Fanfics Brasil - Mentre ci sono ragioni. — Oito. Secret. — Portiñón.

Fanfic: Secret. — Portiñón. | Tema: Portiñón, AyD. Anahí e Dulce.


Capítulo: Mentre ci sono ragioni. — Oito.

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POV DULCE


 


O menino era um desastre no arco e flecha ou estava desinteressado mesmo. Eu estava impaciente. Não entendia... Sua postura estava certa, o arco sempre posicionado no alvo, porém, a flecha sempre iria à posição contrária. Só poderia ser falta de atenção!


 


Olhei em volta, pedindo um pouco de paciência aos céus depois que expliquei pela nona vez ao Thor. Não era tão difícil assim. A primeira vez que tentei, acertei. Talvez, fosse a minha gana em saber manusear algo tão fatal. Ao contrário das pessoas que sempre achava ser apenas um esporte, na minha mente iria bem além... Muito além, principalmente quando caçava as pessoas.


 


Vi Anahí e Graziela se divertindo. Ainda não compreendia o sentimento que Anahí nutria por essa menina. Certo. Ela era amável, mas estamos falando de Anahí. A dama de gelo. Era curiosamente estranho. A menina saiu em disparada ao encontro de um emprego, e o Christian surgiu do nada. Trinquei os dentes ao vê-lo tão perto de Anahí. Os dois não estavam fazendo nada demais, apenas conversando, mas existia uma intimidade entre eles que me incomodava bastante.


 


Deixava-me enciumada. Minha vontade era de prender a Anahí numa bolha em que ninguém pudesse se aproximar ou se comunicar com ela. A queria apenas para mim, exclusivamente para mim. Essa intimidade que a mesma compartilha com o Christian tinha que acabar. E vai acabar.


 


O único problema era que eu não podia fazer nada diretamente contra o Christian, sabia muito bem que a Anahí ficaria louca se eu fizesse isso e iria atacar a Ariel. Bem, isso seria uma enorme confusão e eu não queria que a terceira guerra mundial estourasse em minhas costas.


 


Pensei um pouco, enquanto, os olhavam. Queria muito saber o que eles estavam falando. Tentei a leitura labial, mas estava uma distância considerável para conseguir isso. Oh, inferno! Agitei-me por um breve instante até que os meus olhos pousaram no Thor.


 


“Escuta”. Chamei atenção dele. “Você quer ganhar mil euros?”.


 


Thor arregalou os olhos. “Mil euros? Poxa. Isso é muito dinheiro”. Considerou por um momento. “Quero”.


 


“Garoto esperto”. Elogiei com um sorriso, passei a mão na cabeça dela. “Mas você precisa fazer uma coisa para mim e terá que ser segredo”.


 


“Segredo”. Voltou a pensar, me olhando. “Por mim, tudo bem. Qual é o lance?”.


 


“Está vendo o Christian conversando com a sua mãe?”. Apontei com a cabeça. Ele se virou, olhou e consentiu. “Ótimo. Dou-lhe os mil euros se você o acertar com a flecha”.


 


Thor me olhou, espantando.


 


“Mas isso vai mata-lo!”.


 


“São mil euros, lindo. Uma morte por esse montão de dinheiro até que vale a pena e sem contar que é uma brincadeira. Se ele morrer é por puro azar mesmo”. Dei de ombros. “Então, meu algodão doce. O que vai ser?”.


 


“Isso parece tão errado”. Respondeu pensativo. “A mamãe vai ficar muito brava comigo”.


 


“Que nada! Ela não ficará brava se a gente fingir que foi um acidente”. Olhei em seus olhos. “Pense bem: Mil euros para você gastar como bem entender. Não é todo garoto de oito anos que tem essa sorte. Vamos! Qual é! Cadê o seu espírito esportivo?”. Estimulei com um sorriso.


 


Via nos olhos do Thor a tentação, mesmo ele se mostrando cauteloso. Mordeu o lábio inferior e olhou em direção de Anahí e depois para mim.


 


“Se mamãe questionar iremos dizer que foi acidente?”.


 


“Pode ter certeza que sim”. Garanti sem pestanejar.  “Irei te defender até o fim. Vai fazer isso?”.


 


“Uhum”. Respondeu, segurando uma flecha.


