Fanfic: 101 coisas em 1001 dias | Tema: Vondy

Christopher saiu do quarto disposto a se despedir dela, mas paralisou ao encontrá-la no corredor usando apenas um moletom e calcinha. Tragou a saliva lembrando-se de todas as vezes que ficaram juntos e respirou fundo.

- Porque está vestido assim?

- Eu vou para casa. Já estava indo falar com você.

- Ah! –Abaixou a cabeça tristemente. – Tudo bem.

- O que houve? – se aproximou e segurou seu queixo delicadamente, fazendo-a a olhá-lo.

- Pensei... pensei que dormiria aqui hoje.

- Dulce, eu..

- Tudo bem, Chris – sorriu levemente. – Quando você chegar em casa pode me avisar? Está tarde, fico preocupada.

Christopher apenas assentiu e ela se aproximou ainda mais dele, abraçando-o com força e lhe beijando a bochecha.

- Boa noite, Chris. Tranque a porta quando sair.

Dulce virou-se para voltar ao seu quarto, não queria vê-lo ir embora outra vez, mas antes que tivesse dado o segundo passo, ele a puxou pelo braço, fazendo-a virar. Ela não teve tempo de perguntar nada, porque foi surpreendida com a boca dele tomando a sua.

O beijo não tinha nada de calmo, era saudoso e apressado. Haviam passado mais de uma semana sem se tocarem, e a vontade estava muito acumulada. Christopher a abraçava com força contra seu corpo, e ela segurava os braços dele, parecia que iria se desequilibrar a qualquer momento.

Logo as mãos dele desceram da cintura até a bunda dela, ele nunca a tinha tocado ali com tanta intensidade, apertando-a ainda mais contra ele e deixando claro sua ereção. Dulce gemeu entre o beijo e o abraçou pelo pescoço, querendo estar cada vez mais grudada nele.

Era um beijo desesperado. Tinham medo do que iriam falar quando se soltasse e por isso evitavam fazer, mesmo com o fôlego acabando. Christopher a encostou na parede e subiu as mãos por dentro de seu moletom, até alcançar os seios e massageá-los. Dulce gemeu e enfiou as mãos por dentro da camisa dele, querendo sentir sua pele macia.

Quando não conseguiram mais fingir que ainda tinham fôlego, ele desceu os beijos para o pescoço dela, mas mal conseguia lhe beijar ali por causa do moletom, então se afastou apenas o suficiente para tirá-lo e vê-la apenas de calcinha.

Dulce o puxou para si pela gola da camisa e se beijaram outra vez, enquanto ele deixava as mãos passarem pelo corpo dela. Dulce também deixou as mãos fazerem isso, e quando encontrou os botões da camisa dele, não pensou duas vezes antes de abri-los é puxá-los por seus ombros com a ajuda dele.

Ela se afastou um pouco e olhou atentamente para o corpo dele a sua frente. Christopher não era do tipo de cara cheio de músculo, mas se mantinha em forma por causa das corridas e era muito bonito. Dulce apoiou as mãos no tórax dele e as deixou deslizaram ali até encontrarem o cós da calça dele.

- Dulce...

Ela o olhou nos olhos e os viu nublados de desejo. Será que ele conseguia ver que ela estava do mesmo jeito?

- Me beija, por favor.

Christopher acariciou o rosto dela com uma das mãos e a beijou de uma forma mais calma dessa vez. Sentiu as mãos dela voltarem a explorar seu corpo e apertou a cintura dela. Gostava de Dulce tocando-o, gostava de sentir ela se soltando e saber que ela o desejava a esse ponto.

Quase gemeu quando sentiu dois dedos dela entrarem no cós de sua calça, provocando-o, excitando-o. As mãos delas encontraram o botão e sem pensar muito, ela o abriu e deslizou o zíper para baixo.

Christopher gemeu ao sentir as mãos delas roçarem em seu membro ereto e a beijou com mais desespero. Queria levar Dulce para um dos quartos, mas queria saber o que ela faria a seguir.

Foi quando ele sentiu as mãos dela roçarem em seu traseiro, abaixando a calça junto. As mãos dela alcançaram até o meio de suas coxas e a calça deslizou sozinha até seus pés. Ele se afastou dela o suficiente para se livrar da calça e sentiu seu olhar.

