Fanfics Brasil - Capítulo vinte e três. Secret. — Portiñón.

Fanfic: Secret. — Portiñón. | Tema: Portiñón, AyD. Anahí e Dulce.


Capítulo: Capítulo vinte e três.

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“O que o senhor está fazendo aqui?”. Perguntei, afastando-me um pouco mais. Se uma coisa que aprendi nessa vida é que Esdras Portilla não era um homem confiável.


 


Ele sorriu bem presunçoso. Os seus olhos azuis eram frios assim como a sua alma. Fez menção de tocar o meu rosto, mas eu desviei do seu toque. Só o simples fato de estar com ele a sós, deixava a minha alma doente.


 


“Vir atrás de você... Para conversar. Nunca mais fostes lá em casa, estou com saudade de suas visitas, minha pequena”. Esdras se aproximou mais de mim, andei para trás e fiquei acuada quando as minhas costas bateram na parede da casa. Ele tocou em meus cabelos e depois os cheirou. “Esse seu vestidinho me lembrou da sua infância quando você ficava correndo pra cima e pra baixo pela casa. Você se lembra?”.


 


Claro que me lembrava. Era nesses momentos e nas ausências de minha mãe que ele se aproximava como uma raposa sem me deixar escapatória. Eu era a sua presa fácil. O meu estômago rebulhou com as malditas lembranças que marcaram a minha alma.


 


“Não”. Foi a minha resposta seca, virei o meu rosto para o lado para não olhá-lo.


 


“Eu sei que você se lembra...”. Senti o toque de sua mão em meu corpo. Um pânico me envolveu, recordei do tempo que eu era uma criança e não conseguia fugir de suas mãos asquerosas. Ele beijou meu corpo. Estremeci de asco. “Sua brincadeira favorita era do cavalinho”. Eu não queria reviver esse momento, ele desceu a mão até entre as minhas pernas.


 


“Não!”. Gritei enérgica e o empurrei. “Não me toque!”. Os meus olhos queimaram de ódio, e as lágrimas caíram. “Se você me tocar novamente, eu farei um escândalo!”.


 


Ele me olhou incrédulo. Depois deu uma risadinha de lado e me esbofeteou. Não fiz nenhum som, nem toquei o meu rosto que queimava violentamente.


 


“Parece que você esqueceu com quem está falando! Sou o seu pai, você me merece respeito e obediência!”. Sua voz era dura, seu semblante carrasco. “Faço um escândalo e eu a desminto. Ninguém vai acreditar em você, além do mais, a sua mãe ficará muito entristecida com sua atitude. É isso que quer? Destruir com o psicológico de sua mãe?”. Balancei a cabeça em negativa. “Então, fique quietinha e me deixe matar a saudade de você, minha pequena”.


 


Ele me empurrou contra a parede e suas mãos me tocaram. Fechei os meus olhos, as únicas coisas que sentia eram os seus toques nojentos, e as minhas lágrimas quentes. Eu não tinha força para bater de frente com ele. Não conseguia me desprender das barreiras que me prendiam nesse inferno. Sentia-me uma criança novamente sendo abusada pelo seu pai. Senti-me fraca. Senti-me derrotada. Senti-me suja, e acima de tudo, culpada por ter um corpo desejável para esse crápula.


 


O único homem que eu deveria confiar, me apoiar, acalantar o meu coração e afugentar todo mal... Não passava de um estuprador! Um pedófilo de me/rda! E eu o odiava com todas as minhas forças. Estava cada vez mais enjoada, a minha boca enchia-se de saliva e minha vontade de vomitar era constante.


 


Felizmente, a tortura acabou. Escutei o seu último gemido no orgasmo. Mas não abri os meus olhos, não queria olhá-lo. Já era castigo demais ter que senti-lo em mim, sentir o seu cheiro. Ele era asqueroso!


 


“Você continua gostosa como sempre, minha pequena”. Ele comentou e deu uma tapinha em meu rosto antes de sair.


 


Abrir os meus olhos, e não aguentei... Vomitei, como se isso pudesse afastar a dor de minha alma e os fantasmas. Senti-me podre. Levantei a minha calcinha e limpei o meu rosto, voltei para junto dos meus familiares. Estavam todos rindo, inclusive o meu pai, como se nada tivesse acontecido. Derramei cerveja propositalmente em meu vestido, com a desculpa de ir trocar de roupa, me retirei.


