Fanfic: Floricienta (adaptada - vondy/DyC) | Tema: Vondy

- Meu futuro marido, seus irmãos, e principalmente eu, estamos despedaçados - Belinda declarava, agarrada a um microfone. - Tomás é um menino adorável, um pequeno órfão que só quer se sentir querido.
- Entendo. Obrigado - disse o repórter após fazer um pouco de força para retomar o microfone, e mexeu no aparelho em seu ouvido. - Acaba de chegar aqui uma informação, neste instante... O menino foi libertado.
- Apareceu? - Belinda perguntou, sobressaltando Alfonso, Greta e os demais irmãos, que correram até o repórter.
- Onde? Onde ele tá? - Nicolás quis saber.
- Podem ficar todos tranquilos, ele já está a caminho de casa - todos exceto Belinda comemoraram.
- Viu, só, gente? Falei que ele ia aparecer, não falei? Agora é só esperar o Chris chegar com ele - disse Alfonso.
- Nossa, no fim foi o maior drama por nada! - Belinda reclamou.
- E o que você queria, hein? - Anahí gritou, ficando cara a cara com a cunhada. - Queria que tivesse acontecido alguma coisa com ele? Que ele tivesse se machucado? É isso?
- Como você pode pensar isso? É claro que estou contente pelo Tommy...
- Sua bruxa, você é insuportável! - Anahí murmurou.
O telefone da mansão tocou e Nico atendeu.
- Alô? CHRIS! Chris, e aí? O que aconteceu? O que foi? Espera, fiquem quietos! - ele reprimiu os irmãos, Greta, e Alfonso, que haviam se exaltado. Nicolás ouviu o que Christopher tinha a dizer e desligou. - Ele disse que tá vindo pra cá!!
Todos comemoraram mais uma vez, exceto Belinda, que tapou de leve um dos ouvidos. O celular de Anahí tocou.
- Alô? Oi, Angel! Onde você tá?
- No clube! Tô te ligando pra contar, Gonzalo perguntou por você!
- O quê? - Anahí se escondeu dos irmãos, Greta e Alfonso. - Como assim? O que ele disse? Aliás, o que você tá fazendo com ele? Tava na aula?
- Sim, acabei de terminar! Ele perguntou como você estava, quando ia vir pra cá...
- Ah, não, não dá, nossa, você não imagina a zona que está a minha casa!
- Bom, mas eu se fosse você dava um jeito e vinha! Ele vai dar só mais uma aula e vai embora!
- Ai, pior é que agora não dá... Ah, bom, mas eu dou um jeito. Beijo! - Anahí desligou o telefone e subiu as escadas correndo.
- Bom, agora vou esperar o pichono chegar, dar um beijo... E depois vou embora - Greta suspirou.
- Você não vai ficar mesmo, Greta? - Alfonso questionou.
- Não, não, não posso ficar...
- Não se preocupe, Greta - Belinda se intrometeu, levantando da poltrona onde se sentara. - Eu vou cuidar das crianças.

Em seu quarto, Anahí se olhava no espelho, experimentando diferentes roupas e poses, até que tirou de dentro do armário dois discos de espuma e colocou por dentro do sutiã antes de sair do quarto saltitante.
No corredor, deu de cara com Nicolás.
- E você vai onde?
- Ao clube, afinal agora tá tudo bem, né?
- Não! Nada disso, o Chris disse à Greta pra não deixar ninguém sair depois do que aconteceu com o Tomás.
- Chegamos! - eles ouviram o irmão mais velho chamando do andar de baixo.
- Christopher, Christopher, Christopher! - Anahí zombou. - Estou de saco cheio dele mandando nessa casa!

- Maite! Maite!! - Malala chamava a filha mais nova enquanto arrumava o escritório do falecido marido.
- Sim, mamãe? - a jovem entrou no recinto com bobes no cabelo.
- Chame um táxi, por favor, que nós vamos sair.
- Mas agora? Tá na hora da novela da tarde, eu gosto tanto...
- Mas como é possível! Eu me desdobro em mil por você e a única vez que te peço algo você coloca empecilho? Quando você vai ser igual à sua irmã Belinda? Quando você vai parar de me dar desgosto? Quando eu estiver morta?
- Não, mamãe... - Maite respondeu sem jeito. - Por que não vamos com o nosso carro?
- Não podemos. Estou muito nervosa e não posso dirigir nesse estado, então me faz um favor e chama um táxi.
- Tudo bem.
- Aliás, me faz mais um favor.
- O quê?
- Tire essa coisa ridícula da cabeça, porque não importa o que você faça está sempre com a mesma cara. Sai da minha frente e não esquece do táxi - Malala saiu do escritório, esbarrando em Maite.

