Fanfics Brasil - Prévia. — Mentre ci sono ragioni. Secret. — Portiñón.

Fanfic: Secret. — Portiñón. | Tema: Portiñón, AyD. Anahí e Dulce.


Capítulo: Prévia. — Mentre ci sono ragioni.

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Um tempo antes...


 


Á maioria das pessoas nascem para serem medíocres. Medíocres com suas vidinhas ultrapassadas e limitadas.


 


Eu não era assim. Acredito que existem pouquíssimas pessoas no mundo que se igualassem á mim. O meu estilo de vida era completamente diferenciado.


 


O que eu sou?


 


Uma mentirosa compulsiva sem pudores. Á vida era muito curta para ficar se limitando com as regras. Considero-me abonada pela minha sede... Sede de sangue. Alguns seres humanos merecem á morte e eu, os oferecia. O meu método era um tanto doloroso, se for lembrar da pequena Julieta, da querida Angelique e até mesmo do Esdras.


 


Gosto de ouvir os gritos. De ver o medo aterrorizante nos olhos das minhas vítimas, era tão... Delicioso. Uma espécie de êxtase tomava conta do meu corpo quando o brilho da morte imergia dos olhos. 


 


Uma serial killer? Depende do modo de vista. Apesar de não matar com continuidade, sempre mato quando me convém. Geralmente, preciso apenas de um pequeno motivo para fazer acontecer. Minha tolerância não era muita. Porém, era esperta. Nesse mundo, apenas os espertos que se sobressaem.


 


Eu sou como uma leoa... Superior, inatingível e destemida.


 


O meu papel de boa mulher se encerrou ao enfiar uma bala no meio da testa do Alfonso. E sinto-me muito bem com isso, obrigada. Não aguentava mais ser boa, requentada e do lar. O mundo iria conhecer a nova Anahí. Á morte do Alfonso me libertou. E aí, de quem cruzasse o meu caminho ou ousasse me enfrentar.


 


Mas antes, algumas fases do jogo precisavam ser completadas. O jogo não podia parar...


 


Nesse pensamento que adentrei em meu carro e fui em direção da escola do Thor. Precisava conversar com o meu filho antes que o céu desmoronasse em minha cabeça.


 


O meu celular vibrou ao notificar um SMS:


 


Você não tem muito tempo. Apresse-se.


 


O trânsito estava bem ameno. Mas, cheguei á tempo ao colégio do meu filho. Estacionei o meu carro de qualquer jeito, e adentrei no recinto. Fui recebida pelo diretor que mudou a expressão para um pesar profundo quando me viu.


 


“Sra. Herrera. Sinto muito pela morte do seu marido, estamos consternados”. Sua voz era baixa, educada.


 


“O Thor sabe...?”. Perguntei um tanto alarmada.


 


“Não. Claro que não. Assim que soubemos da notícia, proibimos os funcionários de falar qualquer coisa sobre. Ele está na sala de aula, completamente alheio a situação”. O diretor informou, tranquilamente.


 


“Ótimo”. Respirei fundo. “Gostaria de falar com o meu filho em um lugar reservado, se não for incomodo”.


 


“Oh, não. A senhora pode conversar com ele em minha sala”. Abriu á porta e ofereceu a minha entrada. Entrei, e me acomodei numa cadeira. “Irei chama-lo. Um minuto”. E se retirou.


 


Não demorou muito para que o Thor surgisse. Sua expressão estava desconfiada, mas depois que me viu, abriu um sorriso lindo.


 


“Mamãe”. Correu para os meus braços. O abracei apertadamente e com muito carinho. “O que você está fazendo aqui? Venho me buscar mais cedo?”. Os seus olhos brilharam em expectativa.


 


Eu rir de sua empolgação. Ajeitei o seu cabelo que estava todo alvoroçado. Depois, puxei uma cadeira para que ele se sentasse.


 


“Precisamos conversar, meu querido”. Falei com a voz suave.


 


“Aconteceu alguma coisa?”. Thor perguntou com o cenho franzido. “Você está bem? E o papai?”.


 


“Meu amor...”. Segurei em suas mãos e olhei diretamente em seus olhos. “Você sabe que eu sempre te amei muito não, é?”. Ele balançou a cabeça em positivo. “E que a minha prioridade é fazê-lo muito feliz?”.


