Fanfics Brasil - 39 - Flash Back? Déjà Vú? Conheço Essa História... (PARTE 1) - Último Capítulo De Repente Dulce(adaptada)

Fanfic: De Repente Dulce(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 39 - Flash Back? Déjà Vú? Conheço Essa História... (PARTE 1) - Último Capítulo

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— Ah, minha filha, você está linda!


Minha mãe avançou a passos largos até mim e enxugou os olhos com um lenço de linho que alguém do castelo providenciou para ela. Desde que me vira vestida daquele jeito, vivia emocionada e chorando pelos cantos.


— Mãe, por favor, não vai chorar de novo. Desse jeito seu nariz vai aparecer vermelho em todas as fotos.


Mas não teve jeito. Só o fato de eu estar usando aquele vestido era um motivo para ela se debulhar em lágrimas. E minutos depois a vovó Nair fez o mesmo, seguida por Anahí, Irina e até Karenina. Eu não conseguia acreditar. Quanto exagero! Afinal, eu só iria oficializar uma situação — agora sim — que já estava consolidada havia muito tempo.


Ali estava eu, numa realidade bastante semelhante a outra de mais de dois anos atrás, cercada por um bando de choronas e tendo que lidar com um penteado nada confortável, elaborado minutos antes pelo queridíssimo Patrick, que dizia a todas as outras clientes de seu requisitado salão que era meu personal hair stylist, o primeiro e único.


— Gente, o que é isso? — perguntei, de braços cruzados sobre a parte de cima do meu lindo vestido de chiffon. — Ainda não consegui processar o motivo de tanta choradeira. Por acaso tem alguém morrendo?


Uma sinfonia de fungadas foi a resposta mais imediata à minha pergunta, seguida pela explicação da minha avó:


— É que você está tão linda... e hoje é um dia tão especial que fica difícil controlar as lágrimas.


— Fiz suco de maracujá para todas nós, Dulce — Karenina anunciou, na maior inocência, com o nariz tão vermelho quanto o das outras.


De repente, me veio aquela sensação de déjà vu. Algo me dizia que já havia passado por uma situação idêntica àquela, alguns anos antes, com os mesmos detalhes.


Ah, bisa Catarina, aposto que seus dedos estão por trás do desenrolar dos fatos!  


— Não. Não mesmo! De jeito nenhum! — Eu me afastei, em choque, da beira do
precipício. — Não vou saltar, Dante!
— Vai sim. Você sempre quis voar, lembra? — ele argumentou, ajustando o
capacete laranja na cabeça. — Não precisa ter medo, vai ser legal.
— Você quer mesmo me matar hoje, né? Como não morri na viagem até aqui,
com a sua pilotagem alucinada, você quer me jogar do penhasco.
Dante dirigira como um doido durante todos os cento e cinquenta quilômetros
até a cidade onde seus pais moravam. Tudo bem que, em alguns momentos, eu
cheguei a apreciar a viagem, como quando ele parou no acostamento e puxou
minhas pernas para cima, passando-as em sua cintura, como se eu fosse uma
mochila. Ou uma extensão de seu corpo. E foi incrivelmente bom sentir o vento
batendo em meus cabelos que escapavam do capacete. Mais espantoso ainda foi a
sensação de liberdade que tomou conta de mim quando atingíamos retas e Dante
acelerava ainda mais. Era mesmo como se eu voasse! Claro que eu também estava
paralisada de medo, mas, grudada a Dante daquele jeito, era fácil suportar.
No entanto, a situação agora era outra. Dante pretendia me atirar de um
penhasco amarrada a uma pipa.
Ele gargalhou alto, me livrando do frenesi de pensamentos, e começou a
conferir o equipamento de segurança em meu corpo. Tiras de náilon se prendiam
às minhas coxas e joelhos, cintura, peito, braços e antebraços, como um avental
esquisito. O capacete azul, igual aos de skatistas, foi bastante apertado em meu
queixo, quase me sufocando, e, mesmo assim, meus dentes batiam uns contra os
outros.
— É só um salto — ele falou, tranquilo, conferindo e apertando ainda mais as
tiras do meu equipamento. — Já perdi as contas de quantas vezes saltei de asa-

