Fanfic: Secret. — Portiñón. | Tema: Portiñón, AyD. Anahí e Dulce.
POV ANAHÍ
Uma aspirina com café preto amargo. Foi o suficiente para fazer a minha cabeça parar de doer. O ferimento do Christian mesmo não sendo grave, não deixou de ser estressante. A cirurgia foi simples e o mesmo já estava no quarto. Estava o olhando por um bom tempo, esperando a anestesia passar.
Eu estava furiosa com a Dulce! O trato era o seguinte: Eu não mexia com Ariel. Ela não mexia com o Christian. Mas parece que a mesma tinha burlado o sistema, assim como eu fiz e usou o Thor para conseguir e sair totalmente ilesa.
Era isso que me deixava mordida!
O meu filho estava se mostrando bem malvadinho para a sua idade. É aquele ditado: Filho de peixe, peixinho é. Uma parte de mim, estava muito orgulhosa por saber que o Thor seria brilhante futuramente. Provavelmente, seguiria os meus passos ou seria até mesmo melhor que eu. Mas isso não significa que eu o queria tramando contra mim. Era até um absurdo!
Com toda certeza do mundo que as coisas não ficariam assim. Uma guerra se iniciou. Quem seria dos nossos bichinhos de estimação que iriam morrer primeiro? Christian ou Ariel?
Eu deveria ter mais tato com o Christian. Ele é o meu irmão... Mas, estaria sendo hipócrita se dissesse que esse joguinho que tinha se iniciado com a Dulce não estivesse me excitando, porque eu ficava com uma enorme vontade de matar. Depois que assassinei o Mark, não tinha matado mais ninguém e querendo ou não, isso se torna um hábito, um ciclo vicioso.
O meu celular vibrou.
Diverti-me com as mensagens de Dulce. Fiz questão de ignorá-la porque sabia que ela detestava. O seu pequeno surto me fez rir gostosamente. Respondi friamente, mas no fundo, estava pegando fogo. O meu desejo era que ela viesse mesmo atrás de mim e me arrastasse pelos cabelos.
“O que é tão engraçado?”. A voz muito grossa do Christian me fez erguer os olhos. Ele estava um pouco grogue, mas me olhava fixamente.
“Nada demais, apenas Dulce sendo a Dulce”. Dei de ombros, e guardei o meu celular na bolsa. Ele tinha torcido a boca quando falei o nome dela. “Como você se sente?”.
“Como acha que me sinto depois de ter levado uma flechada?”. Perguntou-me com mal humor. Levou a mão na direção da flechada e fez uma caretinha quando tocou por cima da cirurgia. “O que vai fazer em relação à Dulce?”.
“Nada”. Respondi achando graça. “Quem lhe deu a flechada não foi a Dulce e sim, o Thor”. Dei de ombros.
“Que seja Dulce ou Thor, mas sabemos muito bem que ele foi influenciado por ela”. Christian disse o óbvio. “Faça alguma coisa, isso não pode ficar assim”.
“Eu não vou fazer nada, foi um acidente”. Dei de ombros e me encostei na poltrona. As minhas costas estava começando a incomodar. Eu não passaria a noite no hospital, era só o tempo de Dulce vir me buscar, a conhecendo da forma que eu conhecia, não iria demorar muito.
“Como não vai fazer? Eu poderia ter morrido!”. Gritou, mas fez uma caretinha de dor pelo esforço. “Droga!”.
“Supere isso, Christian. O máximo que irei fazer quando chegar em casa é conversar com os dois. Mas como eu disse, foi um acidente”. Batuquei as unhas na poltrona, ignorando o olhar fulminante do meu irmão.
“Quem diria a minha própria família contra de mim”. Resmungou, olhando para o teto. “Minha única irmã, o meu único sobrinho...”. Então, se calou, dando-se conta de uma coisa. Olhou-me novamente. “Espera, antes de eu ser flechado, me recordo que você me disse que a Graziela era a sua filha? Que história é essa, Anahí?”.
Respirei fundo, ficando com o corpo tenso.
“É a verdade. Quatro anos atrás, fiquei grávida de Graziela”. Vi o meu irmão arregalar os olhos. “Antes que pergunte, o pai dela é o Alfonso. Porém, fui chantageada pela Dianne a entregá-la no dia do seu nascimento e eu fiz”. Fechei as minhas mãos em punhos ao me recordar do dia. Os meus olhos queimaram, pisquei para dispensar as lágrimas. Não queria chorar, estava guardando isso há muito tempo dentro de mim para soltar na frente do Christian. Minhas fraquezas deveriam ser liberadas quando eu estivesse sozinha.
“Eu não entendo...”. Disse confuso. “Como eu não soube da sua gravidez? Como a Dianne conseguiu isso? Que chantagem foi essa? E Alfonso? Não disse nada? Ele não sabia da sua gravidez?”.
Levantei a minha mão para que ele se calasse. Eram muitas perguntas. Não o culpo, eu estava envolvida numa bolha de mentiras tão grande que parecia que crescia mais sempre que eu tentava revela-las. Para que ele entendesse, eu teria que explicar do começo.
