Fanfics Brasil - Capítulo 3 - Parte 2 Floricienta (adaptada - vondy/DyC)

Fanfic: Floricienta (adaptada - vondy/DyC) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 3 - Parte 2

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Na delegacia, Dulce jogava alguma coisa para cima para se entreter, enquanto tentava puxar conversa com sua companheira de cela.
- Você não vai comer? Está se cuidando, é? Eu pensei, pode ser que você não goste muito, mas se você pedir acho que eles esquentam de novo! Tem pão... E te dão mais água se você quiser - a outra mulher permaneceu em silêncio. - Você não quer conversar? - Sem resposta. - Aliás, você nem me disse seu nome direito. Quer jogar alguma coisa? Mímica? Se pedirmos papel dá pra jogar “stop”... Eu sempre travo em nome, mas objeto acho super fácil, sempre ganho de todo mundo. Objeto. Sapato, por exemplo. Tem tênis, chinelo, sapatilha... - olhou os pés da colega de cela, que se aproximava. - Tamancos! Assim, iguais aos seus. Não! - exclamou quando a outra mulher tomou o objeto de suas mãos.
- Perdeu! - e deu uma risada maléfica.
- Me devolve?
- Hã? - a mulher se fez de desentendida.
- Me devolve a minha noz?
- Que noz?
- A noz que você acabou de pegar.
- Eu? Eu não peguei nada.
- Pegou, sim, você pegou minha noz, tirou da minha mão.
- Tá louca, menina?
- Senhora, pode me devolver minha noz, por favor? - Dulce tentou mais uma vez e estendeu a mão, sem sucesso. - Me dá minha noz ou eu chamo a polícia!
A mulher apenas riu.
- Se você não me der minha noz te mando pra cadeia! - Dulce se levantou.
A mulher riu mais alto e perguntou:
- Você está brincando comigo?
- Não!
- Desgraçada! Não me ameaça de novo! Quebro a tua cara, não brinca comigo não, hein?
- Me dá minha noz.
A mulher tornou a rir.
- Me dá minha noz, é minha noz da sorte!
A companheira de cela de Dulce começou a zombar dela.
- Olha aqui! - e levantou a blusa. - Olha que noz grandona eu tenho! - referiu-se à sua enorme barriga e tornou a rir.
- Essa noz foi minha mãe quem me deu antes de morrer e depois fiquei sozinha, não vai me devolver?
A mulher parou de rir e abaixou a blusa, sem graça.
- E... E o seu pai?
- Meu pai é uma outra história, quer que te conte? É ótimo. Ele é marinheiro, é capitão de um barco, viaja o mundo todo, vai e vem, pra cima e pra baixo - narrou enquanto se sentava ao lado da outra mulher. - Não o vejo muito, sabe? Tenho uma foto num porta-retrato e converso com ele sempre, acho que ele me escuta.
- Te escuta...
- É...
A mulher tirou a noz de dentro da blusa e a devolveu, fazendo um carinho no rosto de Dulce, que sorriu.
- Obrigada.
A mulher bagunçou seu cabelo carinhosamente.
- Andrea - ela se apresentou. - A gente tem algo em comum, estamos sozinhas no mundo.
- Você também? - Andrea ficou em silêncio. - Você encontrou com a minha tia Ninel quando ela estava saindo? - Andrea fez que não. - Ela é maravilhosa. Eu estava dizendo pra ela, nunca podemos perder a esperança, porque uma hora vai aparecer alguém, você vai conhecer uma pessoa e...
- Ah, menina, não - Andrea a interrompeu. - Isso não acontece nem nos filmes, para de se iludir.
- Acontece, sim, e eu acredito! Acredito nos filmes, acredito nas pessoas, na justiça, e acredito que o menininho que me meteu aqui vai me tirar daqui também!
- Vai tirar, sim, vai tirar é sua vontade de viver! Amor, paz, justiça, são só palavras! Cai na real! - Andrea riu.




Malala e Sofia desceram do táxi em um bairro mal iluminado e deserto.
- Ai, mamãe, esse lugar me dá medo! - Maite agarrou o braço da senhora.
- Não me deixa mais nervosa, Maite!
- Mas tá escuro e olha onde estamos!
- Além de tudo esse taxista demorou uma vida pra nos trazer até esse fim de mundo...
- O que estamos fazendo aqui?
- Defendendo nosso patrimônio, meu amor. - se aproximaram de uma casa. - É aqui. Deixa eu te dizer uma coisa, Maite. Escute o que você escutar, não me contradiga, está bem?
- Tá.
- E não pense em dizer nenhuma dessas besteiras que você costuma soltar.
- Tipo...?
Malala bufou, ignorando a filha, e bateu palmas para chamar a atenção dos moradores do imóvel. Uma mulher se aproximou.
- O que você quer?
- Boa noite. Queria saber se aqui mora a senhora Blanca Saviñón.
- Quem quer saber?
- Hã... A doutora Andrade. Sou... Advogada e essa - apontou para Maite, que sorriu - é minha assistente. Então, você a conhece? - e sorriu.
- Claro, como não vou conhecer? - a mulher sorriu de volta.




