Fanfic: Secret. — Portiñón. | Tema: Portiñón, AyD. Anahí e Dulce.
ANAHÍ NARRANDO...
“Anahí?”. A voz interrompeu do meu transe.
Não sabia quanto tempo estava ali, parada em frente da minha pia com os olhos fixos na janela, pensando absolutamente sobre nada. O meu corpo ainda sofria do estresse de mais cedo. Ainda estava nervosa e com medo de que algum vizinho tivesse visto o ato de vandalismo de Dulce. Não achei que ela iria quebrar a janela do Júnior. Eles não a conheciam, mas me conheciam e poderiam informar á polícia, sem contar que isso aumentaria a irritabilidade do Júnior quando soubesse o que aconteceu com a sua janela.
Dulce acreditava que ele estava em casa, mas eu não acreditava em sua teoria. Depois que saímos da casa do Júnior, fui para o meu consultório, e Dulce tomou um rumo desconhecido, disse que tinha uma questão pendente para resolver. Não quis me dizer o que se tratava e eu achei que era um cliente. Isso não melhorou o meu humor.
Passei o dia nervosa, até as minhas pacientes estranham o meu comportamento que era sempre muito calmo. Fiquei achando que á qualquer momento á polícia de Nova York entraria em meu consultório e me prenderia. Mas felizmente, isso não me aconteceu. Mas mesmo assim, não livrava dos meus medos. Ainda estava tremendo nas bases, receando que o Júnior contasse qualquer coisa para o Alfonso.
Por isto que me assustei ao ser chamada e constatar que o meu marido tinha retornado de viagem. O que me recordou que eu teria que olhar o meu e-mail para ver se o detetive tinha me mandado algo novo. Eu tinha comunicado sobre a suposta italiana á ele, esperava ter algo novo.
“Oi... Faz muito tempo que está aí?”. Perguntei e olhei pra ele, procurando algum sinal de irritabilidade ou transtorno. Bem, acho que se ele descobrisse que eu estava o traindo, não perderia tempo com palavras.
“Não muito”. Alfonso respondeu e olhou para cima da pia. “O que estava fazendo com aquela faca?”.
Olhei para a faca em cima da tábua de carne na pia. Estava completamente melada de sangue.
“Tratando fígado para a janta”. Apontei para uma vasilha com fígado mergulhado no vinagre. “Como foi de viagem?”. Perguntei e me virei para limpar á pia, e lavar os pratos.
“Cansativa, e nada proveitosa”. Ele me respondeu, então, senti os seus braços ao redor da minha cintura, me puxando para si. Depositou um beijo em minha bochecha. “Senti saudade”.
Apenas sorrir. “Eu também”. Uma mentira á mais em minha vida.
“Como foi a festa do John?”. Alfonso me soltou e sentou-se no balcão. “O Júnior me mandou uma mensagem dizendo que quer conversar comigo. Sabe do que se trata?”.
A faca caiu da minha mão diretamente para a pia, os meus olhos refletiram na lâmina. Maldito seja o Júnior. Queria mesmo me ferrar! Não me senti mais chateada por Dulce ter quebrado a janela dele. Ele merecia isso. Que espécie de amigo era?
“A festa foi boa, e não faço a menor ideia”. Respondi no automático. Voltei á pegar a faca e lavei.
Virei-me e enxuguei as minhas mãos no pano de prato.
“Bom. Já que estou aqui, irei ligar para ele e marcar um encontro. O que acha?”. Alfonso me perguntou. “Um encontro de casal. Eu, você, ele e aquela namoradinha dele”.
“Júnior não está mais com Julieta”. Informei e cocei a minha sobrancelha. Isso era uma característica do meu nervosismo, minha sobrancelha sempre corça. “Por que você não descansa a sua viagem? Tem o tempo do mundo para conversar com ele, e conhecendo o Júnior deve ser uma imensa bobagem”.
Alfonso considerou um pouco. Então, me olhou, me analisando. Isso me deixou mais nervosa ainda. Desviei o olhar e belisquei uma uva.
“Você está bem?”.
“Sim!”. Respondi quase gritando.
“Está estranha, como se tivesse alguma coisa lhe incomodando”. Alfonso insistiu.
“Impressão sua. Estou cansada. O dia não foi fácil”.
Ele ia abrir a boca para dizer alguma coisa quando a campainha tocou. Alfonso se levantou e foi atender. Soltei o ar pesadamente, aproveitei para dá uma olhadinha no meu celular, tinha uma mensagem de Dulce... Eu não mantinha o nome inteiro dela em minha agenda, apenas o D.
Depois da tempestade sempre vem um lindo dia ou no caso, uma noite linda. Aproveite a sensação, os problemas acabaram...
