Fanfics Brasil - 💖Capitulo 18💖 Tentadora Paixão

Fanfic: Tentadora Paixão | Tema: Adaptada Vondy


Capítulo: 💖Capitulo 18💖

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 Os jardins são muito bonitos — disse Dulce, ca­minhando devagar para que Christopher empurrasse a cadeira numa velocidade confortável.
As rodas afundavam no cascalho e ele manobrava com dificuldade.
— Um caminho de pedras seria melhor, não seria? — per­guntou, impressionada com a força de seus braços.
Ele ficou vermelho.
— Foi sugerido meses atrás que eu fizesse isso, mas sabia que não ficaria numa cadeira de rodas para sempre. Assim, deixei como está.
— Então planejava se livrar da cadeira de rodas?
Ele ergueu a cabeça e dirigiu-lhe um olhar como se pu­desse ver, as sobrancelhas franzidas, rugas entre os olhos. Ressentia-se da pergunta, e o ressentimento o fez lembrar novamente quem ele era e o que havia conquistado na vida.
Vendo-o tentar dominar a cadeira no cascalho, ela pen­sou que talvez não tivesse permanecido naquele estado por que era preguiçoso, mas por que sem visão se sentia exposto. Talvez, para ele, a cadeira de rodas não fosse um meio de transporte, mas uma armadura, uma forma de proteção.
— Estamos perto da sebe? — perguntou, parando por um momento para se localizar.
— Sim, estamos bem em frente a ela.
— Então a piscina é para a esquerda.
Dulce se virou para a esquerda e viu a grande piscina de águas muito azuis em meio ao verde da vegetação.
— A piscina é nova? — perguntou, deduzindo, pelas plan­tas recém-plantadas ao seu redor.
— Gostaria de dizer que foi minha única extravagância, mas estou renovando o monastério há quase uma década. É um trabalho de amor.
Alcançaram um muro baixo, de pedras, que circundava a piscina, e Dulce foi à frente para abrir o portão.
— Mas por que Taygetos? Por que um monastério arrui­nado? Você não tem família aqui, tem?
— Não, mas adoro montanhas, é onde me sinto em casa — disse, levando uma das mãos ao rosto para se proteger do sol. — Minha mãe era francesa, criada numa pequena cidade aos pés dos Alpes. Passei a infância fazendo caminhadas pe­las montanhas, esquiando, escalando rochedos.
Dulce percebeu que ele continuava tentando proteger os olhos com a mão.
— O sol o incomoda?
— Geralmente uso ataduras ou óculos escuros.
— Tem uma sensibilidade muito grande?
— Sinto dor — admitiu.
Não queria que ele sentisse dor, mas a sensibilidade ao sol lhe deu a esperança de que um dia talvez recuperasse um pouco da visão.
— Quer que eu peça a Pano para pegar seus óculos?
— Não é necessário. Não vamos demorar.
— Mas é tão bom estar fora de casa — disse ela, olhando! em torno da área da piscina, com o jardim florido. — Deixe-me buscá-los, você pode relaxar um pouco, ficar mais con­fortável.
— Não, apenas encontre uma sombra, ou vire minha ca­deira contra o sol.
— Há uma sombra do outro lado da piscina, perto do mu de pedra. — Hesitou. — Devo empurrar a cadeira?
— Posso fazer isso sozinho. Mas, por acaso, enquanto Dulce empurrava a cadeira e
Christopher tentava controlá-la, a parte da frente escorregou na beira da piscina e caiu dentro dela.
Com o coração batendo com força, Dulce caiu de joe­lhos, horrorizada de o seu paciente ter sido jogado na piscina. Como pudera deixar que aquilo acontecesse? Como pudera ser tão descuidada?
Estavas prestes a mergulhar quando viu Christopher voltar à superfície. Mas a cadeira, não. Enquanto Christopher nadava para a borda da piscina, a cadeira afundava, lentamente.
— Christopher... sinto muito, sinto muito — desculpou-se repetidamente, ajoelhada no deque.
Nunca se sentira tão pouco profissional na vida. Um aci­dente como aquele era puro descuido. Ele sabia, e ela tam­bém.
— Fiz uma curva muito fechada, devia ter prestado mais atenção. Sinto muito.
Ele nadou na direção da voz dela. Debruçando-se, ela es­tendeu a mão.
— Está quase na borda. Minha mão está bem em frente a você. Está quase conseguindo — encorajou-o, enquanto ele estendia a mão para ela.
Seus dedos se dobraram em torno dos dela. Sentiu um alí­vio enorme. Ele estava bem.
— Peguei você.
— Tem certeza? — perguntou, sua mão apertando a dela. — Ou eu peguei você?
E com um movimento forte ele a puxou para dentro da piscina. Dulce caiu de barriga, espalhando água. Ele a puxara para dentro da piscina deliberadamente. Não conse­guia acreditar. E esse era o pobre, desvalido Christopher Uckermann. Estava longe de ser desvalido. E a enganara três vezes seguidas. Voltando à superfície, procurou-o e o viu en­costado calmamente na borda interna da piscina.
— Isso foi mesquinho — disse ela, nadando para ele, as roupas molhadas dificultando os movimentos.
Ele riu e tirou os cabelos do rosto.
Pensei que você acharia refrescante. Ela apertou os cabelos para tirar a água.
— Não queria que você caísse. Jamais desejaria que isso acontecesse.