Na mansão Uckermann, Tomás e Alfonso entravam pela entrada de serviço, na cozinha, quando Anahí, Nicolás e Martín correram ao seu encontro e abraçaram o pequeno com força, aliviados.
- Tommy! Ah, nossa, graças a Deus! - eles exclamavam.
- E o Chris, onde está? - Anahí perguntou antes de beijar os cabelos loiros do caçula.
- Ele foi na delegacia pra resolver a questão das sequestradoras.
- Tommy, você nos deu um baita susto! - exclamou Nicolás. - Tá tudo bem? - questionou, ao ver que o pequeno não respondia.
- Tá, sim, podem ficar tranquilos, provavelmente é só um mecanismo de defesa contra perigos. Logo passa - Martín explicou.
- O mais importante é que ele não se machucou - Alfonso disse, passando a mão nos cabelos do pequeno. - Mas é impressionante, a moça da quitanda, não dá pra confiar em mais ninguém, né?
Tomás olhou para a mesa da cozinha e viu Dulce ali, sentada, sorrindo, negando com a cabeça.
- Tem certeza que você está bem? - Anahí acariciou os cabelos do pequeno.
- Tenho, sim...
Os irmãos caminharam em direção à sala e Tomás olhou para a porta da cozinha. Mais uma vez, viu Dulce, agora em pé, recostada no batente, e ela acenou.
- Cadê, cadê? - Greta correu para dentro da cozinha e parou em frente a Tomás, chorando copiosamente. - Meu pichono! - beijou as duas bochechas do menina. - Meu pichono querido!
- Sai, me solta! - Tomás se desvencilhou dos braços de Greta e saiu correndo em direção à sala.
Greta, Alfonso, Anahí, Nicolás e Martín ficaram sem entender.
- Pichono estar chateado comigo?
Nicolás negou com a cabeça.
- Não, né? Ele ainda tem que estar assustado com tudo o que acontecer. Tem que deixar pichono tranquilo até passar - a governanta deduziu.
Ao ver que todos se dirigiam à sala, Anahí correu para a porta de serviço, pegou a bolsa no chão na intenção de sair, mas foi interrompida por Greta.
- Onde pensar que vai? Ninguém poder sair de casa!
- É que é uma ocasião especial... - a menina tentou se explicar.
- Nada especial! - Greta cortou.
- É que eu fiz uma promessa, sabe? Pra encontrarmos o Tommy são e salvo e agora eu preciso ir na igreja pra cumprir! - Anahí inventou uma história, emocionando a governanta, que lhe deu um beijo na testa.
- Que lindo! Como gostar dos seus irmãos!
- É! Tchau! - a menina saiu correndo.

- Não consigo acreditar. Como você consegue pensar em comida agora, na situação em que nós estamos! Olha esse lugar! - Ninel repreendeu Dulce enquanto caminhava pela cela.
- Ai, Nini, chega! Quando eu fico nervosa me dá o fliquiti da fome, não consigo controlar. Mas você viu só como é essa gente?
- Que gente?
- Os Ucke... Uckerwawen. Jogam a culpa de tudo em mim! Primeiro, que a casa ficou cheia de espuma. Depois, falam que eu estou dando em cima do irmão. Agora eu sequestrei o menininho! Não dá pra entender o motivo disso!
- Como não dá? Ora, esses ricaços são assim, Dulce! Quando podem, te colocam contra a parede e te culpam até pelo que não existe!
- Mas sabe de uma coisa? Ele não sabe quem eu sou. Quer dizer, sabe, mas acha que eu sou a menina da quitanda, que sequestrou o irmãozinho. Se ele não sabe que sou a cantora, é uma encrenca a menos.
- É...
- Mas estou mal do mesmo jeito. Estamos mal.
- Mal? Olha bem pra onde estamos! Você acha que é pouco? E você aí mastigando, está me dando nos nervos! - Ninel foi olhar pela janela.
- Ai, Nini! O que você quer que eu faça? - Dulce reclamou. - E pensar que eu achei que esse cara era o meu príncipe, que era o homem da minha vida, o pai dos meus filhos... Bom, mas nem tudo está perdido, né? Temos que olhar pra frente e não perder a esperança.
- Ninel Conde - o guarda chamou.
- Aí, eu não disse? - Dulce se alegrou.
O guarda começou a destrancar a porta da cela e Dulce se alegrou.
- É sério? Uhul!!! Vamos, Nini! Viu só? Eu não disse?
- Não, um momento. Você fica - o guarda impediu a saída de Dulce.
- Como ela fica? Não, não, não, se ela ficar eu também fico!
- Por quê? - Dulce questionou o guarda, que tentava debater com Ninel.
- Nananinanão, nada feito! Se ela fica, eu também! Se vamos sair, vamos juntas!
- Não, Nini, deixa... - Dulce murmurou, cabisbaixa.
- Não? É, não... Espera... - Ninel pensou um pouco. - É melhor eu ir, mesmo. Mas depois eu volto! Só vou porque não suporto mais esse calabouço!
O guarda se afastou com Ninel e logo outro policial se aproximou trazendo mais uma detenta.
- Sai uma, entra outra.
- Me solta! - a mulher reclamou.
- Olha só! Que coisa boa, alguém pra conversar! Muito prazer, eu sou Dulce María. E você, como chama? - Dulce estendeu a mão.
- E o que te importa?
O sorriso de Dulce se desfez diante da grosseria da companheira de cela.

No clube, Anahí treinava tênis, cheia de graça com o professor. Um rapaz que passava do lado de fora da quadra apenas observava, até que seu celular tocou.
- Alô? Franco! E aí, rapaz? Como você tá? Como tá indo o torneio?
- Bem! Acabei de passar pra semifinal!
- Ah, que bom! Parabéns! Você é o orgulho do clube!
- É, espero que sim. Mas escuta, queria te perguntar outra coisa. É verdade que o Gonzalo Iglesias está dando aula no clube?
- É, sim, ele mesmo, por quê?
- Porque eu sei muita coisa desse cara e não quero ele perto da minha irmã, por isso.
- Xii, um pouco tarde pra isso, agora há pouco passei na quadra e eles estavam juntos treinando, mas agora não sei pra onde foram!
- O quê??? Então trata de encontrar e separar eles! Esse cara é perigoso, sério!
- Calma, Franco, perigoso por quê? O que é que você sabe dele?
- Vai atrás deles logo! Depois te explico! Tchau!
O rapaz desligou e saiu correndo pelo clube atrás de Anahí e do professor.
O par já estava do lado de fora do clube, entrando no carro de Gonzalo, que deu a partida bem a tempo do amigo de Franco sair correndo e vê-los indo embora.