 


Tomei um banho de ducha. Esfreguei o meu corpo com força como se isso fosse o necessário para limpar o toque daquele canal/ha. Chorei em baixo do chuveiro e jurei á mim mesma que nunca mais. Nunca mais, ele iria me tocar! Passei tempo demais no banheiro, sair apenas quando o Alfonso veio me chamar para almoçar.


 


Fiz uma maquiagem para disfarçar as olheiras, coloquei um vestidinho longo e mantive as rasteirinhas. Como uma boa atriz, fui de encontro á eles. Ofusquei a minha dor, e mantive o sorriso no rosto. Felizmente, não demorou muito para terminar. Despedi-me de todos, o mais difícil foi o meu pai que me abraçou apertadamente, busquei os olhos da minha mãe que observava de longe... Então, eu soube. Ela sabia dos abusos, e era conivente com isso.


 


Os olhos de Amélia Portilla era um poço de verdades. E ela não conseguia esconder – não de mim – o seu olhar enciumado sobre mim e o meu pai. Senti algo pulsando em meu peito... Era um ódio nascente não só pelo meu pai, mas também pela minha mãe.


 


Eles foram embora.


 


Alfonso estava bêbado. O coloquei na cama. Ele até tentou me puxar, mas desviei do seu abraço de urso. Ele resmungou alguma coisa, virou-se e abraçou o travesseiro, dormindo em seguida. Era a minha deixa.


 


“Thor?”. Chamei o meu filho da porta do quarto.


 


“Oi?”. Ele respondeu depois de um minuto.


 


“Eu irei sair, vou encontrar com algumas amigas. Comporte-se, está bem?”.


 


“Sim. Não demora á voltar, mamãe”. Ele pediu e voltou para o quarto.


 


Desci as escadas, e esbarrei com a Maite.


 


“Quando o gato sai, os ratos fazem a festa. Nunca ouviu esse ditado?”. Ela disse, também estava bêbada e tentava me provocar.


 


“Vá à mer/da, Maite”. Revirei os meus olhos sem paciência.


 


Ainda escutei uma risada da Maite quando sair de casa. Eu ainda estava sem o meu carro, o seguro me garantiu que me daria outro amanhã. Não via a hora para ter o meu carro novamente, ter que usar o carro de Alfonso era muito ruim. Eu ficava perdida dentro do seu carro esportivo. Dirigir com a minha cabeça queimando em pensamentos, o meu peito estava pesado e aquela sensação de desengano me envolvendo. Tudo que eu mais queria era me senti os braços do meu amor, da Dulce... Estava cada vez mais difícil ficar longe dela.


 


Parei o carro na frente de sua casa. Á porta de sua casa estava aberta, dando-se conta que a localização é o fim do mundo, ela não deveria se arriscar tanto dessa forma, mesmo sabendo se cuidar.


 


“Dulce?”. Chamei alto, adentrando na casa. A minha voz estava embargada, e eu nem percebi que estava chorando. Andei pela sala, cozinha, mas não a encontrei. “Dulce?”. Gritei mais alto, e solucei.


 


De repente, fui invadida por um medo nunca sentido antes. O medo de ter acontecido alguma com a Dulce. Ela não estava no quarto e nem no banheiro. Estremeci violentamente, imaginando como a minha vida tinha acabado sem a minha menina.


 


Gritei o seu nome em desespero algumas vezes, andando de um lado para o outro, totalmente perdida até que Dulce surgiu. Estava vindo da rua, e segurava umas sacolas. Estava esplendida. O meu medo foi substituído por alivio e o meu choro de tristeza foi transformado em alegria ao vê-la.


 


O semblante de Dulce que estava despreocupado assim que me viu ficou pesado. Ela soltou as sacolas que estava segurando e veio ao meu encontro. Corri até ela e a abracei, desabando no choro copioso. Os nossos corpos caíram no meio da sala, e Dulce me puxou mais para si, me aconchegando em seus braços que eu me sentia tão segura, tão amparada e amada.


 


Ela afagou os meus cabelos e deixou que eu chorasse toda a minha dor e minhas angustias. Eu não era fraca, eu não me permitia ser fraca, mas nos braços de Dulce, deixei que a minha fraqueza fosse exposta.


 


“Meu amor... O que aconteceu?”. Dulce me perguntou baixinho, beijando os meus cabelos. Sua voz estava embargada, sabia que sofria com esse meu estado.