 


“Só vale uma tentativa”. Eu disse. “E lembre-se: esse será o nosso segredinho”. Falei quase saltitante de alegria.


 


Thor deu um sorriso presunçoso. Depois se concentrou no alvo, posicionou a flecha no arco...


 


“Cuidado para não acertar a sua mãe, o objetivo não é esse”. Avisei.


 


Uma adrenalina tomou conta de mim com um misto de medo. Se o Thor errasse e acertasse a Anahí, eu não sabia o que iria fazer. Mais era um jogo, e como aprendi com a própria Anahí, as apostas sempre eram altas. O Thor amava demais a sua mãe para machuca-la, mas isso não me impedia de temer. E ele soltou a flecha, o tempo parecia que tinha parado... Tudo aconteceu muito rápido. Minha respiração ficou suspensa quando vi a Anahí caindo ao mesmo tempo do Christian, o meu coração estava acelerado demais, escutei um gemido de angustia do Thor. Então, a Anahí se levantou e começou a gritar por ajuda. Soltei a minha respiração e o meu coração foi se controlando. Minhas pupilas dilataram de excitação quando vi a flecha atravessada o abdômen do Christian.


 


“Você merece mais do que mil euros!”. Disse para o Thor que parecia muito aliviado ao ver que não acertou a mãe.


 


Os empregados correram em direção do Christian para socorrê-lo. Anahí gritava para serem agíeis. Graziela ficou assustada e começou a chorar, sendo acalmada por Ariel. Thor soltou o arco, e eu fui em direção de Anahí com a esperança de que o desgra/çado tivesse morrido. Mas, infelizmente, estava vivo e a flecha estava bem lateralizada, tinha sido quase de raspão.


 


Ele estava sangrando muito. Ainda se mantinha desacordado. Um fraco! Nem foi homem suficiente para suportar uma flecha se quer.


 


Infelizmente, ele iria sobreviver. Anahí me lançou um olhar furioso.


 


“Depois conversaremos sobre isso”. Ela me avisou, sumindo das minhas vistas.


 


Christian foi levado para o hospital, e Anahí barrou a minha ida. Retruquei, mas na realidade, eu não me importava nem um pouco com a saúde dele. Até porque olhando direitinho, não parecia ser muito grave. O Thor deveria ter acertado era na cabeça dele! Mas, já tinha sido um bom começo. Paguei o dinheiro do Thor e o orientei a não deixar nas vistas de Anahí, a mesma era esperta e podia desconfiar se visse o dinheiro.


 


Ele ficou muito impressionado ao ter muitas cédulas em suas mãos. Os seus olhos pareciam que iria saltar de tão arregalados que estavam.


 


“Escute, seja forte. Tudo bem? Não permita que a sua mãe o intimide”. Disse ao Thor que estava sentado na sala de cinema. Ele assentiu. Estava passando The Walking Dead. “Escuta. Você tem idade para assistir isso?”.


 


“Já atingir uma pessoa com uma flecha. Acho que tenho idade o suficiente”. Gracejou.


 


Não me aguentei e rir. Dei um soco bem leve e de brincadeira no ombro dele.


 


“Você está se tornando muito malandrinho”. Falei rindo, olhei no meu relógio de pulso, já fazia algumas horas que Anahí estava no hospital e não dava nenhuma notícia. Batido as botas, o Christian não tinha. A demora estava me deixando impaciente.  “Precisamos inventar uma desculpa, Anahí é esperta e temos que ser precavidos”.


 


“O que é precavido?”. Thor me perguntou com a expressão confusa.


 


“É a mesma coisa de ter cuidado. Entende?”. Expliquei simplificando. Ele balançou a cabeça em positivo. “A estoirinha vai ser o seguinte...”.


 


Inventei uma mentira e repeti diversas vezes para fixar na cabeça do Thor. Depois o fiz repetir e ele o fez. Era um menino esperto, isso era bem nítido. Fiquei com o Thor assistindo a série de zumbi, por um tempo até que fiquei entretida com o seriado até que Zanetti entrasse na sala com a expressão contrariada.


                                                                                


“Desculpe-me interrompê-la. Mas Graziela não está querendo fazer os deveres de casa, está irredutível”. Zanetti explicou contra a vontade. “Eu sei que a senhorita não gosta de se envolver nos assuntos dela, mas... Não sei o que fazer”.


