Fanfic: Secret. — Portiñón. | Tema: Portiñón, AyD. Anahí e Dulce.
“Vo... Você está viva?”. Maite me perguntou o óbvio. Revirei aos olhos para escutá-la. Era involuntário, parecia que a burrice tinha tomado conta dos neurônios dela. “Mas, como...?”. Perguntou mais pra si do que para mim.
“Aposte a sua vida que sim”. Coloquei o prato e o copo em cima da mesinha e encostei-me a ela. “Não tente compreender, isso vai muito além do seu entendimento”.
Maite ficou calada, passou um tempo olhando em direção da parede. Estava refletindo, mas eu via em seus olhos a confusão. Não é de me estranhar, ela nunca foi muito esperta. Acha-se esperta, mas no fundo, era muito burrinha.
“Então. Aquela execução foi uma farsa?”. Voltou a me olhar.
“Eu sempre soube que você não era muito esperta, mas sinceramente, Maite! Está me surpreendendo, acho que ser tratada como um animal está se tornando um”. Soltei bem maldosa.
Os seus olhos ficaram apagados, abaixou a cabeça e também o olhar. Sentia a inquietação dentro do seu ser. Sua expressão ficou totalmente derrotada, mordeu o lábio inferior.
“Você tem a ver com isso”. Não foi uma pergunta, foi uma afirmação.
“Comparado o que eu tinha preparado para ti, foi até um grande presente”. Dei de ombros com o olhar gélido. “Você tem que entender uma coisa: Eu sempre cumpro o que falo! Disse que iria se arrepender quando foi na prisão bancar a superior em cima de mim, a questão minha linda, é que ninguém é mais do que eu, principalmente você”.
Maite levantou o braço e esfregou a sua bochecha com a palma da mão. Suas mãos não estavam muito bonitas de se olhar, feridas e bem avermelhadas.
“Perdoe-me por isso”. Murmurou.
Dei uma risada sarcástica, atraindo a atenção de Maite. Balancei a minha mão num sinal bem claro que ela deixasse de tonteira.
“Não peça perdão para mim. Não sou Deus para perdoar ninguém e nem tenho nenhuma pretensão em me desgastar com a arte do perdão”. Dei um passo á frente, ficando mais próximo á ela. “Gosto do sentimento de ódio... Gosto de senti-lo em minhas veias, correndo como um veneno e queimando”. Lancei um sorriso malvado.
“Certo”. Resmungou, mas o seu corpo estremeceu, como se tivesse medo da minha aproximação. No lugar dela, eu também teria. “Existem dois tipos de pessoas no mundo: As fracas e as fortes. Obviamente que você é a forte”.
“Alguém colocou os neurônios para funcionar”. Batei palmas. “Você está certíssima”.
“Jesus, se arrependimento matasse...”. Lamuriou, e encostou-se ao travesseiro.
“Você não estaria morta, o diabo não quer pessoas de sua laia no recinto”. Disse e depois torci o meu nariz ao sentir o odor forte queimando as minhas narinas. “Há quanto tempo que você não toma um banho?”.
“Vinte quatro horas”. Murmurou resignada.
“O banheiro é praticamente ao lado da cama”. Apontei com o dedo. “Você deveria ir até ele, não é por ser um bichinho de estimação que deve ignorar a higiene”. Retruquei com a mão no nariz.
“Estou algemada nessa cama. As correntes estão curtas, como acha que eu irei para o banheiro?”. Perguntou com raiva. “Acha que eu quero ficar fedendo e fazendo as minhas necessidades em cima dessa cama? Por favor”.
Toquei as correntes com os pés. Estavam realmente curtas, porque o Christian tinha encurtado, mas tinha alguns metros de correntes livres. Olhei em volta antes de soltar e deixar a Maite com mais movimentação. Não se tornaria perigoso, não tinha como sair do quarto e nem alcançar as janelas.
O acesso ficaria apenas para o banheiro e também para a mesinha. Fui até o outro quarto que o Christian estava dormindo e procurei as chaves para abrir os cadeados. Encontrei em baixo do travesseiro. Era muito tonto!