delta dessa pedra. Você vai adorar, confie em mim.
— Você tá tentando me punir?
— Não, estou tentando transformar seu desejo em realidade.
— Quando eu disse que queria voar foi hipoteticamente, caso eu tivesse
superpoderes, não pendurada em uma pipa frágil. Eu sou pesada!
— Não é, não — contrapôs, rindo.
— Sou sim! Isso aí não aguenta nem um cachorro, quanto mais duas pessoas. A
gente vai morrer, Dante!
Ele segurou meu rosto entre as mãos e colou a testa na minha. Os capacetes
estalaram.
— Vou cuidar de você — ele prometeu, olhando no fundo dos meus olhos. —
Não vamos morrer. Você vai voar, vai gostar da experiência e nunca mais vai
esquecer. Confie em mim.
— Prefiro confiar em você em terra firme. — Engoli em seco. — Sabe, acho que
não sou muito
voável. Pensa comigo, se fosse pra eu sair voando por aí, teria asas.
Ou turbinas. Ou hélices, quem sabe.
— Você tem asas, meu anjo. Mas só eu consigo ver. — Ele me beijou de leve,
então me soltou e foi checar a imensa asa laranja e amarela.
Tudo bem, Deus. Se me tirar dessa, vou passar o próximo Carnaval fazendo
caridade. Tipo distribuindo água para os foliões no bloco da Ivete em Salvador.
Dois amigos de Dante ajudavam na montagem dos equipamentos. Ele até me
apresentou a eles, mas não consegui guardar os nomes. Como eu poderia? Dante
estava prestes a me jogar do precipício!
Relanceei a moto alguns metros atrás de mim e subitamente tive uma ideia.
— Hã... Dante, acho que vou ficar aqui com a sua moto — comecei, retorcendo
os dedos. — Alguém tem que levar a Ducati pra casa dos seus pais.
— Você não dirige moto.
Ainda. — Eu estava em pânico, então não dei muita
atenção à ameaça. — Além disso, você não sabe onde meus pais moram. O Cássio
faz isso. O Juca vai pegar a gente lá embaixo com a caminhonete. — Ele sacudiu os
braços. — Tudo bem, estamos prontos.
Dei um passo para trás assim que ele começou a se aproximar de mim.
— Não, por favor! — implorei. — Não quero fazer isso! Por favor!
Ele se deteve, a testa franzida.
— Você está com medo de verdade?

— Apavorada — confirmei, quase aos prantos.
Ele suspirou, resignado, e se aproximou um pouco mais.
— Tudo bem, então. Se você acha mesmo que é demais, vou sem você. Já
incomodei os caras para armarem tudo isso, não seria justo fazê-los perder tanto
tempo à toa. Prefiro que vá com o Juca na pick-up. O Cássio gosta de fazer umas
curvas fechadas com a moto, e não quero você na garupa de ninguém.
Ele tomou meu rosto entre as mãos e me beijou, dessa vez um beijo longo.
— O cara tá caidaço pela gata.
Alguém riu, o que fez Dante me soltar.
— Te vejo lá embaixo. — E me deu uma piscadela.
— Dante, espera! — segurei seu braço. — Você armou tudo isso só por minha
causa? — Indiquei a asa-delta com a cabeça.
Ele assentiu.
— Eu falei sério, Luna. Quero te dar o mundo. Acho que devia ter te
perguntado antes, mas tudo bem. Quem sabe na próxima.
Ele se esforçava para soar tranquilo e desinteressado, mas era impossível não
notar a decepção em sua voz, e isso fez meu estômago embrulhar. Ele estava me
oferecendo algo que era importante para ele, eu podia sentir isso. E eu o recusava,
exatamente como fiz no hospital.
Talvez o que ele estivesse me oferecendo ali fosse mais que um salto... para
uma morte violenta e tudo o mais. Quem sabe aquele salto não significasse mais
que apenas uma aventura. Ele gostava de adrenalina correndo nas veias e talvez
quisesse dividir comigo o que julgava ser o melhor que tinha a oferecer. Ou talvez
fosse simplesmente saltar com ele rumo ao desconhecido. E, para ser sincera, eu só
conseguia pensar em uma pessoa para pular de um penhasco comigo. E ali estava
eu, rechaçando seu presente, magoando-o apenas por temer algo tão banal como a
morte dolorosa por queda livre.
Não, não abre a boca. Deixa ele ir e fica caladinha. Não fala nad...
— Vou com você. — Merda!
— O quê? Agora? — ele indagou, surpreso.
— É, né? Você já me amarrou a essa coisa. — Puxei uma das faixas do
equipamento preso ao meu corpo. — Nunca vou conseguir me livrar dessas
correias todas sem a sua ajuda e, de todo jeito, já tô aqui mesmo. Vamos pular logo

