Fanfics Brasil - Capítulo trinta e cinco. Secret. — Portiñón.

Fanfic: Secret. — Portiñón. | Tema: Portiñón, AyD. Anahí e Dulce.


Capítulo: Capítulo trinta e cinco.

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Á rua estava muito tranquila, ao longe, podia escutar cantos de corujas. Quando eu era pequena, eu sempre tinha medo do canto delas, parece até loucura, mas á minha mãe dizia que era o presságio da morte, que quando uma espécie de coruja – a branca – cantava em seu telhado, alguém da sua família iria morrer ou até mesmo você, se tivesse azar. Foi aí que desencadeei certo medo que foi rapidamente esquecido quando a adolescência me atingiu... Eu nunca tinha desejado tanto á morte como naquela época.


 


Lembranças de um passado distante tentaram me envolver, mas impedi que ultrapasse as minhas barreiras. Amélia quase tinha estragado tudo, isso ainda me deixava incomodada, por um segundo, um mero segundo que tudo não tinha ido ao espaço por incompetência minha. Eu nunca iria me perdoar se as coisas saíssem do meu controle.


 


Alguns segredos devem ser mantidos. Olhei para a Dulce que saia do banheiro completamente nua, sem se importar com a sua nudez, estava inquieta. Eu sabia que a Amélia tinha plantado uma pequena semente de dúvida, coisa que não demoraria muito tempo para ganhar uma proporção maior... Dulce não era boba, mas, tinha um, porém... Os meus segredos estavam bem guardados e mortos não falavam, logo que, a Amélia levou consigo os meus segredos e nunca tinha como a Dulce souber.


 


Eu contava com isso.


 


Traguei o meu cigarro, deixando ser envenenada pela nicotina, prendi a fumaça em meus pulmões, deliciando-me por uns segundos e depois soltei pelas narinas. A frieza da tranquilidade fazia os meus ossos congelarem. Essa altura do campeonato, bombeiros e polícia deveriam estar no local... Que Amélia e Esdras tenham uma eternidade dolorosa no inferno. Amém.


 


“Você está extremamente calma, não sei se isso é bom”. Dulce comentou, ficando em minha frente, observando-me.


 


Arqueei uma sobrancelha. “Como você queria que eu estivesse? Nervosa? Arrependida? Depressiva?”.


 


“Arrependida não, mas ao menos um pouco triste ou pesarosa. Apesar das circunstâncias eram os seus pais, eu sei que você não morria de amor por eles, mas... Algum sentimento deveria sair de ti.”. Deu de ombros, parecendo um pouco confusa.


 


“Não tenho nenhum sentimento controverso ou triste dentro de mim, não vou demonstrar aquilo que não sinto”. Respondi, dando mais um trago no cigarro, isso me relaxava.


 


“E você sente alguma coisa?”. Dulce atacou. “Estou começando a duvidar que exista algum sentimento ou algo de concreto dentro de você”.


 


“O que eu sinto por você é algo bem concreto... Corre em minhas veias, me mantem viva”. Olhei para ela, sua expressão ainda não era muito boa. “Vamos lá... Não seja melancólica ou sentimental agora, tenho certeza que você não ficou assim com as mortes dos seus pais”.


 


“Eu amava os meus pais”. Ela retrucou.


 


“Amava e mesmo assim, não a impediu de mata-los”. Dei mais um trago, terminando o meu cigarro. Em nenhum momento, deixei de olhá-la. Dulce apertou os olhos. “Levando em conta que o seu motivo foi bem mais fútil que o meu, não tente desencadear sentimentos pelos meus genitores, quando você não teve nenhum pelos seus. É hipocrisia”.


 


“De hipocrisia você entende muito bem”. Disse arisca.


 


Respirei fundo. Eu tinha duas opções: Melhorar a situação ou piorar a situação. Como eu tinha dito anteriormente, não poderia tê-la como inimiga, não nessa altura do campeonato. Os dados estavam rolando e faltava muito pouco para a nossa vitória. Joguei o filtro do cigarro e a puxei para os meus braços. Dei um selinho em seus lábios, e encarei.


