Fanfic: Secret. — Portiñón. | Tema: Portiñón, AyD. Anahí e Dulce.
“Sim”. Resolvi ser sincera. Eu nem era lésbica ou bissexual! Nem sabia porque tinha contratado uma hora com uma garota de programa. Era um absurdo. “Foi um erro. Eu nem gosto disso”. Eu disse, alçando a minha bolsa e tirando o talão de cheque. “Mas não se preocupe, irei pagar o valor estipulado para você não ter o seu tempo perdido”.
Sem muita conversa ou explicação. O importante que o dinheiro seria pago. Procurei um lugar para preencher e assinar o meu cheque e encontrei a mesa. Caminhei até ela, e comecei a preencher o cheque. Porém, senti as mãos quentes e macias de Candy pelo meu corpo, foi um toque suave, mas o bastante para deixar minha respiração descompensada. Suas mãos me prenderam na altura de minhas costelas e me puxaram para trás. Sentir o calor dela em minhas costas, os seios macios pressionando as minhas costas. Ela estava excitada. Eu podia sentir sua respiração rápida e os mamilos que raspavam nas minhas costas.
Sua boca encostou no meu pescoço um pouco abaixo de minha orelha. A sua respirada era forte, o que me causou um arrepio.
“Eu não quero o seu dinheiro...”. Ela murmura em meu ouvido, me causando um calafrio nunca sentido em minha vida. Suas mãos deslizaram pelas laterais do meu corpo até chegar a minhas coxas e apertarem. Gemi involuntariamente. Como era bom ser tocada. Seus dentes me mordiscaram. O calor do seu corpo era enlouquecedor. “... Eu só quero lhe dá o que você precisa: Prazer”.
Eu estava ofegando. Que loucura! Eu me sentia absurdamente atraída por Candy. Eu nunca senti nada assim por nenhuma mulher. Eu estava no ponto que o meu sexo estava molhado e doía. Virei-me, ficando presa entre o corpo dela e a mesa. Os olhares forem intensos. Nossos olhos estavam dilatados. Ambas com a expressão de fêmea no cio. Olhei pra sua boca, umedeci os lábios, percebi que isso causava uma reação nela... Sua respiração ficava mais pesada. Depois olhei para os seus lindos olhos.
A tensão sexual estava no ar.
“Prazer?”. Tentei ser debochada, mas a rouquidão da minha voz me traia. “Porque acha que eu preciso disso?”. Que pergunta estúpida. Eu tinha contratado uma garota de programa. Para que mais seria ao não ser pra ter prazer?
Ela olhou pra minha boca por muito tempo antes de me olhar nos olhos e responder.
“Porque todo o seu corpo está gritando para que eu lhe fo/da tão intensamente que nem o seu nome será lembrado”. Ela dizia lentamente. Sua voz estava tentadoramente deliciosa. “Você quer que eu te coma, que eu te invada, e te arro/mbe. Você deseja isso desde o primeiro dia que me observa da janela do seu consultório. Você me quer desesperadamente, mesmo que seja inconscientemente... E eu te desejo desde o primeiro momento que meus olhos bateram em você... Não és a única que observa aqui”.
Fiquei surpresa; Além de surpresa, o meu sexo estava latejando. Minha respiração se tornou caótica. Minha calcinha estava tão molhada que não servia mais. Candy era intensa... Era única. Continuei a olhar nos olhos. Aqueles olhos que me queimava.
“Como sabe que eu te observava?”.
Eu tinha que perguntar... Esclarecer as minhas dúvidas. Embora que todo o meu corpo, e minha consciência estavam envolvidos pela presença dela.
“Uma va/dia sempre sabe quando uma fêmea está no cio á querendo...”. Ela aproximou o rosto do meu, minha boca ansiou pelo seu beijo. “Seu olhar é muito marcante, Anahí... E sua bo/ceta está implorando por mim...”.
Enlouqueci. Nunca tinha me sentindo tão quente, tão pulsante em toda minha vida. Nunca fui envolvida por palavras. Nunca me sentir com vontade de foder apenas por provocações. Nem pelo meu marido. Ele não era forte nisso. Ele sempre iria pra praticar sem instigação. Dez minutos com Candy e com jogos de palavras e já estava quase no ápice do prazer. Ela sabia ser gostosa, e instigadora.
Não pensava mais em nada. Só queria prova-la, senti-la... Ser a sua pu/tinha, ca/chorra, va/dia, ban/dida, ra/pariga... Tudo que ela quisesse, eu seria. Porque eu estava entregue a essa mulher em ela me tocar... Eu a queria de uma maneira tão intensa de como precisava do ar pra respirar.