e tentar não morrer hoje. Sua mãe vai ficar decepcionada se você não aparecer na
festa.
Os lábios bem desenhados se esticaram exibindo os dentes brancos perfeitos.
— Você é simplesmente incrível, sabia?
— Tá legal, já topei pular para a morte com você, não precisa ficar me
bajulando. Vamos logo com isso antes que eu perca a coragem.
Ele me abraçou pela cintura, abaixando a cabeça para que seus olhos ficassem
na altura dos meus. Eles continham uma admiração indisfarçável, esperança e mais
alguma coisa que não pude identificar.
— Você me escolheria para pular em direção à morte? — ele quis saber.
— Meio que já escolhi.
Ele encostou a testa na minha, fechando os olhos. Os capacetes rangeram com
a suave colisão.
— Como demorei tanto pra notar você? Juro que não entendo! Não faz sentido
— falou, com a voz enternecida, antes de inclinar a cabeça para me beijar.
— Ah, cara! Lá vão eles outra vez. — O moreno, que talvez se chamasse Cássio,
bufou, impedindo que Dante completasse o percurso que o traria até minha boca.
— Desse jeito vamos ficar aqui até o Natal!
— Cala a boca, Cássio — Dante riu. — Vem, Luna.
Eu fui, ainda que tremesse dos pés à cabeça.
— Presta atenção, princesa — começou Cássio. Dante e o loiro, Juca, se
dedicavam a plugar ganchos e cabos ao meu equipamento de segurança. — O lance
é o seguinte: você vai correr segurando essa barra aqui. — Ele apontou para a haste
lateral que subia formando um triângulo perfeito. — Assim que sentir o chão
sumir, encolha as pernas e se incline pra frente. Solte a barra e se segure no Dante.
— Correr, encolher, segurar. — De que adiantaria dizer que eu não fazia ideia
do que ele estava falando?
Cássio balançou a cabeça em aprovação.
— É isso aí! — E deu um soquinho no meu capacete. — Abra bem os olhos,
curta a paisagem e boa aterrissagem.
— Abrir, curtir, aterrissar. Não morrer. Entendi.
— Você vai ficar bem! — Dante me assegurou, me dando uma leve palmada na
bunda. — Equipamento de segurança em ordem. O vento está bom. Estamos
prontos.