 


“Sim, mamãe”. Ele fez uma careta. “Eu estou confuso. Por que está me dizendo isso?”.


 


“Escuta bem á mamãe. Nos próximos dias, você vai escutar algumas coisas ruins de mim”. Continuei suavemente. “Mas eu só quero pedi uma coisa, meu filho... Não me odeie mesmo diante de tudo que vier acontecer. Não se esqueça de que o meu amor por ti é verdadeiro e que você é o meu anjinho”.


 


“Você está me assustando”. A confusão no rosto do Thor aumentou mais ainda.


 


“Não, meu pequeno. Não é para se assustar, eu só preciso ter a certeza de que não terei o seu ódio”. Apertei as mãos dele.


 


“Nunca vou odiar você. É a minha mamãe e eu te amo muito”. Thor disse com convicção.


 


Respirei aliviada e o puxei novamente para um abraço. Não era de o meu feitio ser muito carinhosa com o meu filho. Mas, eu precisava disso. Era como um combustível á mais para minha força. Afastei-me e dei um beijo em sua bochecha, depois sorrir.


 


“Não se esqueça de que eu te amo e que voltarei para buscá-lo... Você pode voltar para a sua aula agora”. Mandei com um sorriso nos lábios.


 


Ele assentiu e saiu da sala. O meu coração meio que fraquejou ao vê-lo sair. Abrir mão do Thor não estava em meus planos, mas seria questão de tempo para que nos reencontrássemos novamente.


 


O meu celular retornou a vibrar. Outro SMS:


 


Pronta?


 


Minha resposta foi rápida:


 


Sim. Que o show comece.


 


Depois de uns minutos, levantei-me e desamassei a minha blusa. Passei as mãos em meus cabelos e ainda retoquei a minha maquiagem... Uma rainha não poderia sair como uma plebeia. Antes que eu pudesse me retirar, o diretor entrou na sala com o semblante pesado, parecia aflito.


 


“Sra. Herrera... Tem alguns policiais na frente da escola e estão perguntando pela senhora”. Informou com hesitação. Ele parecia em pânico por estar no mesmo ambiente que eu. Ele já sabia. Os policiais devem ter informado.


 


Olhei em meu relógio de pulso. Eles até que foram rápidos.


 


“Obrigada. Ah... Suponho que á mais tarde, a minha sogra mandará alguém para buscar o Thor. Aprecio se a discrição for o ponto maior dessa escola e principalmente do senhor, se não...”. Os meus olhos foram do estilete em cima da escrivaninha para ele que empalideceu.


 


“N-não se preocupe”. Gaguejou nervoso. “O Thor não saberá de nada. Não por mim e muito menos dos meus funcionários”.


 


Sorrir com satisfação. Esse medo era tão estimulante. Peguei a minha bolsa e passei pelo diretor que se espremeu contra a parede como se eu fosse morder. Ergui á cabeça e caminhei com elegância até a saída da escola.


Parecia que todas as viaturas de Nova York estavam no pátio da escola. Olhei em volta, não tinha como escapar. E eu não queria mesmo.


 


“Anahí Herrera, solte á bolsa e coloque as mãos na cabeça”. Surpreendente era a voz do Mark, o seu tom estava rouco como se tivesse dificuldade em pronunciar o meu nome.


 


Ressenti-me por soltar a minha bolsa. Era uma Prada! Mas mesmo assim, o fiz. Doeu muito ver a minha bolsa ir para o chão. Em um movimento rápido, Mark avançou em minha direção, puxou os meus braços para trás e algemou.


 


“Você está presa pela morte de Júnior Ruffo, Julieta Bilder, Tommy Rios, Angelique Boyer, Alfonso Herrera...”. Senti a voz de o Mark estremecer nesse momento, como se pronunciar isso lhe causasse dor. “E Dulce Maria Saviñón. Você tem o direito de ficar calada. Tudo o que disser poderá ser usada contra você no tribunal. Você também tem direito a um defensor público na falta de um advogado...”. E a ladainha continuou, enquanto, me arrastava para a viatura.