 


“O... O meu pai me...”. Solucei alto, agarrando-me mais nela. Nunca tinha falado sobre isso com ninguém. Foi algo que guardei dentro do meu peito e tranquei com sete chaves, só que a Dulce merecia saber tudo da minha vida. Mais ainda.


 


“Lhe...?”. Ela me incentivou a falar, sem parar de me acalentar. Porém, eu não conseguia parar de chorar, eu estava com tanta raiva! Com tanto ódio. Ódio do meu pai. Ódio por me permitir ser violentada novamente. Ódio da minha mãe!


 


Tentei falar, mas as lágrimas enchiam a minha garganta e me impedia de falar. Tossi em meio ao pranto, mas sem soltar á Dulce. Eu não conseguia enxergar um palmo á minha frente, minha visão estava turva. Eu beirava o desespero. Encolhi-me mais, ficando mais juntinha de Dulce. Meu rosto estava pousado em seu peito, e dava para escutar as batidas do seu coração...


 


Dulce começou a cantarolar a música “Smile de Nat King Cole”.


 


A sua voz doce juntamente com as batidas do seu coração foram me acalmando. Confesso que foi á coisa mais romântica que um dia eu poderia receber. O meus soluços cessaram dando espaço para lágrimas silenciosas. A blusa de Dulce estava ensopada, mas eu não a soltei.


 


Smile, though your heart is aching. Smile, even thought it’s beaking. When there are clouds in the sky, you’ll ge by... If you smile, with your fear and sorrow... Smile and maybe tomorrow you’ll see the sun come shining through, for you.


 


Sorria, embora seu coração esteja doendo. Sorria, mesmo que ele esteja partido. Quando há nuvens no céu, você conseguirá... Se você sorrir, com seu medo e tristeza... Sorria e talvez amanhã você verá o sol brilhando, para você.


 


Suspirei longamente, sendo enfeitiçada pela voz de Dulce, era um anjo. Um doce anjo, tão doce quanto o seu nome. Ela se desvencilhou de mim, e se levantou. Estendeu á mão para mim e eu me levantei, aninhou os nossos corpos e começou a se movimentar suavemente sem parar de cantar a música. Eu rir em meio às lagrimas e afundei o meu rosto na curva do seu pescoço, sentindo o seu cheiro.


 


Light, up your face with gladness. Hide, every trace of sadness, although a tear may be ever so near. That’s the time you must keep on trying. Smile, what’s the use of crying?


 


Ilumine seu rosto com alegria. Esconda qualquer traço de tristeza, embora uma lágrima possa estar tão próxima. Esse é o tempo que você tem que continuar tentando. Sorria, o que adianta chorar?


 


Nesse trecho, ela me olhou e me presenteou com o seu sorriso perfeitinho. Me rodopiou e depois me puxou novamente para os seus braços. Soltei uma risadinha, e a abracei mais um pouquinho. O seu perfume e o calor do seu corpo me fazia muito bem. Os nossos movimentos era bem lentos.


 


You’ll find that life is still worthwhile if you’ll just smile...


 


Você descobrirá que a vida ainda continua se você apenas sorrir...


 


Ela me olhou novamente em busca de um sorriso meu, e eu sorrir. A dor foi se tornando irrelevante. Era apenas eu, e minha Dulce em nosso mundinho perfeito. Dulce ficou muito satisfeita com o meu sorriso e buscou os meus lábios em um beijo suave. O beijo tinha o sabor salgado de minhas lágrimas.


 


Quem disse que os brutos também não tinham o seu quê de romantismo? Acho que isso seria o mais próximo de romântico que iríamos protagonizar. Quando o ar nos faltou, interrompemos o beijo com um selinho.


 


Dulce me encarou e colocou uma madeixa atrás do meu ouvido. Puxou-me em direção do quarto, e me sentou na cama, puxou uma cadeira e se sentou em minha frente.


 


“Conte-me... O que aconteceu?”. Ela pediu com os olhos sérios.


 


Respirei fundo, os meus olhos encheram-se de lágrimas novamente. Jurei a mim mesma que era a última vez que eu choraria por esse motivo.