“Você sabe que eu sempre me mantive sondando a vida de Luna, mesmo casada com o Alfonso e boa parte das informações eram recebidas por você”. Comecei, e Christian balançou a cabeça me positivo. “Sabe também da promessa de vingança que fiz a ela, depois que a mesma me dispensou...”. Mais uma vez, ele assentiu. “Decidi que iria começar com a filha amada. Comecei a me comunicar com Dianne numa rede social. O meu intuito era fazê-la se voltar contra a Luna, sabia que ela não resistiria ser rejeitada por sua filhinha tão querida. Primeiro fiz a cabeça de Dianne para passar uma temporada em Nova York, na minha casa. Ela concordou, mas ainda era menor de idade e Luna não estava muito feliz com a ideia, principalmente quando soube que era na minha casa. Eu não fiz questão nenhuma de omitir a minha identidade”. Dei um meio sorriso. “Dianne ficou muito revoltada porque o sonho de consumo dela era Nova York. A garota tinha dezesseis anos e era muito mimada para aceitar um não. Heitor foi de acordo, o que gerou uma pequena crise no casamento. Eu estava muito feliz, Luna estava acuada. Filha e marido contra si. No final das contas, Dianne embarcou para Nova York”. Passei a unha no meu lábio inferior, dando uma risadinha sarcástica ao me recordar. “Era uma menina bonita, com atributos demais para a sua idade. Foi bem recebida em minha casa. O Thor tinha apenas quatro anos, era pequeno demais, mas tinha a adorado. Infelizmente, ou felizmente, o meu marido também tinha a adorado. Ou a palavra certa seria se encantado? Só que o encanto foi reciproco e assim, eles iniciaram o tórrido caso de amor bem debaixo do meu nariz e do meu teto”.
“Oh... O Alfonso foi o primeiro da Dianne?”. Christian perguntou com uma risadinha.
Revirei os olhos.
“Provavelmente”. Dei de ombros. “Mas isso não me importava. Nem um pouco. Fiz vista grossa... O meu único interesse era fazer a Luna sofrer, oh sim. Ela estava sofrendo, Dianne se rebelou e não queria mais voltar para Itália. Consequentemente, Luna culpava o Heitor pela ausência da filha em casa. O mais engraçado era que eu não estava precisando fazer mais nada. A cadela estava pirada de amor pelo meu marido”. Eu e o Christian rimos. “Ela ficou uns meses conosco até que Luna a ameaçou deserdar a Dianne se a mesma não voltasse para Itália e contra gosto, a garota foi. Dias depois, soube através dela mesma que o clima da sua casa estava terrível. Eram muitas brigas, principalmente dela e Luna, depois de Luna e Heitor. Tudo estava ficando muito desestabilizado, comparado ao sonho de amor que era antes”. Suspirei. “Incentivei para que Dianne voltasse, dizia que a minha família estava com saudade, principalmente o Alfonso. Claro que por debaixo dos panos, os dois viviam trocando mensagens. Eu queria a menina bem apaixonada para quando o seu coração fosse quebrado, doesse mais. Uma semana antes de completar dezessete anos, Dianne retornou a minha casa para o desgosto de Luna. Fiquei surpresa com a mudança da garota, parecia bem mais mulher, mais esperta, mais malvada e isso não me agradou, principalmente porque escutei uma conversa em que Dianne insistia para Alfonso me deixar”. Estralei os dedos. “Isso não fazia parte dos planos, então, deixei de fazer vista grossa, revelei que sabia o que estava acontecendo e exigir que Alfonso escolhesse: Ou ela ou eu”.
“E?”. O meu irmão estava cada vez mais curioso. Eu nunca tinha contado isso a ele.
“Fui á escolhida. É claro!”. Dei um sorriso convencido. “Dianne surtou e fez um escândalo. Chorou, se descabelou, implorou, mas o meu marido ficou irredutível. Ela foi embora da minha casa, mas não voltou para Itália, ficou hospedada em um hotel. Nesta noite, fiz amor enlouquecidamente com o Alfonso”. Christian fez uma careta. “Foi um sexo com gosto de vitória, mas a Dianne não deixou para lá. Ficou ligando para minha casa, para Alfonso. Ás vezes aparecia e era expulsa. Pequenas humilhações. Mas mesmo assim, ela não desistia. Alfonso estava com medo e não cedia os seus pedidos até a noite do seu aniversário. Ele passou com ela, mentiu para mim, disse que iria ministrar uma palestra”. Acenei com a mão. “Mentiras de sempre. Enfim, umas semanas depois, descobrir que estava grávida. Foi uma surpresa, tanto para mim, quanto para Alfonso e também para Dianne. A garota me encontrou no shopping, olhando uma vitrine numa lojinha de bebê. Ela fez um escândalo”. Fiz uma careta ao me lembrar. “Vou te contar, garota chata! Vivia gritando, chorando, fazendo escândalos por tudo. Estava cansada de sua presença e estava pronta para agir, quando a notícia da tragédia veio em cheio: Luna e Heitor morreram num acidente de carro”.
“Lembro-me bem desse dia, você foi até o meu apartamento. Eu estava arrumando as minhas malas para ir á Espanha”. Christian se lembrou. “Você estava muito nervosa, chorando muito”.
“Sim. Você entendia o meu amor pela Luna, entendia a minha dor”. Balancei a cabeça, afastando os pensamentos dolorosos.
“Por que não me contou que estava grávida?”. Insistiu na pergunta.
“Eu nem me lembrei disso! Fiquei tão consumida com a minha dor. Tinha perdido o grande amor da minha vida e me via sem rumo. Só queria ser acolhida pelo o seu abraço e chorar a minha dor. Apesar de viver na linha tênue de amor e ódio em relação á Luna, não a queria morta. Nesse dia, disse a mim mesma que a vingança tinha perdido o sentido, que eu iria seguir em frente e tentar ser feliz em meu casamento! Fazia muitos anos que eu estava casada. Era hora de me concentrar no Alfonso. E assim, a vida seguiu. Você viajou para passar dois anos na Espanha, Alfonso não sabia da minha dor, mas ao ver sempre entristecida, buscava me animar. Se tornou mais atencioso, amoroso”. Olhei para a janela. “Tentei ser feliz com o homem ao meu lado, minha barriga estava crescendo e eu me vi apaixonada pelo ser que crescia em meu ventre”. Passei a mão em minha barriga reta inconscientemente. “Era o meu bebê, o sangue do meu sangue. A gravidez indesejável se tornou muito desejável até que Dianne retornou para minha vida e para minha surpresa: Ela também estava grávida do Alfonso!”. Dei uma risadinha. “Dianne era esperta, arranjou um jeito meio torto de prender o Alfonso á ela. Sua barriga estava pequenina, quase não dava para notar. Eu mesma fiz a ultrassonografia e confirmei. Foi um abalo em meu casamento, se existia uma coisa que Alfonso era louco, era por crianças e viria dois filhos pela frente. O problema era que Dianne estava exigindo que Alfonso me deixasse para ficar com ela. Foi um momento bem delicado”.
