Fanfic: 101 coisas em 1001 dias | Tema: Vondy

Dulce havia decidido por o piercing no nariz, então depois de fazer uma pequena entrada para o vídeo, ela sentou-se na maca e deixou Christopher filmar tudo.

- Ainda não tenho certeza disso. – Disse temerosa olhando para Christopher. – Podemos desistir?

- Não, baixinha. Agora respira fundo e toma coragem.

Dulce fez o que ele pediu e fechou os olhos. O tatuador, que também colocava piercing, se aproximou dela segurando uma agulha. Depois de passar um algodão com álcool no nariz dela, ele o furou com a agulha. Dulce deu um gritinho e cravou as unhas no couro da cadeira e apertou os olhos com força.

- Christopher Uckermann, eu estou com vontade de te matar agora. – Sussurrou sentindo dor e ele deu risada. – Para de rir.

- Desculpe, baixinha.

Quando o tatuador se afastou, ela o olhou confusa e o homem sorriu.

- Já acabei, moça.

- Ah, obrigado.

Christopher a ajudou a se levantar e sorriu beijando-a na testa. Ela fez bico com os lábios e deitando a cabeça no ombro dele.

- Acho que você vai precisar me dar muitos beijos para me recompensar, Chris.

- Irei fazer isso sim, mas antes temos outro lugar para ir.

- Onde? – O olhou curiosa.

- Surpresa, querida. Surpresa!

Ela o olhou desconfiada, mas Christopher sempre a convencia de tudo quando sorria abertamente daquele jeito. Dulce tirou uma foto com o tatuador, pagou tudo e depois foram embora.

- Não vai mesmo me dizer nada?

- Não. Apenas confie em mim, eu prometo que não vai se arrepender.

Dulce o olhou e sorriu balançando a cabeça.

- Eu confio em você, Chris.

Ela ficou na ponta dos pés e o beijou rapidamente. Logo os dois estavam montados na moto e correndo pelas ruas de São Paulo. Christopher estacionou em frente a um bar e quando entraram, Dulce sorriu abertamente ao ver várias pistas de boliches. Christopher segurou a mão dela e foi até o balcão, ele pediu uma pista privativa e alugou os sapatos apropriados para jogar.

- Eu não sei jogar boliche.

- Bom, eu também não. Mas não dever ser tão difícil assim acertar os pinos.

Os dois começaram a jogar enquanto conversavam e riam. Muitas vezes quando um estava ganhando, o outro tentava atrapalhar. Como agora em que Dulce estava prestes a ultrapassar a pontuação dele, então ele a agarrou pela cintura e colou seu tórax no peitoral dele e começou a beijar o pescoço dela.

- O que você está fazendo? – Perguntou fechando os olhos e dando mais espaço para ele beijá-la.

- Te distraindo, assim você não vai ganhar de mim.

Dulce riu baixo e se desprendeu dos braços dele antes de lançar a bola em direção aos pinos. Ela não sabia se tinha sido sorte ou se ela fez certo, mas todos os pinos caíram, dando a ela a pontuação máxima.

- Eu ganhei! – Gritou se jogando nos braços dele. – Eu ganhei!

- Eu realmente não estou acreditando nisso.

Dulce riu e o beijou rapidamente antes dele girá-la no ar, fazendo-a rir tanto que ficou sem ar. Quem os via de longe, sorriam abertamente tamanha felicidade deles, nem se quer parecia que se conheciam a menos de seis meses.

 { ♡ }

Eram três da manhã quando eles saíram do bar, haviam comido e jogado por várias horas, mas estavam cansados e o bar já estava prestes a fechar. Christopher a ajudou com o capacete, e antes de fechá-lo sorriu docemente para ela.

- Você está cansada?

- Um pouco. Porque?

- Quero completar mais uma coisa da sua lista, mas talvez isso leve mais umas duas horas. Acha que consegue aguentar?

Dulce o encarou por alguns segundos antes de responder. Estava cansada e tinha sono, mas Christopher queria fazer mais uma coisa com ela, uma coisa por ela, então ela não se importava com mais nada.

- Eu vou poder dormir até mais tarde amanhã? – Perguntou com um pequeno sorriso e ele riu assentindo em resposta. – Então podemos levar quantas horas você quiser.

Christopher sorriu abertamente.