 


O Mark me empurrou para a porta traseira da viatura sem nenhuma consideração. Atrapalhe-me com os meus saltos e escorrei para dentro como uma jaca caída, ainda recebi um leve chute em minhas pernas para que eu me ajeitasse. Revirei os olhos e conseguir manter o meu equilíbrio.


 


Um policial sentou ao meu lado. Na frente, o Mark dirigia. Ele não me disse absolutamente nada, mas os seus olhos estavam furiosos. Não me importei com isso. O caminho foi curto. Não demorou muito para que chegássemos à delegacia. O inferno dos repórteres estavam lá, me aguardando... É claro que estavam.


 


Foi uma luta vencer a barreira imposta por eles. Muitas perguntas soltas. Não respondi absolutamente nada. Mark segurava em meu braço e me puxava em direção da delegacia, os seus dedos afundavam em minha carne, causando-me dor. Empurrou-me delegacia á dentro, levou-me para sala de interrogação e me jogou novamente na cadeira com violência. Mas desta vez, mantive o meu equilíbrio e não cai.


 


Sentei-me tranquilamente. As algemas eram um problema, meus braços estavam cansados de estarem para trás e os meus pulsos ardiam como se tivessem sido cortados.


 


Mark fez menção de sair da sala, mas voltou com tudo, arrastou a minha cadeira para trás até que o impacto da mesma na parede me machucasse. Gemi de dor, agora tinha certeza que os meus pulsos tinham sido cortados. Ele me olhou com ódio cru. Não me abalei com o seu olhar, continuei com a minha calmaria.


 


“Que mer/da de ser humano é você?”. Sua voz era baixa, mas a fúria vibrava nela. Nossos olhos se encarando. “Como pode matar todas essas pessoas? Como pode matar o seu próprio marido?”. Abri a boca para responder, mas, ele continuou a falar. “Não adianta vir com o papinho de que não foi você. Temos todas as provas: Fotos, vídeos e até mesmo as armas dos crimes. Você está em maus lençóis, Anahí”.


 


Não me surpreendi com essa notícia. Eu sabia que ela iria se encarregar para que me afundasse, porém, isso não me abalou. O plano estava seguindo como o planejado. Nos encaramos por um tempo, a respiração do Mark batendo em meu rosto. Apesar de todo aquele ódio refletindo em seu rosto, o seu corpo ainda reagia a mim.


 


Homens... Fracos demais. O meu sorriso se destacou. Mark franziu o cenho de curiosidade.


 


“Por que está sorrindo? No seu lugar, eu apagaria esse maldito sorriso. Você não sabe o que está por vim”. Mark murmurou com a voz rouca.


 


“Porque estou me lembrando da sensação deliciosa que senti ao enfiar uma bala na testa do seu irmão”. Respondi alegremente sem esconder o meu sorriso.


 


Foi aí que aconteceu. O rosto de Mark ficou avermelhado. Ele estava lívido, as suas mãos prenderam violentamente o meu pescoço e apertou como força. Abri a boca e debati-me na cadeira, tentando me livrar de suas mãos. A sensação começou a me atingir em cheio... Náusea intensa, os meus pulmões brigavam por ar, o desespero no peito. Os meus olhos encheram-se de lágrimas involuntárias. O meu peito estava queimando violentamente. Por um segundo, achei que iria me matar, mas... Foi contido por dois policiais.


 


Abri a boca e puxei o ar com desespero. Os meus pulmões demoraram um pouco a entender que poderiam respirar com tranquilidade, mesmo assim, ainda estava ofegante e respirando como uma cachorrinha.


 


“Você apodrecerá na cadeia, Anahí!”. Mark gritava sendo arrastado para fora da sala. Apenas sorrir. “Eu juro pela minha vida, você vai pagar pelo o que fez ao meu irmão!”.


 


E ele curtiu a promessa. Em partes.


 


No mesmo dia, fui transferida para a penitenciária federal de segurança máxima. Não tinha direito á visitas, muito menos a banho de sol. Fiquei numa sela afastada, como se fosse uma solitária. Não via ninguém, excerto os agentes penitenciários e o meu advogado. O mesmo chegou ao terceiro dia, achei que ficaria a mingua.