 


“Escute. Existem muitas coisas erradas que cercam a minha vida, mas a única coisa certa é o meu amor por você. Não sou o exemplo de romantismo, e você também não, podemos parar com isso? Essa conversinha toda sobre sentimento é uma deixa sobre a sua dúvida do meu amor por você. Não duvide nunca do que eu sinto por você, bem dentro do meu peito, é a única verdade que posso lhe dá”. Falei baixinho, a olhando. “Eu te amo, o que quer mais de mim?”.


 


Dulce segurou em meu rosto. “Você. Apenas você. Não quero apenas á sua mente, o seu coração, o seu corpo... Eu quero a sua alma”.


 


“E você á tem, isso é irrevogável”. Respondi com segurança.


 


Ela respirou fundo e me beijo. Gemi ao senti os seus lábios quentes nos meus, e aprofundei o beijo, enlaçando os seus cabelos com a minha mão...


 


Depois disso a paz reinou. Dulce foi embora por precaução, como se tratava dos meus pais que tinha morrido, não iria demorar muito para alguém surgir em minha casa e eu queria muito evitar o fator surpresa.


 


Cai num sono profundo depois de tomar um calmante. Não sei por quantas horas, eu dormir, mas acordei com uma mão acariciando o meu rosto. De primeiro, achei que era a Dulce, mas o toque estava muito pesado para ser ela. Abrir os olhos, e era o Alfonso. Franzi o cenho e ele sorriu. O sorriso não alcançou os seus olhos que estavam repletos de pesar, então, eu soube que ele já sabia.


 


“Ué... Pensei que voltaria na segunda”. Disse com a voz grogue de sono.


 


“Aconteceu uma coisa...”. Ele começou hesitante, mas não parou de acariciar meu rosto.


 


“Thor?”. Alarmei. “O que aconteceu? Cadê o Thor?”. Ergui-me, sentando na cama.


 


“Shhh...”. Ele impediu que eu me levantasse. “O Thor está bem, não se preocupe”.


 


Respirei aliviada. Claro que eu sabia que o meu filho estava bem, foi apenas um pequeno teatro. O que seria do mundo se não tivesse grandes atrizes?


 


“Então...?”. Perguntei com a carinha de confusa.


 


“São a Amélia e Esdras... Houve um incêndio na casa, eles não conseguiram sair á tempo. Eu sinto muito, Anahí”.


 


Depois disso, desencadearam alguns acontecimentos. Fingi ter uma crise nervosa, Alfonso me levou para o hospital sob o olhar assustado do Thor que ficou o tempo todo ao meu lado, me dando apoio de sua forma. Recebi um calmante na veia. Essa parte foi chata porque me deixou com o raciocínio lento, porém, não foi o suficiente para que minha máscara caísse. Voltei para casa e comecei a receber visitas que na maioria das vezes, o Alfonso dispensava. O Mark também marcou presença, se mostrando bastante prestativo para a raiva do meu marido.


 


Eu ficava o tempo todo calada. Fingindo que estava em choque, olhando para a parede e desejando que toda essa mer*da passasse e o jogo continuasse. O estresse veio quando á minha tia Arlete surgiu. Estava muito abalada, mas queria saber onde seria o velório e também o enterro.


 


“Não conversamos sobre isso, mas como a Anahí está sem condições de tomar decisões... Farei por ela”. Alfonso conversava com Arlete, como se eu não estivesse na sala. “Vou reservar um horário no Memorial Caminho do Céu, como os meus sogros eram católicos, uma missa e...”. Foi interrompido por mim.


 


“Não haverá velório e muito menos missa e enterro”. Disse, mantendo á minha voz fraca. “Sem prolongação. Eles serão cremados e os funcionários podem fazer o que bem entender com as cinzas”.


 


Alfonso apenas me olhou. Arlete que estava com o rosto pálido, de repente, ficou muito vermelha.


 


“O que?! Cremados? Você sabe a situação que os seus pais morreram? Eles foram praticamente incinerados e você quer acabar com o resto?”. Ela gritou irritada. Continuei impassível, apenas a olhando.


 


“Arlete...”. O tom do Alfonso era de alerta.


 


“Não! Ela não pode fazer isso. Não pode negar um velório para Amélia e Esdras. Não pode negar uma missa... As almas deles precisam ser entregues ao Senhor para que descanse em paz”. Arlete me olhava indignada.


 


“Posso e irei. Sou a filha”. Afrontei.