Christian se moveu na cama.
“E o que Alfonso fez?”.
“Ficou em cima do muro, empurrando com a barriga. O Alfonso não era homem de decidir nada em sua vida. Mentia para Dianne, a mantinha em uma distância segura. Seria péssimo que os nossos amigos e também os nossos familiares descobrissem um filho bastado. Éramos um casal exemplar, e Alfonso gostava desse título. E assim, Dianne se tornou um assunto proibido em nossa casa, às semanas foram se passando. Uma noite qualquer, fui chamada por uma paciente que estava em trabalho de parto. Fui até o hospital para realizar o parto, tudo transcorreu normalmente até a hora de vir para casa. Por gracejo do destino, o clinico geral me chamou para olhar uma paciente que tinha sofrido um aborto espontâneo, mas a placenta ainda estava no útero. Adivinha quem era? Dianne!”. Christian arregalou os olhos. “Pra azar dela, tinha caído das escadas. Foi socorrida por um funcionário do hotel. Tive que realizar uma cirurgia para retirar a placenta. Fiquei com a mesma até o efeito da anestesia passar, quando acordou, Dianne ficou furiosa. Acusou-me de ter tirado o seu bebê, disse uns absurdos. Aconselhei voltar para Itália, porque ela não iria me querer como inimiga. Ela assentiu e pediu para que eu não contasse nada ao Alfonso, que ela iria fazer”. Levantei-me e andei de um lado para o outro. “Fiz o que ela pediu e incrivelmente, Dianne sumiu por mais alguns meses. Achei que estaria livre dela, mas como eu disse... A subestimei. Eu estava com oito meses, já tinha descoberto o sexo do bebê, era uma menina. Estava tudo seguindo tranquilamente quando recebi a ligação de Dianne. Ela estava de volta e queria me encontrar em um café. Fui! Esperei quase meia-hora por ela, e quando adentrou no recinto fiquei muito surpresa ao vê-la com um barrigão. Os seus olhos cintilavam em ódio. Antes que eu pudesse questioná-la, Dianne retirou de sua bolsa inúmeras folhas imprensas e colocou em cima da cama. Foi curta em dizer que se eu não fizesse o que ela mandasse todo mundo, incluindo o meu marido, os meus amigos e também os familiares saberiam a espécie de mulher que eu era”. Mordi o meu lábio inferior, sentindo uma onda de ódio passar pelo meu corpo. “Olhei os papéis e reconheci a minha caligrafia. Eram as páginas do meu diário”.
“Como ela conseguiu o diário?”. Christian perguntou espantado.
“Provavelmente nos dias em que ficou hospedada em minha casa. Como eu disse a subestimei e ela era muito esperta. Esperou o momento certo para usá-lo.”. Olhei para o Christian. “Então, ela me disse o que queria: O meu bebê. Fiquei incrédula, e disse que não daria a minha filha. E ela riu, estava determinada. Disse que eu não tinha escolha. Era pegar ou largar.”. O semblante do Christian ficou carregado. “Soube que eu estava perdida. Tentei negociar, mas não tive sucesso. Dianne estava transformada em ódio e asco, principalmente por saber que eu tive um caso com a sua mãe. Continuou me ameaçando e eu não podia ter os meus segredos revelados”. Balancei a cabeça em negativo. “Lá tinha tudo... O meu motivo de ter sido adotada pelos nossos tios, a minha paixão por Luna, os meus casos extraconjugais, o nosso grau de parentesco e também o nosso caso incestuoso. O meu plano de vingança. O desvio de dinheiro. Enfim, tudo. Eu estaria destruída se entregasse isso ao Alfonso, com sério risco de ir para a cadeia. Dianne estava furiosa, dizendo que essa era a forma de vingar a sua família, a si mesmo, e ainda por cima de manter o Alfonso sempre preso á ela com um vínculo forte que era um filho. E que por isso, não o contou que tinha perdido o bebê”. Voltei a me sentar e sorrir para o meu irmão. “Também disse que se eu pensasse em fazer alguma coisa contra ela, uma pessoa de confiança estava com acesso ao diário e estava autorizada a entregar ao Alfonso, sem contar que tinha inúmeras cópias guardadas. Eu não tive escolha. Estava com as mãos atadas. Ou entregava a minha filha ou minha vida seria destruída”.
“E você a entregou”. Concluiu o Christian.
“Sim”. Confirmei com um murmúrio, as lágrimas voltando a queimar os meus olhos. “Não tive outra opção. Então, planejei tudo para que nada saísse errado. Marquei a data do meu parto de acordo com a agenda do Alfonso, assim, não correria o risco de ter nenhuma intercorrência. No dia marcado, o meu marido estava em Hale. Bem distante de mim. O parto foi realizado com uma boa equipe, todos de minha confiança que concordaram em manter em silêncio. Aliás, eles trabalhavam para mim. Como eu era muito desconfiada, o fiz assinar um contrato de confidencialidade. Eu não podia me arriscar”. Abaixei os meus olhos, sentindo a dor do dia me envolver. “Quando Graziela nasceu, pela primeira vez na minha vida, me sentir a mulher mais realizada e feliz do mundo. Era tão linda, tão perfeitinha! Chorei de alegria ao tê-la em meus braços. Mas isso não durou por muito tempo porque a Dianne estava lá, esperando. Ainda tive a oportunidade de amamenta-la, mas depois, Graziela foi tomada dos meus braços e eu sentir uma dor tão forte que parecia está triturando os meus ossos. Chorei na frente da Dianne e ainda implorei para não levar a minha menina, mas a Dianne apenas riu, na realidade, gargalhou. Graziela se assustou e se debatia em seus braços com um choro alto, tentei me levantar do leito para socorrer a minha filha, mas estava recém-operada, não conseguia me movimentar direito. Não com a minha barriga toda ponteada”. Amarguei nas minhas lembranças. “Dianne não tinha nenhum amor, nenhum tato, nenhum carinho pela minha filha, o intuito dela, era apenas de me fazer sofrer e conseguiu. Foi nesse dia que eu fiz o juramento de uma nova vingança. Eu iria matar a Dianne. Não sabia como, mas eu iria e seria tão perfeito que ninguém desconfiaria”. Voltei a olhar para o Christian, sabia que os meus olhos estavam mais claros.