Por isto, que me agarrei firmemente nela quando senti a sua boca mergulhar na minha no beijo tão quente que deixou a minha alma em seus pés... Depois que sentir os lábios de Candy, descobrir que não poderia viver sem...
Isso era uma loucura. Uma doce loucura. Nunca em minha vida tinha beijado outra pessoa que não fosse o Alfonso. Nunca tinha sentido outro gosto, outra boca... Também, nunca tinha cogitado a hipótese de trai-lo.
E estou aqui num quarto de hotel, sendo beijada por uma mulher. E ouso afirmar que é o melhor beijo da minha vida. Era delicado, mas ao mesmo tempo devorador. A minha alma estava queimando, o meu corpo fervendo. Candy era igual ao seu nome: Doce. Seus lábios eram macios, suaves, instigadores, alimentavam mais a minha vontade de beijá-la... Sua língua esperta e ousada, tocava pontos em minha boca que me fazia suspirar e agarrá-la mais. Nossas línguas se esbarram num encontro explosivo.
Ela ofegou. Suas mãos passearam livremente pelo meu corpo, arrastando consigo o meu vestido. Eu estava agitada, mexia o meu corpo, roçava cada vez mais nela... A tocava de início lentamente, mas ao sentir a pele sedosa em minhas mãos. Tão macia. Parecia que estava acariciando pétalas de rosas de tão delicado que era. Tentei retirar a sua roupa também, mas não tinha a mesma destreza que ela.
O zíper do meu vestido foi baixado. Candy mordiscou o meu lábio inferior e afastou-se um pouco. Entreabri os meus olhos, o meu vestido caia diretamente para os pés. Ela olhava o meu corpo com fascinação. Os seus olhos estavam mais claros. Eles me elogiam. Senti-me envergonhada. Sabia que tinha imperfeições em meu corpo, marcas de maternidade. Minha respiração estava acelerada, sentia um misto de desejo com ansiedade. Porém, a insegurança me fez querer subir o vestido.
Ela me impediu.
“Não. O seu corpo é lindo. Você é linda”. Candy me disse com sinceridade, o seu tom de voz parecia até emocionado. “A minha imaginação não fez jus a realidade”.
Fiquei envaidecida pelo elogio, e sorrir... Aos poucos, a vergonha ia se dispensando, ficando apenas o desejo.
“Está vendo aquela janela ali?”. Ela apontou para uma janela grande de vidro. Balancei a cabeça em positivo. “Quero que caminhe até ela e fique”.
Ela era autoritária.
Caminhei apenas de lingerie e saltos altos até a janela. Uma nova adrenalina tomou conta do meu corpo. O medo também quis chegar. Alguém poderia nos ver. Mesmo estando no vigésimo andar. Fiquei parada. De frente para Candy e de costas para janela.
Candy ficou nua. Sem nenhum pudor. Admirei o seu corpo... Os seus seios arredondados e firmes. Sua barriga lisa e sem nenhuma marca. O seu sexo liso e rosado. Suas coxas torneadas. Ela nasceu para o amor.
Fiquei impressionada com a reação do meu corpo ao vê-la nua. Eu era acostumada a ver muitas mulheres nuas, a minha profissão exigia isso. Mas nunca tinha despertado interesse em nenhuma.
Eu estava febril apenas em olhá-la. Ela sorriu... Docemente. Aproximou-se de mim. Tocou-me. Estremeci com o seu toque. Baixou a alça do meu sutiã e sua boca acompanhou. Distribuiu beijos em meu colo, exibiu o meu seio, roçou os lábios em meu mamilo e abocanhou. Gemi alto, e estremeci. O meu corpo foi para trás, me apoiei totalmente na janela. Sua boca era maravilhosa. Fazia-me tremer e gemer. Fechei os olhos e me entreguei à sensação do molhado e quentura de sua boca. Meus mamilos estavam rígidos. O meu sutiã foi retirado do meu corpo. As mãos de Dulce apalpavam o meu bumbum, me puxando mais para ela, sem parar de devorar meus seios. Um por um.
Senti a sua boca deslizar pelo meu corpo, beijou cada pedacinho da minha pele até chegar em meu umbigo, deslizou a língua pelo mesmo. Suspirei alto, e arqueei levemente os meus quadris. Fiquei agitada, a expectativa me deixado com um frio intenso na barriga... Abrir os meus olhos e a olhei... Ela tinha um olhar malicioso, bem imoral. Suas mãos alcançaram as minhas coxas. Acariciou as partes internas, afastando as minhas pernas.