— Sua preocupação com meu bem-estar é comovente. Sabe, Dul, temia que você fosse como as outras enfer­meiras, mas tenho de lhe dizer: você é pior.
Ela engoliu em seco. Merecera isso.
— Sinto muito — disse, sabendo que uma enfermeira responsável jamais teria permitido que uma coisa daquelas acontecesse. Na verdade, se uma de suas enfermeiras deixas­se um paciente sob seus cuidados cair numa piscina, ela a de­mitiria na hora. — Há algum tempo que não trabalho como enfermeira. Como sabe, sou a administradora da empresa.
— Suas habilidades estão um pouco enferrujadas? — per­guntou.
— Sim.
Usando a escada, ela saiu da piscina e se sentou no deque, para tirar os sapatos molhados.
— Então, por que você está aqui e não outra enfermeira? 
Torcendo a saia para tirar um pouco da água, ela suspirou, derrotada.
— A agência está quase falida. Não podia pagar outra en­fermeira. Era eu ou ninguém.
— Mas meu seguro lhe pagou, e eu também.
— Houve despesas sem cobertura e os custos foram prati­camente iguais aos lucros.
Não se deu ao trabalho de dizer que Calista precisara de terapia psicológica e recebera uma indenização quando dei­xara o trabalho com Christopher. E as contas de Calista tinham sido muito altas!
— Acho que é melhor eu pegar sua cadeira — disse, sem querer pensar nos problemas da agência.
— Preciso dela. Você nada bem?
— Sei nadar.
— Não está inspirando muita confiança, Dul. Ela sorriu.
— Vai ficar tudo bem.
E ficaria. Não entraria em pânico quando segurasse a res­piração ou nadasse no fundo da piscina. Apenas mergulharia, agarraria a cadeira e a levaria para cima.
Ele suspirou.
— Você está apavorada.
— Não.
— Você não nada muito bem.
Ela deixou escapar um pequeno som de exasperação.
— Nado muito bem. Só não gosto de águas profundas. Fico... nervosa.
— Claustrofóbica?
— Oh, é uma bobagem, mas... — parou, sem querer con­tar. Não queria que se divertisse à custa dela. Era um medo real, e não havia muito que pudesse fazer sobre o assunto.
— Mas o quê?
— Tive um acidente quando era pequena. — Ele ficou ca­lado, e ela sabia que estava esperando pelos detalhes. — Es­tava brincando de mergulhar com uma menina. Jogávamos moedas na piscina e mergulhávamos para pegá-las. Bem, nessa piscina de hotel havia um enorme dreno no fundo e, de alguma forma... — Parou, sentindo-se mal com a lembrança. — A sucção era muito forte e as tiras do meu biquíni ficaram presas. Eu não conseguia tirá-las nem me livrar do biquíni. Christopher ficou calado e Dulce tentou sorrir.
— Eles me tiraram, claro. Mas... — Sentiu um tremor doloroso, uma lembrança do pânico e de como fora. — Fiquei apavorada.
— Quantos anos tinha? 
— Seis.
— Você devia ser uma boa nadadora para brincar de mergulhar numa piscina funda aos 6 anos. 
Ela deu uma pequena risada.
— Acho que era um pouco rebelde quando pequena. Mi­nha babá... — Parou, mudou a frase. — De qualquer ma­neira, depois disso, não quis mais nadar, especialmente em piscinas grandes. Desde então, só nado no raso. Meio sem graça, mas seguro.
Dulce sentia que Christopher a estudava, embora não pu­desse vê-la. Estava tentando compreendê-la, ajustar o que pensava que sabia sobre ela com essa informação.
— Faço um acordo — disse ele finalmente.
— Que tipo de acordo?
— Vou buscar minha cadeira se você não olhar enquanto tiro a roupa. Não posso mergulhar vestido.
Dulce tentou não rir.
— Está com medo de que eu o veja nu?
— Estou tentando protegê-la. Você tem pouca experiência recente de trabalho de campo. Temo que minha... nudez... possa impressioná-la.
Ela sorriu.
— Certo.
— Certo o quê? Certo, você me olha? Ou, certo, você polidamente desvia o olhar?
— Certo, eu polidamente desvio os olhos.
— Endaxi — disse ele, ainda na piscina —, tudo bem. — E começou a tirar as peças de roupa, uma a uma.
E, embora Dulce tivesse prometido não olhar, a situa­ção era tentadora demais.
Ela olhou e descobriu que ele tinha um corpo sensacional, apesar do acidente e dos ferimentos horríveis. Seu torso era poderoso, com músculos bem torneados, e suas pernas eram longas e bem feitas.
Sem as roupas, ele mergulhou e nadou para o fundo, com braçadas fortes e poderosos. Embora não pudesse ver, estava indo na direção certa. Levou pouco tempo para localizar com precisão a cadeira, pegou-a e nadou de volta, puxando-a.
Inacreditável!
Quando Christopher chegou à superfície, com a cadeira, Pano e uma das empregadas chegaram correndo com uma grande pilha de toalhas.
—Ucker— chamou Pano —, o senhor está bem?
— Estou ótimo — respondeu Christopher, levando a cadeira para a beira da piscina.
Pano a pegou, virou-a de lado para a água escorrer. Virou do outro lado, e mais água saiu. Entregou a cadeira à empre­gada, que começou a enxugá-la vigorosamente.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 26