 


“Quando eu tinha sete anos de idade... Fui abusada sexualmente pelo meu pai”. Soltei, sentindo um veneno sendo extraído de mim. Os olhos de Dulce se arregalaram em surpresa, depois queimaram em um ódio profundo. Ela não disse nada, me esperou continuar falando, embora que uma inquietação foi tomando conta do seu ser. “Inicialmente eram apenas carícias. Eu não entendi muito bem o que estava acontecendo, achava que era carinho genuíno entre pai e filha. Só que eu passei a observar as minhas amiguinhas com os seus pais, e eles não tocavam as suas filhas como o meu pai me tocava”. Fui sendo invadida pelas lembranças ruins. “Quis perguntar á minha mãe o porquê disso, mas senti vergonha, também o meu pai era bem claro em dizer que esse era o nosso segredo e se eu contasse me mandaria para um colégio interno na Suíça. Fiquei calada porque eu não queria me afastar da minha mãe. Eu era muito apegada á ela”. Dei um sorriso amargo. “As carícias foram se tornando mais ousadas. Ele tocava em minhas partes intimas, e me fazia sentar em seu colo, dizia que era a brincadeira de cavalinho. Eu não queria brincar daquilo, mas mesmo assim, ele me batia e me obrigava”. Olhei para as minhas mãos e entortei a minha boca. “Brincávamos sem roupas. Ele queria assim. Eu ficava assustada porque via algo na anatomia dele que não sabia o que era, e no final da brincadeira, ele sempre liberava um liquido esquisito em mim”. Fiz uma careta, depois olhei para Dulce. “Eu era muito inocente, apesar dos pesares”. Dulce tinha os dentes trincados e os punhos cerrados, a sua respiração era muito lenta, parecia que estava se controlando. “Quando eu fiz dez anos, a brincadeira mudou... Ele me obrigou a lhe chu/par. Sempre fazia á base de tapas, quanto mais eu chorava, mais me obrigava a lhe satisfazer. Era horrível. Mas eu tinha que fazer porque as ameaças sempre continuavam... Ele até mudou, dizia que se eu contasse alguma coisa á minha mãe, nos mataria. Então, eu comecei a desejar que minha mãe descobrisse ou notasse que o meu comportamento que se tornou muito quieto fosse índice de alguma coisa. Por tanto, ela não notou. Bem... Eu achava que não tinha notado”. O meu peito ficou carregado ao me recordar o olhar dela de mais cedo. Limpei uma lágrima que deslizou da minha bochecha. “Ele sempre elogiava o meu corpo, e eu desejava que meu corpo não evoluísse para ele se manter longe. Porém, quando completei doze anos, os meus seios começara a crescer, o meu corpo se transformou depois da minha menarca”. Dei um sorriso sem humor. “Foi aí que aconteceu... Ele aproveitou que minha mãe tinha ido para a igreja, e me possuiu. Foi rápido, mas eu me lembro de que senti muita dor. E os abusos continuaram, sempre em dias que a minha mãe ia para igreja. Eu até tentava ir junto, porém, o meu pai sempre buscava uma desculpa para contornar a situação”. O meu sangue estava envenenado em ódio. Relembrar disso me deixava tão revoltada. “E assim os abusos seguiram, ele estava viciado nisso. Eu o odiava e sentia muito asco sempre que me tocava, pensava seriamente em fugir de casa, mas eu era covarde demais para enfrentar as ruas e eu sabia que se me encontrasse, seria muito pior. Ele passou três anos me usando como sua bonequinha de sexo até que eu engravidei”. Olhei diretamente nos olhos de Dulce, ela mordeu o seu lábio inferior com tanta força que cortou e o sangue escorria. Os seus olhos estavam treslouco, embora que ela escutasse pacientemente o meu relato, sabia o quanto estava sendo difícil para ela. “Ele era esperto, sabia os dias de minha menstruação, e ficou muito alarmado quando atrasou por três semanas, o meu corpo também estava começando a mudar, minhas calças estavam apertadíssimas e os meus seios ficando mais fartos. Então, ele programou uma viagem de pai e filha para o México”. Balancei a cabeça em negativo. “Minha mãe não permitiu inicialmente porque ainda faltavam quatro meses para as minhas férias do ano letivo. Ele foi obrigado á esperar, mas tinha comprado roupas folgadas para mim. Minha mãe achou que eu estava engordando, mas era um feto que estava se desenvolvendo em meu ventre. Como uma mãe não percebe que sua filha está grávida?”. Respirei fundo. “Era muito difícil de ir para escola, eu tinha medo que em algum momento alguém desconfiasse. Eu não tinha nenhum namorado, como iria explicar uma gravidez? Até que a viagem chegou... Não foi nenhuma viagem de lazer. Ele me levou á uma clínica clandestina e lá foi feito meu aborto”. Cruzei as minhas mãos. “Era uma menina. O meu corpo sofreu um grande estresse com o procedimento e eu quase morri. Deixaram resto de parto em meu útero, tive uma infecção seríssima. Precisei ser internada em um hospital. A desculpa que ele usou para a minha mãe foi que eu tinha pegado uma doença tropical. Minha mãe insistiu para ir ao México, mas ele impediu. Fui submetida á duas cirurgias: A primeira foi a histerectomia, e a segunda foi uma perineoplastia”. Voltei a rir sem humor. “Assim a minha vag/ina teria um aspecto de virgem e ninguém iria desconfiar de nada... E realmente, não desconfiaram, nem mesmo o Alfonso em nossa primeira vez, era como se eu nunca tivesse feito sexo. O meu pai não me tocou mais, até hoje...”.