 


“Sinto muito informa-la, Sra. Herrera, mas tudo está contra a senhora. Não posso fazer muito com todas essas provas que estão sendo apresentadas. São fotos e até mesmo vídeos. Como defesa, poderíamos alegar deficiência mental... Esquizofrenia”. Bruno Viena dizia com o seu terno engomadinho, sentado em minha frente com os olhos compenetrados.


 


Eu rir. “Você acha mesmo que vão acreditar que tenho esquizofrenia? Pelo amor de Jesus Cristo, não!”. A minha testa suava, devido ao calor. Essa penitenciária parecia um inferno de tão quente. O macacão alaranjando não era dos meus preferidos.


 


“Por favor, Sra. Herrera... A senhora precisa cooperar se não, será condenada. Estou buscando uma maneira de mantê-la livre. Nem posso cogitar em legitima defesa, já que os vídeos mostram claramente que elas não mostraram nenhuma resistência”.


 


“Difícil mostrar resistência quando são atacadas de surpresa”. Brinquei com um sorriso.


 


Bruno ficou muito vermelho.


 


“Não fale isso no tribunal. Está com um passo de ser condenada, com esse tipo de comentário, seria o seu fim. Por favor, deixe-me alegar incapacidade mental”. Ele voltou a insistir.


 


“Não!”. Disse decidida. “Não serei transferida para um manicômio. Isso aqui é um paraíso perto de um”.


 


“Minha contratante ficará muito furiosa em saber disso”. Bruno garantiu, de repente, suando demais. “Alegando a incapacidade, mesmo indo para um manicômio ou até mesmo a ala para deficientes mentais seria uma boa opção para senhora”. Balancei a cabeça em negativo. “Sra. Herrera serei sincero como advogado e minha experiência, não tem nenhuma chance da senhora ser absorvida... O que estamos tentando aqui é evitar que a sua sentença seja a pena de morte”. Ele disse com voz cansada.


 


Levantei-me, alertando os agentes que estavam espalhados na sala. Santo Cristo! Eu estava algemada das mãos aos pés. O que iria fazer? Pensando bem... Daria para fazer muitas coisas.


 


“Não aceito essa condição”. Coloquei as mãos em cima da mesa e me inclinei um pouco. “Não serei taxada como louca e se eu for condenada á morte... O problema não será meu. Ela que terá que resolve esse abacaxi. Tenha uma excelente tarde, doutor Viena”. Virei-me para me retirar da sala.


 


O ruim de está presa é não saber o que acontecia com o mundo lá fora. A falta de liberdade e também a comida péssima. Felizmente, recebi alguns livros para passar o meu tempo. Eu também tinha saldo na lojinha da penitenciária. Mas como eu estava proibida de sair da minha sela, ficava se acumulando.


 


Sinceramente, não sabia por que estava me mantendo nessa sela particular. Soube através do Luís – agente que sempre contrabandeava algumas coisas para as selas, bastava ter o dinheiro necessário ou até mesmo algo para oferecer – que essa sela era uma espécie de hotel cinco estrela dentro da penitenciária. Ninguém queria ficar no amontanhado sem privacidade que era as selas conjuntas. Assim informou ele. 


 


Os dias se passaram arrastados... A minha única preocupação era o Thor. Eu não sabia como estava o meu filho diante de tudo. Eu sei que a imprensa está caindo sobre mim. Não precisava ser nenhuma gênia para saber disso. Eu só torcia do fundo do meu coração que o meu filho não estivesse me odiando nesse momento.


 


Quando se está presa, você perde completamente a noção do tempo. Por isso, fiquei muito surpresa em saber que o meu julgamento seria na manhã seguinte. Rápido demais se for comparar o sistema penitenciário. Tomei um banho rápido, na minha sela tinha um chuveiro improvisado e me arrumei como se devia...


 


Para o julgamento, permitiam usar uma roupa descente. Usei a mesma que fui presa. Até porque, ninguém trouxe nada novo para mim. Prendi os meus cabelos em um rabo de cavalo e estava pronta. O tribunal estava um inferno. Todos querendo falar comigo, a imprensa como abutres. Fui escoltada até a sala de julgamento. Mantive a minha expressão tranquila, mesmo com a juíza, os jurados e o publico que fizeram questão de ir assistir... Lá estava, a família do Alfonso na primeira fila. Os meus sogros... Ou melhor, dizendo, ex-sogros me olhavam com ódio e acusação. Mark com a mesma expressão, a diferença é que seu rosto estava abatido. Ao lado deles, estavam á Maite com o semblante vitorioso. Presenteei á Maite com um sorriso gélido que fez a mesma perder a expressão anteriormente. Não se cantava vitória antes do tempo...


