Fanfic: ♥♥A CASA DAS MÁSCARAS - VONDY♥♥ (adptada)-TERMINADA

Christopher olhou a pistola que segurava seu amigo.

- Assim é você que está detrás dos crímes - disse devagar.

Herrera sorriu.

- Sim - repôs com voz mais dura e sarcástica que de costume. - Eu, o pobre Alfonso. Não é um mau disfarce, verdade? Ninguém suspeitaria que um tolo fora o cérebro de algo assim.

- Eu te acreditava que era um homem bom e honesto - repôs Christopher. - É evidente que estive muito equivocado contigo todo este tempo.

- Mas bem - disse Alfonso com uma careta zombadora. Sua atitude tinha mudado. Estava mais reto, sustentava a pistola com facilidade, como se fosse algo a que estava acostumado. - Jogar contigo foi quase tão fácil como com esse idiota do Birkshaw. Com muita gente o é... umas quantas ameaças, um suborno aqui e lá. Meu plano foi muito fácil de levar a prática.

- Mas por que? por que começou isto?

- Por dinheiro, é obvio. Não herdei uma grande fortuna como você. Meu pai não era rico e, apesar do que me deixou meu avô, o dinheiro desaparecia com rapidez. Tenho gostos caros, sabe? E custa dinheiro manter contentes às mulheres como Leona.

- Leoa? Você foi um dos amantes de Leoa Vesey?

- Custa-te acreditá-lo? Já sei que não pareço um mulherengo. Deus sabe que Dulce nunca me viu como um pretendente, mas as mulheres como Leoa são fáceis de convencer. Os diamantes fazem maravilhas - seu olhar era frio e remoto.

Christopher se dava conta de que nunca o tinha conhecido absolutamente. Alfonso tinha levado sempre um disfarce que mascarava sua personalidade.

- É obvio, Leoa. E não duvido de que foi você que fez com que ela contasse a Dulce que Lilith era minha amante.

Herrera soltou uma rizada.

- Sim. Não foi difícil convencê-la de que prejudicasse um pouco Dulce e a ti.

- Mas por que? - perguntou Christopher, confuso. - Se pensava em me matar de todos os modos, por que te imporaria que Dulce acreditasse que eu era infiel?

- Meu querido amigo, é preferível uma viúva que não chora muito a morte de seu marido - explicou Alfonso. - É muito mais fácil de consolar.

Christopher sentiu vontades de lhe dar um murro, mas se obrigou a permanecer tranqüilo.

- E não se preocupava lhe causar dor à mulher que diz amar?

Alfonso se encolheu de ombros.

- A dor passa.

- Isso não são ações motivadas pelo que eu chamaria amor - replicou Christopher. - Mas sim obsessão.

- Chama-o como quer. Seu sarcasmo não me importa. Segue sendo o tolo apanhado em sua própria armadilha.

- Não exatamente - disse uma voz masculina na escuridão.

Alfonso, sobressaltado, olhou à direita, onde uma figura escura saía de entre as sobras e se aproximava deles. Era sir Christian Chaves, que o apontava com uma pistola.

- esperaste o bastante, né, Christian? - perguntou Christopher.

- Interessava-nos ouvir a história - repôs o outro.

- Sim, isso é certo - Cooper saiu também de entre as sombras a pouca distância de Chaves. O inspetor do Bow Street levava duas pistolas, uma em cada mão. - E acredito que ao magistrado lhe interessará mais ainda.

Alfonso se deu conta de que tinha sido enganado e, com um grito de raiva, disparou a pistola.

.........*Continua *..........

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