Na mansão Uckermann, Greta colocava o pequeno Tomás para dormir.
- Greta, você vai ficar com a gente?
- Não. Eu esperar - deu um beijo na testa do pequeno - que você durma e depois partir.
- Mas Greta, por favor, precisamos de você! Fica com a gente!
- Eu não poder ficar nessa casa, mas você fecha os olhinhas que Greta vai contar um história - a governanta se abaixou e pegou um livro.
- Greta...
- Hm?
- O da Cinderella não. É pra menininhas.
- Histórias não ter sexa. Bom. Em um reina distante haver uma vez uma mulher que ter duas filhas muito feias, que infernizam a vida do pobre Cinderella. A pobre menina trabalhava todo o dia às ordens das malvadas meia-irmãs que não a deixavam em paz. “Termina logo de limpar esse forno que ainda faltar minhas roupas e a geladeira!”. Quanto mais a pobre Cinderella se esforçava, mais as irmãs judiavam dela.
Tomás, que, enquanto Greta lia a história, imaginou Dulce no lugar de Cinderella e Malala, Belinda e Maite como a madrasta e as irmãs malvadas, se levantou da cama assustado.
- Não, não! Para!
- O que foi, mein kind?
- Fui eu, eu que fiz tudo. Ouvi o Chris dizendo pra você que ia nos colocar num internato, me assustei e fugi! Me escondi na bicicleta e fui parar na casa dela, mas a Dulce não fez nada, nada, eu que fiz o bilhete, a Dulce me tratou super bem... Ela não fez nada.
Greta levou as mãos à boca, chocada.




A mulher recebera Malala e Maite em sua casa, e estavam as três sentadas à mesa da cozinha.
- Querida, você não estava com vontade de ir ao banheiro? - Malala perguntou para Maite, que, em resposta, apenas a olhou. - Sim, você estava.
Depois que Maite saiu, a mulher começou a conversa.
- Por que você está procurando a Blanca Saviñón?
- É um assunto particular, meu bem. Gostaria que você me falasse um pouco sobre ela.
- Bom, mas é que pra mim também é uma coisa particular, sabe, dona? Além disso eu nem lembro direito dessa mulher - a moça mexeu nos cabelos e deu uma risadinha.
- Vamos ver se isso - Malala tirou um pouco de dinheiro da bolsa - refresca sua memória.
- Sim! - e estendeu o braço, pondo a mão sobre a de Malala. - Blanca viveu um tempo aqui nessa casa - guardou o dinheiro no bolso do casaco. - Depois soube que ela teve uma filha e...
- E?
- E nada, não sei, parece que ela teve a menina sozinha, coitada!, foi muito corajosa...
- Pois é, meu bem, mas a menininha nasceu e depois? O que aconteceu?
- Depois ela morreu. Foi embora com a menina, não a vi mais, mas alguém contou que parece que ela faleceu.
- A menina?
- Não, Blanca!
- Entendo, e da menina você sabe alguma coisa?
- Não, mas quem deve saber é uma amiga dela que tem um salão de cabeleireiro!
- Ah, que interessante! E como se chama essa amiga?
- Ih, não me lembro - e deu um meio sorriso.
- Mas você sabe pelo menos onde fica o tal salão?
- Não... Não posso dizer.
Malala tirou mais dinheiro da bolsa.
- E agora, você pode?




O carro de Gonzalo estava estacionado na areia, em uma praia, próximo a uma fogueira, e ele e Anahí conversavam do lado de fora do veículo.
- Que noite linda, né?
- É...
- Na verdade eu adorei passar esse tempo com você. Você é uma menina muito, muito especial.
- Você acha, é? - Anahí abriu um sorriso bobo.
- Acho. E não faz essa carinha, estou falando sério. Você é muito madura. Sabe, geralmente as meninas da sua idade só sabem falar de fazer compras, ir pra balada...
- Bom, eu gosto de sair pra dançar também!
- Não, sim, isso é bom, mas não é tudo, sabe? Você é sensível, doce, inteligente, e principalmente... - fez carinho no rosto de. Anahí - Está aberta para o amor.
- O amor me encanta - Anahí disse, quase sem ar.
- A mim também - e a beijou. - Eu não costumo sair com meninas mais novas que eu... - Anahí abaixou o rosto e sorriu, tímida. - Não, não fica assim! Você é diferente. Você é única. Está com frio? - perguntou ao notar que a jovem estava meio encolhida.
- Um pouco, sim.
- Espera um pouco então. Não vai embora, hein?