Dulce se deixava levar pelo desejo e pelas sensação que sentia com o toque dele. Quando ele se afastou, deixou seus olhos explorarem o corpo dele seminu. Olhou as pernas grossas, os ombros largos, barriga e parou no ponto onde a cueca cobria. Tragou a saliva ao ver o volume que se formava ali e se deu conta que era a causa dele. Era o motivo do desejo dele e excitou-se ainda mais por isso.

Christopher conseguia enxergar claramente o desejo nos olhos dela e não poderia negar que estava desesperado para tê-la. Ele voltou a beijá-la com desespero e dessa vez, a puxou para cima pelo traseiro e a fez prender as pernas ao redor da cintura dele. Dulce gemeu ao sentir o membro dele pressionando sua carne sensível.

A cada passo que ele dava em direção ao quarto, Dulce deixava escapar um gemido e aumentava a intensidade dos beijos, porque a cada passo que ele dava, suas intimidades roçavam e já não conseguiam negar o desejo.

Christopher entrou no quarto dela e sentou-se em sua cama, deixando-a em seu colo. Mas não demoraram muito para estarem deitados. Ele arrastou os lábios por seu pescoço, busto e barriga. Dulce gemia e se contorcia em baixo dele, deslizando as unhas por suas costas e se arrepiou por inteira quando sentiu as mãos dele descerem sua calcinha.

Christopher se afastou o suficiente para tirar aquela peça e não conseguiu evitar olhar para ela, completamente nua e disposta a se entregar a ele.

- Chris, por favor, não para de beijar.

Ele suspirou e deixou as mãos voltarem a tocá-la enquanto tomava a boca dela com a sua. Dulce abriu as pernas, encaixando-o entre elas, sentindo suas intimidades próximas e o puxava mais para si.

- Você tem certeza? – Ele perguntou ofegante, apoiando-se no cotovelo e o olhando-o nos olhos.– Não quero pressioná-la, não quero que se arrepender depois.

- Não vou me arrepender, depois de tudo que já aconteceu essa noite, estou sóbria e quero você.

Christopher tragou a saliva com a forma que ela falou e voltou a beija-la. Mas quando uma música alta tocou, os dois se assustaram até ele identificar o toque do seu celular. Dulce suspirou frustrada, sabendo que o clima acabará ali é nada podia ser feito.

- Merda! – Ele disse irritado apoiando a cabeça no ombro dela.

- Melhor você atender... – ela sussurrou.

Christopher tragou a saliva e se levantou irritado em busca do celular. Dulce aproveitou para se levantar e vestir sua roupa, quando se lembrou que seu moletom estava no corredor, enrolou-se no lençol e foi buscá-lo a tempo de ouvir a conversa dele no telefone.

- Natália, não posso conversar agora, pelo amor de Deus. Amanhã eu vou aí e conversamos. – Sussurrou irritado.

Pelo tom de voz dele, Dulce sabia que ele não queria que ela ouvisse a aquela conversa, pegou seu moletom no chão e voltou para o quarto com um nó formado na garganta.

“Quando você deixar ele na mão outra vez, ele vai me procurar.”

As coisas que Natália lhe disse não saiam da sua cabeça, e sentiu seus olhos marejados. Entrou no banheiro e lavou o rosto, recusando-se a chorar mais uma vez.

- Dul? – Ele a chamou entrando no quarto outra vez e a viu saindo do banheiro, já vestida. – Me desculpe por isso, devia ter jogado esse celular pela janela.

- Você não tinha como saber que isso aconteceria – falou seriamente. – Acho melhor você ir, eu preciso ficar sozinha.

Christopher a encarou por vários segundos antes de falar algo. Tragou a saliva e assentiu.

- Quer que eu vá embora?

- Bom... Não precisa ir embora, pode dormir no seu quarto – disse simplesmente virando-se para a janela e olhando a rua. – Só acho melhor eu ficar sozinha agora.

- Está chateada comigo pelo que estávamos fazendo? Droga! Me desculpe, eu não deveria ter seguido tão longe, eu...