 


“Eu vou falar com ela. Onde está?”. Perguntei ao me levantar.


 


“Na biblioteca”.


 


Balancei a cabeça em positivo. Depois de uma olhada na televisão, fui atrás da pequena rebelde. Eu não sabia o tratamento da minha irmã direcionado á essa menina, mas era bem claro que Graziela era muito carente. Era impossível não sentir pena, parecia mais uma renegada do qualquer outra coisa.


 


Encontrei-a sentadinha na mesa com os olhos fixos no livro aberto em sua frente. As bordas dos seus olhos estavam avermelhadas e os seus cílios molhados, as suas bochechas também estava mais avermelhadas que o natural, como se tivesse chorado anteriormente. Uma onda de compaixão invadiu o meu coração, principalmente quando a mesma me olhou... Tinha os olhos carentes de afeto, tão dolorosos para uma criança de três anos.


 


Não sei o que era. Mas os seus olhos grandes azulados continuava me trazendo uma sensação estranha de familiaridade. O que era muito estranho, já que Graziela não se parecia com ninguém da minha família.


 


“Soube que você não quer fazer os deveres, posso saber o por quê?”. Perguntei, puxei uma cadeira e sentei-me.


 


Ela abaixou os olhos para o livro, depois voltou a me olhar.


 


“Eu...”. Graziela começou, mas parou. Nervosamente, esfregou as suas mãozinhas, os seus olhos encheram-se de lágrimas. “Você promete que não vai me bater nem me colocar ajoelhada no milho?”.


 


“Ajoelhada no milho?”. Perguntei abismada.


 


Graziela olhou significativamente para um canto em que tinha alguns milhos. Abri a boca de surpresa. Era revoltante! Voltei a olhar para ela que estava tremula em sua cadeira. Meu Deus era apenas uma criança e recebia um castigo severo deste? Maldita seja a Dianne, que queime muito no inferno.


 


“Não, meu bem. Não farei nenhum dos dois”. Garanti, acariciei o seu rosto. “Nunca mais farei isso com você, tudo bem?”. Ela balançou a cabeça em positivo, piscando as lágrimas. “Agora me diga, porque não está fazendo os deveres?”.


 


“Porque eu não sei e Sra. Zanetti se negou a me ensinar”. Graziela choramingou.


 


Parecia que a tolerância para com Graziela era nula. Conhecia muito bem Zanetti para saber que os seus métodos eram rigorosos. Mas não me agradava que fosse severa com a Graziela.


 


“Então, eu vou ensiná-la”.


 


Graziela me olhou com uma felicidade tão genuína que foi impossível não sorrir. Quando dei por mim, estava beijando a testa dela e murmurando palavras carinhosas. Ela é um amor e isso não poderia ser negado. Depois do pequeno momento, a ensinei. Eram coisas bem simplórias, mas para a cabecinha da Graziela deveria ser o fim do mundo.


 


Fiquei impressionada com a sua inteligência, só expliquei apenas uma vez e ela estava fazendo as próximas questões sem me perguntar mais nada. Levantei-me e dei uma olhada nos livros que continuavam os mesmos da época dos meus pais. Tinha alguns livros novos, mas pelo seu estado perfeito era o indicio de que nunca foram lidos. Dianne não era fã de leitura, preferia assistir os filmes adaptados. Uma tola! Um filme nunca captava a essência exata do livro.


 


Puxei um livro que era o favorito da minha mãe: Pride and Prejudice. Apesar do tempo, estava bem cuidado. Passei a mão pela capa, recordando-me que ela passava muito tempo envolvida na leitura desse livro, não se cansava de ler, era até doentio. Tenho certeza que o tinha decorado.


 


Abri o livro e algo caiu no chão. Era um envelope estava amarelado por conta do tempo, coloquei o livro na instante, me abaixei e o peguei. Movida por curiosidade, o abri. Parecia ser uma carta de amor. Sentei-me novamente na cadeira e comecei a ler.


 


A dor de não ter os seus lábios...


Eu não aguento mais viver assim, Luna. Você sabe o quanto é difícil para mim vê-la e fingir que não sinto nada? Ter que sorrir perante o seu marido e sua família perfeita quando o meu coração está despedaçado por não tê-la? Porque tem que ser assim quando os nossos corações sangram e choram para ficarem juntos?