“E o que você disse ao Alfonso?”.
“Quando se passou algumas horas que a Graziela foi tomada dos meus braços, e eu me acalmei o suficiente, liguei para o Alfonso e disse que tinha sofrido um aborto. Disse que tinha levado uma queda no box do banheiro. Ele ficou arrasado, os seus olhos eram acusatórios. Claramente, me culpava pela perda da nossa menina e ele não estava de todo errado. A casa ficou em luto, o único que não entendia nada era o Thor... Uma semana depois, no meio da madrugada, fui despertada com o Alfonso falando no telefone. Parecia emocionado, e ria a toa. Era a Dianne. Eu sabia porque estava escutando a conversa no outro telefone. Ela dizia que o bebê tinha nascido e que era uma menina. O queria com ela no dia seguinte. Desliguei o telefone receando que algum soluço escapasse pelos meus lábios e descobrissem que eu estava ouvindo a conversa pela extensão. Eu nunca estive tão fraca, derrotada, como naquela época. Questionei Alfonso com quem ele estava falando, mas ele disse que era trabalho e que no dia seguinte, teria que viajar. E assim se manteve, agindo como se Dianne nunca tivesse existido em nossas vidas. Mas eu me lembrava dela, todos os dias, porque eu sabia que estava com a minha filha!”.
“Eu sinto muito que você tenha passado por isso. Porque nunca me contou? Eu poderia ajuda-la!”. Christian me olhou com o cenho franzido.
“Não senti vontade e você não podia. Para você ter ideia, os amigos e familiares foram proibidos de tocar no assunto do meu suposto aborto. Era como se eu nunca tivesse engravidado. Como se nunca tivesse existido. Ás vezes, até achava que não, mas me recordava do peso da minha barriga, dos movimentos da minha menina dentro de mim. Dos enjoos, dos desejos, do amor incondicional ao tê-la em meus braços... E era assim que eu tinha força para seguir em frente, minha cabeça agia de acordo com a minha vontade de ter a minha filha de volta. Foi assim que a Dulce entrou nessa história. Eu e ela tínhamos uma coisa em comum: Odiávamos com todas as nossas forças a Dianne”.
“Ou seja, Dulce é apenas uma parte do plano”. Concluiu.
“Não. Ela foi, não é mais. Eu sempre gostei de Dulce, a filha rejeitada. Claro que não era um gostar malicioso. Era um gostar genuíno, um carinho incondicional. Desde criança que Dulce despertou a minha atenção. Eu sabia que dentro de um ser tão pequeno tinha uma grandiosidade. Era geniosa, caprichosa e um quê de malvada. Lembrava-me a mim quando era pequena, e também um pouco de Luna, na aparência. Acho que por isso, a Luna tinha tanta raiva de Dulce, por saber que eu adorava a garota e por me ver também nela. Enfim, depois que Dianne levou a Graziela, pesquisei sobre a Dulce e para a minha surpresa, estava morando em Nova York. Acompanhei os seus passos, esperei pacientemente o momento certo até que chegou. Sabia que a Dulce não iria me decepcionar. Felizmente, Dianne tinha a mania de usar a mesma ameaça, foi isso que levou a Dulce ter o plano de usurpar o seu lugar. Foi perfeito!”. Disse orgulhosa.
“Quando vai contar a Dulce que Graziela é sua filha?”.
“Não posso!”. Suspirei. “Ela sabe que eu conhecia a Dianne, mas acha que é por sua irmã ter sido amante do Alfonso. Se eu contar que Graziela é minha filha, terei que contar sobre o início de tudo e ela vai me odiar profundamente”. Agoniei-me. “Não suportaria ter o seu ódio. Eu achei que nunca iria amar novamente depois de Luna, e Dulce é a chance do meu recomeço. Infelizmente, a envolvi demais em minhas mentiras. E tem outro ponto... Dulce acha que eu sou estéril”. Fiz uma caretinha e contei toda a estória de Esdras para o meu irmão.
Christian riu. “Você é louca, Anahí. Mas gostei dessa estória, a sua imaginação é muito fértil. Imagina se a Dulce soubesse que era você que se insinuava para Esdras no intuito de ganhar coisas”.
“Ela não precisa saber”. Retruquei.
“Nem que você perdeu a virgindade com Esdras aos dez anos por vontade própria?”. Christian provocou.
“Não”. Fiz uma careta. “Prefiro que muitas coisas de minha vida sejam omitidas. Se descobrir sobre as minhas verdades, nunca me verá do mesmo jeito. Não sei se consigo decepcioná-la mais do que já decepcionei”.
“Tenho certeza que ela sabe que você adora usar o seu corpo para conseguir as coisas. Você fez isso com o Mark”.
“Não só com o Mark”. Dei um sorriso de lado. “Mas isso faz parte do passado. Quero esquecer tudo, e me focar no meu presente. Sei que uma hora, a verdade terá que ser revelada, mas sinceramente, prefiro que isso demore muito para acontecer”.
“Já pensou se essa pessoa de confiança de Dianne apareça e entregue o diário para a Dulce achando que é a Dianne? Você estaria em maus lençóis”.
