso, mas bem e você? - acabei rindo do que ele falou.

- Estou indo, como sempre.. Só te liguei pra confirmar que vou ao jantar amanha tá?

- Rodrigo tinha me falado que você vinha, eu tinha minhas duvidas até agora, mas com você me ligando e ainda falando que vai!? Melhorou até o meu dia. 

- Não é pra tanto tá? E além do mais, não sei de Rodrigo chegou a comentar com você, vou legar uma amiga minha amanha, queria saber se tem algum problema? - com certeza ele comentou, mas só queria garantir isso.

- Comentou sim e não tem nenhuma problema, vou adorar recebe-lá aqui em casa, mas é amiga mesmo ein Dulce? - to vendo como vai ser esse jantar, todos bajulando Anahí por pensar que estamos ficando ou tendo algo do tipo.

- É sim, ela é casada e hétero. -  o sinal fechou e passei a mão no rosto já esperando a resposta de Poncho.

- Ué, ser casada e hétero não quer dizer nada, quer um exemplo bom pra isso? - até já sabia o exemplo.

- Christian. - falamos juntos.

- Isso aê, Christian, que a dois anos atras era casado com Talia e muito bem casado e do nada virou gay. - ele ter virado gay foi uma grande surpresa pra todos, mas eu sempre desconfiei. - O que não faz uma dedada no ânus ein! - a essa hora eu não merecia ouvir isso.

- Ok Poncho, eu já entendi, mas não sinto nada por ela e a mesma nada por mim, só somos amigas, conhecia ela direito quarta e tem sido legal conhecer alguem novo, minha psicologa recomendou tanto isso que do nada aconteceu e tem sido muito bom. - o sinal abriu e dei a partida.

- Ficou muito feliz de ouvir isso e ela tá certa, alguem novo na vida nos faz bem, sabe que eu e o pessoal gostamos muito de você e sentiamos a falta daquela Dulce alegre, divertida..

- Olha, essa ai não vai voltar, mas um nova Dulce sim. 

- O importante é ter você de volta a minha vida e de todos, amanha a atenção vai estar toda em você... e na sua amiga também. -  acabamos rindo.

- Só quero ver como vai ser amanha.. Que horas tenho que tá ai? - estacionei o carro em frente ao predio dela, como ali não tinha garagem e nem nada, sempre tive sorte de estacionar ali em frente.

- Pode vir las pras 18h ou 19h, vou servir o jantar as 22h ou até mesmo antes.

- Tudo bem então, por esse horario vou tá chegando ai tá? Agora tenho que ir, aabei de chegar na casa da minha mãe, amanha nos falamos, bjs.

Ele falou mais algumas gracinhas e depois se despediu e desliguei o celular. Interfonei pra minha mãe que liberou o portão, subi rapidamente pelo elevador e ela ja estava na porta me esperando. Quando ela me viu abriu um sorrisão e eu fiz o mesmo, abraçei ela forte e me senti tão bem. Ela me puxou pra dentro, me fazendo sentar no sofá enquanto ia na cozinha pegar o café pra nós duas, logo ela chegou, me entregou uma xicara e sentou na poltrona ao lado sofá com sua xicara.

- Tão bom ter você aqui filha e você tá com uma aparencia tão boa. - seu tom era carinho e preocupado.

- É bom estar aqui mão, acordei hoje com uma vontade de te ver e por isso vim pra ca. - ela abaixou a cabeça, não entendi muito o gesto dela e me preocupei. - Tá tudo bem mãe?

- Filha, eu não queria te contar, até mesmo Marcio pediu pra mim não contar pra ti.. - botei a xicara na mesinha de centro ali na sala e me virei pra ela.

- O que mãe? è algo com você ou com Marcio? - ela negou - Então o que?

- Vi Maite e sua ex noiva aqui no bairro. Fazendo mudança a duas quadras daqui, eu reconheci Daniela de longe e Maite está bem diferente... - fiquei em silencio, engoli a seco, eu não sentia mais meu corpo apenas sentia meu coração bater bem rápido como se a qualquer momento fosse explodir. Elas duas aqui iam me levar a loucura, a qualquer momento posso esbarrar com elas na rua, praia, praça, shopping.. Sabia que a voz de Daniela na minha cabeça era tipo um aviso de algo e esse algo era o retorno das duas ao Rio, com certeza vou entrar em contato com o pessoal.. e se elas forem al jantar amanha?! O que vou fazer? Não vou suportar.. - Filha, você está pálida.. Você tá bem? - apenas sinalizei que sim, mas não estava nada bem, já me sentia mal por saber disso. - Respira fundo, já faz tempo que você as não vê e isso não pode te afetar em nada e nem na sua vida.

- Eu sei, só que ainda estou em processo de adaptação mãe, saber disso é como abrir uma ferida enorme no meu coração... Por favor, vamos falar de outra coisa..

- Vamos sim, quero saber como tá sua vida. - ela sefurou minha mão, como sinal de apoio, conforto e até mesmo força por passar por tudo que passei.

- E-Eu conhecia uma pessoa, se tornou uma amiga, Anahí.. -  eu nem tava conseguindo falar, mas quando falei o nome dela, fluiu normalmente. - Ela tem sido uma pessoa muito boa na minha vida.

- É amiga mesmo? -  eu confirmei - Que bom filha, isso vai fazer bem pra você e eu quero conhece-lá.

- É somente minha amiga tá? Ela é casada.

- Tudo bem, não precisa me explicar, só quero você bem e no momento que você disse o nome dela, você meio que relaxou, por isso que perguntei se era amiga mesmo.

- Acho que entre nós duas vai crescer uma grande amizade mãe, acho que era isso que precisava, eu amo todos meus amigos, mas ela tem algo diferente que me faz melhorar como pessoa.