Tanto lugar para esconder! Prefere um mais acessível. Voltei para o quarto e soltei as correntes, tornando-as maiores.
“Considere isso um presente de caridade. Mas você sabe quais são as regras, não?”. Perguntei voltando a olhar para Maite.
“Sim”. Respondeu. “O Christian foi bem claro sob isso”.
Concordei com a cabeça. As regras eram bem simples: Não tente fugir. Não grite por socorro. Não grite em nenhuma circunstância. Caso o contrário, o castigo seria muito doloroso. Não tinha como se livrar das mãos do Christian.
Com uma mão, afastou o edredom com uma mão e se pôs de pé. O barulho das correntes foi bem irritante. Ela estava presa com as mãos e também os pés. Olhei para o seu corpo sem malícia, apenas analisando. Os seus seios estavam roxeados, a barriga com várias mordidas, as virilhas com marcas de dedos. Era uma imagem muito feia, sinal que o Christian estava sendo bem malvado com ela.
Ela teve dificuldade de andar, fazia pequenas caretas e os passos eram bem lentos. Sua mão ficava na altura do seu baixo ventre, deu-me ás costas e vi os cortes em suas costas, era bem mais que arranhões, pareciam mais feitos com objeto laminoso. Baixei o olhar e vir sangue quente entre as suas pernas... Parecia que o meu irmão tinha forçado o sexo anal e não foi nada agradável.
Um minuto depois, escutei o barulho do chuveiro. Fui até a sala e liguei para um empregado vir fazer a limpeza do quarto. Eu não tinha o porquê fazer isso, e não estava fazendo por Maite, mas tenho certeza que o Christian ficaria muito chateado se chegasse e visse o seu bichinho tão sujo.
Não demorou muito para que o empregado chegasse... Trocou a roupa de cama e limpou o quarto. Perguntou-me se eu queria alguma coisa e eu disse que ele fosse rápido. Não queria que visse a Maite.
Meia-hora depois e com a minha paciência nos pés, Maite retornou para o quarto, estava enrolada na toalha. Parecia mais apresentável, porém, os hematomas ainda eram gritantes. Ela se sentou e começou a atacar o sanduíche com muita fome.
“O que aconteceu com o Christian?”. Perguntou-me com a boca cheia.
“Sofreu um acidente de percurso”. Dirigi-me para a porta. “Amanhã estará aqui novamente, não se preocupe, o seu dono não vai lhe abandonar”. Falei com sarcasmo e pisquei para ela.
“Obrigada”. Murmurou antes que eu saísse.
Não olhei para trás, continuei o meu caminho. Guardei as chaves em meu bolso, depois iria entregar para o Christian. Um cansaço foi me invadindo e também o meu estômago estava roncando de fome. Rumei para a casa e entrei pelos fundos. Peguei uma maçã verde quando passei na cozinha. Depois da primeira mordida, estava muito deliciosa, não demorei muito para terminar de comê-la. Procurei o Thor...
Foi meio irritante para encontrá-lo até que o achei no quarto de Graziela. Eles estavam brincando. A minha filha estava servindo um chá imaginário para ele.
“Mamãe”. Ele cumprimentou, mas diferente das outras vezes, não estava eufórico. Parecia mais receoso.
“Oi meu bem”. Aproximei-me. Graziela assim que me viu sorriu, e veio correndo em minha direção. Peguei-a nos braços e beijei a sua bochecha. Depois depositei um beijo na testa do meu filho. “O que estão fazendo?”. Sentei-me na cama, com a minha filha ainda no colo. Era tão bom tê-la pertinho de mim!
“Brincando de casinha. Quer brincar também?”. Graziela perguntou me olhando com os seus grandes olhos azuis.
“Adoraria...”. Respondi. Graziela se soltou de mim e correu animada para buscar uma xícara de plástico. “O que aconteceu hoje, Thor?”.
“Hoje?”. Fez-se de desentendido.
“Sim. Você sabe muito bem do que estou falando”. Disse séria para ele, mas sorrir para Graziela ao aceitar xícara de plástico.
“Foi um acidente”. Respondeu com os olhos tristonhos. “Eu não tive culpa de nada. Eu juro!”.