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  • julia_souza_ Postado em 21/07/2018 - 13:21:27

    Tem mais de um ano que você não posta, não abandona a fanfic não!!! Continua por favor.

  • Lilly Perronita Postado em 10/04/2017 - 23:29:29

    ooooown, agora siiim

  • Lilly Perronita Postado em 05/04/2017 - 23:36:11

    Dulce vai arregar agora? Que isso!! Hauahaua e adorei ela jogando essas verdades na cara do Ucker

  • Lilly Perronita Postado em 04/04/2017 - 16:41:21

    huuuum que chique!!!!

  • Lilly Perronita Postado em 30/03/2017 - 13:37:22

    O que gosto da fic é que conta bastante detalhes e vc posta bastante hahaha eles já estão super envolvidos hahahaa

    • Juliana_ Postado em 03/04/2017 - 12:32:04

      Postadoooooo

  • Lilly Perronita Postado em 28/03/2017 - 17:48:47

    eu tenho uma fic vondy tbm, se puder dar uma passadinha lá depois!! beijooos https://fanfics.com.br/fanfic/56211/meu-programa-de-tv-favorito-vondy

    • Juliana_ Postado em 29/03/2017 - 22:31:49

      OIEEEEEE MUITO OBRIGADO POR COMENTAR. Eu li sua fanfic e gostei posta missssss lá em. POSTADOOOOOOOO

  • Lilly Perronita Postado em 28/03/2017 - 17:48:16

    Muito boa a sua fic!! Ucker era bem rígido e dificl de dobrar hein? Dulce teve bastante paciência. Mas esse jeitinho dela acabou virando contra o feiticeiro e ela se envolveu mais do que devia (ou que queria hhahahaha) continua que quero saber o desenrolar dela!!!!! hahah

  • Lilly Perronita Postado em 28/03/2017 - 17:35:11

    oieeee favoritei e estou lendo!! Amei que vc escreve bastante!!! vou terminar de ler e já comento

  • Anja Candy Postado em 16/09/2016 - 06:28:03

    Juli ce vai mesmo abandonar a Fic??

  • Anja Candy Postado em 12/09/2016 - 06:38:06

    Julita sua gostosa, cadê os capítulos?? Já faz 5 dias, 5 DIAS, sem capítulo!!! HELLOW, volta aqui logo que eu quero saber das coisas vondy!! N vejo a hora de rolar o beijo vondy!! Arrase logo com os demais capítulos!! Beijos^-^


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