- Prometo que não vai se arrepender. – Disse enquanto tirava o casaco de couro. – Vista isso, você vai precisar.

Dulce não entendeu, mas deixou que ele a vestisse. Os dois subiram na moto e mais uma vez dispararam pelas ruas de São Paulo.

{ ♡ }

- Onde nós estamos? – Ela perguntou com um misto de curiosidade e preocupação. Havia precisado gritar por causa da velocidade em que estavam e do vento.

- Você já vai descobrir. – Ele gritou em resposta e acelerou ainda mais a moto.

Dulce se agarrou mais a Christopher e olhou a sua volta. Eles haviam se afastado da área urbana de São Paulo e estavam na estrada, não sabia para onde Christopher a estava levando, mas sabia que era para longe da cidade.

De repente uma portada de medo se fez presente nos pensamentos dela. Afinal, conhecia Christopher a poucos meses, mas logo balançou a cabeça e tratou de afastar aquela desconfiança de si. Christopher era uma pessoa especial e por mais que se conhecessem a poucos meses, ela confiava nele de olhos fechado. Confiava nele mesmo que estivessem a quase uma hora em cima daquela moto, a uma velocidade extremamente alta e em uma estrada onde ela não enxergava nada a um palmo de distância do farol da moto. Simplesmente confiava nele.

- Estamos quase chegando. – Gritou. – Você confia em mim, não é?

- A minha vida.

Christopher sorriu e acelerou ainda mais. Ele gostou de saber daquilo. Cerca de cinco minutos depois, ele parou a moto a e pediu para que ela tivesse cuidado ao descer, assim, ele próprio desceu da moto e desligar o farol da mesma, procurou uma lanterna dentro da mochila.

- Tome, segure-a. – Disse entregando a ela.

- Aonde estamos?

- Você já vai descobrir. – Sorriu mesmo sabendo que ela não veria. Ele fechou a mochila, e desligou a moto, deixando os capacetes em cima dela. – Você não vai se arrepender.

Ele a tomou pela mão e acendeu outra lanterna. Dulce agradeceu mentalmente por não ter posto um salto alto, porque os dois estavam passando por uma pequena estrada de barro, onde ela certamente afundaria com os saltos. Ela agarrou mais firme na mão dele ao ouvir um barulho no meio do mato e manteve-se bem próxima, caso acontecesse alguma coisa. Andaram por cerca de quinze minutos. Ela já estava cansada de tanto subir aquela estradinha e quando estava prestes a dizer isso a Christopher, ele virou-se para ela.

- É agora que você me conta que é um serial killer e me mata? – Brincou fazendo-o rir.

- Não. É agora que eu digo que chegamos, sua chata.

- E chegamos onde mesmo?

- Pico de Jaraguá. O lugar com a vista mais bonita da cidade. – Respondeu sorridente.

- A vista mais bonita do que exatamente?

- De tudo, mas vamos focar no nascer do sol hoje.

Dulce sorriu abertamente e segurou a mão dele mais forte. Christopher tirou um lençol do mochila e cobriu o chão para que sentassem, e depois tirou outro lençol para que Dulce se cobrisse.

- Porque me trouxe tão longe para ver o nascer do sol?

- Porque você queria ver o sol nascer de um lugar especial, e eu estava esperando por um bom motivo para voltar aqui. – Disse passando um braço em volta do ombro dela. – Quando a minha mãe descobriu que estava com câncer terminal, ela me trouxe aqui para ver o sol nascer, foi a coisa mais linda que já tinha visto, aí ela me contou tudo e fiquei com raiva, porque para mim esse lugar estava estragado. Aí ela sorriu para mim, minha mãe tinha um sorriso maravilhoso, Dul. – Dulce o olhou e apertou a mão dele, querendo confortá-lo. – Ela sorriu para mim e disse que eu voltaria aqui quando tivesse pronto para compartilhar essa perfeição com alguém. – Sorriu beijando a cabeça dela. – E eu estava pronto para compartilhar isso com você.

- Fico feliz que tenha me trazido aqui.

- Eu também fico.

Dulce deitou a cabeça no ombro dele e olhou para frente. Em poucos segundos o sol começou a surgir por trás da cidade, clareando o céu e a cidade. Dulce sorriu encantada assim como ele. Era uma das vistas mais bonitas que já havia visto. 

Para quem queria um capítulo bem fofo, está aí!!! Espero que gostem!!

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