Arrepie-me de pavor com essa hipótese. Isso nunca poderia acontecer. Se um dia a verdade fosse revelada que fosse por mim, não por outra pessoa. Ia respondê-lo quando uma batida na porta nos assustou. Era a Dulce, o meu coração foi para a boca ao vê-la. Levantei-me e fui ao seu encontro. Como previsto, veio me buscar... Estava quase chorando de alívio, não queria ficar mais um minuto no hospital. Que o Christian me perdoasse, mas prefiro dormir na quentura da minha cama ao lado da mulher que amo.
Fiz um pequeno gracejo para estressá-la. O bom de provocar a Dulce era que sempre tinha uma reação. Foi impossível controlar a excitação que envolveu em meu corpo quando fui empurrada contra a parede. Os nossos olhos duelavam, tornando tudo mais excitante. Quase rir com a mentira descabida que a Dulce inventou. Mas foi impossível não estremecer de medo ao imaginar minha filha em perigo.
Fingir que acreditei na mentira quando usou o exemplo de Ariel. Olhei-a com interesse e até mesmo com graça. No fundo, ela sabia que não tinha sido nenhum acidente com Ariel, mesmo que não dissesse com a boca, os seus olhos eram acusatórios.
Bom. Se Dulce queria seguir nesse caminho, iríamos. Estava até ansiosa para saber como usar os meus filhos para as novas brincadeiras contra a Ariel. Uma euforia de antecipação me envolveu.
“Aonde vai?”. Dulce me perguntou ao me ver indo em direção do quarto.
“Eu vou buscar a minha bolsa”. Avisei e adentrei o quarto. Christian me esperava, os seus olhos ficaram curiosos quando peguei a minha bolsa. “Tenho que ir embora”.
“O quê?”. Perguntou incrédulo. “Você vai me deixar aqui? Sozinho? Anahí, eu estou operado!”.
“Você está fora de perigo. Qualquer coisa ligue para o meu celular. Uma boa noite, Chris”. Falei, não esperei a sua resposta e sair.
Segurei na mão de Dulce que mantinha os olhos fixos no Christian. A puxei para ir embora. Fiz questão de apertar a sua mão. Entramos no carro, e me mantive em silêncio. E se o Christian tivesse razão? Se essa pessoa procurasse a Dulce achando que era Dianne e entregasse o diário? Ou se alguém contasse alguma coisa? Não seria impossível de topar com algum amigo de Luna que consequentemente, me reconhecia. Passei boa parte da minha adolescência aqui para ser relembrada, embora que mudei um bocado desde adolescência.
Tínhamos que ir embora de Itália. O quanto mais rápido, melhor. Está aqui, era um imã para o perigo e eu não poderia me arriscar dessa forma. Era a minha felicidade que estava em jogo. Não podia perder a Dulce. Não podia!
Meu pensamento foi interrompido com a voz de Dulce, perguntando-me se estava tudo bem. Confirmei que sim, mas não deixei de ameaçá-la. Gostava de fazer isso, principalmente para assistir a sua expressão que sempre era bem interessante: As pupilas dos seus olhos se dilatavam e cresciam consideravelmente, depois mordia o seu lábio inferior e pendia a cabeça um pouco para o lado.
Amava ver essa carinha dela! Fiquei uns segundos observando, depois virei o rosto para a paisagem. Mas, a minha mão pousou na coxa de Dulce. Nada demais. Apenas um carinho bobo, o corpo de Dulce ficou tenso, aproveitei para subir a minha mão até a sua virilha, movimentei os meus dedos nesse ponto.
Dulce ofegou. Sorrir de lado. O intuito era provocar levemente. O ponto ruim era que a mesma não estava de saia. Infelizmente. Mas, eu não era uma mulher que titubeava diante de um desafio. Ela estava de legging e um blusão que caia por cima da calça. Melhor ainda. Estávamos em um carro simples, se olhasse pelo retrovisor, o motorista poderia ver a minha mão em Dulce. Isso era excitante.
Empurrei com as pontas dos dedos em sua virilha, escutando-a gemer baixinho. O meio das suas pernas estava quente, e esse calor atingia os meus dedos, aumentando a minha fome. De repente, a provocação se tornou em algo mais... O meu sexo estava molhado, alimentando a ideia de torturar um pouco a Dulce. Pincelei os dedos entre as suas pernas, o tecido da legging estava molhado. Mordi meu lábio inferior. Subir a minha mão e sentir a mão de Dulce presa em meu pulso, mas consegui soltar a minha mão, adentrei com a mesma dentro de sua legging e consequentemente de sua calcinha.
Quase gemi ao senti-la tão molhadinha. Os meus dedos foram acolhidos pela sua baba. A respiração de Dulce estava rápida, descompensada. Insinuei o meu indicador em seu clitóris, estava inchado. Latejou contra o meu dedo, instigando a minha vontade de tocá-lo, fixei a ponta do meu dedo em seu clitóris e fiz alguns movimentos circulatórios, estimulando-a...
Dulce segurou firme no banco do carro. Olhei para frente e fixei o meu olhar no retrovisor do carro. O motorista continuava olhando para frente, alheio a situação. Ela abriu mais as pernas, e movimentava os quadris, empurrando seu sexo contra o meu dedo. Ela queria mais, estava ofegante e desejosa. Sabia que estava sendo difícil para se manter em silêncio.
A situação era divertida, excitante e prazerosa. Deslizei a minha mão em seu sexo. Pincelei os meus dedos de sua entradinha até os pequenos lábios e por último o clitóris. Estava cada vez mais molhada, receptiva e latejante. Olhei-a pelo canto do olho, o seu rosto estava muito vermelho e mordia o lábio inferior com muita força, tentando se controlar.
Afastei um pouco a minha mão para que a legging cedesse um pouco, e com violência, afundei três dedos em sua bo/ceta quente! Dulce gemeu, atraindo a atenção do motorista que olhou no retrovisor, mas a mesma tossiu para disfarçar e colocou a sua bolsa em seu colo.