 


“O que?”. Dulce gritou enfurecida. “Esse canalha lhe abusou hoje?”.


 


“Sim. Alfonso convidou todo mundo para um almoço. Ele me encurralou atrás da minha casa, eu não tive forças para me afastar, senti-me novamente uma garotinha de sete anos”. Falei com angustia, encolhi-me um pouco.


 


Dulce se levantou. Andando de um lado para o outro, enraivecida. Esmurrou a parede com força, e gritou. Depois caminhou em minha direção, segurou os meu rosto com as duas mãos e olhou dentro dos meus olhos. “Você sabe que não tem culpa de nada, não é? Você foi vítima desse can/alha. Ele é um pedófilo. Um filho da pu/ta!”.


 


Balancei a minha cabeça em positivo. Tudo que eu mais queria era que alguém me dissesse que eu não tinha culpa de nada. E eu realmente não tinha, em nenhum momento aticei á vontade do meu pai, só o meu corpo que tinha evoluído. Se dependesse de mim, nunca que despertaria á vontade dele.


 


“Sim, eu sei...”. Murmurei.


 


Dulce acariciou o meu rosto com carinho, apesar de ainda está furiosa. A sua respiração estava bastante acelerada. “Você sabe o que tem que fazer, não é?”.


 


Os meus olhos faiscaram. “Sim... Eu sei, mas não pode ser feito agora.”. Segurei em seu rosto. “Temos outras coisas para resolver, e quero cuidar pessoalmente desse assunto”.


 


“Temos problemas pela frente?”. Ela me perguntou sem deixar de acariciar o meu rosto.


 


“Sim”. Eu segurei em suas mãos e beijei, depois a puxei para cama. Ela deitou-se ao meu lado, ficando de frente á mim. “A mãe do Thor está em minha residência, o Alfonso a colocou para dentro”. Fiz uma careta de desgosto. “Fiz um leve jogo de manipulação no Thor, sutil efeito, ele estava diferente com ela hoje. Embora que, não acho que o foco dela seja o Thor. E sim, o Alfonso”.


 


“Que brincar de caça com ela?”. Dulce me perguntou com os olhos brilhando.


 


“Não”. Eu rir. “Gostaria, mas não. Tem que ser algo mais sutil, e eu sei o que fazer. Mas eu preciso de outra peça no tabuleiro”. Olhei para Dulce e arqueei a sobrancelha. “E você não vai gostar nem um pouco disso. Mas é preciso”.


 


“Quando você fala assim...”. Ela respirou fundo.


 


“É necessário, se quisemos que tudo funcione como planejamos, não podemos deixar nenhum obstáculo em nossa frente. Eu irei cuidar da Maite, e depois...”.


 


“Cuidará dos seus pais?”. Dulce me perguntou. “Porque se você não o fizer, eu faço”.


 


“Sim, eu cuidarei deles”. Respondi com convicção.


 


Dulce sorriu satisfeita, e puxou-me para um beijo calmo. Suspirei e envolvi os meus braços em seu corpo, e a puxei para cima de mim. Estávamos juntas e iríamos desempenhar tudo com muito sucesso...


 




 


 


Larysse. Sumiu, perdeu. Hahaha. Um capítulo acontece muita coisa nessa fic.


 


Mariposa. Também estou pensando numa morte bem dolorosa para ele e também para Amélia, a conivente safada. O Mark será mais um trouxinha para Anahí brincar. Hahaha.


 


Luh_perronita. Infelizmente, um pai pedófilo. Um bebê de Anahí e Poncho seria até razoável. Imagina que louco se fundisse os genes de Anahí e Dulce e procriasse um bebê? A por/ra seria séria! Hahaha.  


 


Any_reis. Achou bem certo, gata!