“Foi mesmo?”. Arqueei a minha sobrancelha com os meus olhos fixos nos dele. “Porque você sabe que o Christian quase morreu, foi por pura sorte que a flecha não tenha atingido qualquer órgão vital”.
“Sim, mamãe. Não fiz por mal. É que Graziela ficou na frente do alvo, fiquei com muito medo de acertá-la e virei o arco, nem olhei para direção exata, só soltei”. Respondeu com os ombros baixos.
Ah, pequeno capetinha! Quase estava acreditando naquela estória. Mas, talvez, tivesse outra fonte que poderia muito bem me dizer a verdade sem mentir. Olhei para a minha filha.
“Você correu para frente do alvo, Graziela?”. Perguntei diretamente para ela.
Graziela arregalou os olhos, me olhou, depois para o Thor. Eu vi a troca de olhares de ambos, isso me deixou com o cenho franzido, principalmente ao ouvir a resposta da minha filha.
“Sim”. Respondeu sem me olhar.
Ah Dulce... Tinha feito um excelente trabalho para calar a boca dos meus filhos. Ainda não sei muito bem como. Mas, confesso que estava muito surpresa por sua proeza. Levantei-me, e me controlei minha vontade de gritar. Nunca tinha batido no Thor, mas estava com uma enorme vontade de dá umas palmadas em seu bumbum para deixar de ser mentiroso!
“Muito bem!”. Falei um tom mais alto, assustando os dois. “Irei acreditar na palavra de vocês, já que estão me dizendo á verdade, não é?”.
“Sim”. Thor respondeu e depois cutucou a Graziela.
“Sim”. Graziela respondeu depois.
Encarei o meu filho, vi um leve tremor em seus lábios. Ele estava nervoso. Dava para sentir isso, mas tinha uma coisa maior que o impedia de abrir a boca. Inferno Dulce! Como tinha conseguido isso, pelo amor de Deus? Sabendo que eu não iria arrancar mais nada do meu filho. Encarei a Graziela que tinha os olhos arregalados e as mãozinhas se esfregando, também compartilhava do nervosismo de Thor. Porém, nada foi dito.
“Ótimo!”. Disse por fim. “Continuem brincando, meus lindos. Qualquer coisa estarei no quarto, se quiserem me contar sobre qualquer coisa”.
“Você não está brava comigo, não é mamãe?”. Thor perguntou antes que eu saísse.
“Não meu querido. Você disse que foi um acidente e eu confio plenamente em ti. Você nunca iria quebrar a minha confiança, não é? Nunca iria me apunhalar pelas costas, não é? Você não seria capaz de ir contra a sua própria mão, certo?”. Quem sabe com um pouco de pressão psicológica, o meu filho abriria a boca?
Ele abriu e fechou a boca diversas vezes. Parecia que a qualquer momento iria me dizer a verdade. Eu via a agonia em seus lindos olhos esverdeados, até uma gotinha de suor escorreu de sua testa.
“Não”. Mas a resposta foi à mesma.
Trinquei os dentes. Maldição. Eu não estava acostumada com isso. Mas que mer/da é essa que estava acontecendo? Não parecia ser nenhum pouco justo. Estava muito acostumada a viver no comando de tudo, geralmente, eram as pessoas que mentiam para mim. Mas não o contrário. Principalmente o Thor!
Andei com os passos firmes até o quarto. Isso não me agradava, não queria que as minhas artimanhas fossem usadas contra mim. Significava apenas uma coisa: Dulce estava aprendendo com se jogar... Eu estava sendo uma excelente professora para a mesma, do jeito que eu queria. Sempre quis isso, que ela amadurecesse, ficasse mais esperta, que soubesse como lidar com tudo e todos. Estava se tornando perigosa, muito. Pelo visto, as peças do tabuleiro foram movidas e tudo seria mais interessante. Tinha que aprender com essa nova mudança do jogo.
Dulce estava ficando como eu, a única diferença é era que não tinha um passado tão nebuloso e inúmeros segredos para esconder. Relembrar os meus segredos me deixou inquieta. Um reboliço surgiu em meu estômago, causando uma ardência em minha garganta muito incomoda.