Sorrir de lado e movimentei a minha mão com rapidez, os meus dedos eram acolhidos pelas paredes internas do seu sexo, que me apertavam, me deixando com mais vontade de socar com força. E o fiz... Soquei os meus dedos, indo até o fundo, ficando maravilhada como era gostoso fod/er com a minha Dulce, mesmo que sendo em um lugar inusitado. Até eu mesma estava com uma enorme vontade de gemer em satisfação, mas me controlei.
Afastei os meus dedos, alargando mais a Dulce Ela voltou a segurar o meu pulso, achei que iria interromper os meus movimentos, mas não... Cravou as unhas em minha pele. Foi minha vez de gemer de dor! Resfoleguei com a ardência intensa, mas não parei de comê-la. Ia e via com os meus dedos, o som deles afundando em sua boc/eta molhada eram altos.
“Ligue o rádio”. Dulce pediu para o motorista. A sua voz soou muita alta, o que me fez sorrir de lado.
O motorista ligou o rádio. Uma música alegre preencheu o carro. Aproveitei para meter mais os meus dedos em sua boceta que o recebia com gula, cada vez mais fundo, cada vez se contraindo com mais pressão. Uma delícia! O meu sexo estava dolorido, querendo se tocado. Cruzei as minhas pernas e forcei as minhas virilhas em minha boceta, apertando os grandes lábios em cima do clitóris, quase morri de tesão.
Fiquei nessa brincadeirinha... Comendo a Dulce, e me provocando com as minhas virilhas até que escutei um som abafado dela e um liquido quente em meus dedos. Ela tinha goz/ado! Retirei a minha mão de dentro de sua legging e o levei a boca, estavam melados, pingando do go/zo de Dulce.
Olhei para ela... Estava largada no banco, as bochechas coradas, a boca entreaberta, o canto do seu lábio estava sangrando, tinha mordido com muita força o seu lábio. Os seus olhos estavam brilhante em uma luxúria que me deixou louca! Eu queria muito sentar em seu colo e sentir o seu sexo quente contra o meu. Nossos olhos se encontram com promessas sexuais. Levei os meus dedos em sua boca e os chupei, gemendo abafado ao sentir o gostinho tão bom da Dulce.
Suas pupilas se dilataram com a cena. Continuei friccionando as minhas virilhas em meu sexo até que suspirei alto e go/zei. O meu corpo tremia, mas ainda não estava satisfeito! Só ficaria quando sentisse a Dulce em mim. Retirei os dedos de minha boca e lancei um sorriso malicioso para ela.
Dulce segurou a minha mão e deu um beijo no local que as suas unhas me feriram. Percebi que tinha pequenas gotículas de sangue ao redor do meu pulso. Ela beijou e raspou com a língua o sangue. O meu rosto se aqueceu ao sentir sua língua tão quente em minha pele.
Um novo clima estava restabelecendo entre nós, até que o meu celular tocou. Franzi o cenho, com a outra mão o retirei da bolsa. Era o Christian.
Dulce revirou os olhos e soltou o meu pulso ao ver quem era.
“Espero que alguém tenha morrido Christian. Porque não faz nem meia hora que eu sair do hospital”. Resmunguei ao atender.
“Não morreu, mas morrerá se você for displicente”. Christian retrucou.
“O que?”. Perguntei um pouco área. O carro parou. Estávamos em casa. A primeira a sair foi a Dulce, não esperou o motorista abrir a porta.
Sei que ela tem ciúme do Christian, era mais uma coisa a se preocupar. Suspirei e sair do carro quando o motorista abriu a porta. Ao invés de entrar na casa, fui em direção contrária, para o jardim. Parei e me virei, esperando o meu irmão falar.
“Esqueceu-se do meu bichinho de estimação? Como estou no hospital, é a sua obrigação alimentá-la”. Christian disse e eu bufei. “Estou falando sério, Anahí. Alimente-a e pronto, quando voltar para o chalé que cuido das outras prioridades”.
Revirei os meus olhos.
“Não vou fazer isso. O bicho é seu, a responsabilidade é inteira sua!”.
“Você se esquece de que eu não estou aqui por vontade própria. Quando está com fome, ela tem mania de gritar muito. Quer chamar atenção dos empregados? Tudo bem fica ao seu critério e sob sua responsabilidade”. Christian disse despreocupado.
“Inferno!”. Resmunguei irritada. “Só irei colocar desta vez”.
“Só desta vez se sua querida e amada mulher não inventar de aprontar em cima de mim. Vá alimentar o meu bichinho, deve está se tremendo de fome. Boa noite, minha irmã”. Christian desligou.
Ora ainda mais essa! Olhei para o celular, enfezada. Eu não queria nenhuma responsabilidade. Quando presenteei o Christian com o seu bichinho de estimação fui bem clara e objetiva sobre: Eu não cuidaria, muito menos me responsabilizava. Agora era responsável de por comida. Esperava que fosse a primeira e última vez.
Antes de ceder ao pedido do Christian, entrei em casa. Procurei pelo o Thor que estava acordado e pedi que me explicasse o que tinha ocorrido nessa manhã.
“Foi isso, mamãe. Eu estava pronto para soltar a flecha quando a Graziela surgiu em minha frente, tive que pensar rápido: Virei-me para o lado e soltei a flecha, nunca imaginaria que iria acertar alguém, principalmente o Christian. Ainda bem que não foi a senhora”. Thor disse e ainda bateu na madeira três vezes.
Olhei fixamente para o meu filho, os seus olhos eram suaves, quase inocentes. Não aguentei e rir, esse pestinha seria o maior mentiroso e manipulador dos últimos tempos! Não sei como a Dulce o tinha submetido em sua mentira, mais um ponto para ela, foi muito boa em seu serviço. Nem mesmo com o meu olhar gélido e o meu questionamento o Thor titubeou.