Cheirou a minha calcinha. Fechou os olhos e a expressão de prazer transformou o seu rosto. Fiquei loucamente molhada. Mais ainda. O meu corpo estava em erupção. Nem eu mesma estava me reconhecendo. Estava dominada pela mulher á minha frente.
Ela voltou a cheirar o meu sexo.
“Você é tão cheirosa...”. Ela dizia com a voz rouca. “Cheiro de mulher que quer tre/par...”.
Abri a boca pra responder, mas a retirada súbita da minha calcinha me fez calar. Candy lambeu a minha virilha, recolhendo o liquido que tinha escorrido pelos lábios e me melado. Gemi alto. Tive uma leve convulsionada. Minhas mãos se firmaram nas paredes. Ela afundou a língua em meu sexo que se contraiu em resposta. Gememos. Sentir a sua língua quente serpenteando em todo o meu sexo como se eu fosse uma fruta, estava me tirando do sério.
Alguém lá em baixo poderia estar passando e por qualquer motivo olhar para cima. Veria o meu bumbum sendo amassado no vidro da janela, e uma cabeça entre as minhas pernas.
Esse pensamento me deixava mais excitada ainda.
Nunca fui exibicionista, mas estava começando a ser... A minha racionalidade estava jogada ao relento desde que entrei nesse quarto. Candy lambeu o meu clitóris, ele inchou e latejou, me fazendo arfar. Ela continuou dando carinho ao mesmo, sua língua passeava preguiçosamente em movimento “B” em meu clitóris. Isso era uma tortura comparada a intensidade do meu prazer.
“Oh Candy... Candy... Vou go/zar... Oh Candy...”. Gemi convulsionando e sendo arrastada para um prazer intenso.
Ela fechou a boca em meu sexo e chupou com pressão. Foi o suficiente para me fazer desmanchar em sua boca. Go/zei como nunca tinha go/zado em minha vida. O suor escorria pelo meu corpo trêmulo, se não fosse à janela, provavelmente, eu cairia.
“Dulce”. A escutei falar depois de ter bebido toda minha néctar.
“Ahn?”. Perguntei ainda desorientada.
“O meu nome é Dulce...”. Ela disse ao ficar em pé. Segurou a minha mão e me puxou para cama.
Eu sempre quis conhecer a sensação quando as pessoas exclamavam “a cama pegou fogo”. Achava muito folclórica essa frase. Achava. Passado. Nesse exato momento, sabia muito bem o que isso significava. E queria muito... Muito que a cama sempre “pegasse fogo”.
Nunca tinha tocado em uma mulher como toquei em Dulce... A conotação totalmente diferente. Senti prazer em tocá-la, em sentir os seus seios fartos em minhas mãos, instigando a vontade de massageá-los, e brincar com os mamilos com as pontas dos dedos. Fiquei estarrecida com os gemidos e com o que eu causava em seu corpo.
Dá prazer a Dulce, estava me causando prazer também. Sentia-me lisonjeada por fazer uma mulher como ela se entregar desta forma á mim. Não resistir... Tive que tocar com a minha boca também e o fiz. Ela segurou em meus cabelos e choramingou, esfregando os seus seios fartos em meu rosto. Beijei cada pedacinho da sua pele e desci... Distribuir mordidinhas em sua barriga até chegar ao seu sexo.
Ela estava aberta, vermelha e extremamente molhada. Fiquei olhando para o seu sexo, o seu cheiro era doce... Olhei para Dulce... Ela estava com a face avermelhada e os olhos semicerrados, sua boca estava entreaberta. Ela estava pronta para me sentir. Passei a língua timidamente no meio do seu sexo, recebendo uma boa quantidade de mel. Ela gemeu alto e arqueou os quadris. Tive isso como uma permissão. Comecei a chupá-la. Era diferente, era muito gostoso. Não tinha o gosto grosseiro que o homem tem. Chupei com prazer, e muita vontade, minhas mãos estavam em seus seios. Apertava-os, sem deixar de chupar o seu sexo. Brinquei com o clitóris com a ponta da língua, e recebi uma rebolada em resposta.
Continuei a brincar com o seu clitóris, viciada em seu sabor. Mas... Ela me puxou pelos braços, e me virou, ficando em cima de mim. Olhou-me nos olhos por uns segundos e me beijou apaixonadamente. O meu fôlego sumiu, mas não parei de beijá-la. Nossos corpos se enroscaram, e nos encaixamos. Sexo contra sexo. Ela se movimentou em meu sexo. Pirei. Cravei as unhas em suas costas e recebi uma mordida no lábio inferior. Gememos. Me movimentei também, aumentando o atrito e também o prazer.