A mãe do Júnior também estava e parecia não acreditar na situação. Até a minha secretária estava presente, Ângela... Mas ao contrário dos outros, parecia muito abalada por me ver como acusada. Christian também estava presente. Acenei disfarçadamente para ele com a cabeça que retribuiu. Boa parte dos materiais que a justiça tinha contra mim foi disponibilizada por ele. Assim como eu, ele estava bem tranquilo.


 


O julgamento estava sendo uma chatice. A acusação me detonava e o Bruno tentava inutilmente me defender. Eu não tinha autorizado à hipótese de incapacidade mental, por tanto, se tornava muito mais difícil para ele. Senti um flash em meu rosto, me fazendo piscar... A imprensa tinha sido liberada.


 


Era a vez das testemunhas. Chamaram o Christian que garantiu que me seguiu e fez às filmagens e fotos, quando questionando o porquê de não ter prestado queixa antes, o mesmo mentiu, dizendo que estava sendo ameaçado por mim. Depois foi a vez da Ângela informando que no dia do assassinato, a Dulce tinha entrado em meu consultório muito irritada e discutimos. E que depois, eu tinha saído e não voltado mais. Apenas isso.


 


O ponto máximo do julgamento foi quando chamaram uma testemunha chave... Todos ficaram surpresos quando a mulher adentrou. Vestia-se com esmero. Uma blusa branca colada com uma saia justíssima na altura dos joelhos e saltos pretos, da mesma cor da saia. Usava um, sobretudo preto. Os cabelos avermelhados estavam presos em um coque sofisticado. Os olhos estavam esfumaçados, revelando a beleza dos âmbares e a boca com nude.


 


Eu simplesmente não conseguia tirar os meus olhos dela, tamanho que foi o meu fascínio. Dianne Saviñón, a irmã gêmea idêntica de Dulce. Uma irmã que a Dulce odiava com todas as forças. 


 


“Jura dizer á verdade, somente á verdade?”. Perguntou o policial.


 


“Juro”. O sotaque italiano forte me causou um arrepio gostoso. Todo o meu corpo reagiu á sua voz.


 


As perguntas se iniciaram.  Dianne disse que passou muitos anos sem contato com á Dulce, pois, as duas moravam em países diferentes, porém, no último mês veio à Nova York para passeio e reencontrou com a sua irmã. Disse também que sempre via a Dulce com muitos hematomas, e que numa vez, a mesma contou que tinha sido agredida por mim e que as ameaças de morte eram sempre constantes. Ou seja, contado só um lado da moeda, mas eu não me importei... Só conseguia olhar para os seus lábios que se movimentavam deliciosamente em cada palavra dita. Ás vezes, ela gesticulava ou piscava os cílios alongados por rímel.


 


“Srta. Saviñón. Você poderia me contar qual era o relacionamento de Dulce com a Anahí?”. O promotor perguntou com a voz tranquila.


 


“Eram amantes”. Respondeu um pouco desconfiada, olhando para todos, menos para mim. O publico ficaram espantados.


 


“Você está me dizendo que além de ter um caso amoroso com Alfonso Herrera, á sua irmã também tinha um caso com a Anahí Portilla?”. O promotor continuou.


 


“Sí, é vero”. Dianne confirmou.


 


Outro borbulho se formou na sala, desta vez foi mais difícil de contornar. As acusações aumentaram. Até escutei um “lésbica safada”. Como se isso fosse ofensa de alguma coisa.


 


Bruno protestou, mas foi negado. E o promotor deu as perguntas como encerradas. O meu advogado não tinha nenhuma pergunta para fazer á Dianne. Ela se retirou do banco de réu, e sentou-se na plateia.


 


Chamaram-me para depor. Sentei-me, fiz o juramento idiota com a mão na bíblia e fui atacada pela promotoria de defesa. Era divertido responder as mesmas perguntas de sempre.