Eu precisava saber o método dela! Não era possível que fosse tão infalível assim. Depois que deixei o Thor, procurei a Graziela. Ela estava pintando o seu livro de desenho. Sentei-me ao seu lado, brinquei um pouco com a mesma, reforcei a minha simpatia e também o meu amor. Fiz uma trança no cabelo dela e ainda brinquei de casinha. Claro que ao lado da minha filha tudo era imensamente prazeroso, mas eu precisava de respostas e sabia que com a Graziela não seria difícil, era inocente demais para mentir.
“Grazi, meu amor... Responda-me uma coisa, na hora do acidente do tio Christian, o que você estava fazendo?”. Perguntei despreocupadamente, levando a xícara de plástico aos meus lábios, fingindo que era um chá de verdade.
“Correndo”. Foi a sua resposta.
Não era possível! Dulce estava com muita sorte para que tudo corresse ao seu favor. Mas eu sabia que isso não tinha sido um simples acidente. Infelizmente, os meus filhos não estava cooperando. Um por se achar espertinho demais e ser sucumbido pela manipulação de Dulce, outra por ser inocente demais e não conseguir compreender os fatos.
Eu não tinha nada! Nenhuma confirmação e muito menos prova! Isso me deixou irritada, não gostava quando ficava com as mãos abanando. Rumei em direção da sala para ir até o chalé do Christian quando me dei conta de vozes, espiei a sala principal e vir duas pessoas. Eram os amigos de Dianne. Dulce estava conversando com eles, normalmente, mas sempre olhava para os lados em busca de alguma coisa. Soube que era eu. Limitei-me a entrar na sala. Dei meia volta e decidi sair pela cozinha, não estava com paciência de iniciar um fingimento. O pedido do Christian tinha me deixando com muito mau humor, talvez, depois.
Quando estava chegando à cozinha...
“Você tem certeza que essa torta de queijo é com produto sem lactose? Você sabe que sou alérgica a lactose”. Ariel perguntava a Zanetti.
“Claro que sim, Ariela”. Zanetti respondeu. “Comprei os produtos especialmente para ti, zero lactose”.
“Ainda bem. Sou muito alérgica a lactose. Lembra-se da minha última crise? Por um fio que não morri”. Ariel se lastimou.
“Como eu poderia esquecer aquele triste dia? Mas não se preocupe... Coma minha menina”. Zanetti colocou um pedaço de torta para Ariel.
Que interessante... Ariel intolerante à lactose? Claro que usaria isso ao meu favor. Tive que mudar o meu rumo novamente, não podia dá indício que tinha escutado a conversa.
Ainda bem que eu conhecia muito bem a casa, porque se não, ficaria perdida. Optei pela biblioteca, por ela, tinha uma saída secreta. Por muitas vezes, encontrava com Luna através dela, e liamos Pride and Prejudice. O seu romance favorito. Eu não gostava, mas sempre lia para satisfazê-la, depois de alguns capítulos, fazíamos amor no chão duro da biblioteca, ou em cima da mesa, ou até mesmo na cadeira.
Era uma doce loucura de minha vida. Mas se fossem comparar as loucuras que eu tinha passado com a Dulce, não se comparava com a Dulce tudo era mais intenso, mais quente, mais enlouquecedor. Sempre achei que era feliz com a Luna, era uma mera ilusão... Soube o verdadeiro significado ao lado da minha doce Dulce. Quando media o meu amor por Dulce com o amor que sentia por Luna, parecia que o sentimento da minha adolescência era vago demais com o sentimento que eu sentia agora.
Desde que estava com a Dulce que me questionava. Será que eu sentia o verdadeiro amor pela Luna? Ou era apenas uma idealização. O meu verdadeiro amor estava ao lado de Dulce? Confesso que estou consumida com isso. Porque se os meus pensamentos estiverem certos, nunca amei a Luna de verdade, era apenas o meu sonho de consumo. Nada mais e nada menos.
Recebi o vento frio ao sair. Revirei os meus olhos, não acreditando que estava me entregando ao frio por uma tarefa tão insignificante como esta. Andei um pouco, os saltos estavam me machucando, principalmente os meus dedos e os meus calcanhares. O sapato era novo e sentia as bolhas crescendo em minha pele. Oh, inferno!
Os carros de golfes estavam estacionados em fileiras com as chaves na ignição. Entrei em um e dirigir até o chalé do Christian, como estava de noite, as luzes eram poucas e quase inúteis, mas eu conhecia muito bem o terreno para errar. Demorei uns dez minutos para chegar ao chalé. Estacionei o carrinho e adentrei ao mesmo.
Era um chalé aconchegante. O termostato estava ligando, reproduzindo uma temperatura quente o ambiente. Escutei um som abafado vindo do quarto... Esse chalé era dividido em sala, cozinha, dois quartos, sendo um suíte e um banheiro no corredor. A dispensa estava cheia, a geladeira e fruteira também. Estava sem paciência e com uma enorme vontade de voltar para a casa grande. Então, fiz um sanduíche de queijo e suco de laranja, ainda era demais, comparando com a minha boa vontade. Levei o sanduíche em um prato e o suco em um copo sem me preocupar com bandeja.
Empurrei a porta do quarto com a ponta do pé e vir o brinquedinho, o bichinho de estimação que eu tinha presenteado ao Christian em cima da cama, estava acorrentada, e sua postura era de resignação total. O único pano que cobria o seu corpo era o edredom pesado. Assim que me viu, arregalou os olhos, surpresa. Quase senti pena, era o brinquedinho sexual do meu irmão, usada e abusada quantas vezes fosse a vontade dele. O seu rosto estava marcado com hematomas, os lábios ainda inchados do que possivelmente seria uma tortura. Os braços e as mãos com marcas avermelhadas e algumas roxeadas.
O seu cabelo tinha sido cortado e estava curto. O seu olho estava roxeado também, e seu nariz tinha vestígio de sangue seco e colado. O lençol estava com um cheiro forte de urina, provavelmente tinha feito sua necessidade fisiológica na cama. Estava muito diferente da última vez que a vi.