— Beleza! — Juca bateu palma e se posicionou de um lado da asa. Cassio já
estava a postos do outro.
Dante pegou minha mão esquerda e a posicionou no local indicado por Cássio
segundos antes. Apertei a barra fininha até meus dedos protestarem, mas não
aliviei a pressão. Minha outra mão ele pousou em seu ombro direito e
imediatamente enrolei os dedos em sua camiseta, como se aquilo pudesse me
impedir de despencar. Então ele segurou o triângulo pelo centro das barras,
testando as rodinhas.
Cássio começou a contagem.
— Quatro, três, dois...
Eles começaram a correr e, sem muita alternativa, fui junto. Meu coração batia
rápido contra as costelas, minha respiração estava curta, meus joelhos reclamaram
do impacto contra a pedra dura e...
— Vai! — alguém gritou.
E de repente a pedra não estava mais lá. Fiquei suspensa, me sentindo uma
mortadela de padaria pendurada sobre o balcão. Olhei para baixo e tudo que vi foi
uma imensidão de verde a quilômetros de distância.
AAAAAH! — Nunca pensei que pudesse gritar tão alto.
Soltei a barra depressa, apertando bem os olhos, ignorando as instruções de
Cássio. Abracei Dante com os dois braços e escondi o rosto em suas costas, como
fazia na garupa da moto. Tentei passar as pernas ao redor de seu corpo, mas a
porcaria do equipamento de segurança não permitiu.
Eu sentia o ar gelado acariciando minha pele, a umidade se prendendo ao meu
cabelo, o retumbar descompassado do meu coração se misturando ao sussurro
suave do vento. Eu não sabia ao certo se estávamos planando — embora eu
torcesse que sim — ou em queda livre rumo às árvores lá embaixo, mas não abri os
olhos para conferir. Eu retorcia os dedos na roupa de Dante, um braço enlaçado em
seu pescoço, o nariz comprimido contra suas omoplatas.
— Tudo bem aí? — Dante ergueu um pouquinho o ombro direito, meio que
me cutucando, já que suas mãos estavam ocupadas. Ao menos eu esperava que
estivessem. Não entendia muito do assunto, mas imaginava que alguém
devia
pilotar aquela coisa.
— N-n-n-n-n-n-n-...

— Tudo bem, meu anjo. A primeira vez é assim mesmo. Quero que respire
fundo — ele pediu calmamente. — Consegue fazer isso?
Eu fiz. Umas três vezes.
— Ótimo! Agora erga a cabeça como se fosse olhar para frente. Não para baixo,
apenas para frente.
— N-n-n-n-n-n-n...
— Dá sim — afirmou. — Só um pouquinho, Luna.
Tremendo, elevei a cabeça e apoiei o queixo em seu ombro.
— Perfeito! Agora é a parte mais complicada, mas sei que consegue. Abra os
olhos.
— N-n-n-n-n...
— Eu sei, meu anjo. Parece assustador, mas não é. A escuridão amplifica nossos
medos. Se abrir os olhos, vai ver que não é tão terrível assim. Aposto que vai se
surpreender. Sei que é capaz. Você já fez o mais difícil, saltou! Agora abra os olhos.
Inspirei fundo, uma dúzia de vezes, e experimentei erguer de leve as pálpebras,
apenas uma frestinha. Através da fenda estreita, visualizei algo claro, meio
desfocado. Ousei abrir um pouco mais, tentando entender o que via. Como não
consegui, me obriguei a abrir tudo.
— Uau! — exclamei, maravilhada. — Uau!
Uma diáfana cortina branca nos cercava. Estávamos dentro de uma nuvem!
— Eu sei! — Dante falou, animado. — Incrível, não é?
— A g-gente t-tá vo-vo-vo-vo-vo-vo-vo-vo-voando!
— E sem passar dessa para melhor — ele gracejou.
Eu ri, um pouco histérica, admito, mas nem me importei. Eu estava
mesmo
voado. A nuvem se dissipou e então a luz do sol nos saudou, banhando minha pele
arrepiada. Procurei manter a vista erguida, mirando o horizonte e nada mais. Bem
ao longe, uma imensa lagoa se espalhava ao redor de algumas elevações. A cidade
se tornara um amontoado de cores e formas.
Dante nos fez inclinar de leve, com uma curva suave. Mantive os olhos bem
abertos, não querendo perder nada daquilo. Nós planamos por um tempo, e a paz
que senti ali em cima me fez esquecer o pânico de segundos antes.
— Consegue soltar meu pescoço? — ele perguntou.
Achando que eu o estava sufocando, afrouxei o aperto e me agarrei a seu
ombro esquerdo, mas ele tinha outra ideia.

