Fanfic: seu esperma vale um milhao | Tema: Vondy

Angel: Eles estão namorando? – Dulce assentiu soluçando. – Oh minha irmã, você vai superar. – Dulce negou. – Claro que vai, você vai ver como vai arrumar um namorado gatão, e vai esquecer esse idiota! – sorriu.
Dulce: Mas eu não... – soluçou. – Quero esquecer, eu gosto dele.
Angelique suspirou enquanto adentravam o quarto da irmã.
Angel: Você está precisando de uma ducha bem gelada maninha. – disse caminhando com ela até o banheiro.
Dulce: Não, eu não quero. – chorosa. – Eu quero dormir com a mamãe e o papai. – coçando o olho.
Angel: Que dormir com mamãe e papai o que! – tirando o vestido dela com facilidade, já que era um tomara que caia. – Vem! – a empurrando para dentro do box e ligando o chuveiro no frio.
Dulce: Estou com frio. – reclamando.
Angel: Vai ficar aí! – a segurando embaixo do chuveiro. – Você não pode beber assim Dulce... – suspirou enquanto a irmã se tremia de frio e tirava a calcinha.
Dulce: Ele que me faz ficar assim. – disse elevando a cabeça. – Ele transou com ela com o nosso filho do lado. – com a voz cortante.
Angel: Ah que canalha! – bufou.
Dulce: Eu não quero olhar pra cara dele nunca mais! – disse tristemente.
Angel: Mas isso é o certo. – assentiu.
Dulce sorriu de leve e suspirou. Depois de mais ou menos dez minutos, já se sentia melhor e saiu debaixo do chuveiro, colocou um roupão e as duas saíram.
Angel: Se sente melhor? – ela assentiu enquanto vestia a roupa intima. – Posso ir sem preocupação? – Dulce assentiu novamente dessa vez vestindo a camisola. – Não vai voltar a beber não é?
Dulce: Não Angel. – rolou os olhos. – Vou dormir agora, é serio. - Angelique sorriu, e foi até ela, lhe deu um beijo na testa e Dulce lhe sorriu. - Obrigado por ter me ajudado. – Angel piscou, deu boa noite a irmã e saiu.
Dulce foi até o banheiro, escovou os dentes e penteou os cabelos. Ainda estava um tanto tonta por conta da bebida, mas conseguiu enxergar as horas, eram quase quatro e meia da madrugada. Bufou entediada e foi dormir, caiu como uma pedra na cama.

Eram quase meio dia, quando Blanca vai chamar Dulce, pegou Mike e foi com o pequeno para o quarto da filha, ao chegar lá ela dormia profundamente, em uma escuridão tremenda.
Blanca: Valha-me Deus, parece quarto de vampiros! – negando com a cabeça enquanto colocava Mike na cama de Dulce e ia abrir as cortinas. – Dulce! – chamou. – Vamos acorde meu bem. - Dulce se remexeu na cama e reclamou um pouco. - Dulce já são quase meio dia querida.
Dulce: Deixa-me dormir mommy. – pôs a mão na cabeça, estava doendo como o diabo. – Merda. – sussurrou.
Mike: Mamã! – pulando e batendo as mãozinhas na barriga da mãe.
Blanca: Negativo. – disse sorrindo da cara da filha que sentava na cama. – Daqui a pouco Eunice servirá o almoço. Quero toda a minha família na mesa!
Dulce rolou os olhos, estava com uma ressaca infernal, só queria dormir. Apenas dormir!
Dulce: Para Mike. – o menino batia as mãozinhas na costa dela.
Blanca: Vá tomar banho e desça para almoçar. Pode ficar com ele?
Dulce: Deixe-o brincando no chão. – disse colocando o filho no chão.
Blanca saiu e Dulce foi tomar banho, Mike ficou brincando no chão, engatinhando, ia de um lado para outro no quarto, foi até uma pequena mesinha que tinha perto do closet, ficou em pé com dificuldade e viu que lá em cima tinha varias revistas e catálogos de marcas gloriosas que Dulce adorava, pegou uma e jogou no chão. Voltou a sentar e bateu palminhas olhando para a porta do banheiro, depois voltou a olhar para o catalogo e o pegou, mordeu e arrancou uma pagina, olhou a página arrancada e pegou-a, começou a rir e ficou olhando para as outras, sem levantar puxou outra revista e caiu um monte no chão. Ele mordia outra revista enquanto olhava as outras ao seu lado.
