Fanfic: De Repente Dulce(adaptada) | Tema: Vondy
Se eu pensava que aproveitaria a presença de mamãe na Krósvia para matar a saudade e trocar com ela figurinhas de mulher na hora do almoço e durante o jantar, bem, enganei-me bonitinho.
Apesar da sensível melhora no estado de saúde do meu pai, ele permanecia inconsciente, o que me mantinha na condição de governante do país. Sendo assim, nada de descanso para a Dulce.
Minha rotina continuava puxada, e até piorou depois que o Christopher viajou para o Canadá. Sem ele por perto, perdi não apenas o meu pé de apoio, mas também o meu antídoto ante estresse.
Bem-feito para mim!
Claro que a gente se falava. Nossa briga não foi um rompimento. Deus me livre! Mas o clima mudou, e eu não tinha como negar isso. Estávamos superficiais um com o outro, melindrosos.
Para completar, tive que ouvir o maior sermão da Anahí, que se achava a personificação de Sigmund Freud. Bem-feito ao quadrado!
ANAHÍ: Um dos piores defeitos do ser humano, Dulce, é a burrice. Deus nos agraciou com o dom da inteligência não à toa. Ele quer que a gente a use, bastante inclusive, antes de tomar determinadas atitudes.
EU (quase indignada): Calminha aí, Anahí! Pega leve! O peso sobre mim é grande.
ANAHÍ (com voz de profeta): Seria menor se você fosse mais esperta, se aproveitasse o apoio que recebe.
EU (de consciência pesada): Eu só queria aliviar a pressão que jogo no Chris, Anahí. Não é justo que eu despeje meus problemas em cima dele. É tanta coisa que eu preferi poupá-lo desta última vez. E deu no que deu. O Christopher ficou bravo, foi para o Canadá de nariz torcido e você ainda me xinga.
ANAHÍ (rindo): Minha função na vida é essa, afinal de contas sou sua melhor amiga. Se eu passasse a mão na sua cabeça, estaria mimando você, e isso não é nada saudável, já dizia a vovó Tetê.
EU: Aff! Só me faltava essa. Como se a marcação cerrada do Pablo já não fosse o bastante...
ANAHÍ (batendo palma — eu não entendia como, uma vez que ela estava segurando o telefone): Esse cara está a fim de você.
EU (me jogando de costas sobre os travesseiros): Ai, minha santa mãe do céu! Você é tarada, sabia?
ANAHÍ: Pode escrever. Eu não erro quando o assunto é romance.
EU (rindo): Claaaaro que não. Imagine! Nem é você que namora o Alfonso, contrariando todas as suas próprias expectativas, não é mesmo?
ANAHÍ (a convicção encarnada): Essa não conta. O que importa é que você mesma me contou que o Pablo anda mais simpático, mais atencioso ultimamente. Lembra?
EU (de má vontade): Hum, hum...
ANAHÍ: Não disse que o cara está menos mandão, menos irritante?
EU: Hum, hum. Mas não é aquilo no que você quer acreditar, Anahí. Ah! Tenha dó! Pare de usar a imaginação sem moderação.
ANAHÍ: Está certo, está certo. Pense o que quiser. Mas depois não diga que eu não avisei, hein?
EU: Prometo.
No fim daquela semana, milagre dos céus, tive uma folga. Uma tarde antes, Pablo entrou no gabinete do meu pai — meu agora, por determinação do destino — e deu a grande notícia: — Agenda vazia amanhã.
Quase não acreditei.
Decidi aproveitar o dia em Craiev, no Lar Irmã Celeste. Não pensei duas vezes. Precisava visitar as meninas, não apenas para levar meu carinho a elas mas principalmente para receber a energia inocente que elas distribuíam.
Jorgensen mal havia estacionado o carro no pátio em frente ao Lar, e várias cabecinhas apontaram do interior da casa. De repente, um bando delas, todas de uniforme comportado, surgiu ao meu redor.
Começamos a rir juntas, como uma turma de loucas, e quase caímos no chão, feito peças de dominó.
— Que saudade! Que saudade! — elas repetiam sem parar, em português, como eu havia ensinado. Criança tem boa memória.
Entramos juntas, agarradas, falando todas ao mesmo tempo. Nem mesmo Irmã Sonja, habituada a lidar com crises infanto-juvenis femininas, conseguiu controlar a confusão.
