Fanfic: Secret. — Portiñón. | Tema: Portiñón, AyD. Anahí e Dulce.

O assassinato de Anahí e o suicido de Dulce ficaram reconhecido mundialmente. Foram intitulados como “Amor mortal”. O caso dividiu a população, uns ficaram horrorizados, outros ficaram compadecidos e alguns entristecidos. Eram mulheres bonitas que deveriam ser felizes, porém, o destino tinha reservado um caminho totalmente diferente para ambas.

Felicidade não era o ingrediente principal para o relacionamento de ambas. Apesar de ser completarem, outros elementos faziam com que a relação fosse tóxica. Não deixava de ser amor, mas também, não deixava de ser doentio.

Á tragédia sempre as acompanhavam, estava na espreita, esperando um momento certo para atacá-las. O prenuncio da morte estava escrito nas linhas tortas em que escreveram a sua estória.

Mas elas acreditaram que poderiam ser felizes. Uma doce ilusão que carregaram enquanto estavam juntas. Imaginariam um futuro, um envelhecimento juntas, mas algumas coisas são  para acontecer. Não tiveram o “para toda eternidade”, mas foi eterno enquanto durou.

Fora intenso, mágico e único. Extraíram a essência do amor, apimentaram com paixão, ciúmes e porque não ódio? Amor e ódio andam sempre de mãos unidas. Ás vezes, amamos tanto uma pessoa que até no ódio nos reapaixonamos por ela. Era coisa de carne e de alma.

O por mais trágico que a estória se sucedeu e como terminou... Ainda existiam pessoas que quando lia a nota no jornal, suspiravam invejosas por saber que não encontraria um amor intenso e enlouquecedor como este em toda sua vida.

Uma única pessoa que não conseguia se conformar com a morte de Dulce era a Ariel. Ela não conseguia compreender o porquê de sua prima ter feito isso. Magoava-se ao pensar que Dulce preferia á morte a viver em um mundo que Anahí não tivesse presente. Seu ódio por Anahí aumentou consideravelmente e sempre desejava que a mesma queimasse no inferno por ter lhe tirado o seu amor. Ironia, já que Ariel sabia bem no fundo nunca se perdia aquilo que não se tinha.

Com a morte de Anahí e Dulce, a verdade veio à tona: Quem estava residindo na Itália não era Dianne que já tinha morrido á algumas semanas, e sim, Dulce Maria. Foi um reboliço, principalmente pelos amigos.

Ariel se safou de qualquer acusação porque dizia que não sabia absolutamente de nada e que tinha sido enganada, assim como todos. O assunto morrera ali, não tinha a quem acusar. De toda via, Dulce estava morta.

Anahí e Dulce foram enterradas juntas, mesmo sob protesto de Ariel que fora ignorado por Marichelo. A mãe queria a filha junto da amada. Devia isso a Anahí para compensar o mal que tanto fizera a filha. Sabia que se tivesse sido um pouco complacente ou até mesmo desempenhado o seu papel de mãe, talvez, a Anahí não tivesse um fim tão triste como este. Mas faria diferente com os seus netos...

Ah, Thor e Graziela... Estavam inconsolados. Não entendiam como as suas mães os tinham deixando, principalmente a Anahí que tinha prometido que nunca os abandonariam. Foi mais difícil para o Thor aceitar do que Graziela. A menina estava muito bem, se recuperando da cirurgia, o organismo tinha aceitado o fígado doado de Anahí.

Eles estavam sendo bem cuidados pela avó que os tratavam como príncipes. Não deixava faltar nada para os seus netos. Principalmente amor. Sabia que não podia substituir o amor de uma mãe, mas sentia a necessidade de proporcionar um pouco de felicidade aos seus netos. Tinha perdido os seus dois filhos, Christian e Anahí. Segunda chance era proporcionada para repararmos os erros cometidos no passado.

Em falar em segunda chance, outra que não tivera fora a Maite que adquiriu uma bactéria potente no hospital e morreu de sepsia.

É. Algumas pessoas não tinha sorte na vida.

O testamento de Dianne fora aberto. Claro que reescrito por Dulce que fora esperta o suficiente para datar em uma época que Dianne estava viva. Deixando todo o dinheiro para Graziela, e apenas a propriedade que não fora vendida para Ariel.

Aos poucos, o tempo fora passando... As pessoas esquecendo-se do acontecido. Mas Anahí e Dulce continuavam vivas nos corações dos seus filhos. Eles tinham convicção de que por detrás da tragédia, existia um amor incondicional entre elas.

“A verdade é que todo mundo vai te machucar. Você tem que encontrar aqueles pelo que vale a pena sofrer”.

FIM.

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Sei que não anunciei que o final estava próximo e que vai pegar algumas de surpresas. Principalmente pelo final. O final pode não agradar, e provavelmente não vai. Mas lembrem-se: Essa estória não era de romance, não era de felicidade plena, de companheirismo, de plenitude. Era uma estória de tragédia. Um drama do início ao fim. Não existia meio termo. Era na base do oito e oitenta. As personagens eram sem salvações. Dulce era até merecedora de ser feliz, mas o seu erro foi se apaixonar loucamente por Anahí – uma mulher condenada por vida.

Como a Dulce poderia ser feliz sem a Anahí?

Ela entregou-se de corpo e alma... Anahí se tornou a base da sua existência. Ela preferia morrer do que viver em um mundo sem a Anahí. Porque mesmo que quisesse, não seria capaz de perdoá-la. Imagine quando você se doa inteiramente para uma pessoa, cria um mundo, expectativa, idealização e de repente, essa pessoa lhe apunha-la? Algumas pessoas ainda tem a opção de ser agarrar em outra pessoa que a ajude se reerguer, porém, mesmo com a Ariel, não era o suficiente para Dulce. Ninguém seria como Anahí, e ela nem queria para fim de conversa.

Então, o final alternativo não se tornou uma opção porque eu não conseguia mais acreditar. É difícil escrever quando não se acredita mais, o perdão era impossível e mesmo se existisse perdão, Anahí não iria mudar. Ela era assim, egoísta, manipuladora, maquiavélica. Teve toda a chance de mudar pelo amor que sentia por Dulce, mas mesmo assim, preferiu se manter na mentira porque isso fazia parte do seu carate. Como a Dulce iria confiar nela dessa maneira?

Mesmo que existisse perdão, não existiria mais confiança. O relacionamento seria corrompido e destruído da mesma forma.

Enfim.

Quero agradecer á todos vocês que me acompanharam, que surtaram, que vibraram e se mantiveram comigo durante toda essa estória. Para mim, foi muito especial escrever uma estória de drama até porque nunca tinha me arriscado e também foi muito bom porque drenei mais a minha imaginação e aperfeiçoei um pouco – um pouquinho a minha escrita. Obrigada por confiarem em mim em mais uma fanfic. E bem, até a próxima. (Caso se houver mais uma, postarei o link por aqui mesmo). Sejam felizes. Um grande beijo.