— Me dá sua mão.
Devagar, percorri, um pouco hesitante, o caminho do ombro até o braço forte.
Ele não me apressou. Pelo contrário, foi paciente e carinhoso, murmurando
incentivos e aprovação a cada centímetro transposto. Assim que minha mão tocou
a sua, ele inverteu as posições e apertou minha palma contra a barra horizontal.
— Agora a outra — pediu.
Escorreguei a mão por suas costas e desci pelo braço, como da primeira vez. E,
como antes, ele prendeu minha mão entre a haste e a sua. Então afrouxou o aperto.
Comecei a surtar outra vez.
— O q-que você tá-tá fazendo?
— Deixando você conduzir. Mantenha o ângulo.
— O quê? N-não! Volta aqui! — Mas era tarde. Dante soltara a barra que
controlava a asa-delta e prendera sua mão em minha cintura.
— Muito bom, meu anjo! Você está indo muito bem.
— Dante! Vou acabar matando a gente!
— Não vai, não. Anjos sabem voar. Preciso te perguntar uma coisa.
— Hã... p-péssimo momento. Por favor, segura isso aqui! — implorei,
apertando aquela barra com tanta força que é bem provável que eu tenha
quebrado um dedo.
— Em trinta segundos. Você falou sério no hospital, ou só queria se livrar do
seu irmão?
— Quê...?
— Você realmente quis dizer que sou seu namorado, ou foi só um jeito de se
livrar do Raul?
Ah, era tudo o que eu precisava. Uma
DR a dois mil metros de altura e amarrada
a uma pipa.
— Dante, eu... — A haste estremeceu e não foi culpa minha. Bom, eu achava
que não. — Ai, meu Deus! Essa coisa tá tremendo! Vai desmontar!
Ele deu risada, soltando minha cintura e retomando o controle do aparelho.
Voltei à nossa posição padrão no mesmo instante.
— Se segura aí, meu anjo — preveniu um tempo depois.
Começamos a nos aproximar do chão. As casas já não pareciam pecinhas de
Lego.

— A gente vai pousar naquele campo lá na frente. Você precisa ficar
esticadinha, como tá agora, e deixar o resto comigo.
Assenti, embora ele não pudesse ver.
Conforme o chão se aproximava, decidi que fechar os olhos era o melhor a
fazer. Prendi a respiração, esperando pelo tranco que nunca veio. A aterrissagem foi
suave, as rodinhas fizeram contato com o solo naturalmente e, poucos metros
depois, pararam por completo.
— Ah, graças a Deus! — exalei com alívio.
— Sã e salva como prometi. — Dante se virou para soltar o cabo que me
prendia ao eixo da asa. Caí de cara no chão, então rolei até deitar de costas,
afrouxando o capacete e me livrando dele. O fluxo de adrenalina ainda corria livre
pelo meu corpo.
Dante fitou meu rosto.
— E aí, curtiu? — ele quis saber, deitando ao meu lado e se apoiando em um
cotovelo.
— Bom, se excluir a parte em que achei que fôssemos morrer... acho que gostei.
Foi surreal e assustador e... A gente estava mesmo dentro de uma nuvem?
— Estava sim. — Ele retirou o capacete laranja, sorrindo animado, os cabelos já
se eriçando em diversas direções.
— Eu sempre quis tocar uma nuvem. E foi bem legal ficar planando. Tudo bem
que quase vomitei em você umas duas vezes, mas... eu gostei, Dante. Adorei
mesmo. Obrigada. Foi o presente mais lindo que alguém já me deu.
— Um homem precisa ser criativo. Você meio que limita minhas opções. — Ele
afastou uma mecha de cabelo que caía em meu rosto e a prendeu atrás da orelha.
— Flores estão fora de cogitação, jantares podem terminar em banho de sangue...
— Eu falei sério.
— Eu sei, acredito em você. Aquele mané que você namorava parece não se
importar com nada além d...
— Eu falei sério antes. No hospital.
Seu sorriso começou tímido, curto, mas se ampliou, tomando seu rosto por
completo e transformando sua expressão em puro êxtase.
— Ótimo! Eu já estava ficando sem ideias de como convencê-la a ficar comigo
pra valer. — Ele se inclinou sobre mim, me beijando com delicadeza a princípio,
mas aquele era o Dante, e as coisas se tornaram mais sérias e quentes, perigosas,

quase inapropriadas para um local público. — Além disso — contou,
interrompendo o beijo —, agora sei como vou te apresentar para os meus pais.
Arregalei os olhos, só então me dando conta de que pular de asa-delta tinha
sido apenas a premissa, um aquecimento para o grande salto que ainda estava por
vir: ser apresentada à família do meu namorado recém-separado.