Digna de pena. Uma pena que eu não tinha e muito menos sentia.
“Olá Maite”. Cumprimentei com a voz fria, beirando uma faca afiada.
Aqui, o perdão e a compaixão não existiam!
**
Estou sofrendo um mau bocado com o meu notebook. Ora carrega. Ora não. Tenho que esperar a boa vontade do mesmo! Por isso que não postei ontem. Tenho até receio que na eventualidade da vida, ele pife.
O que acharam desse segredo revelado de Anahí?
POR FAVOR, REVISEM. EU NÃO REVISEI COM MEDO DO NOTE APAGAR! DIGAM-ME QUALQUER ERRO.
Josy. É bom tê-la de volta! Ariel e Christian ainda terão papel fundamental na fic, então, é impossível a morte de ambos.
Luh. Oh meu Deus. Vai para o céu com essa peninha toda! Hahaha. Thor se mostrou bem mercenário! Essa verdade não vai demorar a chegar, juntamente com as outras. O circo vai incendiar! Hahaha.
Johnny. Não conto os meus segredos! Hahaha. E muito menos, ensino. Sim, sou egoísta. AHAUAHA. Mas me interessei, queria ver uma estória escrita por ti. Não leia, vai ter que voltar para entender, você sabe como os capítulos são grandes e acontecem muitas coisas. É feito série, se perdeu um episodio, não entende nada. Estou esperando que se atualize e comente em tempo real.
Julia. Vai ter mesmo a 3 guerra mundial. Não queria está na pele de Anahí, a mesma mente demais. Pra que inventar toda aquela estória que foi estuprada pelo Esdras? Quando na realidade, isso nunca ocorreu. Anahí brinca com a Dulce e com os leitores, porque nunca sabemos como de fato, ela está falando a verdade. Graziela é filha de Anahí com o Alfonso. Hahaha. Deixou de ficar perdida com esse capítulo? Sim, Dulce não vai gostar de saber mesmo!
Autor(a): ThamyPortinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 248
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slj Postado em 10/12/2021 - 20:45:59
Como vc consegue?? Surpreende a cada capítulo. Simplesmente amando essa fic.
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anahigio1405_ Postado em 16/10/2019 - 20:14:50
Melhor fic portinon 👏 ja é a quinta vez que leio de tão foda que é ,faz outra fic portinon mais com o mesmo estilo
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Emily Fernandes Postado em 06/11/2017 - 09:11:15
Só vim aqui pra ver a Anie com sangue nos olhos. Ahahahahahah. Minha vilã mais perfeita. Nem a BRATIU superou kkkkk. Adoro. Bjs fui.
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Nix Postado em 23/08/2017 - 22:43:20
eita que meu coração não aguentou chorando horres
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flavianaperroni Postado em 15/02/2017 - 20:51:51
Que isso?? que web mais viciantemente perfeita,bem escrita,eu simplesmente achei incrível,ela envolve o leitor de um jeito inexplicável. Parabéns,eu amei de verdade a historia,mesmo que elas tenham morrido no final,sim eu odiei a Anahi nos capitulos finais,mas fazer o que,faz parte da vida oehueheo Mas enfim,adorei,você escreve muito bem!!!
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any_reis Postado em 16/11/2016 - 14:33:24
GZUIS, QUANTO TEMPO EU FIQUEI FORA??? apesar delas terem morrido eu gostei, tu sempre deixou claro o tema da estória. Eu... Eu simplesmente adorei, garota tu escreve mto bem, deveria se dedicar à isso, e se virar uma escritora me fala pois irei ler todas as suas estórias, mais enfim eu me apaixonei pela fanfic, só surtei um pouco quando vi "ÚLTIMO CAPÍTULO" kkkkkkkkk , mais de todavia aguardo a sua próxima fic gatinha ^^
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Julia Klaus Postado em 14/11/2016 - 23:22:01
Eu sabia elas se matariam. Eram muitos podres da Anahi ser perdoado. Dulce não conseguiria viver, pq caso ela fosse embora, Anahi a perseguiria até o fim. Doente do jeito q é. Não vou dizer q esperava q Dul fosse se matar. Gostei da forma q Christian morreu kkk. Christian e Ariel pensaram q teriam Any e Dul respectivamente hehehee. Muita coisa pra Dul processar e perdoar. Nunca seria a mesma coisa. Muita coisa ruim no meio... O q doeu mais foi a mentira e os jogos. Anahi nunca ia mudar, eram palavras da boca pra fora... Enfim amei a história do início ao fim. Estava off por conta dos estudos :)
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luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:10:05
MERECEMOS OUTRO FIC MONA ESSA JÁ É A SEGUNDA QUE TU MATA ELAS, TU NÃO TEM CORAÇÃO MESMO. VOU PROCESSAR VOCÊ E VOU DIVULGAR QUE VOU PROCESSAR VOCÊ.! pq sou maldosa :v
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luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:05:53
Acaboooou :OO Final bem triste sim pq chorei uns rios mais um dia eu supero isso. a historia foi muito intensa e cheia de segredos adorei tudinho
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mariposa Postado em 11/11/2016 - 16:20:35
TE ODEIO MALDITA! TU ME FEZ CHORAR! Como conversamos, eu sabia que essa web se encaminhava para a tragédia apesar de não querer, Anahi merecia pagar por tudo o que ela plantou, mas Dulce foi uma vítima desde que veio ao mundo, não achei justa a morte dela, na vida se junta os caquinhos e se sobrevive, ela foi covarde, foi eterno enquanto durou, mas foi tão fugaz, não sei o que dizer apesar de ter muita coisa em mente. Apesar de achar que tu poderia ter desenvolvido um pouco mais e que poderia ser um pouco diferente, te parabenizo por que tu é uma excelente escritora, vou esperar pela próxima, mas se tiver morte, obrigada, não vou ler, e dessa vez é sério, você só deixou escapar Faz de Conta, meu coração não aguenta. Beijos, te amo.