Dulce afundou o rosto em meu pescoço e o beijou... Apertei mais ela ao meu corpo. Espremendo os seus seios maravilhosos nos meus. Os gemidos eram constantes, uma sinfonia para os ouvidos. Nunca imaginei em minha vida que fazer sexo com uma mulher seria tão enlouquecedor, tão prazeroso. Ela rebolou em cima de mim.
E eu explodi intensamente ao revirar os olhos, e gritar:
“Duuuuulce!!!”.
Ela go/zou depois de mim... Delicioso sentir o seu mel escorrendo para a minha bo/ceta...
Fui despertada pelo barulho de um carrinho passando no corredor. Fiquei uns segundos desorientada, depois tudo veio á minha mente como uma avalanche: Garota de programa. Sexo enlouquecedor. Traição.
Droga! A culpa recaiu sobre mim. A minha consciência ficou pesada. Agir por impulso. Deixei que a mágoa e a raiva pelo Alfonso me guiassem para um caminho totalmente errôneo. Fiz besteira. Uma enorme besteira que poderia custar o meu casamento.
Onde que eu estava com a cabeça? Irei corroer isto pelo resto da minha vida. Como irei olhar para o marido depois de tudo que fiz neste quarto? O pânico me atingiu. Em vinte anos de casamento, nunca tinha feito nada de errado... Eu não sabia lidar com mentiras.
O quarto estava escuro, a escuridão da janela denunciava que a noite tinha caído. Precisava ir embora. O braço de Dulce estava em minha barriga, possessivamente. O seu rosto estava angelical. Ela era muito bonita, e sabia muito bem o que fazer e como fazer. Por isto que sempre tinha uma clientela assídua.
É uma garota de programa. Só uma garota de programa. Repeti á mim mesma para não deixar que sentimentos românticos se instalassem nesse momento. Para afastar a minha vontade de beijá-la, e me aconchegar em seu corpo para dormir. Isso não poderia acontecer.
Sou casada. Apaixonada pelo meu marido. E ela é uma simples garota de programa. Tirei o seu braço de cima de mim e procurei a minha roupa, e meus sapatos. Os encontrei espalhados pelo quarto. Vesti-me rapidamente. Um clique de abajur despertou a minha atenção. Dulce tinha se acordado e estava sentada na cama sem esconder a sua nudez.
Forcei muito para não descer o olhar para os seus seios. Um silêncio constrangedor nos atingiu. Bem. Eu estava constrangida. Dulce apenas me observava. Terminei de me arrumar e puxei um cheque do talão que estava devidamente preenchido. Guardei o talão na bolsa e fui até ela.
“Acho que isto é o suficiente”. Informei ao colocar o cheque em cima da cama.
Ela nem olhou para o cheque, seus olhos continuaram fixos em mim. Estavam indecifráveis.
“Eu não quero o seu dinheiro”.
“Não seja boba. Claro que quer. É o pagamento pelo seu serviço”. Retruquei. Tentando manter tudo profissional demais. Estava séria para dá mais ênfase.
Dulce também ficou séria. Vi uma leve mágoa passar pelos seus olhos.
“Acha mesmo que isso foi trabalho?”. Ela riu sem humor. “Você sabe que não foi. Eu também sei que não. Foi algo á mais. Não foi apenas sexo”.
“Não! Foi apenas sexo. Contratei você para ter prazer, e tive. Você fez o seu serviço e está recebendo por isto. Não torne tudo muito dramático”. Eu disse.
Ela se levantou. Ficou de frente á mim. Todo o seu corpo desnudo á minha frente. O meu corpo reagiu, porém, não fiz nada.
“O drama já está acontecendo, Anahí”. Dulce estava convicta. “E você vai perceber isso quando me procurar novamente”.
“Isso não vai mais acontecer”. Afirmei.
Passei por ela em direção à porta. Não podia continuar mais nenhum minuto nesse quarto com ela, porque se eu ficasse, iria trair as minhas próprias palavras. Sair do quarto. Praticamente corri para o térreo. Recebi o vento frio em meu rosto. Caminhei até o meu carro, tive a impressão de sentir o olhar de Dulce em mim. Arrisquei olhar para cima e lá estava ela... Olhando-me da janela. Sensação estranha.
Entrei no meu carro e rumei para minha casa. A minha mente repassando os meus momentos com a Dulce. Que droga é esta? Foi apenas sexo pago. Por que o sentimentalismo? E a melancolia por ter que voltar para casa?