Sim, eu sei que você me ama da mesma forma que a amo, não permita que o preconceito e a ambição destruam o que construímos.


Meu amor... Eu sei que nesse exato momento, as coisas são complicadas, mas por hora, ter o meu amor não basta?


Fizemos tantos planos quando éramos adolescentes, o destino atrapalhou um bocado a nossa história de amor, mas hoje, sou uma mulher feita, formada e com dinheiro, não tanto como o seu marido, mas o suficiente para nos manter. Eu tenho fé na minha inteligência e na minha profissão, o dinheiro não será nenhum problema quando eu me estabelecer.


Eu tenho tantos planos, mas preciso de ti ao meu lado para concluí-los. Eu não me importo em criar as suas filhas, você sabe que eu tenho adoração pela Dulce. Lembra-me tanto você quando éramos pequenas e brincávamos nas videiras do meu pai, completamente inocentes e tão dependentes da presença uma da outra. Naquela época não sabíamos, éramos genuínas demais para isso, mas hoje, sabemos que nascemos para ficarmos juntas.


Somos almas gêmeas.


Por isso, te peço, te imploro, em nome desse amor, em nome da minha alma que grita por ti, não destrua esse sentimento tão puro. Dê-me uma chance de prova-la o quanto ainda podemos ser felizes. Porque se você disser que sim, no minuto seguinte, peço o divórcio para ficar contigo. Eu não tenho medo de lutar contra o mundo para ter você... O meu maior medo é viver no mundo sem você.


Por favor...


Pra sempre sua, A.


Gelei por completo. O meu coração parecia que iria sair da boca de tanto que bateu aceleradamente. Reli a carta ainda sem acreditar em cada palavra lida. A minha mãe era lésbica? Ou melhor, dizendo bissexual? Estou abismada! Ou a melhor palavra seria perturbada? Quem era essa A? E como essa mulher me conhecia?


 


Tentei puxar na minha memória a minha infância, mas não me recordava de nenhuma amiga de minha mãe cujo nome se iniciava com A. Minha cabeça estava embaralhada. Pelo conteúdo da carta mostrava o quanto essa mulher era apaixonada por minha mãe. Será que ela ainda existia?


 


Eu estava diante de um enigma.


 


Quem diria que Luna Saviñón, uma mulher tão homofóbica por debaixo dos panos tinha um caso lésbico. Minha curiosidade foi acordada, eu tinha que descobrir quem era essa A!


 


“Terminei”. Graziela anunciou me despertando dos pensamentos.


 


“Oh sim, deixei-me ver”. Peguei o seu livro e dei uma lida nas respostas. Sorrir. “Muito bem, querida. Você é muito inteligente, está tudo certinho”.


 


Graziela sorriu. “Eu posso ir assistir televisão?”.


 


“Com toda certeza que sim”.


 


Graziela se levantou, me deu um abraço de lado e correu para fora da biblioteca. Ainda fiquei remoendo um pouco aquela carta até que me dei conta do horário. Era quase noite e Anahí ainda não tinha me informado nada. Puxei meu celular do bolso e mandei uma mensagem para ela no WhatSapp.


 


Que horas vai voltar para casa?


 


Aguardei. A infeliz visualizou e não me respondeu, isso me deixou muito put/a da vida! Odeio quando Anahí ficava online e ignorava a minha mensagem.


 


FALEI COM VOCÊ.


 


NÃO VAI RESPONDER?


 


???


 


CARA/LHO!


 


POR/RA!


 


DESGR/AÇADA


SE


TU


NÃO


ME


RESPONDER


VOU



E


TE


TRAGO


PRA


CASA


PELO


CABELO


 


Novamente foi visualizado e não respondida. Ver a setinha em azul e não me obter resposta, deixava os meus nervos enlouquecidos.


 


VA/DIA


 


VAI TOMAR NO C/U


 


EU


VOU


AI


 


POR/RA!


 


Guardei a carta no envelope e me levantei. Eu iria buscar a Anahí e não me importaria em cumprir a minha promessa. Seria arrastada pelos cabelos e aí de quem tentasse me impedi. O meu celular vibrou, era uma resposta da maldita.


 


Irei passar á noite com o Christian. Boa noite!


