Fanfic: ♥♥A CASA DAS MÁSCARAS - VONDY♥♥ (adptada)-TERMINADA

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Pensava que se ele permaneceria uma semana ou duas em Londres com ela. Seria divertido que a acompanhasse às reuniões sociais em lugar de ir com sua amiga lady Sylvia Montgomery ou com Alfonso Herrera, amigo de Christopher, que a acompanhava freqüentemente. Mas para seu desmaio, o dia que chegaram, seu marido lhe disse que partiria para o Westhampton ao dia seguinte.

- Amanhã! - protestou ela. - Tão logo? Mas não tiveste tempo de descansar. Seguro que pode ficar um par de dias em Londres. Ir a seu clube, ver alguns amigos, ao Alfonso Her... o que me diz desse homem do museu com o que te leva tão bem? E deveríamos ir ver a Victoria.

Christopher fez uma careta.

- O que passa é que quer companhia para visitar minha irmã - comentou com ar zombador.

- Bom, é mais fácil quando há duas pessoas para suportar sua desaprovação - admitiu ela. Victoria, irmã mais velha de Christopher, era uma mulher de costumes estritos e gestos igualmente estritos, e nunca tinha aprovado Dulce como esposa de seu irmão. Advertiu a ele de que não queria se emparentar com a família Saviñón, pois os considerava muito promíscuos e esbanjadores apesar de que o pai de Dulce era um homem religioso. Quando Christopher retornou a sua propriedade do campo depois de um ano de matrimônio, Victoria pensou que sua advertência se cumpriu. Inclusive chegou a dizer a Dulce em uma ocasião que estava claro que Christopher lamentava havê-la feito sua esposa.

- Sinto muito, querida - disse ele, - mas não posso me permitir passar mais tempo longe das granjas. Este ano começa um experimento novo com legumes e não posso confiar tudo a Jenks. Terá que semear logo e quero estar ali para fiscalizá-lo.

Sentiu uma pontada de tristeza ao ver a decepção que expressava o rosto dela. Teria-lhe gostado muito de ficar, acompanhá-la a festas e dançar com ela até a madrugada. Como sempre, era uma mescla de céu e inferno estar continuamente a seu lado, desfrutar de do prazer de vedação, escutá-la, estar perto, e ao mesmo tempo sofrer o desejo que sua proximidade lhe produzia sempre, saber que a desejava e não podia tê-la, que se tentava beijá-la ou tocá-la romperia a amizade que havia entre eles. Estava acostumado a ficar a seu lado até que o dor crescia muito, até que o desejo alcançava um ponto no qual o fazia pensar que tinha que fazê-la sua ou morreria, e então se afastava.

Dessa vez, entretanto, não podia permitir-se aquele luxo. Acompanhá-la na viagem não tinha sido seu único motivo para ir a Londres. Tinha que ver o Cooper, seu aliado do Bow Street, para lhe pedir que contratasse um homem que podesse fazer guardar a Dulce, e comentar com ele sobre aquele inimigo que acreditava que sabia mais do que sabia. O melhor modo de estar seguro de que sua esposa não correria perigo, seria resolver aquele caso com rapidez. Isso incluia não só falar com o Cooper e seu amigo sir Christian, mas também usar seus disfarces para introduzir-se no submundo de Londres e averiguar o que pudesse entre os ladrões, prostitutas e outros criminosos que habitavam ali. Não podia adotar esses disfarces em casa, perto de Dulce, nem tampouco podia investigar se tinha que empregar o tempo levando-a a festas e peças de teatro.

Na manhã seguinte, apois, despediu-se dela com um beijo formal na mão, saiu com rapidez. Do lado de fora o esperava um moço com seu cavalo. Montou sem voltar-se para olhar a casa, e, portanto, não viu Dulce de pé no ventanal da sala. Duas rua mais à frente, quando já não podiam vê-lo da casa, tomou outra direção para uma parte distinta de Londres que o levaria para casa de outra mulher.

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