Parei o meu carro na garagem. O carro do Alfonso estava estacionado. Droga. Tinha esquecido completamente do nosso jantar. Olhei-me no retrovisor, a culpa estava em meus olhos. Passei as mãos em meu cabelo. O meu rosto ainda estava maquiado, com exceção do batom. A maquiagem escondia a marca dos dedos em minha bochecha.
Ele não precisava saber. Ele não iria saber. Foi apenas uma vez. Obriguei-me a me acalmar e fui para dentro de casa. Encontrei o Alfonso sentado com um copo de uísque na mão. Ele me olhou, parecia irritado.
“Você imagina o imenso trabalho que tive para fazer um jantar romântico e delicioso? O quanto abrir mão dos meus compromissos para estar presente para você nesta noite?”. Seu tom de voz era alto. “E você nem se deu o trabalho de chegar em casa no horário exato”. Gritou me assustando. “Nem ao menos a mer/da do seu celular estava ligado!”.
O meu sangue gelou. Engoli a seco. Soltei a minha bolsa em cima do sofá.
“Desculpe-me. Eu tive uma cesariana de urgência. Foi muito complicado, a cirurgia teve muitas intercorrências quase que perdi a mãe”. Menti. O que eu poderia dizer? Que estava transando com uma mulher? Outra coisa, eu não estava com clima para jantar com Alfonso. Não estava com clima para nada. O meu corpo estava exausto. “Estou muito cansada e com dor de cabeça. Irei tomar um banho, um analgésico e me deitar”.
Alfonso deu um gole em sua bebida, levantou-se e avançou em cima de mim antes mesmo que eu pudesse correr. Segurou firme o meu braço, me causou dor.
“Você vai subir, tomar um banho, se vesti para mim e vai descer com um sorriso no rosto. Iremos jantar, tomar um bom vinho e depois faremos amor. Como planejei”. O seu hálito estava alcoólico. O aperto em meu braço mais firme. Ele não estava pra brincadeira. “Você entendeu?”.
“Sim”. Murmurei.
“Ótimo”. Ele sorriu, e me deu um beijo esmagador nos lábios.
Peguei a minha bolsa, e subir para o quarto. As lágrimas queimando em meus olhos. Ultimamente, Alfonso estava muito violento. Preferia não contrariá-lo. Tirei a minha roupa, e entrei debaixo do chuveiro. O choro foi acompanhando as gotas do chuveiro.
Eu o amo por isto que estou com ele mesmo com o seu comportamento indesejável na maioria das vezes. Eu o amo e temos um filho. Somos uma família feliz. Repeti para mim mesma.
Não sei quanto tempo fiquei embaixo do chuveiro, só me dei conta que era tempo demais quando a minha pele começou a ficar enrugada. Desliguei o chuveiro e puxei a toalha. Enxuguei-me e me olhei no espelho. O meu reflexo era triste, os meus olhos estavam tão apagados que por um breve momento, não me reconheci.
No automático, fiz o que o Alfonso me pediu: Vesti-me para ele. Maquiei-me e perfumei-me. Fiz um coque em meus cabelos recém-lavados. Respirei fundo antes de descer para a sala de estar. Congelei um sorriso em meu rosto, e fui para o seu encontro.
Alfonso estava de costas para mim. Dava para ver que ainda segurava um copo de bebida na mão. Quando escutou os meus passos, se virou e deu um sorriso. Como se nada tivesse acontecido anteriormente. Os seus olhos estavam embriagados, e pela forma que andava, era bem nítido a sua embriaguez.
“Muito linda”. Ele murmurou e veio ao meu encontro.
Encolhi-me inconscientemente achando que seria agredida, mas pelo contrário, me puxou para os seus braços e me deu um beijo sufocante. Controlei a repulsa, o gosto do álcool estava mais acentuado em sua boca e isso me deixava bem nauseada. Fechei os olhos e me deixei ser beijada... Peguei-me comparado o beijo do meu marido com o de Dulce. Descobri que nenhum beijo era tão gostoso quanto o dela, até mesmo do Alfonso que sempre considerei bom.
Que loucura!
Senti o liquido gelado em minhas costas, era a bebida que o Alfonso estava derramando em mim. Afastei-me dele, e dei um sorriso de leve. Nada espontâneo.
“Vamos jantar?”. Pedi.
“Vamos”. Alfonso respondeu aparentemente muito feliz.
Era bom saber que alguém estava feliz dentro daquela casa. Formos para a sala de jantar, tenho que admitir que a mesa estava muito bonita, á luz de velas e também as rosas.
