Fanfics Brasil - Capítulo nove. Secret. — Portiñón.

Fanfic: Secret. — Portiñón. | Tema: Portiñón, AyD. Anahí e Dulce.


Capítulo: Capítulo nove.

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Eu estava de ressaca. Mas valia á pena. Quando voltei para casa era praticamente seis horas da manhã. Voltei para casa de Dulce apenas para buscar o meu carro. Á mesma até insistiu que eu ficasse com ela, mas eu tinha obrigações. Era segunda-feira, tinha pacientes para atender, e também o meu filho.


 


Hoje, era a noite do baile. Então, contratei uma babá para ficar com o Thor. Não iria perdi mais para os familiares do Alfonso. Apesar de que eles amassem o meu filho, sabia que estava incomodando demais sempre arrastando o Thor para eles. Era questão de consciência.


 


Depois de uma aspirina com Coca-Cola, não me sentia muito mal assim. Pedi para que a minha secretária deixasse a minha cafeteira cheia e sempre recorria ao café quando a ânsia estava querendo me incomodar. Não tive notícia do Alfonso, o detetive entrou em contato apenas para dizer que o meu marido continuava em Las Vegas.


 


Eu queria muito descobrir quem era amante do Alfonso.


 


Não sei direito que vou fazer com essas informações. Minha vida estava uma bagunça. Eu tinha certeza dos meus sentimentos pela Dulce, depois que os descobrir, pareciam como explosivos dentro do meu peito. Impossível de controla-los. Uma grande parte de mim queria estar com ela, mas a outra parte me deixava bem consciente de que eu era casada e tinha um filho em jogo.


 


O que fazer? Dulce estava tomando conta dos meus pensamentos. Minha mente e o meu coração estava com ela. Ficava imaginando o que estava fazendo agora. O meu coração ficava pesado com o pensamento que estivesse com um cliente. O que começou de forma bem despretensiosa estava ganhando uma proporção muito grande.


 


Eu não queria que a Dulce fizesse programa. Eu não queria a dividir com outras pessoas. A questão era que eu não podia perdi, mesmo me incomodando. Eu não tinha uma moral muito grande para exigir ás coisas, já que eu sou casada...


 


Droga! Por que o meu caminho não tinha esbarrado com o de Dulce quando eu era solteira? Simples: Por que ela ainda não tinha nascido.


 


Revirei os meus olhos, ainda estava sob efeito do corpo de Dulce no meu... Se inalasse forte poderia sentir o seu cheiro. Até sentia a minha pele aquecida como se ela estivesse aqui comigo! Eu estava muito apaixonada. Daquelas paixões enlouquecidas que nos arrebatam, nos ensandecem e nos fazem perder qualquer tipo de senso.


 


Não sabia mais como controlar os meus pensamentos e o meus querer. Se a Dulce me ligasse nesse exato momento e dissesse que queria me ver, eu iria ao seu encontro. Porque eu necessitava da presença dela.


 


Atendi os meus pacientes, e durante á tarde estava livre. Mas não por muitos minutos, a minha mãe me ligou solicitando a minha presença. Iríamos ás compras. Eu não gostava muito de ir às compras com a mamãe porque era algo bastante demorado, mas... Bem, era a minha mãe e não poderia fazer desfeita.


 


O encontro foi no shopping. Ela estava acompanhada da minha tia. Depois de abraços e beijos, e alguns sermões – por parte de mamãe por eu estar dispersa, formos ás compras.


 


Tentava dá atenção á mamãe e a minha tia, mas a vibração do meu celular me deixou distraída.


 


Ei cariño, o que está fazendo?


 


Era á Dulce... O meu coração descompassou e meu estômago encheu-se de borboletas. Ah, essa sensação de está apaixonada e se sentir uma adolescente era boa demais. Peguei-me sorrindo.


 


Estou nas compras.


E você, o que faz?


 


Respondi, e olhei para um vestido que a mamãe empurrava para mim. Era bonito para uma mulher de cinquenta anos, extremamente conservadora.


 


“Por favor, Amélia. Onde está com a cabeça?”. Tia Arlete reclamou olhando para minha mãe. “Anahí é linda e jovial, porque está querendo que ela compre um vestido horrível desse?”.


 


“Não é tão horrível assim”. Mamãe retrucou, olhando o vestido com atenção. “Uma mulher casada tem que se vestir comportadamente”.


 


Tia Arlete ficou enfezada.


 


“Não na idade de Anahí. Se ela usar um vestido desse, o Alfonso vai procurar outra mulher!”.


 


Como se isso impedisse de alguma coisa. O meu marido era um infiel. Não importa o que eu fizesse, continuaria sendo um.