Enquanto isso, Dulce tomava um banho frio, sua cabeça latejava e a ressaca estava horrível.
Dulce: Nunca mais vou beber na minha vida! – com os olhos fechados enquanto a água caia em seu corpo. Involuntariamente lembrou-se do dia anterior e do belo fiasco que tinha sido o mesmo. Christopher e suas sujeiras, a bebedeira que ela teve, tinha sido uma grande merda! – Que se exploda com a namoradinha! – com careta. – Imbecil! - fechou o chuveiro e vestiu seu roupão, espremeu os cabelos e os enrolou em uma toalha enquanto saia e... - QUE PORRA ESTÁ FAZENDO COM MEUS CATÁLOGOS? – disse vermelha de raiva.
Mike estava arrodeado de restos, sim RESTOS do que eram seus catálogos de moda, estavam todos rasgados, ele tinha metade de uma folha na boca, alguns pedacinhos de papel grudados na bochecha. Ele ouviu o grito da mãe e viu que era com ele mesmo e começou a chorar.
Dulce: Ah agora você chora? – bufou de raiva. – Que merda Mike! – o pegou no colo, ele berrava no seu ouvido. – PARA DE CHORAR! – ele se assustou e chorou mais ainda.
Blanca e Angelique chegaram e ouviram a confusão, Mike chorava escandalosamente e Dulce estava com muita raiva e com uma puta dor de cabeça.
Blanca: Oh céus, o que está acontecendo aqui Dulce? – perguntou pegando o neto no colo.
Dulce: Olha o que esse pestinha fez com minhas revistas! – apontando a pilha de papeis.
Angel: Ah Dulce, são só algumas revistas e...
Dulce: SÃO AS MINHAS REVISTAS DE MODA! – bufou. – Eu nem sequer tinha olhado ainda, chegaram ontem! – dizia irritada.
Blanca: Leve ele Angelique. – pediu enquanto entregava o pequeno choroso para a tia.
Angel: Calma meu amor... – balançando ele. – Vamos brincar com o tio Diego? Vamos meu amor? – saiu com ele.
Blanca olhou para a filha desgostosa.
Blanca: Dulce Maria... – fechou os olhos. – Será que você, por favor, poderia me explicar qual é o seu problema?
Dulce: Não estou entendendo mamãe... – sentando na cama.
Blanca: Como você pode gritar com o seu filho e assustá-lo desta forma por uma besteira dessas minha filha?! Essa criança é seu filho, ele merece todo o carinho da sua parte, é uma criança maravilhosa e você age como se ele fosse seu irmão menor, sendo que eu o vi saindo pela sua vagina não pela minha!
Dulce: Eu sei que ele é meu filho e eu o amo, mas ele fez travessura mamãe, quer que eu o abrace e o beije por isso? – começando a chorar.
Blanca: Está certo que você precisa corrigi-lo desde já. Mas gritando e o assustando não é a solução.
Dulce: Você nem sequer sabe o que é cuidar de um bebê mamãe. – sussurrou. – Ou já esqueceu que quem cuidou de mim e da Angel foi a Nice? – Blanca engoliu o seco, Dulce tinha razão. – Quem estava do meu lado quando eu menstruei pela primeira vez não foi você. Quando eu perdi minha virgindade não foi pra você que eu contei, quando eu me apaixonei pelo Christopher não foi a senhora que veio me perguntar como eu estava me sentindo. Quando eu engravidei a primeira pessoa depois das minhas amigas e do pai do meu filho a saber, foi a Eunice. - Blanca abaixou a cabeça. – Então não venha querer me ensinar o que a senhora nunca aprendeu a fazer. – enxugando as lágrimas.
Blanca: Minha filha, eu não tive a intenção de abandonar você e sua irmã assim...