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Autor(a): leticialsvondy

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— Vocês são inacreditáveis — falei, revirando os olhos. — E a tia Marieva? Já apareceu? Como vou entrar se as crianças não tiverem chegado? Meus primos me acompanhariam ao longo do trajeto até o altar. Além deles, um cortejo de meninas do Lar Irmã Celeste abriria a cerimônia,&nbs ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 21



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  • leticialsvondy Postado em 11/03/2017 - 13:05:19

    Meninas Sorry pelo erro no 39 parte 1 tava editando outra fic e acabou indo junto. Desconsiderem o final

  • candy1896 Postado em 07/03/2017 - 19:57:54

    Continua

  • candy1896 Postado em 07/03/2017 - 11:36:03

    Continua

  • candy1896 Postado em 06/03/2017 - 21:10:47

    Continua

  • Anja Candy Postado em 07/11/2016 - 07:48:04

    Finalmente, já tava morrendo de curiosidade aqui. Acho que o olho grego é o tio da Dulce. O ucker vai pedir ela em casamento?? Aleluia!! To adorando o rumo do casal, mesmo que tenha a praga do olho grego e o tio da Dulce!!! Ansiosa é pouco pra essa surpresa!! Beijos!!

  • Anja Candy Postado em 03/11/2016 - 07:53:54

    Ahhhhhhhhh sinceramente sou totalmente a favor da Dulce. Mesmo que seja uma coincidência acho errado o ucker ter ficado no mesmo lugar q a nome d cachorro!! Porra a Dulce tá passando por momentos difíceis e com uma pressão do kralho nela, e invés de ajudá-la ele vai la pras bandas do Canadá!! A Dulce tá sofrendo pra merda, espero que logo ela tenha um período mais calmo na vida dela!! Continua logo e beijos!!

  • isisvondy Postado em 29/10/2016 - 14:14:10

    Continuaaa

  • Anja Candy Postado em 25/10/2016 - 07:01:44

    CHEGUEIIIII!!! Gatinha, qro pedir desculpas por não ter comentado logo, mas é que com o tempo corrido e essas coisas aí, fica difícil lembrar de todas as fanfics que eu tenho que comentar, mas bom, eu ja me atualizei e qro mais capitulos, viu? Continua!!

  • lih_saviñon_uckermann Postado em 25/09/2016 - 13:10:24

    Haaaaaa ja li a pireira temporada ! Simplismente AMEI <3 e ja to lendo a segunda, aiiii q emoção ! Eu sou daquelas pessoas q quando tem uma cena fofa fico qierendo gritar sabe ? Mais tenho q me controlar, ate pq se eu gritasse as pessoas iam me enterna num manicomil ! Rsrsrs CONTINUA pelo o amor de Deus !! <3 <3 <3

  • Anja Candy Postado em 21/09/2016 - 07:12:21

    Ahhhh meu Deus, como é isso de ameaça?? WHATS?? Fiquei com mutcho medo isso sim. Algo me diz q qm tá ameaçando a Dulce é alguém dos políticos ou até o próprio Pablo, ou qm sabe a nome de cachorro? Sla, tá tudo muitooooo confuso agora, n consigo pensar em um culpado com certeza sem ter minhas dúvidas!!!! Espero que a dul passe logo a ser aceita realmente como um membro de autoridade, sem essas frescuras de tudo q ela falar ser mal interpretado pela imprensa. Me deu pena dela, n é fácil ser cobrado em tantos locais!!


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