- Não estou chateada, Chris – suspirou e o olhou rapidamente. – Você não me forçou a nada, eu... Eu só queria te ter comigo, te sentir mais e... Não estou arrependida, acho que dessa vez iríamos até o final se o seu celular... Enfim.

Com um suspiro longo, ela voltou a olhar para rua e ele não se aproximou dela. Continuou onde estava, olhando para ela, que parecia tão indefesa e tentava entender o que estava acontecendo.

- Se você não está chateada comigo, se você também queria ir até o final, porque quer que eu vá embora? Porque está assim comigo?

“Todas às vezes que você deixou o Christopher na mão, ele correu até a mim. Não precisa nem ser vidente para saber que você é virgem, porque em todas às vezes ele estava insaciável.”

Dulce fechou os olhos com força sentindo o nó em sua garganta ficar cada vez maior enquanto as palavras de Natália se faziam presente em sua mente.

- Dulce, me responde – pediu chateado por ela ignorar sua pergunta.

- Você vai encontra com ela amanhã? – perguntou sem olhá-lo.

Christopher suspirou pesadamente e passou a mão no cabelo. Sim, iria encontrar com Natália amanhã, queria terminar algo que nem se quer havia começado.

- Sim, eu preciso conversar com ela.

- Por favor, Christopher. Me deixa sozinha.

- Que droga, Dulce! – Falou irritado. – Me conta que porra está acontecendo, não estou entendendo nada.

- Não quero que vá terminar com ela o que começou comigo, Christopher! – Gritou magoada não conseguindo evitar que as lágrimas rolassem por seu rosto.

Dulce levou as mãos ao rosto tentando em vão conter as lágrimas. Continuava de costas para ele, por isso não viu o impacto de suas palavras nele, que arregalou os olhos.

- Dulce...

- Não gosto de ver você com ela – admitiu engolindo em seco e controlando os soluços. – Me magoou muito ver vocês dois juntos hoje, saber que em menos de dois dias já estava com ela outra vez.

Christopher então se deu conta de que ela estava certa. Tinha os sentimentos confusos em relação à Dulce, e das duas vezes que ela precisou de espaço, ele procurou por Natália. A usou para tentar amenizar a falta que Dulce lhe fazia. Usou uma mulher que nada tinha a ver com a história e magoou Dulce.

- Eu disse que iria vê-la amanhã, porque depois do que me disse no bar, do que aconteceu aqui, não vou mais ficar com ela, Dulce.

Ao ver que ela não se mexia, ele caminhou até estar atrás dela, mas não a tocou.

- Nós dois precisamos de um tempo agora, nós dois estamos confusos. Não vou ficar com ninguém até resolvermos o que acontece entre nós.

Dulce tragou a saliva e se virou para ele. Tinha o rosto úmido e vermelho por causa do choro.

- Não sei o que se passa dentro de mim em relação a você – ele admitiu. – Acho que você também não sabe o que sente por mim, e acho que precisamos descobrir antes de tomar qualquer atitude. Concorda?

- Sim – sussurrou. – Desculpa ser tão confusa.

Christopher sorriu docemente e a abraçou com força. 

- E me desculpa ser um idiota. Não tinha o direito de falar com você daquele jeito no bar, mas... Eu estava com ciúmes e quando aquele cara tentou te beijar...

- Ele não tentou me beijar – admitiu sentindo-se envergonhada. – Na verdade ele era um fã, ele viu que eu estava com ciúmes de você e fez aquilo para chamar sua atenção. Ele é gay.

Christopher a olhou surpreso.

- Me desculpa, não queria que fosse embora com ela, não queria que ficasse com ela.

Para a surpresa dela, ele explodiu em uma gargalhada e a apertou mais contra si.

- Não estou acreditando nisso.

- Me desculpa.

- Tudo bem, também fiquei morto de ciúmes de ver você dançando e rindo tanto com ele – suspirou. – O que se passa entre a gente, Dul?

- Não sei... – mentiu escondendo o rosto no peito dele.

- Bom, melhor nós irmos dormir, já está tarde.

Christopher a guiou para a cama e esperou que a mesma deitasse permanecendo em pé.

- Sei que combinamos de resolver tudo antes de qualquer coisa, mas dorme comigo está noite?

Ele sorriu assentindo e se acomodou ao lado dela, que logo se aninhou nos braços dele.