 


Mamãe balançou a cabeça em negativo, teimosa. “No meu tempo, usava roupa decente e o Esdras nunca me traiu”.


 


“Que você não saiba...”. Tia Arlete provocou com um riso.


 


As duas começaram uma discussão sem muito sentido. Todo mundo sabia que o papai era completamente apaixonado por minha mãe. Deus no céu, e minha mãe na terra. Era um amor incondicional e para toda uma vida. O mesmo amor que eu sentia pela Dulce. Parece loucura, levando em conta os poucos dias em que estava com ela.


 


Mas como a Dulce disse... Tudo começou a partir do momento em que a olhava da janela do meu consultório. Foi ali que ela se tornou a minha obsessão e o meu amor.


 


Estou pensando em você.


Muito! Por que não nos encontramos?


 


Mordi o meu lábio inferior. Eu queria muito me encontrar com a Dulce, mas não podia. Daqui á pouco, era hora que iria buscar o Thor na escola.


 


Desculpe-me. Não posso.


 


Não houve uma resposta de Dulce. Guardei o meu celular e acompanhei a mamãe e minha tia em algumas lojas.


 


“Filha”. Mamãe começou. “Você se lembra da Carmen? Filha de Antonieta e Gerald?”. Ela estava me olhando, fiz uma careta ao tentar me lembrar dessa mulher. Mamãe deu uma tapinha em meu braço. “Ela estudou com você no ginásio, á toda bonitona que era chefe de torcida”.


 


“Aaaah. Lembrei-me. O que tem ela?”. Perguntei, arrastando o carrinho de compras pelo mercado. Decidi que iria levar alguns legumes frescos para preparar uma sopa pra o meu filho.


 


“Virou lésbica!”. Mamãe falou horrorizada e eu gelei. “Eu fiz essa mesma carinha que você”.


 


Os meus olhos estavam arregalados. Pelo o que me lembro bem da Carmen, ela tinha um enorme sede por homens.


 


“Uma pouca vergonha”. Tia Arlete sentenciou. “Uma mulher casada com dois filhos nas costas abandona o lar para ficar com outra mulher! É uma heresia”.


 


“Profanando contra á Deus”. Mamãe reforçou, balançando a cabeça em negativo.


 


“Não podemos julgá-la... Ela poderia não ser feliz em seu casamento e se encontrou em uma mulher”. Defendi a Carmen, até porque estava levando para o lado pessoal porque isso estava acontecendo comigo.


 


Mamãe e minha tia me lançaram olhares incrédulos. Os seus olhos me recriminaram, e eu me senti péssima. Soube que a minha família era intolerante á esse tipo de coisa, o que aumentou mais um pouco o peso que eu carregava nas costas.


 


“Não seja ridícula. O que ela está fazendo é desumano. As crianças mudaram de escola por não suportarem a vergonha de ser apontados como filhos de uma leviana ainda por cima, sapatão”. Mamãe disse, arrancando uma caixa de leite da prateleira quase com violência. “Uma mãe que se passa á isso, nem merece ser chamada de mãe! Aliás, não merece nada nessa vida. É uma nojenta”.


 


“Se algum dia, os meus filhos viessem com essa moda para cima de mim. Eu os deserdaria! Essa vergonha não carregarei em minha filha”. Tia Arlete reforçou o discurso homofóbico da minha mãe.


 


“Nem eu”. Mamãe disse, então, olhou para mim e sorriu. “Mas eu sei que isso não vai acontecer. A Anahí é muito bem casada, ama o Alfonso, assim como o Alfonso a ama. Não é meu bem?”.


 


Forcei um sorriso em concordância. Mamãe e minha tia ficaram satisfeitas e voltaram às atenções as suas compras. Eu estava mais rasa que o chão. Sempre contei com o apoio de minha família para tudo. Não sei se sobreviveria se por ventura, os meus pais me dessem as costas.


 


Eu também estava muito decepcionada com a mamãe. Ela sempre foi à imagem da perfeição para mim e ouvir tanta besteira pronunciada de sua boca, fazia com que essa imagem se rachasse um bocado. Infelizmente, essa imagem era como cristal, depois que quebrado ou rachado, não teria como remediar.


 


Fiquei com muito medo desse novo sentimento que tinha recém descoberto. Sabia que se eu escolhesse á Dulce em algum momento da minha vida, teria que lutar para ficar com ela. Mas será que eu era forte o suficiente para isso?


 


A dúvida pairou em minha mente.


 


Com a desculpa de ir buscar o Thor, fui embora. Passei na escola do meu filho, e o levei para casa. Uma onda de racionalidade me envolveu, e me vi querendo fugir disso que eu estava sentindo pela Dulce, tanto que ignorei a sua ligação.