 


“Isso é um absurdo!”. Arlete se levantou do sofá, ultrajada. “Eles fizeram de tudo por ti e é assim que pagas á eles? Cadê a sua consideração? Cadê o seu amor? São os seus pais e não bichos. Por Deus, reconsidere”.


 


“Não”. Encarei os olhos de minha tia, sem me abalar com a sua fúria.


 


“Ah sua...”. Arlete avançou para cima de mim, mas o Alfonso foi mais rápido e a segurou. Ela me olhou com ódio. “Desgra*çada! É isso que és. Amélia e Esdras não mereciam ter uma filha como você. Ainda vai se arrepender muito disso!”.


 


“Arlete, por favor. Não ver que a Anahí está abalada? Você só irá piorar mais a situação”. Alfonso disse sem paciência, a afastando de mim.


 


“Tão abalada que não é capaz de prestar uma última homenagem aos pais, mas eu tenho certeza que não estará nem um pouco abalada quando por as mãos na herança!”. Arlete acusou.


 


Ah, é... A herança. Como eu tinha me esquecido de algo tão importante assim? Uns milhões para deixar a minha conta corrente mais verde. Quase sorrir...


 


“Vou pedi educadamente para que se retire da minha casa”. Alfonso disse sério, com a voz dura.


 


Tenho que dizer que depois disso a minha relação com minha tia foi totalmente encerrada, assim como outros parentes. Alfonso ficou encarregado com tudo. Ele disse que jogaria as cinzas no mar. Por mim, que jogasse num chiqueiro. Não me importava.


 


Os dias se passaram e o meu teatrinho ainda continuou. Mostrei-me um pouco depressiva. O meu filho foi um príncipe comigo, só não gostava muito em ter que mentir para ele. Eu via a preocupação em seus lindos olhos. Mas isso iria acabar, estava esperando os setes dias passarem para encerrar o meu luto.


 


Alfonso passava boa parte do tempo em casa, me acompanhando. Os poucos momentos em que saia, não passava muito tempo fora de casa. Eu ainda não tinha visto á Dulce nesse período, mesmo que nos comunicassem por mensagens. Ela estava muito paciente, mas não era por vontade própria... Estava ainda sendo consumida por essa herança que receberia da família, parecia que á cada dia, a situação estava pior e gastava muito o seu tempo, ou seja, não tinha nenhum tempo para mim.


 


Eu estava com saudade. Desde que nos envolvemos que não ficávamos tanto tempo assim sem nos ver. Mas eu tinha certeza que seria recompensador quando nos encontrássemos.


 


Falando em herança. Recebi a minha dos meus pais. Foi mais dinheiro do que eu imaginava, o infeliz do Esdras tinha ações na bolsa de valores que rendia um bom dinheiro mensalmente. Ao menos, para alguma coisa o traste prestava. De Amélia, recebi joias que estavam guardadas em um cofre particular no banco. Ela deveria está se remoendo aonde quer que esteja...


 


A perícia constatou que á causa do incêndio foi realmente um vazamento de gás. Arrastando a hipótese de ter sido criminal. Ironicamente, algumas semanas atrás, os bombeiros tinham sido chamados pela vizinha por sentir um forte cheiro de gás vindo da casa dos meus pais. E segundo essa mesma vizinha, a Amélia estava tendo muita dificuldade em manusear o novo forno que tinha ganhado de presente do Esdras, então, acontecia muito incidente com o gás. Isso foi uma questão de sorte.


 


Quem parecia que não estava com muita sorte era o Alfonso... O fato de estar presente em casa parecia que estava trazendo muitos problemas com a sua amante. Ele estava muito inquieto, mesmo estando em casa em corpo, á sua mente sempre divagava. Sempre estava pensativo demais. Ficava nervoso quando pegava o celular, por muitas vezes, á casa parecia muito pequena para ele. Andava de um lado para o outro, passava a mão na cabeça, até o presenciei esmurrar a parede. Claro que na minha frente e do Thor não demonstrava nada.


 


Certa noite, senti sede e despertei. Alfonso não estava na cama. Para ser sincera, em muitas noites que acordei não o encontrava na cama. Ou estava dormindo no sofá, ou até mesmo no divã, mas nunca na cama. Ele não estava mais compartilhando a cama comigo. Durante vinte anos de casamento, essa era a primeira vez que isso acontecia, então, eu soube: A outra tinha ganhado. Ela tinha tomado o Alfonso de mim e destruído o meu casamento. O barco virou completamente, só faltava o Alfonso ser homem suficiente e abrisse á boca para falar em alto tom. Desci para beber água e o encontrei no escritório, falava no celular...