 


“Perdão, Srta. Portilla”. O promotor de acusação me chamou. Não usava meu sobrenome de casada. Ao menos, eles não me chamavam. “O que é tão divertido para senhorita?”.


 


“Nada demais, apenas á perda de tempo com essa mer/da toda. Isso aqui é um circo e vocês todos são os palhaços.”. Respondi, dando de ombros.


 


O promotor ficou vermelho. O meu advogado tossiu e a juíza ficou furiosa. O borbulho estava formado, todos falando ao mesmo tempo. Até que a juíza bateu seu martelinho, pedindo ordem.


 


“Srta. Portilla, na próxima vez que desrespeitar o juizado irei acrescentar desacato à autoridade na sua acusação. Por favor, mantenha-se o decoro”. A juíza me ralou.


 


Revirei os meus olhos, mas não perdi a minha tranquilidade, nem quando as imagens das mortes que causaram espanto nas pessoas me abalaram. Os vídeos foram mostrados, mirei o meu rosto no vídeo, minha expressão estava marcada de prazer, enquanto, eu matava.


 


Muitas pessoas ficaram enojadas com as cenas. Os jurados estavam chocados com a minha friezano ato.


 


“Eu só tenho uma pergunta á mais: O porquê, Srta. Portilla? O porquê de matar tantas pessoas inocentes?”.


 


Olhei do Bruno que balançava a cabeça em negativo para mim, era um sinal para que eu não respondesse. Depois olhei para Dianne que me olhava fixamente. Os seus olhos estavam ilegíveis.


 


“Inocentes?”. Dei uma risadinha com humor. “Não eram inocentes. O Júnior era um traste, um desperdício para a sociedade. Um filhinho de papai idiota que achava que o mundo deveria girar em torno dos seus pés. Infelizmente, não pude mata-lo mais vezes”. As pessoas abriram á boca em surpresa e descrença com as minhas palavras. “Julieta era uma vad/ia que visava apenas o dinheiro até aí, nenhum problema. Só que ela se meteu em meu caminho, ninguém se mete em meu caminho e sai ileso...”. Olhei para Maite que ficou pálida, depois por Mark que estava vermelho de raiva. “... Angelique mexeu com o que era meu! Ninguém toca o que é meu, e ela tocou em minha Dulce. Ela era apenas minha, ninguém tinha o direito de fazê-lo. Mataria inúmeras pessoas se fosse preciso para garantir isso, á pena é que não fui mais cruel com ela. Eu deveria ter cortado as mãos também... Ah, pequenos detalhes, talvez, numa próxima”. Dei um sorriso sarcástico. O promotor e o meu advogado pareciam que iriam ter um infarto. “Tommy, o nome do drogadinho era esse? Foi apenas um cale-te boca, vocês deveriam me agradecer por livrá-los daquele mala sem alça”. Dei de ombros. “Alfonso... Esse can/alha deveria ter morrido á muito tempo”. A família do Alfonso se mexeu, me olharam com ódio. “Anos de casamento. E o que recebi? Apenas traições e também espancamento, o covarde me batia sempre que bem entendesse...”. Fui interrompida pelo Mark.


 


“Mentira! Você está mentindo! Ele nunca fez isso”. Mark gritou em pé, furioso. E o barulho tomou conta.


 


“ORDEM!”. A juíza bateu forte no martelinho. “Sr. Herrera se voltar a atrapalhar a audiência, serei obrigada a mandar retirá-lo. Isso serve para qualquer um aqui presente!”.


 


O silêncio reinou. E eu pude voltar a falar. “Como eu estava dizendo, Alfonso era um covarde, mentiroso e traidor. Já estava de sa/co cheio da sua existência, porém, o estopim da bomba foi saber que estava se envolvendo com a minha Dulce. Esse foi o seu maior erro”. Falei com ódio. “Como disse anteriormente. Ela era minha. Apenas minha. Ninguém nessa terra tinha o direito de tocá-la ao não ser eu. Só que ela não entendeu isso, se não podia ser apenas minha, não seria mais ninguém. Prefiro morta do que viva e se entregando para outra qualquer. O lado bom de tudo é que, Alfonso está queimando no inferno e Dulce presa na eternidade esperando o dia em que vou encontra-la”. Voltei a falar calmamente.