 


Preparei a janta do Thor, e fui me arrumar para o jantar do John Santiago. Enquanto me arrumava, iria pensando nos fatos. O que eu estava fazendo da minha vida? Envolvendo-me com uma garota de programa, jogando quase tudo para o alto por causa de uma mulher. Que efeito colateral isso iria reproduzir em meu filho?


 


Triste era perceber que a opinião homofóbica da minha mãe era como um veneno que se alastrava na corrente sanguínea. Como eu iria viver de cabeça erguida quando os olhares das pessoas em acusariam? Como eu poderia suportar isso?


 


Decidi: Isso tinha que parar...



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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 248



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  • slj Postado em 10/12/2021 - 20:45:59

    Como vc consegue?? Surpreende a cada capítulo. Simplesmente amando essa fic.

  • anahigio1405_ Postado em 16/10/2019 - 20:14:50

    Melhor fic portinon 👏 ja é a quinta vez que leio de tão foda que é ,faz outra fic portinon mais com o mesmo estilo

  • Emily Fernandes Postado em 06/11/2017 - 09:11:15

    Só vim aqui pra ver a Anie com sangue nos olhos. Ahahahahahah. Minha vilã mais perfeita. Nem a BRATIU superou kkkkk. Adoro. Bjs fui.

  • Nix Postado em 23/08/2017 - 22:43:20

    eita que meu coração não aguentou chorando horres

  • flavianaperroni Postado em 15/02/2017 - 20:51:51

    Que isso?? que web mais viciantemente perfeita,bem escrita,eu simplesmente achei incrível,ela envolve o leitor de um jeito inexplicável. Parabéns,eu amei de verdade a historia,mesmo que elas tenham morrido no final,sim eu odiei a Anahi nos capitulos finais,mas fazer o que,faz parte da vida oehueheo Mas enfim,adorei,você escreve muito bem!!!

  • any_reis Postado em 16/11/2016 - 14:33:24

    GZUIS, QUANTO TEMPO EU FIQUEI FORA??? apesar delas terem morrido eu gostei, tu sempre deixou claro o tema da estória. Eu... Eu simplesmente adorei, garota tu escreve mto bem, deveria se dedicar à isso, e se virar uma escritora me fala pois irei ler todas as suas estórias, mais enfim eu me apaixonei pela fanfic, só surtei um pouco quando vi "ÚLTIMO CAPÍTULO" kkkkkkkkk , mais de todavia aguardo a sua próxima fic gatinha ^^

  • Julia Klaus Postado em 14/11/2016 - 23:22:01

    Eu sabia elas se matariam. Eram muitos podres da Anahi ser perdoado. Dulce não conseguiria viver, pq caso ela fosse embora, Anahi a perseguiria até o fim. Doente do jeito q é. Não vou dizer q esperava q Dul fosse se matar. Gostei da forma q Christian morreu kkk. Christian e Ariel pensaram q teriam Any e Dul respectivamente hehehee. Muita coisa pra Dul processar e perdoar. Nunca seria a mesma coisa. Muita coisa ruim no meio... O q doeu mais foi a mentira e os jogos. Anahi nunca ia mudar, eram palavras da boca pra fora... Enfim amei a história do início ao fim. Estava off por conta dos estudos :)

  • luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:10:05

    MERECEMOS OUTRO FIC MONA ESSA JÁ É A SEGUNDA QUE TU MATA ELAS, TU NÃO TEM CORAÇÃO MESMO. VOU PROCESSAR VOCÊ E VOU DIVULGAR QUE VOU PROCESSAR VOCÊ.! pq sou maldosa :v

  • luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:05:53

    Acaboooou :OO Final bem triste sim pq chorei uns rios mais um dia eu supero isso. a historia foi muito intensa e cheia de segredos adorei tudinho

  • mariposa Postado em 11/11/2016 - 16:20:35

    TE ODEIO MALDITA! TU ME FEZ CHORAR! Como conversamos, eu sabia que essa web se encaminhava para a tragédia apesar de não querer, Anahi merecia pagar por tudo o que ela plantou, mas Dulce foi uma vítima desde que veio ao mundo, não achei justa a morte dela, na vida se junta os caquinhos e se sobrevive, ela foi covarde, foi eterno enquanto durou, mas foi tão fugaz, não sei o que dizer apesar de ter muita coisa em mente. Apesar de achar que tu poderia ter desenvolvido um pouco mais e que poderia ser um pouco diferente, te parabenizo por que tu é uma excelente escritora, vou esperar pela próxima, mas se tiver morte, obrigada, não vou ler, e dessa vez é sério, você só deixou escapar Faz de Conta, meu coração não aguenta. Beijos, te amo.


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