 


“Desculpe-me, meu amor... Eu sei que você esperava isso, sinceramente, até eu. Á morte dos meus sogros fizeram que tudo se adiasse um pouco, mas, por favor, não desista de mim”. Ele murmurava. “Farei o que prometi á você, pedirei o divórcio”. Os meus olhos se arregalaram, mesmo sabendo que isso iria acontecer, mas em voz alta, tudo se tornava muito real. Alfonso suspirou. “Só estou esperando que ela se estabilize um pouco, então, serei todo seu”.


 


Fui para a cozinha em busca da minha água. Confesso que isso me deixou muito pensativa, mas a vida era um eterno jogo que nunca parava. Não demonstrei nada, e continue á fazer o que estava fazendo antes: Fingir que estava mobilizada com a morte dos meus pais.


 


Porém, minha curiosidade estava muito aguçada. Queria saber quem era essa mulher que tinha conseguido que nenhuma outra conseguiu. Por que sim... O Alfonso teve inúmeras amantes no decorrer do tempo, mas nenhuma o fisgou dessa maneira. Ele me tratava educadamente, e se mostrava prestativo, mas apenas isso. Não éramos marido e mulher, não éramos amigos e muito menos, colegas. Reduzimo-nos ao nada.


 


Quando completou sete dias, o meu falso luto foi embora. Era uma quarta-feira e decidi que iria voltar á trabalhar.


 


“Você tem certeza disso?”. Alfonso me perguntou ao me ver se arrumando. Lancei um olhar questionar para ele. “Que dizer até ontem você estava parecendo uma múmia, não me leve á mal, mas acho que você ainda não passou pelas cinco fases”.


 


“Pelo contrário. Estou na fase da aceitação”. Dei um sorrisinho para ele e terminei de pentear os meus cabelos.


 


“Isso está parecendo mais a fase da barganha aos meus olhos”. Alfonso estava encostado no batente da porta com os braços cruzados.


 


“Ainda bem que você não é psicólogo”. Respirei fundo e peguei a minha bolsa, me aproximei dele. “Eu estou bem. Não precisa se preocupar comigo... O luto precisava ser vivido, e eu o vivi. Sou capaz de viver perante á muitas coisas e situações”. Disse o olhando. Ele me olhou por um longo tempo, meio pensativo. Mas não me disse absolutamente nada. “Você tem alguma coisa para me contar?”.


 


“Não”. Foi a sua resposta. “Nada”.


 


Covarde...


 


“Tenha um bom dia, Alfonso”. Passei por ele e fui trabalhar.


 


Foi bom retornar ao meu trabalho. As minhas pacientes. Ocupei a minha mente e fiz o que eu gostava de fazer. Quando o Alfonso pedisse o divórcio, seria um pouco difícil por causa do Thor, mas entraria em um senso comum. Sei que a única coisa que entraríamos de acordo era sobre a felicidade do Thor. Se o Alfonso fosse muito esperto, deixaria a guardar do Thor para mim. Seríamos felizes. Eu, ele e a Dulce... Pensar nisso, me deixava feliz. Uma nova perspectiva de vida estava se formando. Com o divórcio, arrancaria um bom dinheiro do Alfonso, sem contar que pediria uma pensão gorda até porque não o deixaria mergulhando em dinheiro para ficar luxando com a pu/ta.


 


Sai para passear no horário do almoço. Eu não tinha esse hábito, mas, estava com vontade de andar. Caminhei até o centro que tinha vários restaurantes. Minha opção seria comida chinesa. Andava calmamente quando vi algo que me despertou a atenção. Era o Alfonso e uma mulher! Eles estavam de costas, mas eu reconhecia o meu marido até no inferno. Ele estava rindo com algo que a mulher dizia... Eles pareciam felizes. Infelizmente, não vi o seu rosto. Mas os seus cabelos eram vermelhos, brilhantes ao sol.


 


Cabelos vermelhos... Lembrei-me do Thor me informando que uma mulher de cabelo vermelho e de sotaque italiano esteve em minha casa. Era a italiana!