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Autor(a): ThamyPortinon

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  “Esse é a pior hora: Vê-la ir embora dos meus braços...”. Dulce murmurou contra os meus lábios. Estavam abraçadas na porta de sua casa e os nossos lábios estavam encostados depois de um beijo longo.   Acariciei as suas costas que estavam protegidas por uma fina camisola. Rocei os meus lábios nos dela, ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 248



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  • slj Postado em 10/12/2021 - 20:45:59

    Como vc consegue?? Surpreende a cada capítulo. Simplesmente amando essa fic.

  • anahigio1405_ Postado em 16/10/2019 - 20:14:50

    Melhor fic portinon 👏 ja é a quinta vez que leio de tão foda que é ,faz outra fic portinon mais com o mesmo estilo

  • Emily Fernandes Postado em 06/11/2017 - 09:11:15

    Só vim aqui pra ver a Anie com sangue nos olhos. Ahahahahahah. Minha vilã mais perfeita. Nem a BRATIU superou kkkkk. Adoro. Bjs fui.

  • Nix Postado em 23/08/2017 - 22:43:20

    eita que meu coração não aguentou chorando horres

  • flavianaperroni Postado em 15/02/2017 - 20:51:51

    Que isso?? que web mais viciantemente perfeita,bem escrita,eu simplesmente achei incrível,ela envolve o leitor de um jeito inexplicável. Parabéns,eu amei de verdade a historia,mesmo que elas tenham morrido no final,sim eu odiei a Anahi nos capitulos finais,mas fazer o que,faz parte da vida oehueheo Mas enfim,adorei,você escreve muito bem!!!

  • any_reis Postado em 16/11/2016 - 14:33:24

    GZUIS, QUANTO TEMPO EU FIQUEI FORA??? apesar delas terem morrido eu gostei, tu sempre deixou claro o tema da estória. Eu... Eu simplesmente adorei, garota tu escreve mto bem, deveria se dedicar à isso, e se virar uma escritora me fala pois irei ler todas as suas estórias, mais enfim eu me apaixonei pela fanfic, só surtei um pouco quando vi "ÚLTIMO CAPÍTULO" kkkkkkkkk , mais de todavia aguardo a sua próxima fic gatinha ^^

  • Julia Klaus Postado em 14/11/2016 - 23:22:01

    Eu sabia elas se matariam. Eram muitos podres da Anahi ser perdoado. Dulce não conseguiria viver, pq caso ela fosse embora, Anahi a perseguiria até o fim. Doente do jeito q é. Não vou dizer q esperava q Dul fosse se matar. Gostei da forma q Christian morreu kkk. Christian e Ariel pensaram q teriam Any e Dul respectivamente hehehee. Muita coisa pra Dul processar e perdoar. Nunca seria a mesma coisa. Muita coisa ruim no meio... O q doeu mais foi a mentira e os jogos. Anahi nunca ia mudar, eram palavras da boca pra fora... Enfim amei a história do início ao fim. Estava off por conta dos estudos :)

  • luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:10:05

    MERECEMOS OUTRO FIC MONA ESSA JÁ É A SEGUNDA QUE TU MATA ELAS, TU NÃO TEM CORAÇÃO MESMO. VOU PROCESSAR VOCÊ E VOU DIVULGAR QUE VOU PROCESSAR VOCÊ.! pq sou maldosa :v

  • luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:05:53

    Acaboooou :OO Final bem triste sim pq chorei uns rios mais um dia eu supero isso. a historia foi muito intensa e cheia de segredos adorei tudinho

  • mariposa Postado em 11/11/2016 - 16:20:35

    TE ODEIO MALDITA! TU ME FEZ CHORAR! Como conversamos, eu sabia que essa web se encaminhava para a tragédia apesar de não querer, Anahi merecia pagar por tudo o que ela plantou, mas Dulce foi uma vítima desde que veio ao mundo, não achei justa a morte dela, na vida se junta os caquinhos e se sobrevive, ela foi covarde, foi eterno enquanto durou, mas foi tão fugaz, não sei o que dizer apesar de ter muita coisa em mente. Apesar de achar que tu poderia ter desenvolvido um pouco mais e que poderia ser um pouco diferente, te parabenizo por que tu é uma excelente escritora, vou esperar pela próxima, mas se tiver morte, obrigada, não vou ler, e dessa vez é sério, você só deixou escapar Faz de Conta, meu coração não aguenta. Beijos, te amo.


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