Precisava me livrar deles.
Mas como se estão latejando em minha mente?
Retirei os meus sapatos, deixando-os no chão mesmo. Suspirei, cocei a minha nuca, minha cabeça estava doendo, era a preocupação. Desde que voltei para Itália, às coisas pareciam que estava ficando fora de controle. E isso não podia acontecer, estava á um passo de surtar.
Parei no meio do quarto e olhei em volta. Ontem, não tive muita oportunidade de observá-lo, mas agora... Nada tinha mudado. A mesma decoração que Luna tinha escolhido com muito trabalho há anos atrás. Meus olhos pararam na penteadeira de madeira que estava bem conservada apesar do tempo. Respirei fundo, sendo invadida por lembranças...
FLASHBACK
Empurrei a porta do quarto, atrás de mim, ainda podia escutar o som alto da música e das risadas dos convidados que aparentemente estavam se divertindo. Eu deveria ser a única que não compartilhava a felicidade alheia. Tudo porque não estava com ela. Parecia louca que a minha felicidade dependesse de outra pessoa, que eu fosse tão viciada que mesmo com uma aliança enorme no meu anelar esquerdo, gritando que eu era casada, isso não diminuía nem um pouco a minha dependesse dela.
Encontrei-a sentada na penteadeira. Luna estava com os olhos fixos no espelho, enquanto, escovava diversas vezes os cabelos castanhos, quebrando os seus cachos e deixando apenas o ondulado. Estava compenetrada no que fazia, não me viu adentrar o quarto, ou eu achava que não tinha visto.
“Cansou-se da festa?”. A voz de Luna soou baixa.
“Iria perguntar a mesma coisa á você”. Dei um meio sorriso, me aproximando mais até ficar encostada na penteadeira com os meus olhos no rosto dela. “Sabia que é feio deixar os seus convidados e se insolar?”. Brinquei.
Luna suspirou. “Como se eu me importasse com essas festas patéticas que o Heitor faz”. Terminou de pentear os cabelos e colocou a escova em cima da penteadeira, levantou-se.
Parecia que estava infeliz. O seu rosto estava lindo, como sempre bem maquiado, exaltando a sua beleza clássica, mas tinha uma nuvem em seus olhos que os deixavam mais escuros. Isso mexeu com o meu interior, a sensação era de um soco na boca do estômago.
“Você me parece chateada. Aconteceu alguma coisa?”. Perguntei com a voz baixa.
Luna bufou.
“E se aconteceu, não é da sua conta!”. Respondeu ríspida. Soltando a sua raiva em cima de mim. “Por que você simplesmente não some da minha vida? Por que não vai viver o seu casamento e me deixa viver o meu?”. Colocou o dedo a riste. “Eu não preciso de você na minha casa, duas vezes por ano reacendendo sentimentos em mim que eu tento com muito custo sufocar!”. Gritou, os olhos furiosos e ardentes me encarando.
Fiquei uns segundos remoendo as suas palavras. Não conseguia ficar magoada com os seus ataques. Já estava acostumada a ser o saco de pancadas da Luna, isso me deixava mais apaixonada na dela. O seu gênio era delicioso, sem contar que ficava muito sexy quando estava irritada. Sua respiração estava rápida, tornando o decote do seu vestido vermelho atraente aos meus olhos.
Senti-me desejosa.
“Você acha que eu não tento?”. Rebati com a voz calma. “Acha mesmo que gosto de estar casada com outra pessoa, mas os meus pensamentos e também o meu coração presos á você? Não gosto disto, mas não posso controla-los, Luna. Sou prisioneira do amor que sinto por ti. Deus sabe que por muitas vezes quis viver a minha vida, fazer o meu casamento funcionar, mas eu não consigo! Simplesmente não consigo”. Balancei a cabeça em negativo.
Luna ficou amuada com a minha resposta. Fechou os olhos e uma lágrima quente escorreu do seu olho, estendi os meus braços e a puxei para mim. Ela me abraçou com força e soluçou, deixando a cabeça no meu ombro. A acalantei, sentindo todo o meu corpo formigar por tê-la em meus braços, rocei meu nariz em seus cabelos cheirosos.