- Chris, eu achei que você...
- Achou errado, Tomás! De onde você tirou que eu seria capaz de deixar vocês em um internato? - se sentou ao lado do pequeno no sofá do escritório. - Você me conhece tão pouco assim?
- Bom, herr Christoban, foi um mal entendida, o pichono se assustou, pobrezinho.
- E o que vai acontecer com a Dulce? - Tomás perguntou em um tom mais animado, abraçando os joelhos.
- Ah, então é Dulce o nome dela? - Christopher sorriu, como se aquela informação o tivesse agradado. - Bom, a verdade é que eu me comportei muito mal com essa moça...
- Muito mal. Você mandou ela pra cadeia pra sempre!
- Tomás - Alfonso o repreendeu. - Você tem que entender que seu irmão ficou muito preocupado com essa história de sequestro.
- Sim, com o sequestro, com a casa inundada de espuma, com a Greta indo embora, com esse sapato - pegou o tênis de Dulce em cima da mesa -, com a cantora, e além de tudo com o mau humor que eu estou a coitada da Belinda... Outra no lugar dela já teria me mandado passear!
- Sim, Chris, mas a Belinda tá lá em cima dormindo, descansando tranquila, enquanto essa outra menina, a Dulce... - deu de ombros.
- É... - Christopher mirou o amigo e se levantou. - Sim, você tem razão. Poncho, você como meu melhor amigo, meu advogado, pode por favor ir até a delegacia retirar a queixa contra a Dulce e dar... Dar um cheque a ela, um cheque bem generoso, pra compensar o mal que nós causamos?
- Acho uma vez excelente ideia - os rapazes se abraçaram. - Eu vou cuidar disso - e saiu do escritório de Christopher.
- Obrigado! - Christopher se sentou novamente ao lado do caçula e o abraçou. - Tommy, Tommy, Tommy... Escuta... O papai e a mamãe já não estão aqui, mas você tem a mim, tá? A todos nós! Então não tem porquê você fugir. Nem com a moça da quitanda nem com ninguém. Tá? Quando você sentir medo ou estiver assustado, pode confiar em mim. Promete? - Tomás assentiu com a cabeça.
- Bom, meninas... Para a cama.
- Eu não sou menina, Greta - Tomás respondeu com bom humor, pegou o tênis das mãos de Christopher e se levantou.
- Não, não, deixa que eu cuido desse tênis!
- Deixa que eu jogo no lixo e pronto, Chris. Não se preocupa - e saiu do escritório, seguido por Greta.



Eba! A verdade sempre vem à tona! E quem nunca teve um Gonzalo na vida, né?  #boylixo Tomara que não aconteça nada com a Annie 😰
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Autor(a): sahprado_

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Malala e Maite caminhavam por ruas escuras, enquanto a senhora ralhava com a filha. - Como é que você me esquece o celular, menina? Agora não dá nem pra chamarmos um táxi! - Ah, mamãe, você podia ter trazido o seu, também! Além disso nem sei o que a gente tá fazendo aqui, dá pra você me dizer? - ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • Lilly Perronita Postado em 23/12/2017 - 21:25:23

    Tadinha da Dulce, vai levar a culpa de tudo

    • sahprado_ Postado em 24/12/2017 - 11:04:05

      É... Sobrou pra ela, coitada! E foi pra cadeia ainda :O

  • Lilly Perronita Postado em 21/12/2017 - 12:21:26

    A Suzy Rêgo é minha diva, linda, maravilhosa! Amo demais hahahaha

  • Lilly Perronita Postado em 21/12/2017 - 12:20:59

    Amei... muito gostoso reviver a novela! estava com saudade hahahhaa

    • sahprado_ Postado em 22/12/2017 - 17:34:31

      Ahh essa história é demais! Me dá uma saudade... Lembra de tempos mais simples rs

  • Lilly Perronita Postado em 21/12/2017 - 12:08:36

    Amooooo Floricienta!!!! Assisti Floribella porque sou super fã da Suzy Rêgo que fez a Malva hahahah Vou ler e já já comento

    • sahprado_ Postado em 21/12/2017 - 12:14:34

      Ebaaa seja bem vinda! A Suzy foi ótima como Malva, nem dava pra ter raiva dela né?

  • btrutte Postado em 06/12/2017 - 11:20:42

    Ô, gente, Dulce é inocente. Já tô vendo que a coitada vai sofrer nas mãos do Christopher e da Belinda. Coitada

    • sahprado_ Postado em 21/12/2017 - 12:12:58

      O Christopher tem esse jeitão meio bruto, rígido, mas no fundo ele é um príncipe! Já a Belinda... Bom, vamos esperar pra ver né? Postado! :*

  • btrutte Postado em 29/11/2017 - 15:43:33

    Afe, Christopher vai dar um treco sozinho com essas crianças. Crianças caloteiras, por sinal né? Afe!

    • sahprado_ Postado em 06/12/2017 - 01:28:49

      O Christopher faz o tipo sargentão, mas no fundo é um príncipe <3 e os irmãos dele são terríveis mesmo! Mas a situação deles é bem difícil mesmo, praticamente sozinhos no mundo... É o jeito que eles encontram de chamar atenção. Obrigada por comentar! Postado (:

  • Rebeca Postado em 04/09/2016 - 10:34:25

    Ahhhh eu adoro o jeito infantil da Flor :* Mas posso superar isso u.u Nossa, eu assistir Floribella pela primeira vez e Rebelde não :P isso eu com certeza nunca vou superar.

  • Rebeca Postado em 04/09/2016 - 10:29:34

    Continua <3 Meu Deus, amo Floribella e em Vondy então :O *---*

  • candy1896 Postado em 04/09/2016 - 09:23:17

    Continua


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