 


Automaticamente, comecei a segui-los. A intimidade de ambos mexia com o meu ego. Lembrava-me o tempo em que eu andava assim com o Alfonso. Não tinha mais sentimento entre mim e o Alfonso, mas existia o comodismo. Eu estava acostumada com ele, e vê-lo assim com outra mulher, me deixava incomodada e também com raiva. Eles pararam e iam se virar quando começou um flash mob.


 


Inferno! Tentei desviar das pessoas, mas era impossível. Suspirei exasperada, fiquei na ponta do pé em cima dos meus saltos, mas eram muitas cabeças que bloqueavam a minha visão. Dei á volta, mas antes que eu pudesse chegar...


 


“Oi!”. Disse á pessoa na minha frente.


 


“Dulce!”. Exclamei surpresa. Olhei na direção que Alfonso e a outra estavam anteriormente, mas não encontrei nada. Eles foram embora. “O que está fazendo aqui?”.


 


“Fui na Apple comprar um Iphone”. Disse, mostrando a sacola da loja. “E você? Está parecendo perdida”. Comentou divertida.


 


“Vim almoçar...”. Disse aborrecida. Estava um passo de ver essa maldita mulher! O meu semblante chamou atenção de Dulce que me olhou com o cenho franzido.


 


“Confesso que quando nos víssemos, a sua recepção para comigo seria muito melhor. Que dizer, faz uma semana que não nos encontramos e você parece chateada”. Dulce falou com tom magoado. “O que foi? Não sentiu a minha falta ou estou atrapalhando alguma coisa?”. Perguntou e olhou para trás.


 


“Não meu amor... Claro que não. Eu senti muita saudade de você, só não a beijo porque estamos em publico”. Respondi com um meio sorriso, a fisionomia de Dulce melhorou. “Você quer ir almoçar comigo?”.


 


Dulce concordou e assim formos... Almoçamos, e acabamos protagonizando uma cena quente de sexo no banheiro do restaurante. Foi maravilhoso. Senti-me revigorante. Despedi-me com muita relutância, mas... Não podia ficar com a mesma. Fui para o meu trabalho. Depois minha casa.


 


Nessa noite em particular, o Alfonso não voltou para o jantar. Então, aproveitei o meu tempo com o Thor. Assistimos filmes de terror com muita pipoca e também sorvete. Eu não me assustava muito, mas a sequência dos filmes de Atividade Paranormal me deixou muito com o pé atrás. No final das contas, o Thor dormiu comigo. O Alfonso chegou de madrugada, minha vontade foi de questioná-lo, de pressioná-lo contra a parede e dizer que sabia do seu caso. Queria expô-lo e anunciar que começaria uma guerra judicial e arrancaria tudo que ele tinha, até mesmo o seu último dólar. Mas, precisava de provas e eu não tinha. Só teria alguma coisa quando o detetive me entregasse o material, e aí, sim, podia destruí-lo. A raiva contida fez com que minha boca secasse, porém, não disse nada, fiquei quieta como se ainda estivesse dormindo. Pela primeira vez em uma semana, deitou-se também na cama. E assim, dormimos os três.


 


Despertei eram sete horas da manhã com o meu celular vibrando. Alfonso e Thor ainda estavam dormindo. Tive um pouco de dificuldade para destravar o meu celular, os meus olhos estavam quebrados de sono, e queriam sempre se fechar. Mas, o celular não parava de vibrar.


 


Era o Mark. Estranhei. Apesar de estar com um “romance” enrolador com o meu cunhado, o mesmo não me ligava. Sempre mandava alguma mensagem para sondar a minha disponibilidade e se eu autorizasse, ele me ligava.


 


Atendi com a voz sonolenta...


 


Oi Annie, sou eu. Você estava dormindo não é? Desculpe-me por ter lhe acordado”. Ele disse com antecipação. “Mas o assunto é sério”.


 


“Tudo bem”. Respondi, olhando para o meu filho e meu marido. “O que aconteceu?”.


 


O advogado de Maite conseguiu o habeas corpus!”. Mark disse apressado. “Não sei como, mas conseguiu... Ela foi solta, está livre e vai esperar o julgamento em liberdade”.


 


Desliguei o celular em fúria. Liberdade era algo que eu não queria que a Maite tivesse, porém... O dado virou para o lado errado. O meu jogo não estava mais certo. Estava começando a perder o controle da situação e isso era inadmissível. As pessoas tinham que dançar de acordo com a minha música.