Eu não entendi muito bem a mensagem. O que significava? Como eu iria respirar fundo com o Júnior na minha cola? Respondi, perguntei do que se tratava aquilo.
“Anahí?”. Era o Alfonso me chamando do batente da porta. “Poderia vir aqui um minuto, por favor?”. Pela sua expressão algo muito ruim tinha acontecido.
O meu sangue gelou. Eu deveria ter ido abrir á porta! E se por ventura, fosse o Júnior sendo fofoqueiro? Guardei o meu celular no bolso e fui para sala. Encontrei o Mark junto á porta, sua expressão também não era nada boa.
Droga! Alguém me dedurou. Eu seria presa. Minha boca secou, e meu coração descompassou. Uma dor de barriga me acometeu. Seria presa por uma inconsequência da Dulce.
“Eu posso explicar, a intenção não foi...”. Comecei á falar no mesmo tempo que o Mark.
“Sinto muito, Anahí. Mas o Júnior foi assassinado”. Mark informou com pesar.
“O que?”. Gritei, ficando em choque. Senti a mão do Alfonso em meu ombro para me causar algum tipo de conforto.
“Júnior foi assassinado". Mark repetiu. "Recebemos uma ligação á duas horas atrás de um vizinho. Fomos averiguar e encontramos a janela quebrada por uma pedra, e o seu corpo estava no chão da sala. Eu realmente sinto muito”. Mark disse me olhando com tristeza.
Minha boca estava aberta e as lágrimas queimavam em meus olhos. Eu não estava acreditando nisso. Como assim estava morto? Parecia um enorme pesadelo. Sei que ele estava sendo um péssimo amigo, mas nunca esperava uma notícia destas.
Caminhei até o sofá e desabei nele.
“Ela está muito pálida. É melhor buscar um pouco de água com açúcar, Alfonso”. Mark disse para o irmão.
Alfonso fez cara de poucos amigos.
“Muito tocante sua preocupação com a minha mulher”. O meu marido soltou uma gracinha antes de ir para a cozinha.
O Mark ainda lançou um olhar mortífero para ele, mas o largou de mão e veio até mim. Ajoelhou-se em minha frente e segurou as minhas mãos.
“Sei que está sendo um choque para você. Mas preciso de sua ajuda...”. Mark sussurrou me olhando. “Você sabe se o Júnior estava sendo ameaçado ou estava com problemas com alguém?”.
Essa pergunta me remeteu á minha atual situação com o Júnior, a ameaça de Dulce e também á mensagem esquisita. Lógico que eu não poderia contar sobre nada disso sem me expor, e além do mais, expor á Dulce. Mordi meu lábio inferior, as minhas lágrimas deslizavam pelo meu rosto e caiam no meu colo.
Ainda não tinha acreditando que o meu amigo de adolescência tinha sido morto.
“Anahí?”. Mark voltou á me chamar, tocando em meu braço.
O olhei... Os seus olhos estavam amorosos, completos de compaixão. Ele era totalmente diferente do Alfonso em personalidade. O meu marido retornou com a água de açúcar e olhou com contragosto a mão do seu irmão em meu braço.
“Aqui está a sua água”. O meu marido falou alto e se aproximou. Entregou-me o copo, sentou-se ao meu lado e me abraçou pelos ombros, possessivamente.
Mark não se abalou com essa atitude infantil do Alfonso. Bebi um pouco de água e fiz uma careta por estar muito doce. Minhas mãos trêmulas fazia com que o liquido dentro do copo tremesse consideravelmente.
“Anahí?”. Mark tentou de novo.
“Como ele...”. Minha voz morreu na garganta, não sabia muito bem como continuar sem sentir uma dor em meu peito. Era o meu amigo, e eu o amava. “... Foi assassinado?”.
Alfonso apertou o meu ombro num gesto carinhoso.
“Um corte profundo no pescoço. Não sabemos ainda á arma usada, mas estamos considerando uma faca. Não encontramos nada no local.”. Mark respondeu.
“Oh meu Deus!”. Solucei alto e chorei, sendo consolada pelo meu marido.
Que morte horrível. O meu amigo não merecia isso. Infelizmente, imaginei a cena e senti o meu estômago contrair violentamente. Dei mais um gole na água com açúcar, tentando me acalmar.
“Nunca imaginei que o Júnior teria esse final. Vocês tem alguma pista?”. Alfonso perguntou ao irmão.