Alfonso puxou a cadeira para mim. Sentei-me.
“Vinho?”. Ele me perguntou.
Pensei em dizer não. Mas algo dentro dos seus olhos me advertiu que não era uma boa ideia.
“Sim. Obrigada”.
Alfonso me serviu com uma taça de vinho branco. Dei um gole, sentindo o líquido lavar a minha garganta. Em seguida, o meu marido interpretou o homem perfeito e cavalheiro. Serviu o jantar que mesmo sem nenhum apetite, comi. Estava bom, estaria melhor se meu cérebro registrasse os sabores.
Minha cabeça estava doendo muito, e a todo custo, tentava esconder e demonstrar interesse na conversa do meu marido. Ele me contava sobre um dos seus congressos. Parecia nostálgico com alguma lembrança que não compartilhou. O meu sexto sentido alarmou-se, provavelmente se tratava de alguma mulher.
Olhando bem para o meu marido, percebi que ele seria o homem perfeito nos olhos de todas as mulheres com um pouco de juízo. Por um longo tempo, também achei isso. Depois do jantar, foi à hora da sobremesa.
“Sua sobremesa favorita”. Ele me disse com um enorme sorriso, colocando na minha frente uma taça com mousse de brigadeiro.
“Oh...”. Mordi o meu lábio inferior, e dei um sorriso amarelo. Até porque, aquela não era a minha sobremesa favorita. Bolo de noiva que era. “Obrigada querido. Deve está magnífico”. Não quis estragar o momento de paz e corrigi-lo. Comi mesmo assim.
No meu pensamento, eu queria apenas que aquilo acabasse de uma vez. Divaguei enquanto comia, lembrei-me das horas em que compartilhei com a Dulce. Soltei um longo suspiro contra a minha vontade, o Alfonso me olhou malicioso. Provavelmente, interpretando de uma forma errada o meu ato.
Ele se levantou, e me puxou pela mão. Levantei-me, e senti novamente os seus lábios nos meus. Grosseiros, quase agressivos.
“Vamos para o quarto, meu bem...”. Ele disse ao me olhar dos pés á cabeça.
Arrepiei-me com aquele olhar. O tendo tão próximo, e sentindo o seu cheiro, parecia o mesmo homem que eu tinha me apaixonado anos atrás. E por que não seria? De repente, percebi a bobeira que estava fazendo com o meu casamento... Alfonso era meu marido, me casei para o todo sempre, não podia ficar me ressentindo desta forma e nem dando espaços para um momento com uma garota de programa. Não era o certo. Eu e Alfonso iríamos nos encaixar novamente, só estávamos passando por uma fase bem conturbada.
Sorrir para o Alfonso, o primeiro sorriso sincero da noite, e segurei a sua mão. Afastei qualquer pensamento controverso, e formos para o quarto. Talvez, quando eu fosse possuída por ele, todos esses pequenos demônios que assopravam em meus ouvidos fossem embora.
Entramos no quarto aos beijos, como há muito tempo não acontecia. Algo dentro de mim começou a vibrar. Agarrei-me no Alfonso como se a minha vida dependesse disso, e tentei não pensar mais em nada. Ele mordeu meu lábio inferior e apalpou as minhas nádegas, me puxando contra a sua ereção. Segurei-me firmemente em seus braços musculosos e tentei puxar a sua camisa, mas parecia que o meu marido tinha outra ideia.
“Tem uma coisinha para nós. Você vai adorar”. Ele disse depois de interromper o beijo ofegante.
“O que?”. Perguntei com curiosidade.
Alfonso correu em direção ao criado-mudo. Fiquei o olhando, e como uma maldição, minha mente voltou a escorregar para Dulce. Mas que mer/da estava acontecendo comigo? Senti-me suja. Tinha transado a tarde toda com a Dulce, e agora estava quase me entregando para o Alfonso. Na falta de lógica, parecia uma traição com a Dulce. Apertei os meus olhos, eu deveria está bêbada.
“Aqui está”. Alfonso mostrou um cigarro de maconha.
Franzi o cenho.
“Não acho que seja uma boa ideia”.
“Não seja boba. É uma excelente ideia”. Alfonso me ignorou e sentou-se na cama. Acendeu o cigarro e deu um forte trago, soltou a fumaça pela boca e riu. “Essa é da boa”.
Alfonso + maconha= Problema. Ele sempre tinha disfunção erétil quando fumava maconha, e depois que não conseguia sua ereção, colocava a culpa em mim. Como se eu não o quisesse, ou não fizesse algo para animá-lo.