 


Respirei fundo e fechei os meus olhos, tentando ordenar os meus pensamentos. Se o jogo tinha mudado, era hora de mudar de tática também. Mer/da! O dia nem tinha começado direto e já estava uma bagunça...



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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 248



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  • slj Postado em 10/12/2021 - 20:45:59

    Como vc consegue?? Surpreende a cada capítulo. Simplesmente amando essa fic.

  • anahigio1405_ Postado em 16/10/2019 - 20:14:50

    Melhor fic portinon 👏 ja é a quinta vez que leio de tão foda que é ,faz outra fic portinon mais com o mesmo estilo

  • Emily Fernandes Postado em 06/11/2017 - 09:11:15

    Só vim aqui pra ver a Anie com sangue nos olhos. Ahahahahahah. Minha vilã mais perfeita. Nem a BRATIU superou kkkkk. Adoro. Bjs fui.

  • Nix Postado em 23/08/2017 - 22:43:20

    eita que meu coração não aguentou chorando horres

  • flavianaperroni Postado em 15/02/2017 - 20:51:51

    Que isso?? que web mais viciantemente perfeita,bem escrita,eu simplesmente achei incrível,ela envolve o leitor de um jeito inexplicável. Parabéns,eu amei de verdade a historia,mesmo que elas tenham morrido no final,sim eu odiei a Anahi nos capitulos finais,mas fazer o que,faz parte da vida oehueheo Mas enfim,adorei,você escreve muito bem!!!

  • any_reis Postado em 16/11/2016 - 14:33:24

    GZUIS, QUANTO TEMPO EU FIQUEI FORA??? apesar delas terem morrido eu gostei, tu sempre deixou claro o tema da estória. Eu... Eu simplesmente adorei, garota tu escreve mto bem, deveria se dedicar à isso, e se virar uma escritora me fala pois irei ler todas as suas estórias, mais enfim eu me apaixonei pela fanfic, só surtei um pouco quando vi "ÚLTIMO CAPÍTULO" kkkkkkkkk , mais de todavia aguardo a sua próxima fic gatinha ^^

  • Julia Klaus Postado em 14/11/2016 - 23:22:01

    Eu sabia elas se matariam. Eram muitos podres da Anahi ser perdoado. Dulce não conseguiria viver, pq caso ela fosse embora, Anahi a perseguiria até o fim. Doente do jeito q é. Não vou dizer q esperava q Dul fosse se matar. Gostei da forma q Christian morreu kkk. Christian e Ariel pensaram q teriam Any e Dul respectivamente hehehee. Muita coisa pra Dul processar e perdoar. Nunca seria a mesma coisa. Muita coisa ruim no meio... O q doeu mais foi a mentira e os jogos. Anahi nunca ia mudar, eram palavras da boca pra fora... Enfim amei a história do início ao fim. Estava off por conta dos estudos :)

  • luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:10:05

    MERECEMOS OUTRO FIC MONA ESSA JÁ É A SEGUNDA QUE TU MATA ELAS, TU NÃO TEM CORAÇÃO MESMO. VOU PROCESSAR VOCÊ E VOU DIVULGAR QUE VOU PROCESSAR VOCÊ.! pq sou maldosa :v

  • luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:05:53

    Acaboooou :OO Final bem triste sim pq chorei uns rios mais um dia eu supero isso. a historia foi muito intensa e cheia de segredos adorei tudinho

  • mariposa Postado em 11/11/2016 - 16:20:35

    TE ODEIO MALDITA! TU ME FEZ CHORAR! Como conversamos, eu sabia que essa web se encaminhava para a tragédia apesar de não querer, Anahi merecia pagar por tudo o que ela plantou, mas Dulce foi uma vítima desde que veio ao mundo, não achei justa a morte dela, na vida se junta os caquinhos e se sobrevive, ela foi covarde, foi eterno enquanto durou, mas foi tão fugaz, não sei o que dizer apesar de ter muita coisa em mente. Apesar de achar que tu poderia ter desenvolvido um pouco mais e que poderia ser um pouco diferente, te parabenizo por que tu é uma excelente escritora, vou esperar pela próxima, mas se tiver morte, obrigada, não vou ler, e dessa vez é sério, você só deixou escapar Faz de Conta, meu coração não aguenta. Beijos, te amo.


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