“Muito pouco. Falaram que viram uma pessoa de estrutura mediana no jardim da casa, mas estava com um casaco com capuz impossibilitando a sua identificação. Porém, pela altura e saltos, sabemos que é uma mulher e pelo formato do corte indica que não era uma pessoa muito forte, apesar de ter feito um belo estrago. Também não houve sinal de arrombamento, além da janela quebrada. Também não teve índice de luta corporal. O sujeito adentrou pela porta da frente, não tinha como entrar pela janela. Acredito que tenha sido alguma conhecida da vítima. Por isto, vir perguntar á Anahí se ela sabia de alguma mulher que tinha animosidade contra o Júnior”. Mark explicou.
Funguei e suspirei. Passei a mão em meu rosto e limpei as minhas lágrimas.
“Eu sabia da Julieta... A ex-namorada do Mark que estava meio que perseguindo ele após o termino”. Respondi, omitindo a minha parte e da Dulce.
“Não sei como terminou com Julieta.”. Alfonso disse abismado. “Uma mulher tão bonita”.
Ignorei o meu marido, aproveitei para aprumar o meu corpo no sofá e me afastar do seu abraço. Inclinei-me para frente e depositei o copo em cima da mesinha de centro.
“Você sabe o sobrenome dela e onde reside?”. Mark me perguntou.
“Não. Mas acredito que no celular de Júnior deve ter”.
“Esse é outro problema. O celular do Júnior sumiu, não encontramos em nenhum lugar”. Mark respirou fundo.
“Acha que o mataram para roubar o celular?”. Perguntei com o cenho franzido.
“Não sei. Irei iniciar a investigação”. Mark colocou as mãos nos quadris. “Tenho que ir embora, a Sra. Collins quer que o corpo do Júnior seja liberado o quanto antes. O enterro será na Inglaterra”.
Fiquei surpresa e me levantei. “Espere... Ela vai o levá-lo embora?”.
“Sim. É um direito que lhe cabe, é a mãe dele. E segundo ela, tem uma tradição dos Collins serem enterrados na Inglaterra no cemitério privado da família. Achei que soubesse”. Mark me olhou.
Balancei a minha mão em consentimento.
“Sim. Eu sei. Só não achei que o Júnior seria enterrado lá. Bem, obrigada por vir, Mark. E, por favor, me mantenha informada”.
Mark acenou com a cabeça, e o levei até a porta. Fechei á mesma e me virei. Alfonso continuava sentado, e me olhava intensamente. Ficamos calados. Minha cabeça encheu-se de dúvidas. Quem tinha matado o Júnior?
Thor surgiu e sentou-se ao lado do pai, falando sobre futebol. Ou coisa parecida. Retirei o meu celular do bolso, e enviei uma mensagem.
Precisamos conversar!
Guardei o meu celular no bolso, e foi terminar de preparar a janta. Algo bem básico mesmo. Salada crua, arroz e fígado acebolado. Fiz um suco de laranja, porque o Thor era viciado nisso. Quase que queimei o arroz em meus devaneios, mas consegui salvá-lo. Quando recebi á resposta de Dulce, não pensei duas vezes em correr para o meu quarto em busca da minha bolsa...
Larysse. É muito bom ver a mente de vocês trabalhando! Hahaha. Agora tem duas questões: Quem matou o Alfonso e quem matou o Júnior. Será que terá mais mortes? Hum... Não sei. Lembrando que tudo é possível. Pode ser mais de um assassino ou um serial killer.
Franciely. Imagina se todas as pessoas que fossem idiotas conosco, morressem? Hahaha. Mas, o Júnior iria ser um grande problema na vida de Anahí, e acho que ela já tem problemas até demais. Fica velha nada! As respostas vão surgindo, ou não... Hahaha.
Luh_ perronita. Não sei. Está perguntando á pessoa errada! Hahaha. Pior que eu estou gostando dela assim também. Uma malvadinha nunca é demais.
Anahí_Ponny2016. Julieta? Será? Uma mulher de coração partido é capaz de qualquer coisa mesmo.
Johnny. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK. É, totalmente doentia. Mas a Anahí também não fica atrás não, no próximo capítulo iremos ver uma Anahí que ainda não virmos. Não juro porque confesso que um relacionamento assim mexe demais com o ser humano. Já tive um relacionamento abusivo, foram os meses mais intensos de minha vida, porém, não gostei da pessoa em que estava me transformando. Nem eu, nem meus amigos, muito menos meus familiares. É autodestrutivo demais. Não precisa se desculpar. Acho que o aparento ser meio louquinha, eu não me submeteria á um relacionamento assim espontaneamente, mas se eu estivesse cega de paixão como está a Anahí, acho que eu me afundaria de cabeça. Intensidade é viciante, deve ser por isso que consigo expressá-la nessa fic, porque mesmo sendo uma estória de amor doentia, é algo que está me causando muito prazer em escrever e acabo transparecendo. Enfim. Obrigada de novo. Hahaha. Você não tem jeito mesmo! Hahaha. Estou ficando envaidecida. Hhaha. Que a curiosidade seja sempre presente, vamos ver se terá mais assassinatos ou será apenas estes.
