Fanfic: Floricienta (adaptada - vondy/DyC) | Tema: Vondy

Oi gente! Me desculpem o sumiço. Fiquei bem doentinha esses dias, por isso não postei nada, mas aqui estou com mais um capítulo! Espero que vocês gostem (:

 - O que me conta o afilhado mais bom-moço do mundo? - Christopher se levantou e cumprimentou com um beijo estalado na bochecha a senhora que chegara.
- Oi, madrinha! Como você está?
- Muito bem! - ela sorriu, mas imediatamente adotou uma expressão mais abatida - Na verdade ainda estou me acostumando com a viuvez...
- Ah... E você, Mai, como está?
- Mal.
- Chega disso, meu amor - a senhora repreendeu a filha e continuou a falar com Christopher. - Tão problemática... E você, é o Martinzinho, não? - ela perguntou a Poncho, que se levantou do sofá.
- Não, não, não, eu sou Alfonso, Martinzinho é o irmão do Christopher - a senhora riu.
- Claro, como eu não vou saber quem é Martinzinho? Se são todos como meus filhos. Mas bom, onde estarão Martinzinho e todos os outros pequeninos da família? - ela questionou, sentando-se em uma poltrona, no que Christopher e Alfonso acompanharam.
- Bom, estão todos com seus afazeres, menos Tomás que está dormindo.
- Tomás... Alguma namoradinha?
- Não, mãe - respondeu Maite. - Tomás é o menorzinho - a senhora riu.
- Bom, alguma namoradinha da pré-escola, talvez?

 - Esse rapaz, o sobrenome dele, qual é? - Ninel perguntou.
- Ah, não sei, “dificilíssimo”. Alguma coisa com Ucke... Uckewawen... - Dulce se atrapalhou com a pronúncia.
- Ucke... - Ninel pensou. - Deve ser estrangeiro...
- Uckewan, alguma coisa assim deve ser.
- Uckewan? Acabei de ler sobre ele na revista! - Ninel pegou uma revista de fofocas em uma das cadeiras do salão.
- É ELE! - gritou Dulce, arrancando a revista das mãos da cabeleireira e beijando a capa - Ai Nini, é ele! Ai, meu amor, temos que ficar juntos, é um sinal!
- Que sinal, meu amor? Essa sua cabecinha voa longe, está cheia de passarinhos, coitada...
- Olha só pra ele - Dulce já não escutava Ninel.
- Por favor, eu te peço, meu amor, seu príncipe azul vai chegar! Não se ilude. Dulcinha, escuta sua tia... Me promete!
- O quê?
- Promete que não vai mais falar sobre esse cara, porque eu já estou cansada.
- Bom, tá, não falo mais, tô indo e vou levar a revista. Tchau, Nini! Até mais!
- Tchau, meu amor!

- E por que trouxeram tanta coisa? - questionou Belinda.
- Porque eu queria estar junto de minha família postiça, afinal hoje é um dia muito importante. Vão ler o testamento do seu pai! - ela deu tapinhas leves na mão de Belinda.
- Sério?
- Sim - a mulher suspirou. - E a primeira coisa que vou fazer é comprar uma grande casa, com um grande quintal, sobre uma grande colina - vendo que Christopher e Alfonso cochichavam, ela imediatamente mudou seu semblante para um de tristeza. - É a única maneira de conseguir me esquecer do meu finado marido - Maite começou a chorar. - A verdade é que não posso mais viver naquela casa, tudo me lembra dele...
- Ah, papai... - suspirou Maite.
- Já é o suficiente, querida.

Christopher e Alfonso apenas as observavam.

Dulce destrancou a porta e entrou no quarto em que vivia na pensão, deixando a bicicleta do lado de fora. Vendo a cena, sua vizinha e proprietária foi bater na porta.

- Eu já disse que não quero que você entre com essa porcaria aqui no pátio - ela disse, apontando a bicicleta, quando Dulce abriu a porta.
- Mas onde a senhora quer que eu deixe? Na rua? Vão me roubar!
- Não me interessa! Você tira esse trambolho daqui agora mesmo!
- Nossa, que amarga é a senhora, Dona Pancha! - Dulce reclamou. - Eu preciso dela pra trabalhar. Quer saber, vou é meter a bicicleta aqui dentro do quarto! Até porque aqui nessa espelunca está mais perigoso que na rua!
- Menininha mal educada, insolente! Pro seu governo, aqui é uma casa de gente decente! - a dona da pensão deu as costas para Dulce, que já conseguira entrar no quarto com a bicicleta.
- Que mulher insuportável! Meu Deus! - a jovem colocou a bolsa em uma mesa e tirou a revista de dentro. - E você, bonitão... - suspirou. - Nós nunca vamos dar certo, loirinho. Você é muito lindo para ser real - ainda abraçando a revista, Dulce abriu a mini geladeira que tinha em seu quarto em busca de algo para comer.