 


Soltei uma risada abafada. Mas não iria mesmo! Fui para o meu quarto, deixei a carta em cima da cama, depois iria investigar isso. Tomei um banho rápido, e me vesti confortavelmente. Nenhuma roupa fraca que possibilitasse ser rasgada, porque eu iria pronta pra brigar!


 


Rumei para sala e pedi para Zanetti informar o motorista que iria sair. Em cinco minutos, o carro estava pronto a minha espera quando iria saindo, esbarrei com a minha prima.


 


“Vai sair?”. Perguntou-me ao me ver com a bolsa no ombro.


 


“Sim. Vou buscar a Anahí”. Respondi com mau humor. “Ela achando que é enfermeira, só que da pessoa errada”.


 


“Ah”. O desconforto de Ariel foi bem palpável. Uma hora, ela lidaria com o meu relacionamento com Anahí. Eu já não me sentia culpada por ter feito sexo com ela. Esse tipo de coisa acontece, o importante é ter maturidade para seguir em frente. Eu estava e aparentemente, minha prima ainda não. Mas iria. “Dulce, quero falar com você sobre a Graziela”.


 


“Sim?”. Olhei-a, esperando o que iria ser dito.


 


“Primeiramente, eu sei que você não tem nenhum sentimento para com a Graziela”. Começou, franzi o cenho com o início de sua conversa. Já apertei a minha bolsa com força porque eu sabia que viria mer/da pela frente. “Até porque nem sabia da existência dela e sentimentos não pipocam do nada. Mas, peço a ti que tenha um pouco de bom senso antes de praticar as suas maldades, veja antes se Graziela está no recinto. Ela ficou muito nervosa quando viu o Christian ferido. O que foi um absurdo! Francamente, ainda usou o Thor em suas loucuras”. Reclamou com um balançado de cabeça.


 


Fiquei rígida. Eu não suportava ser questionada, muito menos criticada e nem ser recriminada. Uma pequena parte de mim sabia que Ariel estava certa. Mas, foi apenas um susto inicial, depois Graziela ficou boa! Nem comentou sobre o acidente nem nada. Essa chamada de atenção só fez aumentar mais o meu mal humor.


 


“Primeiramente, cuide da sua vida. Não se meta em minha vida e muito menos dos meus filhos”. Avisei ríspida, fiz questão de falar bem lentamente a última palavra. Eles estavam sob minha responsabilidade, por tanto, era meus. Ariel apertou os lábios. “O único assunto cabível á você sobre a minha vida é em relação aos meus imóveis... O que me lembra que você deve acelerar o quanto antes ás vendas para que eu possa ir embora com a minha família. Fora isso, só irei querer saber de sua opinião em outros assuntos quando for requisita”. Dei um passo para sair, mais voltei. “O que eu faço com Graziela e o Thor é da minha conta. Eles são os meus filhos e a única mulher que pode se intrometer é a Anahí que também é a mãe deles. Entendido?”.


 


“Entendido”. Respondeu com raiva.


 


Depois de mais uma olhada, fui para o hospital. O vento frio do ar-condicionado em meu rosto foi tornando as ideias mais claras. Fui muito rude com a Ariel. Ela só estava preocupada com a Graziela. Respirei fundo, meio que descontei a minha raiva na pessoa errada!


 


Anahí fo/dia com a minha vida até mesmo quando não estava presente. Mas mesmo assim, a preferia em meu lado, por isso que estava indo busca-la, por não suportá-la longe de mim por muito tempo. Perdi muito dias sem ela quando estava na prisão. Hoje, não posso nem cogitar a hipótese de dormir em minha cama sem ela ao lado. Era até um crime pensar nisso.


 


Informei-me na recepção que me informou o apartamento em que o Christian estava. Eu nem estava acreditando que Anahí estava gastando uma fortuna com esse cara em um hospital tão luxuoso como este. Olhei pela porta de vidro. O Christian estava acordado e Anahí sentada na poltrona. Estavam se olhando e pareciam envolvidos em um clima pesado. Bati na porta, e eles sobressaltaram.


 


O Christian me lançou um olhar raivoso que me rendeu um sorriso de lado. Babaca! Á sua hora estava próximo e nem era uma premonição, era uma certeza. Anahí se levantou, e saiu do quarto.


 


“O que você está fazendo aqui?”. Anahí me questionou. Os seus olhos estavam intimidadores, o seu corpo rígido. Cruzou os braços á baixo dos seios.