 


Podia sentir a revolta crescente em cada pessoa presente. Até mesmo a juíza que mesmo se mostrando passível, tinha um brilho nos olhos de perplexidade.


 


“Você se arrepende de algum crime?”. O promotor perguntou, me olhando.


 


“Não. Se pudesse, mataria novamente, só que com mais crueldade”. Falei com meio sorriso nos lábios.


 


O falatório começou. Algumas pessoas gritaram me chamando de assassina. Um elogio. A juíza pediu ordem novamente, e depois de um discurso de como eu era uma pessoa fria e muito perigosa para sociedade e de que eu deveria me manter presa e longe das pessoas de bens, vindo do promotor, ele voltou a se sentar.


 


Foi á vez do Bruno que tentou comover os jurados sobre a história do espancamento que isso gerou uma revolta dentro de mim. Tentou vender o peixe de que eu incapacitada mentalmente, até que o interrompi.


 


“Quero informar que minhas faculdades mentais continuam plenas e intactas. Não sofro nenhum tipo de incapacidade como o meu querido advogado quer insinuar! Matei por que eu quis. Matei por prazer e matarei quando bem entender”. Abrir um sorriso maravilhoso. “Cada um tem um hobby, e esse é o meu”.


 


Foi o fim. Terminei de cavar a minha cova com esse pronunciamento. O alvoroço foi completo, perante as minhas confissões, não se tinha mais o que fazer. A juíza deu um intervalo de uma hora para os jurados chegarem á um veredicto.  


                       


Fui retirada da sala para uma saleta, a mesma de espera. Claro que sendo acompanhada por um policial que ficou um pouco afastado para me dá privacidade com o meu advogado que estava inconsolável. Ele sabia qual seria a minha condenação.


 


Até que...


 


“Mas que po/rra é essa que você fez, Anahí?”. A voz veio atrás de mim. Virei-me com um sorriso deliciado nos meus lábios.


 


Lá estava ela... Com as bochechas coradas de raiva, os olhos enfurecidos e respiração acelerada. Alguns fios dos seus cabelos tinham caído e emoldurava o seu rosto. Estava mais linda do que nunca, o meu coração disparou em alegria, enquanto, o seu perfume me trazia doces lembranças.


 


“Olá para você também, Dulce...”.


 


**


 




 


Estou dando uma carreirinha nos tramites de prisão, julgamento, e tudo mais. Porque não será como a primeira temporada que á fanfic vai começar de fato no final. Então, os capítulos ficaram de “prévias” até a estória for para o “tempo atual” de fato.


 


Nessa temporada além de ter POV de Anahí. Também teremos POV de Dulce.


 


Ah... SURPRISE: Dulce está viva.


 




 


Josy. Não matou não. A Dulce está muito bem viva e passa bem, obrigada.


 


Gabriela. Fecha á boca! Hahaha. Saiu da minha vontade de surpreender vocês. As perguntas nessa temporada serão respondidas. Não fique preocupada com isso. Diante mão, digo que foi um plano de Dulce e Anahí, porém, a Anahí está complicando um pouco e saindo do contexto. E vai ter sim! Hahaha. Aguenta firme.


 


Julia. São 8, né? Ela esqueceu mesmo. Relapso da autora. Hahaha. Você estava certa na suposição. Não era á Dulce, e sim a Dianne que foi assassinada. É confuso, eu sei, mas nos próximos capítulos as coisas serem reveladas. Onw, obrigada. *-* Dulce é inteligente, não faria nada desse tipo, se existe uma coisa que ela preza é a fidelidade e lealdade, ao contrário de Anahí...


 


Mariposa. Primeiro NÃO ESTOU GANHANDO NUDES. Já fazem anos luz que não recebo absolutamente nada. Vamos mudar isso, ne? AHAUAH. Você já atacou demais no wpp, pela graça de Cristo. Mas fique calminha, olha a sua Dulce aí... Toda pomposa. E Anahí, como você diz, é uma raiva trevosa. HAUAHAUA.