Passamos uma manhã deliciosa. Eu me permiti agir sem preocupação, ligada apenas às meninas e às suas vontades: joguei bola com elas na grama, deitei de costas sobre almofadas coloridas para contar histórias, me escondi dentro de uma manilha pintada de rosa-chiclete enquanto me procuravam, andei descalça sem medo de ir contra o protocolo.
Na hora do almoço, sentei à mesa no meio delas e repeti as palavras da oração que sempre faziam. Impossível não lembrar da pequena Madeline, personagem de um desenho animado sobre meninas francesas órfãs.
Comemos com alegria, sem a pressão de tempo ou da etiqueta. Depois me esbaldei com o doce de laranja que fizeram questão de me oferecer. Mais de uma vez, aliás. Ai, meus quilinhos perdidos!
Um pouco mais tarde, tia Marieva chegou, com sua costumeira elegância, fazendo do meu dia, já agradável, um acontecimento muito especial. Tudo porque ela levou um DVD da Disney para assistirmos comendo pipoca e tomando refrigerante.
No final do dia, sinceramente, meu corpo dava sinais do revigoramento proporcionado por aquele spa às avessas.
Autor(a): leticialsvondy
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— Não pretendo, Irmã. Espero que as coisas se acalmem o mais rápido possível. — Vamos rezar por você. Sorri, agradecida e emocionada. — Obrigada. Vou ficar com saudade. Tia Marieva não me liberou para voltar a Perla sem que eu passasse na casa dela primeiro. Insistiu, alegando que eu não ia lá havia ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 21
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leticialsvondy Postado em 11/03/2017 - 13:05:19
Meninas Sorry pelo erro no 39 parte 1 tava editando outra fic e acabou indo junto. Desconsiderem o final
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candy1896 Postado em 07/03/2017 - 19:57:54
Continua
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candy1896 Postado em 07/03/2017 - 11:36:03
Continua
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candy1896 Postado em 06/03/2017 - 21:10:47
Continua
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Anja Candy Postado em 07/11/2016 - 07:48:04
Finalmente, já tava morrendo de curiosidade aqui. Acho que o olho grego é o tio da Dulce. O ucker vai pedir ela em casamento?? Aleluia!! To adorando o rumo do casal, mesmo que tenha a praga do olho grego e o tio da Dulce!!! Ansiosa é pouco pra essa surpresa!! Beijos!!
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Anja Candy Postado em 03/11/2016 - 07:53:54
Ahhhhhhhhh sinceramente sou totalmente a favor da Dulce. Mesmo que seja uma coincidência acho errado o ucker ter ficado no mesmo lugar q a nome d cachorro!! Porra a Dulce tá passando por momentos difíceis e com uma pressão do kralho nela, e invés de ajudá-la ele vai la pras bandas do Canadá!! A Dulce tá sofrendo pra merda, espero que logo ela tenha um período mais calmo na vida dela!! Continua logo e beijos!!
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isisvondy Postado em 29/10/2016 - 14:14:10
Continuaaa
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Anja Candy Postado em 25/10/2016 - 07:01:44
CHEGUEIIIII!!! Gatinha, qro pedir desculpas por não ter comentado logo, mas é que com o tempo corrido e essas coisas aí, fica difícil lembrar de todas as fanfics que eu tenho que comentar, mas bom, eu ja me atualizei e qro mais capitulos, viu? Continua!!
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lih_saviñon_uckermann Postado em 25/09/2016 - 13:10:24
Haaaaaa ja li a pireira temporada ! Simplismente AMEI <3 e ja to lendo a segunda, aiiii q emoção ! Eu sou daquelas pessoas q quando tem uma cena fofa fico qierendo gritar sabe ? Mais tenho q me controlar, ate pq se eu gritasse as pessoas iam me enterna num manicomil ! Rsrsrs CONTINUA pelo o amor de Deus !! <3 <3 <3
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Anja Candy Postado em 21/09/2016 - 07:12:21
Ahhhh meu Deus, como é isso de ameaça?? WHATS?? Fiquei com mutcho medo isso sim. Algo me diz q qm tá ameaçando a Dulce é alguém dos políticos ou até o próprio Pablo, ou qm sabe a nome de cachorro? Sla, tá tudo muitooooo confuso agora, n consigo pensar em um culpado com certeza sem ter minhas dúvidas!!!! Espero que a dul passe logo a ser aceita realmente como um membro de autoridade, sem essas frescuras de tudo q ela falar ser mal interpretado pela imprensa. Me deu pena dela, n é fácil ser cobrado em tantos locais!!