Belinda e sua mãe conversavam na sala da mansão, sentadas em um dos inúmeros sofás enquanto tomavam chá.
- Essas crianças são um saco, mamãe. Christopher não para de pensar nelas.
- Não se preocupe, meu amor - a senhora respondeu. - Essas coisas acontecem.
- E eu? Qualquer estupidez é mais importante que eu?
- Até que você se case. Depois, você vai ser o mais importante. É preciso ter paciência, meu amor - e fez um carinho no rosto da filha.

Dulce voltou para a sala e percebeu que faltava um pedaço do lanche que ia comer. Sem que ela percebesse, Tomás tinha pego.
- Ué, não tinha mais um pedaço? - se virou para a revista que ainda carregava. - Ou é você, que de tão lindo está me deixando louca? Mas você nunca vai ter olhos pra uma pessoa como eu...

A menina suspirou e jogou a revista em um canto, antes de entrar no banheiro. Ao perceber que ela não estava mais na sala, Tomás saiu de seu esconderijo e pegou a revista.

- Quer dizer então que o “lindo” é o Christopher, é?

Com um sorriso arteiro, ele pegou uma tesoura que estava por perto.

- Você se cuida, viu, Greta? - disse Alfonso, enquanto acompanhava Christopher e a governanta pelas escadas.
- Ja, ja (N/E: se lê “iá”, e significa “sim” em alemão)...
- Aqui o dinheiro para o táxi...
- Danke sehr (N/E: “muito obrigada”, em alemão), mein kind.
- Você tem certeza que não quer ficar, Greta? - Christopher fez uma última tentativa.

Belinda, Malala e Maite observavam a cena.

- Não, danke, danke, obrigada por tudo, Herr Chris.
- Não, obrigado a você por todos esses anos - ele deu um beijo na bochecha da governanta, que começou a chorar.
- Não sei o que dizer, senhor Christoban...
- Eu, sim, sei o que dizer, Greta - Malala se levantou e caminhou até os três, seguida pelas filhas. - Na verdade não é nada bom abandonar o barco quando ele está afundando. Se Alexandra fosse viva, estaria se sentindo traída.
- Não diga isso, dona Mala... - Greta soluçou.
- Malala - Christopher a corrigiu, baixinho.
- Senhorita Belinda, por favor - Greta estendeu os braços para a noiva de Christopher e a abraçou. - Cuida dos meus meninos como se fossem seus filhos, tá? Senhorita Maite..?
- Aqui.
- Ahh, Maite... - Greta abraçou a filha caçula de Malala.
- Por favor, Maite, sem papelão! - Malala repreendeu a filha.

Greta se virou para Christopher, sem conseguir falar, e apenas o abraçou. O rapaz estalou um beijo na bochecha da governanta.

- Muito obrigado por todos esses anos, e... Você pode me chamar quando quiser, sabe disso, né?
- Tchau, auf whiedersen.
- Auf whiedersen.
- Cuidar das crianças, ja?
- Claro, pode deixar.
- Não se preocupe, meu amor - Malala pôs uma mão no rosto de Christopher. - Nós vamos nos encarregar dos seus irmãos.

Christopher deu um meio sorriso e se virou. Malala olhou no relógio e tomou um susto.

- Nossa , está muito tarde! O advogado deve estar me esperando. Vamos, Maite?
- Já peguei tudo - a menina mostrou a bolsa que carregava.
- Então vamos.

Dulce cantava no chuveiro.

- No tengo nada, y tengo, tengo todo, soy rica en sueños, y pobre, pobre en oro, y qué me importa? Si con la plata no compro amigos, ni amores, ni lunas, ni almas ni soles!

Tomás analisava uma folha colorida, onde havia elaborado um pedido de resgate com letras recortadas da revista.

 - “Estamos com Tomás. Se quiserem vê-lo outra vez, paguem dez mil pesos!” Xi, será que não é pouco? É, melhor aumentar... - ele refletiu, e colou outros números no papel. - Você salvou minha vida - disse, olhando para a porta do banheiro fechada. - Agora Tommy Uckermann vai salvar a sua.

Chocada estou! Será que a ideia do Tomás vai dar certo? Comentem!