“Eu não posso, mas estou tão cansada de lutar...”. Luna murmurou, deu um beijo no meu ombro.
“Não lute”. Murmurei de volta. “Eu te amo”.
“Não me diga isso”. Pediu com a voz fraca, ergueu o rosto para me encarar, os seus olhos tinha adquirido novamente o brilho. “Não podemos continuar com isso, tenho medo que o Heitor descubra...”.
“Ele não vai descobrir, relaxe meu amor”. Segurei o seu rosto e rocei os meus lábios nos seus. “Só tenho uma semana aqui, vamos aproveitar...”. Pedi e a beijei.
Luna não me repeliu, passou os braços em meu pescoço e beijou-me intensamente. Entendia muito bem os seus medos e anseios porque eu passava por isso, todos os dias. A diferença era que se ela tivesse um pouco de coragem para ficar comigo, não me importaria em abrir mão de tudo para ficar com ela.
Porém, ela nunca se mostrou corajosa o suficiente para abrir mão de tudo para ficar comigo. Tentava não me magoar com isso e buscava entende-la.
Ainda tinha esperança que em algum momento, ficaremos juntas. Virei-me, trazendo junto o seu corpo, sentei-a em cima da penteadeira, minhas mãos tentando se livrar do seu vestido. Eu necessitava tocá-la. Enquanto me afundava em seus lábios e me saboreava com as suas curvas, tentei acalmar a mim mesma.
Alimentei a esperança de que tudo um dia ficaria em perfeita harmonia e que ficaríamos juntas para toda vida.
FIM DE FLASHBACK
Como eu era tolamente apaixonada por Luna á ponto de ficar completamente cega em criar uma esperança genuína quando tudo estava bastante explícito. Ela nunca deixaria o marido e a vida regada á luxos.
Eu que sempre me ilude demais, criei expectativas que iria muito além da realidade. Mesmo me amando, Luna nunca iria ficar comigo, mesmo se por ventura, o seu casamento não desse mais certo e se divorciasse, mesmo assim, não ficaria comigo porque era preconceituosa demais e tinha muito receio com que as outras pessoas iriam falar. Achava-se importante demais a sua posição na sociedade para perdê-lo em troca de um amor lésbico.
Preferia viver uma vida superficialmente a ter um amor. Só que eu não conseguia enxergar isso até o momento em que me dispensou quando as coisas ficaram perigosas demais para sustentar a teoria que éramos simplesmente amigas.
Balancei a minha cabeça, afastando as lembranças. Era incomodo ainda me lembrar de algumas coisas. Não amava mais a Luna, o amor foi esquecido. Porém, ter carregado esse sentimento em algum dia dentro do meu peito, estava o tornando a minha consciência muito pesada.
Eu não poderia deixar que isso me consumisse.
Decidi novamente que os meus conflitos internos era por estar na Itália. Estava me tornando medrosa, mas por saber que se Dulce descobrisse tudo, nunca seria perdoada. Era um risco muito alto e não estava disposta a pagá-lo. Mas como sobreviver omitindo fatores importantes, como por exemplo...
Eu precisava contar a Graziela que era a sua mãe. Necessitava escutá-la me chamar de mamãe. Ela era o motivo de eu estar aqui, de ter ido tão longe, ao extremo com tudo.
Mas como eu poderia contar a ela sem me comprometer com a Dulce? Não tinha nenhuma estória sensata para explicar a Dulce que eu tinha uma filha de três anos. Minhas mentiras estavam prontas para explodir, mas eu podia evitar que viesse a margem.
Só que eu não tinha o controle de muitas coisas. Por exemplo, um soluço de pura surpresa escapou dos meus lábios ao ver o envelope em cima da cama. Eu reconhecia muito bem aquele envelope, trêmula, peguei o mesmo e retirei a carta de dentro. Um medo incontrolável fez com o que meu queixo batesse firmemente e minha respiração se tornasse difícil.
Era a maldita carta que eu tinha mandado para a Luna quando tudo fora acabado e eu, inutilmente ainda tentava reatar o relacionamento.
Se estava em cima da cama era sinal que a Dulce tinha encontrado isso. O meu reinado de mentiras estava começando a desabar...