“Onde você conseguiu isso?”. Perguntei ao me aproximar.
Ele me olhou e riu de mim, como se a minha perguntasse fosse muito idiota.
“Sou professor de universidade, isso é coisa mais fácil de arranjar”. Ele me respondeu e ofereceu o cigarro. Declinei com a cabeça. “Você está ficando muito careta, Anahí. Não podemos deixar que a nossa alma deixe de ser jovial”.
Crise de meia idade. Isso resumia a isso. A palavra “jovial” me fez recordar mais uma vez de Dulce... Jovem, bonita, exalando sensualidade. Será por isso que os homens se encantam por ela? Por causa de sua juventude? Será que foi por isso que a observo todas as tardes do meu consultório?
Dulce era plena vida no auge. E muitos queriam isso. Envelhecer era trágico demais.
Alfonso continuou com o seu cigarro, cada vez mais chapado e sua ereção cada vez mais diminuindo até se torna nula. Quando terminou o cigarro, me puxou para os seus braços e me beijou loucamente. Cai por cima dele, e ele se virou, ficando por cima de mim, sem deixar nenhum momento de me beijar. Sufocou-me com o seu beijo de repente tão possessivo, suas mãos arrancaram a minha roupa e quando menos percebi, estávamos nus. Ele mordeu meu pescoço com força, gemi de dor. Ele não prestou atenção nesse detalhe, esfregou seu membro mole em mim, e tentou inutilmente fazer endurecer.
Sabíamos que não ia subir. E como de esperado, ele se revoltou comigo.
“A culpa é sua”. Ele gritou ainda em cima de mim. “Se não tivesse chegado atrasada e estragado tudo que fiz pra você, eu não estaria desse jeito”.
O empurrei de cima de mim, e ia me levantando da cama. “Não coloque a culpa em mim quando o único responsável é você. Eu disse que fumar não era uma boa ideia, e mesmo assim, você o fez”.
Ele me puxou de volta para cama com agressividade, tentei me levantar, mas ele forçou o antebraço entre meu pescoço e meu colo, não pude me erguer.
“Não coloque a culpa em mim, ouviu bem?”. Ele gritou descontrolado com o dedo apontado em meu rosto.
“Solte-me, seu animal”. Gritei e tentei empurrá-lo.
Os olhos de Alfonso ficaram loucos. Ele segurou em meu pescoço e apertou com força. Um pânico invadiu o meu corpo quando o ar faltou em meus pulmões, abri a minha boca e tentei respirar, mas não tive sucesso. Tentei retirar as suas mãos de mim, e me debati. Uma frieza percorreu o meu corpo, e meus olhos lacrimejaram. Cada vez mais o sufocamento me deixando enlouquecida. Arranhei os seus braços, contorci o meu corpo, mas o Alfonso não moveu nenhum músculo. Os seus olhos estavam presos nos meus... Frios e impessoais.
Eu iria morrer. Minhas forças foram se acabando, minha cabeça latejou com muita força, minha garganta estava completamente fechada e seus dedos machucavam os músculos do meu pescoço. Era o fim pra mim.
Mas, como da mesma forma o estrangulamento começou, acabou... Ele tirou as mãos do meu pescoço, e eu tossi desesperada por ar. Os meus pulmões reclamaram e respirei pela boca diversas vezes, buscando controlar a minha respiração.
“Não seja dramática”. Alfonso resmungou para mim, e deitou-se no seu lado da cama.
Um minuto depois, estava dormindo. Acariciei o meu pescoço, sentindo as lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto. Não tive forças pra me levantar, me encolhi na cama e puxei o lençol para cima de mim.
Fechei os olhos, mas em nenhum momento parei de chorar, com a angústia presente em meu peito...
E o único conforto que existiu dentro de mim, foi me lembrar dos olhos de Dulce.
Dulce... O que estaria fazendo essa hora?
Josy. Você ainda não viu nada do que o Alfonso vai fazer. Ele é realmente desprezível e vai dá todos os motivos para ser odiado. Dulce... É, não deixa de ser um suspeita.
Larysse. No desenvolver da estória, acho que ficará mais claro algumas coisas! E vai dá pra ter uma noção de quem realmente foi. Continuando...
Cristine. Não ficarei longe, pink promess! Hahaha. Já comecei bem? Opa! Espero que eu continue bem! Hahaha. E que vocês, não me odeiem no final.
Luh_perronita. Sou suspeita pra falar, mas acho que promete sim, viu! Hahaha. É... Uma hipótese, o Alfonso pelo jeito é muito mulherengo. Tenho dó da Anahí.