 


“Vi busca-la, óbvio”. Respondi sem me intimidar. Cara, o Thor não iria sobreviver a esse olhar mortal quando fosse interrogado por ela. Acho que teria que aumentar as cédulas para estimulá-lo a ser rígido.


 


“Não vou. Como eu disse na mensagem, passarei a noite aqui com o Christian”. Informou com a voz dura. “Pode ir embora”.


 


“Um cara/lho que você vai!”. Também a informei com a voz baixa, a irritação tomando conta de mim. “Você vai embora comigo. Vá buscar a sua bolsa”.


 


“Já disse que não vou, se quiser ficar aqui...”. Apontou para umas cadeiras no corredor, depois piscou. “Passe a noite no corredor”.


 


Isso foi o suficiente para me irritar. Antes que ela voltasse para o quarto, segurei em seu braço e a empurrei contra a parede com força. Algumas pessoas que estavam passando, nos olharam com espanto. Prendi o corpo de Anahí pelos braços. Ela estava furiosa! Os seus olhos estavam gélidos e sua respiração agitada.


 


“Por/ra! EU já disse que você vai embora comigo! Nem que para isso, eu precise arrastá-la pelos cabelos. Mas você vai!”. Minha voz soou ameaçadora. Nossos olhos se encontraram, fazia muito força para segurá-la, os meus dedos afundavam em sua carne. Isso ficaria com um hematoma. Mas, estava me dando um tesão...


 


“Quer mesmo dá um show depois da palhaçada que fez hoje de manhã?”. Anahí me perguntou, me olhando nos olhos.


 


“Não sei do que está falando, mas se levá-la para casa se resultará em um show, não me importo nem um pouco! Você não vai ficar aqui”. Disse com raiva. “Não tem nenhuma obrigação com esse cara”.


 


“Eu te disse, Dulce! Se fizesse mal ao Christian, eu também faria com a Ariel”. Falou furiosa. “Não tenho obrigação, mas irei fazê-lo porque sou amiga dele”. Tentou se soltar, mas eu a prendi mais forte. Revirou os olhos, impaciente. “Dá pra me soltar ou iremos ter que iniciar uma luta corporal?”.


 


Soltei-a, mas iria iniciar sim uma luta se ela insistisse em ficar. Anahí passou a mão nos cabelos e respirou fundo para se acalmar.


 


“Eu não fiz nada com o Christian”. Disse e Anahí soltou uma risadinha sarcástica. “Estou falando sério. Não fiz mesmo. O Thor que fez. Na realidade, foi um erro de cálculo”.


 


“Como é que é?”. Anahí me olhou com descrença.


 


“Isso que você me ouviu. Se não acredita em mim, pode ir perguntá-lo”. Dei de ombros, como se não fosse nada demais. “Ele estava pronto para acertar o alvo, mas a Graziela se atravessou na frente do alvo. Não sei como isso aconteceu, mas a menina apareceu correndo desembestada do nada, o Thor se virou e foi assim que aconteceu o acidente. Ele soltou a flecha, por descuido. Foi um acidente, mas fico aliviada porque a vida de Graziela não ficou em perigo”. Menti deslavadamente. “Imagina que triste se acontecesse alguma coisa com ela”.


 


Anahí estremeceu com o pensamento. Os seus olhos ainda estavam bem desconfiados. Passou um minuto, calada. Apenas me olhando.


 


“Você acha que eu sou burra?”. Explodiu com um grito. “Quer mesmo que eu acredite nessa mentira? Graziela não estava junto de vocês!”.


 


“Tem certeza disso?”. Perguntei com a expressão séria. “Você a viu antes do acidente?”. Pela cara que ela fez, soube que não tinha visto. “Sua cara diz por si! Como pode afirmar que Graziela não estava perto de nós quando você mesmo não viu?”.


 


“Dulce, não subestime a minha inteligência”. Olhou-me firmemente, depois gesticulou. “Supondo que isso fosse a verdade...”.


 


“Foi à verdade”. A interrompi, recebendo um olhar feio.


 


“Como eu estava dizendo... Supondo que isso fosse verdade, não acha irônico o fato de o Christian ser atingido quando o Thor é péssimo de pontaria e você não gosta dele?”.


