Fanfic: Save me before I fall. | Tema: Rebelde, Portiñón

Acordei com meu celular apitando, era hora de levantar e encarar mais um dia de trabalho e problemas pra resolver na empresa, como o relatório que foi pedido de ultima hora ou não, nem lembro mais da mensagem de Rodrigo falando sobre isso, só lembrei de relatório da reunião de terça pra hoje. Fui tomar banho, sempre ficava uma meia hora naquele chuveiro pensando em nada ou em tudo ao mesmo tempo, após o banho me olhei no espelho e vi que minhas olheiras diminuiram, o que não faz uma boa noite de sono né? Me arrumei com nenhuma pressa, olhei meu relógio que ficava piscando horário, ja ia da 7h da manha, sendo que acordei 5h30 da manha, isso fazia diferença pra mim pois sempre chegava atrasada, sempre não, de uns 7 meses pra cá. Assim que terminei de me arrumar, peguei minha bolsa as chaves e segui pra estacionamento, dali fui pro centro do Rio, como sempre tudo engarrafado né, fui escutando musica no carro que era bem melhor que as disputas de buzinas na rua. Depois de 1h de transito consegui chegar no edificio garagem pra estacionar o carro e fui pro predio que eu trabalhava que era duas quadras depois do edificio. Subi sem comprimentar e falar com ninguem, do mesmo jeito que cheguei no meu andar, fui direto pra minha sala, larguei tudo numa cadeira em frente a minha mesa, sentei na minha cadeira, liguei i pc e fui fazer logo o maldito relatório, coisa de 30 hora já tava pronto, imprimi, botei na pasta esperando Rodrigo entrar na minha sala perguntando sobre o mesmo e não demorou muito pra isso.

- Bom dia Dulce, você... - o interrompi logo.

- Sim, é essa pasta vermelha ae, só pegar e entregar ao Sr. Vinicius. - ele me olhou assustado por eu ter falado tão rápido.

- Ok.. - ele veio até a direção da minha mesa e pegou a pasta - Como você tá?

-Bem e você? - sorri com nenhuma animação.

- Estou bem, e quando vai sair dessa sua solidão? Tenho saudade da minha amiga sabia? - ele cruzou os braços e fechei os olhos, respirando fundo.

- Não sei, mas continuo a mesma pessoa de sempre..

- Isso eu tenho que discordar de você. Acorda pra vida Dulce, vai ficar assim pra sempre? Já faz tempo que você foi abandonada no altar a vida segue. - olhei pra ele, pois é fui abandonada no meu proprio casamento, pois minha noiva fugiu com a minha melhor amiga, ex melhor amiga, Maite e não, não vou falar sobre isso.

- Quando isso acontecer com você, não que eu esteja desejando que Pamela te abandone, mas se acaso acontecer, me conte como você se sentiu. - ele me olhava com uma expressão triste, me arrependi pelo que disse, mas não iria me desculpar - Sai da minha sala, que to cheia de coisas pra fazer. 

- Você vai acabar conseguindo afastar todos de você e to vendo que vou ser o primeiro. - ela saiu e bateu a porta. 

Já não bastava tudo tá uma merda, tinha que ter feito isso com Rodrigo, ele nao tinha nada a ver com meus problemas pessoais e eu estava sempre descontando nele. Depois me desculpo. E assim seguiu meu dia, chato, tedioso, sem graça, com Fernanda me pertubando o dia inteiro ligando pro meu celular, até eu finalmente atender.

- Até que enfim.. - não deixei ela completar a frase.

- Pára de ligar pra mim, que merda! Eu to trabalhando, será que você não faz o mesmo não? - tava praticamente gritando no telefone.

- Ok, mas não precisava falar assim comigo. - deu pra sentir que estava magoada e assustada pela forma que falei, mas não me importei com isso.

- Ah não? São 16h27 da tarde, você tá me ligando desde das 15h! Não quero falar contigo e com ninguem, dá pra entender isso? - desliguei na cara dela, que não voltar a ligar mais. Rodrigo tava certo, vou conseguir afastar todo mundo de mim, é até melhor, prefiro ficar sozinha mesmo.

Deu 19h, peguei minhas coisas e fui pra casa, peguei meu carro, paguei o estacionamento e segui meu caminho. Parei em Botafogo, num mercado que eu gosto, estacionei no mesmo lugar de sempre, pois minha psicóloga era ali perto. Comprei umas duas garrafas de whisky, suco, um engradado de garrafa de agua, umas pizzas congeladas e comidas congeladas e frutas, até que foi bem rápido, paguei tudo e fui carregando aquelas coisas pesadas até meu carro, tava tão acostumda com isso, pois fazia toda quinta isso, era minha rotina. Desliguei o alarme com dificuldade, joguei tudo no banco de tras as compras, sem me importar se ia quebrar ou qualquer outra coisa. Como de praxe, olhei pra sala de vidro onde acontecia as danças, estava cheio de crianças de roupa de ballet e os pais no canto assistindo a dança e lá estava a tal Anahí, que tava destruindo seu casamento por causa do um sonho. Ela sorria falava com as meninas, decidi assistir a tal dança das crianças, tranquei meu carro, fui pra calçada e encostei no mesmo, obeserva aquelas meninas se esforçando pra fazer os passo certos, enquanto os pais tiravam foto e filmavam, não sabia que ter filhos nos tornariam tão doentes mentais. 20 minutos depois a tal dança acabou e todos aplaudiram, até eu aplaudi, já era 21h e pouca e os pais foram saindo com seus respectivos filhos, ouvi a maioria elogiando e outros planejando grandes planos, como os pais podem estar planejando coisas pra crianças de apenas 5 anos, era o que aparentava. Quando fui perceber, ela ja estava arrumando as coisas pra ir embora e ai me dei conta que também deveria ir embora, a rua já estava meio deserta, quando fiz a menção de sair dali ela me chamou.

- Ei! - olhei pra ela - Você estava aqui ontem né? - concordei - Desculpa pela cena que viu ontem, pode ter pensado.. - a interrompi.

- Não precisa se desculpar, brigas de casal acontecem. -  sorri de lado e dei a volta no carro pra entrar no mesmo.

- Mesmo assim, certas coisas não agradam muito os olhos das pessoas. - ela ficou sem graça - Mas quero me desculpar assim mesmo. - ela encostou no vidro, parecia que ia esperar alguem.

- Vai ficar ai? A essa hora é meio perigoso ficar nessa rua. - entrei no carro e abaixei o vidro do carona.

- Meu marido vem me buscar, ele sempre atrasa.. - ela olhou pro lado, como se procurasse ele pelos carros que passavam.

- Onde você mora?

- Copacabana. - ela voltou a olhar pra mim.

- É caminho pra mim, te dou uma carona e não, não vai me incomodar. - ela riu e isso me fez sorrir por um instante.

- Tudo bem, acho que não posso negar né? -  concordei com a cabeça. - Vou ligar pra ele então. 

Ela entrou no carro com o celular já na mão e eu dei a partida no carro.

- Não me apresentei pra ti, sou Anahí. - olhei rapidamente pra ela, que tava com celular no ouvido esperando que o marido atendesse.

- Sou Dulce, prazer.