Dulce: Ela não mãe. Angelique você nunca abandonou. – sorriu falsa. – Quando nós estávamos maiorzinhas você não negava nem escondia de ninguém que ela era sua preferida! Acha que eu não notava? A senhora sempre me discriminou por eu ser como meu pai. Alias, eu não sei o que tem demais gostar de dinheiro? Angelique sempre conseguia tudo o que queria por ser a “santinha” e eu era sempre a vilã. Sabe como eu me sentia? - Blanca se sentia péssima, não sabia que Dulce se sentia menosprezada por ela. - Eu me sentia a pior pessoa do mundo, eu era só uma criança e você não me dava atenção, a não ser que fosse pra falar sobre Angelique... A única pessoa que me apoiava era a Nice, e mesmo depois de eu crescer ela ficou comigo.
Blanca: Eu não sabia que se sentia assim minha filha. – dizia com os olhos brilhando de lagrimas. – Me perdoe.
Dulce: É claro que eu perdoo. – assentiu. – Eu não sinto nenhuma magoa de você mãe, mas se eu sou essa pessoa arrogante e insuportável como todos acham, a única culpada é você, que me transformou nisso, eu sou uma pessoa chata, o homem que eu amo está com outra mulher por que me odeia! Sabe o que eu estou sentindo agora? Eu estou sentindo como se um pedaço do meu coração tivesse sido arrancado de dentro de mim. Eu só quero sumir daqui. – voltando a chorar.
Blanca: Não minha filha. – a abraçando. – Você não é nada disso, é uma pessoa linda por dentro e por fora, quem te conhece sabe que você não é má... Você só é extremamente carente, e é tudo culpa minha.
Dulce: Ninguém gosta... – soluçando. – De mim...
Blanca sentia uma dor profunda no coração, sua filha estava sofrendo e não sabia o que fazer para ajuda-la, estava se sentindo impotente diante de tal situação. Até que aos poucos ela foi se acalmando e parando de chorar.
Dulce: Eu sei que eu não sou a melhor mãe do mundo, mas também não sou a pior, eu amo o meu bebê como ninguém vai amar, eu sou a mãe dele, eu o carreguei por nove meses na minha barriga, eu sofri as dores do parto, eu o amamento até hoje! E não preciso que venha me chamar atenção sobre isso.
Blanca: Ninguém disse que você era uma mãe má. – Dulce riu irônica.
Dulce: Todos acham isso, olham pra mim e apontam o dedo, dizem que por eu ser como sou não amo o meu filho, não tenho sentimentos por ele, qual é o problema? Eu sou a mãe dele, eu tenho um coração, como eu posso não ama-lo se ele é parte de mim? – enxugando as lágrimas. – A verdade é que eu cansei! – suspirando. – Não estou nem aí para o que falam ou deixam de falar de mim, se Christopher não quer mais nada comigo, azar o dele, eu vou encontrar quem me queira e goste de mim de verdade. Vou arrumar um sentido pra minha vida mamãe, eu não posso ficar assim, porque senão, a tendência é apenas piorar.
Blanca: Fico feliz que pense assim. – sorriu orgulhosa. – Minha menina está crescendo de verdade! – dando um beijinho na testa dela. – Você perdoa a mamãe por tudo?
Dulce: Você já tinha me perguntado isso. – sorriu.
Blanca: Mas estou perguntando de novo.
Dulce: É claro que eu perdoo mamãe. – deu um beijo na bochecha da mãe. – Como eu falei, eu não guardo nenhum rancor por você, eu te amo muito! – a abraçando com força.
Blanca: Eu também te amo querida. – sorri e aperta mais a filha contra si.
Dulce: Está me apertando... – dizia afobada. Blanca sorriu e a soltou. – Eu estava precisando desabafar, desculpe.
Blanca: E eu estava precisando ouvir. – Dulce sorriu.
Dulce: Vou me trocar, tenho que pedir desculpas ao meu loirinho por ter gritado com ele. – Blanca assentiu e sorriu.
Blanca: Lhe espero lá embaixo. – piscou e saiu.