 


“Não. Não acho nem um pouco irônico. Dando conta que você também não gosta da Ariel e ela caiu da porta do avião. Como você mesmo disse uma fatalidade”. Dei de ombros. “Eu não acreditava muito em fatalidade até hoje. Não é que elas realmente existem?”.


 


A expressão de Anahí se tornou divertida. Vi um brilho quente em seu olhar, deixando bem claro que sabia o que eu estava fazendo. Continuei tranquila, mesmo que uma parte de mim se preocupou com esse olhar. Ela fez menção de sair, mas a impedi.


 


“Aonde vai?”.


 


“Eu vou buscar a minha bolsa”. Disse e entrou no quarto.


 


Era apenas isso? Não teria mais nenhuma discussão? Isso me deixou com a pulga atrás da orelha. Olhei em direção da porta de vidro. Anahí trocou duas palavras com o Christian antes de vir embora. A expressão do Christian era de pura descrença. Ele me olhou novamente, sua raiva tinha se duplicado.


 


Coitado! Como se eu tivesse medo do seu olhar.


 


Anahí segurou em minha mão e me puxou para ir embora. Durante o caminho até o carro, a sua mão apertava firmemente a minha, com muita força á ponto de machucar. Tentei puxar a minha mão, só que ela não permitiu.


 


O motorista abriu a porta para nós. Entramos e ficamos em silêncio.


 


“Anahí...”. Comecei, mas parei assim que ela me olhou.


 


“Sim, meu bem?”. O seu rosto estava estranhamente suave, os seus olhos mais azuis, lembrando muito bem uma boneca de porcelana. Meio aterrorizante...


 


“Estamos bem?”.


 


“Claro. Melhor impossível”. Ela me respondeu com um meio sorriso. “Quando chegarmos em casa, irei conversar com o Thor, depois com Graziela. Ela deve está muito assustada com toda essa mer/da e acredito que o Thor também. E se por ventura, só por ventura mesmo, Dulce, a sua história não bater com os dos meninos nem que seja por uma letrinha se quer... Eu irei arrebentar a sua cara e quebrar  todos os seus dentes só por ousar ter mentido para mim”. Depois virou o rosto em direção da janela, olhando a paisagem.


 


Ops.


 


**


 


Yasmin. Continuando...


 


Josy. Olá, meu bem! Imaginei que tinha acontecido alguma coisa contigo, mas ainda bem que a sua internet voltou, ninguém merece ficar sem uma coisa tão maravilhosa como essa! Hahaha. Não foi desta vez que o Christian morreu, mas quem sabe da próxima? E calma... Ariel e Christian ainda vão aprontar um bocadinho. E sobre a Maite. Ela até que deu uma sumidinha, ein? Não invoca que ela aparece! Hahaha.


 


Luh. Aparentemente, ela tem! E essa estória será contada no próximo capítulo. Quem diria né? Anahí apaixonada por Luna. Quando Dulce descobrir, isso vai dá uma mer/da tão grande! Nem quero está na pele de Anahí. Christian não morreu, mas o Thor foi bem mercenário, atingir uma pessoa por dinheiro! Hahaha. Senti a ofensa no ar com a Luna! Hahaha.


 


Johnny. Meu querido, Johnny. Senti a sua ausência, ein? Mas, está desculpado. Eu sempre desculpo porque eu sei que não é proposital, e mesmo que fosse proposital, meus leitores voltam pra mim, porque eu enfeitiço as minhas estórias! Hahaha. Brincadeira. Sim, terá que ler um bocado. Atualize-se e venha expor a sua opinião que adoro ler o que tem para dizer. E mais uma vez: Está desculpado.


 


Mariposa. Como eu respondi, não tentei despistar, só que a pauta do assunto não era sobre o amor de Anahí por Luna! Hahaha. Você sempre querendo bancar a sabichona pra cima de mim. Não aceito isso. Próximo capítulo será dito. Thor está se mostrando um pestinha, mas o Christian não irá morrer. Quem já se viu! O vilã nem mostrou suas garras ainda!


 


Julia. Yeah! Graziela é filha de Anahí. Mais uma mentira de Anahí explodindo. Essa mulher mentiu tanto que a gente até desconfia o que é verdade em sua boca! Mas acredite: Graziela é filha legítima de Anahí. Então, descubra a mentira cabulosa que ela contou a Dulce! Hahaha. Na realidade, o mundinho não é pequeno, Anahí que era obcecada demais e não deixou que a vida seguisse, fez de tudo para as vidas se entrelaçarem e conseguiu. Christian não passou... Hahaha. Ele ainda tem muito o que fazer.