 


Luh. Não me expõe não. Venha me arrasar não que eu te arraso também. HAUAHAUA. Pode parar com essa greve aí, porque o portiñón continua mais vivo do que nunca! Se brincar, mais vivo do que eu e você juntas.


 



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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 248



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  • slj Postado em 10/12/2021 - 20:45:59

    Como vc consegue?? Surpreende a cada capítulo. Simplesmente amando essa fic.

  • anahigio1405_ Postado em 16/10/2019 - 20:14:50

    Melhor fic portinon 👏 ja é a quinta vez que leio de tão foda que é ,faz outra fic portinon mais com o mesmo estilo

  • Emily Fernandes Postado em 06/11/2017 - 09:11:15

    Só vim aqui pra ver a Anie com sangue nos olhos. Ahahahahahah. Minha vilã mais perfeita. Nem a BRATIU superou kkkkk. Adoro. Bjs fui.

  • Nix Postado em 23/08/2017 - 22:43:20

    eita que meu coração não aguentou chorando horres

  • flavianaperroni Postado em 15/02/2017 - 20:51:51

    Que isso?? que web mais viciantemente perfeita,bem escrita,eu simplesmente achei incrível,ela envolve o leitor de um jeito inexplicável. Parabéns,eu amei de verdade a historia,mesmo que elas tenham morrido no final,sim eu odiei a Anahi nos capitulos finais,mas fazer o que,faz parte da vida oehueheo Mas enfim,adorei,você escreve muito bem!!!

  • any_reis Postado em 16/11/2016 - 14:33:24

    GZUIS, QUANTO TEMPO EU FIQUEI FORA??? apesar delas terem morrido eu gostei, tu sempre deixou claro o tema da estória. Eu... Eu simplesmente adorei, garota tu escreve mto bem, deveria se dedicar à isso, e se virar uma escritora me fala pois irei ler todas as suas estórias, mais enfim eu me apaixonei pela fanfic, só surtei um pouco quando vi "ÚLTIMO CAPÍTULO" kkkkkkkkk , mais de todavia aguardo a sua próxima fic gatinha ^^

  • Julia Klaus Postado em 14/11/2016 - 23:22:01

    Eu sabia elas se matariam. Eram muitos podres da Anahi ser perdoado. Dulce não conseguiria viver, pq caso ela fosse embora, Anahi a perseguiria até o fim. Doente do jeito q é. Não vou dizer q esperava q Dul fosse se matar. Gostei da forma q Christian morreu kkk. Christian e Ariel pensaram q teriam Any e Dul respectivamente hehehee. Muita coisa pra Dul processar e perdoar. Nunca seria a mesma coisa. Muita coisa ruim no meio... O q doeu mais foi a mentira e os jogos. Anahi nunca ia mudar, eram palavras da boca pra fora... Enfim amei a história do início ao fim. Estava off por conta dos estudos :)

  • luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:10:05

    MERECEMOS OUTRO FIC MONA ESSA JÁ É A SEGUNDA QUE TU MATA ELAS, TU NÃO TEM CORAÇÃO MESMO. VOU PROCESSAR VOCÊ E VOU DIVULGAR QUE VOU PROCESSAR VOCÊ.! pq sou maldosa :v

  • luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:05:53

    Acaboooou :OO Final bem triste sim pq chorei uns rios mais um dia eu supero isso. a historia foi muito intensa e cheia de segredos adorei tudinho

  • mariposa Postado em 11/11/2016 - 16:20:35

    TE ODEIO MALDITA! TU ME FEZ CHORAR! Como conversamos, eu sabia que essa web se encaminhava para a tragédia apesar de não querer, Anahi merecia pagar por tudo o que ela plantou, mas Dulce foi uma vítima desde que veio ao mundo, não achei justa a morte dela, na vida se junta os caquinhos e se sobrevive, ela foi covarde, foi eterno enquanto durou, mas foi tão fugaz, não sei o que dizer apesar de ter muita coisa em mente. Apesar de achar que tu poderia ter desenvolvido um pouco mais e que poderia ser um pouco diferente, te parabenizo por que tu é uma excelente escritora, vou esperar pela próxima, mas se tiver morte, obrigada, não vou ler, e dessa vez é sério, você só deixou escapar Faz de Conta, meu coração não aguenta. Beijos, te amo.


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