Dulce adentrou em seu closet e buscou uma peça confortável para usar, estava sentindo como se um peso de uma tonelada fosse tirado de suas costas, precisava desabafar com a mãe o que sentia desde pequena, e estava se sentindo bem de tê-lo feito. Vestiu um shortinho jeans e uma blusinha preta de alças finas, prendeu os cabelos em um rabo de cavalo, calçou uma rasteirinha e foi em busca de seu celular. O encontrou em cima da cama e ficou surpresa ao ver que tinha dezenove chamadas de Christopher, o que será que ele queria com ela agora? Com certeza queria se desculpar, mas ela pouco se importou, ignorou as ligações dele como faria daqui pra frente sempre que ele ligasse. Não se importaria, mesmo que o mundo estivesse se acabando não atenderia mais ele. Se ele quisesse falar de Mike? Ele não tinha o que falar, Mike ficaria com ela e ponto final. Colocou o celular no bolso e saiu. Ao chegar à sala encontrou Angelique, Diego e Mike brincando enquanto via um desenho animado, ela se agachou e ficou em frente a ele, que quando a viu começou a chorar com medo que ela brigasse de novo. Dulce sentiu um aperto no peito ao ver que ele estava com medo dela.
Dulce: Não meu príncipe. – o pegando no colo. – Perdoa a mamãe. – falando com voz de bebe e o levando para fora, ele parou de chorar ao sentir a caricia da mãe em seu cabelinho. Dulce sentou com ele em um banco que tinha no jardim (muito parecido com banco de praça) sentou ele em sua perna e ele a encarava com os olhinhos azuis molhados de lágrimas, mas não estava mais chorando, mordia a mãozinha. – Sabia que a mamãe é uma boba? – pegando a mãozinha dele e dando um beijinho. – A mamãe faz as coisas por impulso, sempre fiz, você foi um impulso e tanto. – ele ainda a olhava. – Seu pai foi um impulso, e agora eu estou aqui, com o coração massacrado por ele ter me deixado e ficado com outra mulher. – sentindo as lágrimas queimarem de novo, não queria mais chorar por isso, mas não conseguia segurar. Ele ao ver a mãe chorar começou a chorar também, abriu o berreiro e ela sorriu com a “solidariedade” prestada, ele tentava ficar em pé, ela o ajudou deixando ele em pé nas pernas dela.
Mike: Mamã... – passando as mãozinhas no rosto dela, tentando limpar as lagrimas. – No tola.
Ela arregalou os olhos ao ouvir o que ele disse, e depois sorriu.
Dulce: A mamãe não vai mais chorar. – sorriu sem vontade. – Eu vou esquecer seu pai, vai ser difícil, mas a mamãe não vai mais ficar atrás dele como sempre ficou, já está na hora de eu começar a me dar valor. – o sentando novamente. – Vamos começar tudo de novo príncipe, eu vou arrumar um namorado novo, que seja como se fosse um papai reserva pra você. – apertou o narizinho dele que ria. – E que acima de tudo me ame com todos os meus defeitos, que eu sei que não são poucos. Que me ame exatamente do jeitinho que eu sou. Eu sei que eu também tenho qualidades, eu sei que eu também mereço ser feliz não é? – ele pôs a mãozinha na blusa da mãe e abaixou um pouco, ele sempre conseguia abaixar o sutiã também e aquilo fazia Dulce rir. Ela olhou para os lados e viu se tinha algum empregado por ali, e lembrou que era domingo e estavam todos de folga, suspirou aliviada e deixou-o abaixar sua blusa. Ele pôs a boquinha no bico rosado e começou a mamar, ele adorava aquele leite, para ele era a coisa mais gostosa que existia, ele sentia o calor do corpo da mãe e se sentia extremamente protegido ali, não era a toa que sempre dormia enquanto mamava no peito. Dulce sorriu e acariciou os cabelinhos dele, Mike era a coisa mais importante da sua vida. Era o seu príncipe e o fruto do amor mais lindo e verdadeiro que ela já sentiu por alguém, sentia vontade de chorar por saber que tinha que esquecer Christopher querendo ou não querendo, ele agora era de outra e ela não iria impedir, assim como ela, ele também tinha o direito de ser feliz. Então que assim seja. - Não vai ser fácil Love... – sussurrou olhando o filho mamar. – Mas é o certo... E pela primeira vez na vida, vou tomar a uma atitude madura, e que talvez faça bem a nós dois. – deu um beijinho na cabecinha de Mike e suspirou com lágrimas.