 



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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 248



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  • slj Postado em 10/12/2021 - 20:45:59

    Como vc consegue?? Surpreende a cada capítulo. Simplesmente amando essa fic.

  • anahigio1405_ Postado em 16/10/2019 - 20:14:50

    Melhor fic portinon 👏 ja é a quinta vez que leio de tão foda que é ,faz outra fic portinon mais com o mesmo estilo

  • Emily Fernandes Postado em 06/11/2017 - 09:11:15

    Só vim aqui pra ver a Anie com sangue nos olhos. Ahahahahahah. Minha vilã mais perfeita. Nem a BRATIU superou kkkkk. Adoro. Bjs fui.

  • Nix Postado em 23/08/2017 - 22:43:20

    eita que meu coração não aguentou chorando horres

  • flavianaperroni Postado em 15/02/2017 - 20:51:51

    Que isso?? que web mais viciantemente perfeita,bem escrita,eu simplesmente achei incrível,ela envolve o leitor de um jeito inexplicável. Parabéns,eu amei de verdade a historia,mesmo que elas tenham morrido no final,sim eu odiei a Anahi nos capitulos finais,mas fazer o que,faz parte da vida oehueheo Mas enfim,adorei,você escreve muito bem!!!

  • any_reis Postado em 16/11/2016 - 14:33:24

    GZUIS, QUANTO TEMPO EU FIQUEI FORA??? apesar delas terem morrido eu gostei, tu sempre deixou claro o tema da estória. Eu... Eu simplesmente adorei, garota tu escreve mto bem, deveria se dedicar à isso, e se virar uma escritora me fala pois irei ler todas as suas estórias, mais enfim eu me apaixonei pela fanfic, só surtei um pouco quando vi "ÚLTIMO CAPÍTULO" kkkkkkkkk , mais de todavia aguardo a sua próxima fic gatinha ^^

  • Julia Klaus Postado em 14/11/2016 - 23:22:01

    Eu sabia elas se matariam. Eram muitos podres da Anahi ser perdoado. Dulce não conseguiria viver, pq caso ela fosse embora, Anahi a perseguiria até o fim. Doente do jeito q é. Não vou dizer q esperava q Dul fosse se matar. Gostei da forma q Christian morreu kkk. Christian e Ariel pensaram q teriam Any e Dul respectivamente hehehee. Muita coisa pra Dul processar e perdoar. Nunca seria a mesma coisa. Muita coisa ruim no meio... O q doeu mais foi a mentira e os jogos. Anahi nunca ia mudar, eram palavras da boca pra fora... Enfim amei a história do início ao fim. Estava off por conta dos estudos :)

  • luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:10:05

    MERECEMOS OUTRO FIC MONA ESSA JÁ É A SEGUNDA QUE TU MATA ELAS, TU NÃO TEM CORAÇÃO MESMO. VOU PROCESSAR VOCÊ E VOU DIVULGAR QUE VOU PROCESSAR VOCÊ.! pq sou maldosa :v

  • luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:05:53

    Acaboooou :OO Final bem triste sim pq chorei uns rios mais um dia eu supero isso. a historia foi muito intensa e cheia de segredos adorei tudinho

  • mariposa Postado em 11/11/2016 - 16:20:35

    TE ODEIO MALDITA! TU ME FEZ CHORAR! Como conversamos, eu sabia que essa web se encaminhava para a tragédia apesar de não querer, Anahi merecia pagar por tudo o que ela plantou, mas Dulce foi uma vítima desde que veio ao mundo, não achei justa a morte dela, na vida se junta os caquinhos e se sobrevive, ela foi covarde, foi eterno enquanto durou, mas foi tão fugaz, não sei o que dizer apesar de ter muita coisa em mente. Apesar de achar que tu poderia ter desenvolvido um pouco mais e que poderia ser um pouco diferente, te parabenizo por que tu é uma excelente escritora, vou esperar pela próxima, mas se tiver morte, obrigada, não vou ler, e dessa vez é sério, você só deixou escapar Faz de Conta, meu coração não aguenta. Beijos, te amo.


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