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Autor(a): ThamyPortinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 248
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slj Postado em 10/12/2021 - 20:45:59
Como vc consegue?? Surpreende a cada capítulo. Simplesmente amando essa fic.
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anahigio1405_ Postado em 16/10/2019 - 20:14:50
Melhor fic portinon 👏 ja é a quinta vez que leio de tão foda que é ,faz outra fic portinon mais com o mesmo estilo
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Emily Fernandes Postado em 06/11/2017 - 09:11:15
Só vim aqui pra ver a Anie com sangue nos olhos. Ahahahahahah. Minha vilã mais perfeita. Nem a BRATIU superou kkkkk. Adoro. Bjs fui.
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Nix Postado em 23/08/2017 - 22:43:20
eita que meu coração não aguentou chorando horres
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flavianaperroni Postado em 15/02/2017 - 20:51:51
Que isso?? que web mais viciantemente perfeita,bem escrita,eu simplesmente achei incrível,ela envolve o leitor de um jeito inexplicável. Parabéns,eu amei de verdade a historia,mesmo que elas tenham morrido no final,sim eu odiei a Anahi nos capitulos finais,mas fazer o que,faz parte da vida oehueheo Mas enfim,adorei,você escreve muito bem!!!
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any_reis Postado em 16/11/2016 - 14:33:24
GZUIS, QUANTO TEMPO EU FIQUEI FORA??? apesar delas terem morrido eu gostei, tu sempre deixou claro o tema da estória. Eu... Eu simplesmente adorei, garota tu escreve mto bem, deveria se dedicar à isso, e se virar uma escritora me fala pois irei ler todas as suas estórias, mais enfim eu me apaixonei pela fanfic, só surtei um pouco quando vi "ÚLTIMO CAPÍTULO" kkkkkkkkk , mais de todavia aguardo a sua próxima fic gatinha ^^
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Julia Klaus Postado em 14/11/2016 - 23:22:01
Eu sabia elas se matariam. Eram muitos podres da Anahi ser perdoado. Dulce não conseguiria viver, pq caso ela fosse embora, Anahi a perseguiria até o fim. Doente do jeito q é. Não vou dizer q esperava q Dul fosse se matar. Gostei da forma q Christian morreu kkk. Christian e Ariel pensaram q teriam Any e Dul respectivamente hehehee. Muita coisa pra Dul processar e perdoar. Nunca seria a mesma coisa. Muita coisa ruim no meio... O q doeu mais foi a mentira e os jogos. Anahi nunca ia mudar, eram palavras da boca pra fora... Enfim amei a história do início ao fim. Estava off por conta dos estudos :)
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luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:10:05
MERECEMOS OUTRO FIC MONA ESSA JÁ É A SEGUNDA QUE TU MATA ELAS, TU NÃO TEM CORAÇÃO MESMO. VOU PROCESSAR VOCÊ E VOU DIVULGAR QUE VOU PROCESSAR VOCÊ.! pq sou maldosa :v
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luh_perronita Postado em 11/11/2016 - 21:05:53
Acaboooou :OO Final bem triste sim pq chorei uns rios mais um dia eu supero isso. a historia foi muito intensa e cheia de segredos adorei tudinho
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mariposa Postado em 11/11/2016 - 16:20:35
TE ODEIO MALDITA! TU ME FEZ CHORAR! Como conversamos, eu sabia que essa web se encaminhava para a tragédia apesar de não querer, Anahi merecia pagar por tudo o que ela plantou, mas Dulce foi uma vítima desde que veio ao mundo, não achei justa a morte dela, na vida se junta os caquinhos e se sobrevive, ela foi covarde, foi eterno enquanto durou, mas foi tão fugaz, não sei o que dizer apesar de ter muita coisa em mente. Apesar de achar que tu poderia ter desenvolvido um pouco mais e que poderia ser um pouco diferente, te parabenizo por que tu é uma excelente escritora, vou esperar pela próxima, mas se tiver morte, obrigada, não vou ler, e dessa vez é sério, você só deixou escapar Faz de Conta, meu coração não aguenta. Beijos, te amo.