Johnny. Ah, meu Deus, eu fico toda lisonjeada e também bobinha quando falam bem das minhas fics! Eu sempre escrevo pensando em vocês, meus leitores. E também escrevo com paixão, transmito o que sinto, deve ser por isso consigo prender as pessoas nas minhas estórias. Enfim, a cota está alta para Dulce, vamos ver o que vai acontecer no decorrer da estória. Alfonso é um lixinho.
Autor(a): ThamyPortinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 248
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slj Postado em 10/12/2021 - 20:45:59
Como vc consegue?? Surpreende a cada capítulo. Simplesmente amando essa fic.
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anahigio1405_ Postado em 16/10/2019 - 20:14:50
Melhor fic portinon 👏 ja é a quinta vez que leio de tão foda que é ,faz outra fic portinon mais com o mesmo estilo
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Emily Fernandes Postado em 06/11/2017 - 09:11:15
Só vim aqui pra ver a Anie com sangue nos olhos. Ahahahahahah. Minha vilã mais perfeita. Nem a BRATIU superou kkkkk. Adoro. Bjs fui.
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Nix Postado em 23/08/2017 - 22:43:20
eita que meu coração não aguentou chorando horres
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flavianaperroni Postado em 15/02/2017 - 20:51:51
Que isso?? que web mais viciantemente perfeita,bem escrita,eu simplesmente achei incrível,ela envolve o leitor de um jeito inexplicável. Parabéns,eu amei de verdade a historia,mesmo que elas tenham morrido no final,sim eu odiei a Anahi nos capitulos finais,mas fazer o que,faz parte da vida oehueheo Mas enfim,adorei,você escreve muito bem!!!
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any_reis Postado em 16/11/2016 - 14:33:24
GZUIS, QUANTO TEMPO EU FIQUEI FORA??? apesar delas terem morrido eu gostei, tu sempre deixou claro o tema da estória. Eu... Eu simplesmente adorei, garota tu escreve mto bem, deveria se dedicar à isso, e se virar uma escritora me fala pois irei ler todas as suas estórias, mais enfim eu me apaixonei pela fanfic, só surtei um pouco quando vi "ÚLTIMO CAPÍTULO" kkkkkkkkk , mais de todavia aguardo a sua próxima fic gatinha ^^
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Julia Klaus Postado em 14/11/2016 - 23:22:01
Eu sabia elas se matariam. Eram muitos podres da Anahi ser perdoado. Dulce não conseguiria viver, pq caso ela fosse embora, Anahi a perseguiria até o fim. Doente do jeito q é. Não vou dizer q esperava q Dul fosse se matar. Gostei da forma q Christian morreu kkk. Christian e Ariel pensaram q teriam Any e Dul respectivamente hehehee. Muita coisa pra Dul processar e perdoar. Nunca seria a mesma coisa. Muita coisa ruim no meio... O q doeu mais foi a mentira e os jogos. Anahi nunca ia mudar, eram palavras da boca pra fora... Enfim amei a história do início ao fim. Estava off por conta dos estudos :)
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luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:10:05
MERECEMOS OUTRO FIC MONA ESSA JÁ É A SEGUNDA QUE TU MATA ELAS, TU NÃO TEM CORAÇÃO MESMO. VOU PROCESSAR VOCÊ E VOU DIVULGAR QUE VOU PROCESSAR VOCÊ.! pq sou maldosa :v
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luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:05:53
Acaboooou :OO Final bem triste sim pq chorei uns rios mais um dia eu supero isso. a historia foi muito intensa e cheia de segredos adorei tudinho
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mariposa Postado em 11/11/2016 - 16:20:35
TE ODEIO MALDITA! TU ME FEZ CHORAR! Como conversamos, eu sabia que essa web se encaminhava para a tragédia apesar de não querer, Anahi merecia pagar por tudo o que ela plantou, mas Dulce foi uma vítima desde que veio ao mundo, não achei justa a morte dela, na vida se junta os caquinhos e se sobrevive, ela foi covarde, foi eterno enquanto durou, mas foi tão fugaz, não sei o que dizer apesar de ter muita coisa em mente. Apesar de achar que tu poderia ter desenvolvido um pouco mais e que poderia ser um pouco diferente, te parabenizo por que tu é uma excelente escritora, vou esperar pela próxima, mas se tiver morte, obrigada, não vou ler, e dessa vez é sério, você só deixou escapar Faz de Conta, meu coração não aguenta. Beijos, te amo.