Any_reis. Continua a mesma louquinha de sempre! Hahaha. Viajando literalmente na maionese...
Autor(a): ThamyPortinon
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Afastei á porta do meu quarto, mas parei ao escutar a voz do Alfonso. Parecia irritado, espiei pela fresta da porta... Ele andava de um lado para o outro e passava a mão no cabelo, nervoso. O que estava ocasionando esse descontrole do meu marido? O que será que tinha acontecido? Automaticamente, puxei o meu celular do bolso e acessei o meu e-mail. Tinha ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 248
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slj Postado em 10/12/2021 - 20:45:59
Como vc consegue?? Surpreende a cada capítulo. Simplesmente amando essa fic.
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anahigio1405_ Postado em 16/10/2019 - 20:14:50
Melhor fic portinon 👏 ja é a quinta vez que leio de tão foda que é ,faz outra fic portinon mais com o mesmo estilo
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Emily Fernandes Postado em 06/11/2017 - 09:11:15
Só vim aqui pra ver a Anie com sangue nos olhos. Ahahahahahah. Minha vilã mais perfeita. Nem a BRATIU superou kkkkk. Adoro. Bjs fui.
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Nix Postado em 23/08/2017 - 22:43:20
eita que meu coração não aguentou chorando horres
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flavianaperroni Postado em 15/02/2017 - 20:51:51
Que isso?? que web mais viciantemente perfeita,bem escrita,eu simplesmente achei incrível,ela envolve o leitor de um jeito inexplicável. Parabéns,eu amei de verdade a historia,mesmo que elas tenham morrido no final,sim eu odiei a Anahi nos capitulos finais,mas fazer o que,faz parte da vida oehueheo Mas enfim,adorei,você escreve muito bem!!!
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any_reis Postado em 16/11/2016 - 14:33:24
GZUIS, QUANTO TEMPO EU FIQUEI FORA??? apesar delas terem morrido eu gostei, tu sempre deixou claro o tema da estória. Eu... Eu simplesmente adorei, garota tu escreve mto bem, deveria se dedicar à isso, e se virar uma escritora me fala pois irei ler todas as suas estórias, mais enfim eu me apaixonei pela fanfic, só surtei um pouco quando vi "ÚLTIMO CAPÍTULO" kkkkkkkkk , mais de todavia aguardo a sua próxima fic gatinha ^^
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Julia Klaus Postado em 14/11/2016 - 23:22:01
Eu sabia elas se matariam. Eram muitos podres da Anahi ser perdoado. Dulce não conseguiria viver, pq caso ela fosse embora, Anahi a perseguiria até o fim. Doente do jeito q é. Não vou dizer q esperava q Dul fosse se matar. Gostei da forma q Christian morreu kkk. Christian e Ariel pensaram q teriam Any e Dul respectivamente hehehee. Muita coisa pra Dul processar e perdoar. Nunca seria a mesma coisa. Muita coisa ruim no meio... O q doeu mais foi a mentira e os jogos. Anahi nunca ia mudar, eram palavras da boca pra fora... Enfim amei a história do início ao fim. Estava off por conta dos estudos :)
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luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:10:05
MERECEMOS OUTRO FIC MONA ESSA JÁ É A SEGUNDA QUE TU MATA ELAS, TU NÃO TEM CORAÇÃO MESMO. VOU PROCESSAR VOCÊ E VOU DIVULGAR QUE VOU PROCESSAR VOCÊ.! pq sou maldosa :v
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luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:05:53
Acaboooou :OO Final bem triste sim pq chorei uns rios mais um dia eu supero isso. a historia foi muito intensa e cheia de segredos adorei tudinho
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mariposa Postado em 11/11/2016 - 16:20:35
TE ODEIO MALDITA! TU ME FEZ CHORAR! Como conversamos, eu sabia que essa web se encaminhava para a tragédia apesar de não querer, Anahi merecia pagar por tudo o que ela plantou, mas Dulce foi uma vítima desde que veio ao mundo, não achei justa a morte dela, na vida se junta os caquinhos e se sobrevive, ela foi covarde, foi eterno enquanto durou, mas foi tão fugaz, não sei o que dizer apesar de ter muita coisa em mente. Apesar de achar que tu poderia ter desenvolvido um pouco mais e que poderia ser um pouco diferente, te parabenizo por que tu é uma excelente escritora, vou esperar pela próxima, mas se tiver morte, obrigada, não vou ler, e dessa vez é sério, você só deixou escapar Faz de Conta, meu coração não aguenta. Beijos, te amo.